Nos
pampas , a resistência afro–brasileira sempre presente, fortalece a necessidade
de criação de uma Imprensa Alternativa Negra. Nesse compromisso emerge a
Revista Tição como um veículo de resistência no combate ao racismo. Este se
torna um instrumento de luta e cidadania para a comunidade afro–brasileira.
Tição,
uma brasa adormecida que é escura, preta, mas é quente, vermelha. Com esse
significado, sugestão do professor Oliveira Silveira, feita nas reuniões
preliminares de sua criação. Essa denominação batiza a revista Tição, o objeto
de estudo deste trabalho. Em 1974, um grupo de indivíduos negros se reúne para
conversar sobre seus anseios e descobre a necessidade de mostrar a verdadeira
história do negro que não é contada e nem apresentada nos veículos de
comunicação. A história do povo afro–brasileiro que ajudou a construir este
país, conhecido como Brasil. Isso pode ser notado no editorial da Revista Tição
número 1, de março de 1978.
Forma–se
então um grupo de jornalistas e intelectuais negros, preocupados em realizar
uma mudança de comportamento perante a sociedade que os discriminava. O
objetivo desses jovens jornalistas na época era de exercitar a profissão com o
desafio de mostrar uma temática negra antes não apresentada para a sociedade.
As reportagens, através da revista, tinham a tarefa de apresentar a verdadeira
dimensão da comunidade negra do país e em especial do Rio Grande do Sul.
Afinal, não era uma simples obra ou panfleto.
A
criação da Revista “TIÇÃO" que teve três edições, a primeira revista que
surge abordando a temática racial e valorizando a cultura e o protagonismo de
negros e negras notáveis da época e da história, foi sem dúvida um marco
importante para o movimento negro e na carreira de Oliveira.
Abaixo
pode-se ver imagens das três edições da revista
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