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Museu do Ceará promove arte urbana para celebrar cultural afro-brasileira

 

(FOTO |Reprodução |Secult |Ceará).

O Museu do Ceará (Musce) lançou o projeto “Museu vivo, cidade e pessoas: Arte Urbana como dispositivo de ressignificação do Anexo Bode Ioiô – Museu do Ceará”, em colaboração com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE). O projeto, que conta com a participação de artistas, pesquisadores e educadores, realiza intervenções artísticas nos portões e no interior do Anexo Bode Ioiô, atual sede do Musce, até 24 de maio.

EEMTI Padre Luís Filgueiras tem trabalho classificado para a final do VII Festival Alunos que Inspiram

 

EEMTI Padre Luís Filgueiras tem trabalho classificado para a final do VII Festival Alunos que Inspiram. (FOTO | Reprodução | Instagram da Escola).


Por Nicolau Neto, editor

A Secretaria da Educação do Estado do Ceará (Seduc-Ce) divulgou na manhã desta quarta-feira, 16, os trabalhos selecionados para a final da 7ª edição do Festival Alunos que Inspiram, que irá ocorrer na capital do Estado no dia 31 do mês em curso.

Projeto sobre cultura afro-brasileira feito por alunos de Milagres (CE) recebe menção honrosa

 

A notícia sobre a condecoração da menção honrosa veio durante a semana de ações no mês passado, o que mostrou que a equipe segue pelo caminho certo. (FOTO/ Divulgação).


Estudantes do município de Milagres (CE) criaram o projeto “Juventude Negra: Movendo Estruturas” para discutir questões relacionadas à população negra e exaltar a cultura afro-brasileira. O trabalho foi conduzido por um grupo de estudantes do 2° e 3° ano do ensino médio da Escola Municipal Dona Antônia Lindalva de Morais, e surgiu a partir da reflexão sobre o aumento da violência contra a população negra no Brasil. O exercício e a atenção provida à causa foi fundamental para que o projeto recebesse menção honrosa na quinta edição do Desafio Criativos da Escola, organizado pelo programa Criativos da Escola, do Instituto Alana, em alusão ao Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, que ocorreu no dia 20 de novembro.

Altaneira poderá ser incluída entre os mais de 1.000 municípios que pautam o dia da Consciência Negra no calendário



Quatro das maiores conquistas do movimento negro ainda estão incompletas, necessitando de ajustes e de ampliações. A inclusão do Dia Nacional da Consciência Negra no calendário brasileiro, os significativos avanços advindos da Política Nacional de Promoção da Igualdade Racial tendo a coordenação da extinta Secretaria Especial da Promoção da Igualdade Racial (Seppir), como por exemplo as leis de cotas em concursos públicos e universidades, a aprovação das leis 10.639/03 e 11.645/08 que torna obrigatório o ensino da cultura africana, afro-brasileira e a história e cultura indígena nas escolas públicas e particulares e a aprovação também do Estatuto da Igualdade Racial.

Todos os ajustes reforçam o quanto o Brasil é um país racista e que faz de tudo para rejeitar toda e qualquer ação que faça referência as nossas raízes – negras e indígenas. As leis que tornam obrigatório o ensino da cultura africana, afro-brasileira e indígena nas instituições de ensino ainda não vingou mesmo depois de 13 e 08 anos, respectivamente. O nosso ensino ainda é pautado e cunhado pelo viés do povo branco, do europeu. E muitas escolas ainda não obedecem a lei, seja por não cumprir, seja por cumprir de forma parcial.

As cotas raciais ainda é um tabu. Pouco se discute e as pouquíssimas universidades que incluíram esse sistema de seleção nos vestibulares são taxadas de favorecer a desigualdade e citam inclusive a CF/88 para isso, pois segundo ela todos somos iguais. Cito aqui a fala do antropólogo Kabengele Munanga que em entrevista cedida ao portal Fórum em 2012 ressaltou:

O racismo é cotidiano na sociedade brasileira. As pessoas que estão contra cotas pensam como se o racismo não tivesse existido na sociedade, não estivesse criando vítimas. Se alguém comprovar que não tem mais racismo no Brasil, não devemos mais falar em cotas para negros. Deveríamos falar só de classes sociais. Mas como o racismo ainda existe, então não há como você tratar igualmente as pessoas que são vítimas de racismo e da questão econômica em relação àquelas que não sofrem esse tipo de preconceito..”

Quanto a instituição do Dia Nacional da Consciência Negra necessita-se também de uma discussão mais profunda. Já na década de 70 do século passado essa questão era motivo de pautas e discussões entre os/as ativistas /as negros. Quase meio século se passou e pouco se avançou nesse quesito. Para se ter uma ideia só em 2011 durante o governo de Dilma Rousseff foi estabelecido por meio da lei 12.519, o 20 de novembro como o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra e hoje apenas pouco mais de 1.000 municípios incluíram essa data no seu calendário oficial como forma de relembrar a luta e a resistência do povo negro.

Altaneira, na região do cariri, poderá ser incluída no rol desses municípios que hoje celebram e refletem a data. Embora tênue, a ação parte do vereador e professor Deza Soares que durante a minha fala na Câmara na última sexta-feira (25) acerca do racismo, da intolerância religiosa, da representatividade (ou a da falta dela) negra nos espaços de poder e das desigualdades social e racial, afirmou que estará apresentando nesta próxima sexta (02/12) um PL que institui ponto facultativo no município, sendo o dia marcado por atividades que promovam o protagonismo negro e reflitam acerca das desigualdades a que o povo negro está submetido.

Ao todo 1.044 municípios brasileiros incluíram no seu calendário o dia 20 de novembro como feriado oficial, com a respectiva lei regulamentando a data que remonta o dia da morte de Zumbi dos Palmares. Este foi o último líder do maior dos quilombos do período colonial, o Quilombo dos Palmares.

Vista panorâmica da cidade de Altaneira. Foto: Prof. Fabrício Ferraz.



“Carolina em Nós” – Carolina Maria de Jesus ganha homenagem no Museu Afro Brasil




A escritora, poetisa e sambista brasileira Carolina Maria de Jesus (1914 – 1977) ganha homenagem em exposição no Museu Afro Brasil. Ela já dá nome à biblioteca do museu e agora é tema do projeto “Carolina em Nós”, idealizado pelo grupo Ilú Obá de Min, que há dez anos ocupa as ruas de São Paulo com atividades para promover a cultura afro-brasileira. Com curadoria de Roberto Okinaka, a exposição é gratuita, vai até o dia 31 de janeiro de 2016 e conta com extensa programação.



Nossa intenção é reconhecer e dar a devida importância à figura de Carolina como escritora, não apenas por ela ser negra e catadora de material reciclável, mas por sua preciosa contribuição para a literatura brasileira”, destaca a produtora Tâmara David que coordena a exposição lado de Ester Dias. O projeto foi selecionado por meio do Programa CAIXA de Apoio ao Patrimônio Cultural Brasileiro 2015/2016.

Carolina Maria de Jesus é conhecida principalmente pela obra “Quarto de Despejo”, que teve a primeira edição publicada em 1960 e já foi traduzido para 13 idiomas. O que poucos sabem, porém, é que apesar de todas as dificuldades, ela escreveu ainda outros livros, alguns que sequer foram publicados, além de centenas de textos, entre poesias, peças de teatro e marchas carnavalescas.

Com realização do grupo Ilú Obá de Min e Museu Afro Brasil, a exposição “Carolina em Nós”, vai contextualizar a vida e obra da escritora em painéis, fotos e cenários montados na lateral do prédio. Não é preciso entrar no museu para conferir a mostra, por isso o acesso é totalmente gratuito. “Essa exposição é uma extensão do trabalho que começamos no Carnaval desse ano, quando o grupo Ilú Obá de Min teve Carolina Maria de Jesus como tema do bloco que todos os anos desfila pelas ruas de São Paulo com cerca de 250 ritmistas, todas participantes das oficinas de percussão afro brasileiras”, revela a produtora Ester Dias.

Ao homenagear mulheres negras desde sua criação, o grupo Ilú Obá de Min pretende estimular o empoderamento feminino, o enfrentamento ao sexismo, racismo e à intolerância religiosa por meio das oficinas do toque dos orixás, tradicionalmente mantidos pelas casas de candomblé, e percussão afro-brasileira. Nesta exposição, a reciclagem também vai ser ressaltada, já que Carolina Maria de Jesus era catadora de papel. O programa da mostra vai contar com um informativo sobre o tempo de decomposição dos produtos e, entre as oficinas que vão ser oferecidas, está a de confecção de cadernos a partir de material de reuso.



A Revista “TIÇÃO” e o protagonismo de NEGROS e NEGRAS



Nos pampas , a resistência afro–brasileira sempre presente, fortalece a necessidade de criação de uma Imprensa Alternativa Negra. Nesse compromisso emerge a Revista Tição como um veículo de resistência no combate ao racismo. Este se torna um instrumento de luta e cidadania para a comunidade afro–brasileira.

Tição, uma brasa adormecida que é escura, preta, mas é quente, vermelha. Com esse significado, sugestão do professor Oliveira Silveira, feita nas reuniões preliminares de sua criação. Essa denominação batiza a revista Tição, o objeto de estudo deste trabalho. Em 1974, um grupo de indivíduos negros se reúne para conversar sobre seus anseios e descobre a necessidade de mostrar a verdadeira história do negro que não é contada e nem apresentada nos veículos de comunicação. A história do povo afro–brasileiro que ajudou a construir este país, conhecido como Brasil. Isso pode ser notado no editorial da Revista Tição número 1, de março de 1978.

Forma–se então um grupo de jornalistas e intelectuais negros, preocupados em realizar uma mudança de comportamento perante a sociedade que os discriminava. O objetivo desses jovens jornalistas na época era de exercitar a profissão com o desafio de mostrar uma temática negra antes não apresentada para a sociedade. As reportagens, através da revista, tinham a tarefa de apresentar a verdadeira dimensão da comunidade negra do país e em especial do Rio Grande do Sul. Afinal, não era uma simples obra ou panfleto.

A criação da Revista “TIÇÃO" que teve três edições, a primeira revista que surge abordando a temática racial e valorizando a cultura e o protagonismo de negros e negras notáveis da época e da história, foi sem dúvida um marco importante para o movimento negro e na carreira de Oliveira.



Abaixo pode-se ver imagens das três edições da revista




Material sobre Cultura Afro-brasileira é disponibilizado pelo MEC para download




Em 20 de novembro de 2012 foi assinada a Resolução CNE/CEB nº 8 que define as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Escolar Quilombola. Este documento foi elabora considerando as especificidades destas comunidades e teve com ampla participação de representantes das comunidades remanescente de quilombos. Nele se revisa a perspectiva ideológica da formulação de currículos escolares, respeitando os valores históricos e culturais dos alunos e professores das comunidades remanescentes de quilombos. Essas diretrizes atendem as deliberações da Conferência Nacional de Educação (CONAE, 2010) e ao acordo firmado no I Seminário Nacional de Educação Quilombola realizado em 2010.

Foto: Portal - formiga.mg.gov.br

Além das diretrizes, há um esforço do Ministério da Educação para através do PAR garantir que os sistemas de ensino (estaduais e municipais) incluam as escolas localizadas em Comunidades Remanescentes de Quilombos nas demandas relacionadas à infra-estrutura, formação de professores e aquisição de materiais didáticos específicos.

Há de se destacar o Programa Brasil Quilombola que reúne ações integradas entre diversos órgãos governamentais para as comunidades remanescentes de quilombos. O objetivo do Programa Brasil Quilombola é transformar as condições de vida destas comunidades, conforme o previsto no Decreto Nº 4.887, de 20 de novembro de 2003, que trata da regularização fundiária de terras de quilombos e define as responsabilidades dos órgãos governamentais, bem como o previsto no Decreto Nº 6.261, de 20 de novembro de 2007, que dispõe sobre a gestão integrada para o desenvolvimento da Agenda Social Quilombola no âmbito do referido programa.

Clique aqui e faça o download do material 

Ação governamental fomentará a valorização da cultura dos povos de matriz africana



O governo federal irá realizar uma série de ações no sentido de combater a intolerância religiosa, valorizar e preservar a cultura dos povos de matriz africana. Nesse sentido foi criado, hoje, dia 10/08, um Grupo de Trabalho Interministerial, que deverá renovar o atual Plano Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana, para os anos de 2013 a 2015.


Esse grupo será composto por oito ministérios: da Cultura (MinC), das Comunicações (MiniCom), dos Direitos Humanos (SDH), da Educação (MEC), da Justiça (MJ), do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), e secretarias (com status de ministério) de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e de Comunicação Social da Presidência (Secom). Representantes desses ministérios estiveram reunidos hoje, na Seppir, para discutir o tema. O ministro da Cultura, Juca Ferreira, participou da reunião.

"A questão da intolerância religiosa tem crescido no Brasil. Essa reunião faz parte de um processo que se começou inicialmente com a Seppir, SDH, MinC e Fundação Cultural Palmares. Decidimos que não somente os três ministérios participariam, mas outros que tivessem relação com a temática", afirmou a ministra Nilma Lino Gomes, da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial.

De acordo com a ministra, a ideia é retomar as ações do primeiro plano que ainda precisam ser realizadas e já elaborar um segundo plano para os próximos dois anos. "Com estes oito ministérios, nós vamos constituir um GTI e os representantes desses ministérios vão atuar para elaborar uma proposta e apresentar na próxima reunião interministerial que faremos. São ações para 2015 e para outros anos de atuação do governo federal", explicou.

O ministro Juca Ferreira afirmou: "Temos uma responsabilidade enorme de fazer com que a lei seja cumprida (de forma que sejam punidas situações de racismo). Há casos de racismo manifestados na internet, na rua. Então, acho que a gente pode fazer uma análise e promover um programa de ações". Ainda na reunião, o ministro informou que indicará a presidente da Fundação Cultural Palmares, Cida Abreu, para representar a pasta no grupo interministerial.

Com shows, debates e cinemas, será realizado o VIII Festival da mulher afrolatina




Com o objetivo de debater sobre as desigualdades de gênero e raça e dar mais visibilidade à cultura negra, o VIII Festival Latinidades chega à Brasília entre os dias 22 e 26 de julho, se consagrando como o maior festival de mulheres negras do país. Com uma programação extensa de mesas, oficinas, lançamentos literários, feira afro, shows e performances, as ações acontecem no Cine Brasília e no Parque da Cidade. Para as atividades formativas, como palestras e workshops, as inscrições já estão encerradas; para a programação cultural, como apresentações musicais e exibição de filmes, não é necessário realizar inscrição e a entrada é Catraca Livre.

Exposição "Herança Africana" de Angéle Etoundi, integra
a programação.
Em 2015 o festival tem o tema “Cinema Negro” e questiona a representação de mulheres e homens negros no cinema, englobando também questões de gênero e da produção e acesso de cultura pela periferia.

Um dos destaques da programação é o Slam das Minas, batalha de poesia falada exclusiva para mulheres e lésbicas, que acontece dia 24 de julho. Na batalha, as participantes apresentam poema autoral e recebem notas do júri. Todas as participantes ganham um zine-compilação de poetisas do DF e as finalistas são premiadas com brindes especiais.

Elza Soares é uma das mulheres homenageadas, com exibição
do filme "My Name Is Now" e show.
O público também pode conferir o filme “My Name Is Now”, estrelando Elza Soares e, logo na sequência, assistir ao show da cantora, no dia 22 de julho. Outras atrações musicais são Folakemi Quinteto, cantora inglesa com ascendência nigeriana, Tássia Reis, Afro Sambas com Nãnan Matos, entre outras. Para celebrar a realização do festival, também acontece a Festa Latinidades, no Parque da Cidade, com shows de Karol Conka, GOG, Rico Dalasam (SP) e DJs, entre outras atrações, com ingressos a R$ 20.

A exposição “Herança Africana: Retratos das mulheres africanas e afro-colombianas”, da fotógrafa Angèle Etoundi, também integra o festival. As fotografias exaltam a mulher negra em suas diversas possibilidades, da trabalhadora à dona de casa, da sensibilidade à força.



Professor Alex Ratts, da UFG, confirma participação na 6ª edição do Artefatos da Cultura Negra no Cariri



A população afrodescendente no Brasil desencadeou inúmeras iniciativas para superar a exclusão e as práticas racistas, dentro e fora do sistema educacional, que atravessaram o século XX. Como parte desse processo político de luta por educação de qualidade e antirracista é que nos anos de 2003 e 2004 o movimento negro brasileiro recoloca em pauta o ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana no país, tornando obrigatório no currículo oficial da Rede Nacional de Ensino de acordo com a Lei 10.639/2003 e nos termos de suas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (Parecer CNE/CP 03/2004 e Resolução CNE/CP 01/2004).

A Lei nº. 10.639/03 alterou a LDB nº. 9.394/96 nos seus artigos 79A e 79B que até então não propunha em seu corpo legal a obrigatoriedade da discussão das questões voltadas à temática. Diante desse contexto e movidos pelo desejo de se promover uma educação de combate ao racismo é que nasceu, no ano de 2009, a proposta do Artefatos da Cultura Negra no Ceará, o qual se encontra na sua VI edição.

Este ano o Seminário VI Artefatos da Cultura Negra no Ceará intitulado “Educação Afropensada: Repensar o Currículo e Construir Alternativas de Combate ao Racismo”ocorrerá entre os dias 31 de agosto e 04 de setembro do ano em curso e tem como proposta fundamental rediscutir as principais contribuições dos africanos nos contextos políticos, econômicos, sociais e culturais para o Brasil.

Segundo Cícera Nunes, uma das organizadoras do artefato, alguns nomes já confirmaram presença, a saber, as professoras Joselina da Silva, da UFRRJ e, Jurema Werneck – ONG Crioula/RJ arguirão sobre “Políticas Públicas: Um olhar de Gênero e Raça”. “O Panafricanismo e as Repercussões na América do Sul”, será discutido pelos docentes Henrique Cunha Júnior, da UFC, Carlos Moore e Elisa Larkin Nasciment, do IPEAFRO/RJ.  A “Literatura Infantil com a Temática Africana e Afrodescendente” ficará a cargo dos professores Kiusam de Oliveira, da Secretaria de Educação de Diadema/SP e Heloísa Pires Lima, da UNIP/SP. Cecília Calaça (FLATED) discutirá a respeito da “Arte Africana e Afrodescendente” e “Tradição Oral, Afrodescendência e Educação” será mencionado por Sandra Haydée Petit (UFC). Já Eduardo David de Oliveira (UFBA) argumentará sobre “Religiosidade, Cosmovisão Africana e Educação”, enquanto que Kym Morrison (Universidade de Massachusetts) frisará em sua fala acerca da “Raça na Literatura Historiográfica do pós-abolição no Brasil e nos EUA: Pontos Comparativos”. Já Lilian Cavalcante, da Casa de Cultura Britânica - UFC e, Eduardo Oliveira, da UFBA ministrarão palestras acerca dos temas "Uma Proposta Pedagógica para o Ensino da Literatura Afrodescendentes: A Literatura Servindo de Aporte às Diversidades Identitárias e Culturais" e "Estética da Libertação, Religiosidade de Matriz e Educação Brasileira", respectivamente. 

Professor Alex Ratts, da UFG.
Quem também acaba de confirmar a participação nesta 6ª edição é o professor Alex Ratts, da Universidade Federal de Goiás – UFG. Ratts é doutor em antropologia pela Universidade de São Paulo – USP e no ensejo ministrará palestra sobre a temática “Existir e Movimentar-se com a Palavra: a Geopoética de Beatriz Nascimento”.

Em entrevista ao Informações em Foco, Ratts afirma que durante sua estada no cariri irar lançar o livro com poemas e ensaios de Beatriz Nascimento que organizou com a filha dela. irei tratar também da poética de BN, do seu trabalho com a palavra. Além disso, é sempre importante estar com estudiosxs e ativistas do Cariri”, completou.

O VI Artefatos da Cultura Negra no Ceará resulta de uma parceria do programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal do Ceará, Universidade Estadual do Ceará, Universidade do Tennesse, Universidade Federal da Paraíba, Universidade Regional do Cariri e Universidade Cândido Mendes. O evento será realizado na Universidade Federal do Ceará, Universidade Estadual do Ceará e Universidade Regional do Cariri.

Na oportunidade, além das palestras haverá mini-cursos, visitas pedagógicas, oficinas, mesas redondas e lançamentos de livros. As inscrições para apresentação de trabalhos estão abertas desde o dia 08 de junho. Em breve deverá ser divulgada a programação completa, inclusive com os horários e os locais dos encontros.

Festas Juninas e o incremento da cultura afro-brasileira



Desde os povos primitivos, os homens se acostumaram a se reunir em torno de uma fogueira para dançarem e agradecerem aos deuses pelas colheitas do mês junho, tradição que, com o passar do tempo, se tornou uma celebração a Santo Antônio, São João e São Pedro. O que para os europeus é a transição da primavera para o verão e a época de maior fertilidade, no Brasil representa a chegada do inverno, o que não impediu que pessoas de todos os estados adaptassem a tradicional festa junina para o país. No Brasil, ao contrário do vinho, os dançarinos aproveitam o quentão e os caldos para afastar o frio.

Essa festa não é nem cristã. Essa ação de você fazer em junho uma homenagem aos santos não começou assim. Na Grécia e em Roma já se prestavam essas homenagens, mas é ainda mais antigo”, reforça o folclorista e ex-presidente da Associação de Folclore de Minas Gerais, Carlos Felipe Horta. Mas foi com o Cristianismo e a incorporação de diversos elementos da cultura popular que os arraiais se fortaleceram, tendo no Brasil um estilo único graças às crenças e costumes das diferentes regiões, além da influência afro-brasileira.

Arraiá da Escolinha Disneylandia no XII Festival Junino
do município de Altaneira.
Se engana quem pensa que não há explicação para os hábitos e brincadeiras da festa junina. A tradicional encenação do casamento, na qual ao longo dos tempos o delegado, o pai da noiva, a amante abandonada e outros personagens comuns em muitas histórias brasileiras foram adicionados, criando uma cerimônia tragicômica, tem origem nos primeiros anos do Brasil Colônia, quando não havia padres para as celebrações. Na época, como explica Carlos Horta, as uniões eram feitas em frente às fogueiras e as chamas simbolizavam a aprovação dos santos. Dessa forma, também surgiam os laços entre compadres e comadres.

A festa também é uma homenagem à população do campo e às cidades do interior do país. Mesmo nas capitais, pessoas de diversas idades se vestem com roupas características da zona rural, além de relembrar a figura do caipira. Apesar de a festa junina permitir uma mistura de ritmos, como o sertanejo e o forró, a quadrilha é considerada por muitos uma tradição. A dança – que teve início na Grã Bretanha, foi adaptada pelos franceses, importada por Portugal, que por sua vez trouxe o ritmo ao Brasil – era originalmente destinada aos grandes salões, mas ganhou outra sonoridade em solo brasileiro. “A quadrilha se incorporou à festa no Brasil porque ela ‘chegou e pegou”, explica o especialista.

O folclorista Carlos Felipe Horta explica que a festa é tão importante para na zona rural que influencia até mesmo a política das pequenas cidades e povoados. “Em junho e julho, deputado e senador que não aparecer na festa de São João não ganha voto”, conta.

Nos dias de festa, além de dançar, as crianças também aproveitam para brincar de pescaria, passa-anel, jogos com argolas, cadeia, correio elegante, sorteio de prendas e outros. As brincadeiras são semelhantes àquelas das quermesses e outras feiras religiosas e fazem parte do lúdico brasileiro.

Os brasileiros não escondem a crença em superstições, que fazem parte do imaginário popular nos 365 dias do ano, mas é na festa junina que algumas se fortalecem. Nesta época, Santo Antônio é o preferido dos fiéis para fazer preces e promessas, principalmente quando o assunto são casamentos. As solteiras que desejam se casar costumam rezar para o santo, só que se a oração não for atendida, decidem ser mais severas. “Você pede, se não consegue, apela”, explica Horta. Um dos artifícios para “convencê-lo”, é colocar a imagem no poço e, em último caso, tirar a imagem de Jesus que é carregada por Santo Antônio. “Aí ele te ajuda de qualquer maneira”, reforça o folclorista.

Outra crendice é pegar um prato com água e derramar uma clara de ovo sobre ele. Caso a imagem que se forme seja semelhante a uma estrela, é preciso se alegrar porque isto é um sinal de fortuna e amor a caminho. Mas se a figura for parecida com uma cruz, o perigo é iminente, alerta Carlos Horta.

Por meio das influências afro-brasileiras, em especial do Candomblé, a festa junina brasileira passou a ter novas manifestações no país. Um exemplo é a relação estabelecida entre os santos e os orixás. “As imagens de São Pedro e São João são ‘sincretizadas’ com a de Xangô”, afirma o especialista em folclore brasileiro. Santo Antônio é representado por Ogun. Seguindo esta vertente, outras superstições foram adicionadas à festa. É o caso da tradição de se dançar com uma tigela cheia de brasas na cabeça, comum para alguns descendentes de africanos.

A festa junina do Quilombo Mato do Tição, citada por Horta, é um exemplo do encontro entre a cultura africana e a crença em São João. Membros da comunidade localizada na cidade de Jaboticatubas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, festejam a principal atração da festa, momento em que as brasas da fogueira são colocadas no chão e os fiéis caminham sobre elas para demonstrar a fé no santo.

Quitutes

Aqueles que estão acostumados a frequentar festas juninas sabem que existem algumas comidas consideradas tradicionais da festa. A atração principal dos arraiais brasileiros é o milho. A partir do cereal, grande parte dos quitutes típicos de São João é feita, como a canjica, a canjiquinha, o curau, o cuzcuz, a pamonha, a pipoca, o milho cozido e o suco de milho verde. O amendoim e o coco também aparecem como ingredientes de muitas receitas, é o caso dos doces pé de moleque, cajuzinho, bom-bocado, cocada e quebra-queixo.

Da mesma maneira que as festividades na Europa são “regadas” a vinho, a bebida também é apreciada no Brasil, mas por aqui se bebe o vinho quente e o quentão – receita que mistura gengibre e cachaça. Como a comemoração aos santos geralmente é feita a noite, os caldos e o churrasquinho são boas pedidas para se esquentar no inverno.

Carnaval português

Tendo vivido por muitos séculos sob a forte influência do Cristianismo, para os portugueses, as festas para os santos estão entre os principais eventos do país. São Pedro é aquele que protege os pescadores e navegantes, classe muito respeitada no período colonial. Já os pastores e criadores de animais vêem em São João um protetor. E não poderia faltar Santo Antônio, um legítimo português nascido em Lisboa e conhecido pelas habilidades de casamenteiro. O folclorista Carlos Felipe Horta explica que esse conjunto de características deu à festa um terreno fértil para o desenvolvimento. “A festa se espalhou por toda a Europa, mas em Portugal é mais forte”, afirma.

José Amaro de Sousa Pinto, diretor cultural do Grupo Folclórico Gil Vicente, do Centro da Comunidade Luso-Brasileira (CCLB) de Belo Horizonte, explica que a Festa de São João é tão importante para os portugueses que se compara ao carnaval para os brasileiros. “Têm marchas e desfiles. A festa dos santos populares é a festa aberta ao público mais importante; é como o carnaval no Brasil”, conta. Assim como na folia de fevereiro, em junho os fiéis enchem as ruas das principais cidades e decoram os locais com bandeirinhas e arcos, como os vistos nas festas juninas.

Os portugueses também costumam apelar aos santos, mas o mais comum é fazer brincadeiras e simpatias para atrair boa sorte. Um dos costumes é bater na cabeça das pessoas que participam da festa na rua com um alho ou com um martelinho. O ato é uma forma de distribuir a sorte entre todos. O trevo de quatro folhas e o manjerico são plantas usadas para atrair energias positivas. A primeira deve ser colocada na carteira e a segunda no chapéu, no bolso da camisa e em vasinhos para perfumar. “Toda gente leva para casa para dar sorte”, conta.

Mas as crendices mudam dependendo da região, que, como afirma Amaro, são muito distintas. Para as cidades e povoados litorâneos, há o hábito de vestir roupas feitas de papel e entrar no mar à meia-noite. Muitos também aguardam ansiosos para comer os principais pratos da culinária portuguesa na festa dos santos populares. Na festividade, os comerciantes abrem barraquinhas para vender castanhas quentes, pão de milho com sardinha, galinha assada e vinho.

Línguas africanas faladas em terreiros baianos nos anos 1940 vão virar CD, livro e exposição fotográfica



Em sua pesquisa, o professor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) se deparou com um tesouro desconhecido pelos brasileiros: 52 horas de gravações feitas pelo linguista norte-americano Lorenzo Turner entre 1940 e 1941, em sua passagem pela Bahia, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Sergipe e Mato Grosso.

Registro inédito de menininha do gantois (3ª da D p/E) e filhas de santo
 Eu não conhecia Lorenzo Turner,  um  neto de escravos da Carolina do Norte,  o primeiro linguista a se formar em Havard e a  mostrar que existiam línguas criolas no país. Ele tem uma história de família incrível: em duas gerações foi da escravidão à excelência acadêmica”.

A pesquisa de Vatin recentemente ganhou repercussão nacional por conta da descoberta de uma gravação rara que reproduz a voz do poeta Mário de Andrade (1893 – 1945), inexistente no Brasil.

Na época, a tecnologia era cara e literalmente pesada: os equipamentos e discos de alumínio que guardavam as gravações totalizavam cerca de 250 quilos, um obstáculo a mais para quem viajava em navio a vapor.

No entanto, o que desperta o interesse do etnomusicólogo são as 17 horas gravadas  por Turner em terreiros de candomblé baianos durante sete meses, nos quais registrou filhos e filhas de santo e  sacerdotes  como Martiniano Eliseu do Bonfim, Manoel Falefá, Mãe Menininha do Gantois e  o jovem Joãozinho da Gomeia.

Cada minuto é muito precioso. A primeira coisa que eu ouvi foi uma gravação de Mãe Menininha, aos 35 anos, isso me fez chorar. São centenas de cantigas e rezas, além de ritos funerários gravados em diversos terreiros de Salvador, Cachoeira, São Félix, Santo Amaro. O precioso para o povo de santo é que muitas dessas canções e rezas se perderam”, explica.
Vatin percorreu 5.000 quilômetros nos Estados Unidos para reunir também as fotografias e anotações de Turner feitas na expedição baiana.

O repatriamento do material vai dar origem a um CD duplo que será restituído aos terreiros, um livro e uma exposição fotográfica, cuja estreia está marcada para julho, no Museu Afro Brasil, em São Paulo.

O que acho extraordinário, tanto na fotografia, como nas gravações sonoras, é que Turner traz literalmente a presença dessas pessoas. Talvez por ser negro, ele deu voz ao povo de santo como ninguém fez”, defende o estudioso da musicalidade do candomblé.

Segundo Vatin, Turner foi pioneiro na década em que a Bahia se tornou  referência para os estudos sobre a diáspora africana, antecedendo antropólogos como Pierre Verger, que aportou aqui em 1946.

Entre 1937 e 1946, importantes pesquisadores seguiram os vestígios quase que intactos de elementos africanos no estado. “Neste período, a Bahia foi laboratório de pesquisadores da cultura negra como Ruth Landers, Verger, Melville Herskovits, Roger Bastide, Edson Carneiro, Arthur Ramos. O trabalho de Turner ficou 72 anos esquecido. Se esse homem não fosse negro, com certeza seria muito mais conhecido”, opina o francês radicado na Bahia há 23 anos.

Turner pesquisava as línguas criolas faladas no Sul dos EUA por descendentes de escravos africanos e foi atraído pela Bahia depois de saber que nos terreiros daqui as pessoas falavam fluentemente iorubá, kibungo e fon, entre outras línguas.

Essas gravações são os únicos documentos que a gente tem que comprovam que  na década de 1940 as línguas africanas eram ainda faladas dentro dos terreiros. Além de uma mina de ouro para o povo de santo, esse material mostra que há muito tempo vem pessoas do mundo inteiro aqui para pesquisar essa cultura. Este trabalho é uma forma de reforçar a legitimidade da cultura afrobrasileira através da tradição do candomblé”.

Patrimônio material e imaterial é foco na V Edição da Caravana da Cultura



A quinta edição da Caravana da Cultura, iniciativa do Ministério da Cultura (MinC) que busca estreitar laços e ouvir demandas de artistas e gestores culturais, teve início nesta terça-feira (12) com uma série de atividades na cidade de Cachoeira, no Recôncavo Baiano. O ministro Juca Ferreira, a presidenta do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), Jurema Machado, e os secretários do Audiovisual, Pola Ribeiro, e da Cidadania e da Diversidade Cultural, Ivana Bentes, participaram de reunião com autoridades, visitaram um terreiro de candomblé e conheceram ações do Iphan no município, entre outras atividades.


 Nesta visita, estamos vendo as demandas que a população tem em relação ao patrimônio histórico. Também vamos conversar com a comunidade para aproximar o ministério de onde a cultura floresce”, destacou Juca Ferreira. “O Recôncavo é uma das regiões mais densas culturalmente do Brasil. E Cachoeira é uma cidade muito viva, que está sempre se renovando e tem um patrimônio histórico invejável. Tenho muito afeto pela cidade”.

O secretário de Cultura da Bahia, Jorge Portugal, destacou que a visita ao Recôncavo Baiano é um gesto “emblemático” do Ministério da Cultura. “Cachoeira e Santo Amaro são as duas cidades mais importantes do Brasil Colônia, locais onde o país começou e se sedimentou culturalmente”, afirmou. “A Secretaria de Cultura está irmanada nesta caravana como se estivesse recebendo o abraço de um irmão que convida para a realização de uma política cultural competente para o nosso país”.

Uma das atividades deste primeiro dia foi a visita ao Candomblé Roça de Ventura. O santuário religioso, que faz parte da naçãoJeje Mahi, originária nos cultos às divindades chamadas vodum, é um dos mais antigos terreiros de candomblé da Bahia, tendo sido tombado em 2014 pelo Iphan como patrimônio cultural do Brasil. O terreiro tem fundamental importância na formação da rede de terreiros do Recôncavo Baiano e, sobretudo, para a formação histórica do candomblé como uma instituição religiosa.

Uma das coisas de que mais gosto em Cachoeira é esta densidade espiritual. A sociedade brasileira deve muito a essa contribuição africana para a formação da nossa identidade, espiritualidade e alegria de viver”, afirmou Juca Ferreira. “Reconhecer o valor deste terreiro como patrimônio é fundamental”, acrescentou o ministro, que também criticou a intolerância religiosa da qual são vítimas terreiros de religiões de matriz africana. “Devemos continuar plurais e respeitosos”, afirmou.

Durante a visita ao candomblé, Jorge Portugal informou que a Secretaria de Cultura da Bahia irá incluir o terreiro e outras casas de matriz africana no Programa de Apoio a Ações Continuadas de Instituições Culturais, possibilitando o repasse a essas instituições de recursos do Fundo de Cultura do Estado da Bahia. “É a garantia de funcionamento de fundações e instituições importantes para a nossa cultura”.

O responsável pelo terreiro, Edvaldo de Jesus Conceição, mais conhecido como Buda de Bobosa, destacou a importância do tombamento pelo Iphan. “A preservação desta área é muito importante para evitar devastações na nossa área e para podermos fazer nossos cultos aos orixás”, afirmou.

Na sequência, a comitiva do MinC esteve no Casarão, imóvel histórico construído no século XVIII e tombado em 1943. A presidente do Iphan, Jurema Machado, assinou termo de cessão do prédio para a Administração Municipal. No local, serão instalados vários equipamentos do Sistema Municipal de Cultura, como a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, o Conselho Municipal de Política Cultural, o Centro do Samba de Roda de Cachoeira e o Memorial de Imagem e Som de Cachoeira, entre outros.

Cachoeira é um dos exemplos mais interessantes na história do Iphan dessa associação entre patrimônio e dinamização da vida urbana”, afirmou Jurema Machado. “É preciso dar uso a esse patrimônio, fazer com que ele faça sentido no cotidiano da cidade. Ver esta casa usada, com intenso interesse da comunidade, é muito importante para a preservação do patrimônio”.

Ainda nesta terça-feira, a comitiva do MinC visitou o Quarteirão Colombo, onde será implantada uma nova unidade do campus da Universidade Federal do Recôncavo Baiano e o Cine Teatro Cachoeira. Ao lado, havia uma manifestação organizada pelo Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Cachoeira reivindicando mais educação.  Em jantar com o secretário Jorge Portugal, o cantor Carlinhos Brown, o presidente do Olodum, João Jorge Rodrigues, e o Vovô do Ilê Ayê, fundador do bloco Ilê Ayê, a Caravana da Cultura discutiu a criação de um circuito afro no carnaval da Bahia

Conheça cinco curiosidades sobre a Roda de Capoeira


A página da Fundação Cultural Palmares, na rede social facebook publicou na tarde desta terça-feira, 07, cinco curiosidades sobre a Roda de Capoeira.  

Grupo CultuArte, de Altaneira, em roda de capoeira na EEEP
Wellington Belém de Figueiredo por ocasião
do dia da Consciência Negra. Foto: Yane Moura
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No dia 26 de novembro de 2014  a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) reconheceu a roda de capoeira, prática cultural afro-brasileira como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. O reconhecimento é dado a expressões e tradições culturais que são passadas de geração pelo mundo e foi concedido após uma votação na sede desta entidade em Paris.

Essa prática mistura música com arte marcial e tem origem no século XVII com povos escravizados no Brasil em busca de socialização e defesa contra a violência praticada na época.

Abaixo segue as cinco curiosidades

1) O gol de bicicleta utilizado no futebol teve influência dos movimentos da Capoeira.

2) Havia prisão e trabalho forçado para quem fosse pego praticando capoeira na época da proibição, no Brasil República.

3) O uso de uma argolinha de ouro na orelha era tido como sinal de força e valentia dos negros.

4) Nas rodas os capoeiristas jogavam sem manchar o branco de suas vestes e sem deixar cair o chapéu. Era considerado um bom jogador aquele que conseguisse sair da roda com o terno impecavelmente limpo.

5) Milhares de capoeiristas foram para a Guerra do Paraguai, pois havia sido prometida a liberdade no final do conflito àqueles que participassem da batalha.