Ex-ministro
e ex-governador do Ceará, o pré-candidato a presidente da república pelo PDT,
Ciro Gomes, descarta, com ênfase, um eventual apoio do MDB a sua campanha. Em
entrevista ao jornalista Walter Santos, editor da Revista Nordeste, Ciro fala
de seus planos em um eventual governo, caso seja eleito, e diz já estar
preparando algo voltado para o desenvolvimento, especialmente para a região.
Questionado
sobre com quem tem conversado para firmar alianças, ele respondeu: “Nós estamos também sozinhos nesse instante,
mas temos uma conversa profunda com o PSB e o PCdoB, seria nossa aliança
preferencial. Sem excluir ninguém, mas, com todo respeito a quem pensa
diferente, eu não quero o apoio do MDB”.
Ele
continua: “É preciso botar o MDB na
oposição e o Brasil precisa destruir esse monstro fisiológico e corrupto que
hoje sangra o país por todos os ângulos. Evidentemente, sempre tendo a justiça
de excepcionalizar alguns peemedebistas que são respeitáveis – eu respeito o
Jarbas Vasconcelos, eu respeito o Requião, enfim, ficando aqui em dois, pois o
terceiro já não é mais tão fácil de lembrar. Mas essa quadrilha aí tem que ser
afastada, banida do centro do poder brasileiro, porque eles destruíram o governo
FHC, destruíram o governo Dilma, na base da fisiologia, do clientelismo,
introduziram essa instabilidade política no país e agora com o componente
golpista criminoso. Então, tirando esse, nós vamos conversar. Preferencialmente
PSB e PCdoB”.
Sobre
um eventual apoio do PT, que lançará o ex-presidente Lula, disse que seria
“bem-vindo”, mas que “é mais fácil o boi
voar”. Ciro aproveitou para fazer críticas também aos tucanos: “O PT é o principal partido que a democracia
brasileira produziu junto com o PSDB e eles, ao invés de cooperarem, brigaram
em São Paulo e, ao brigar em São Paulo, racharam o Brasil nessa briga de
‘coxinhas’ e ‘mortadelas’, que num certo momento foi conveniente para eles e
agora introduziu o ódio, o sectarismo, a radicalização da política que está
fazendo muito mal ao país”.
“Por isso é preciso que o PT ceda o lugar a um novo desenho, mas eles não são capazes, nem mesmo de aprender com as lições dos erros graves que cometeram. Portanto, eu respeito, mas tenho que dizer que eu gostaria, né, para não dizer que ‘as uvas estão verdes’”, disse.
Para
Ciro, o quadro brasileiro está “tão
intrincado e complexo que a população basicamente está procurando ficha limpa,
está procurando experiência, capacidade de formulação, está procurando uma vida
pública anterior que seja observável, e, assim, parodiando o Rei Roberto
Carlos, esse cara sou eu. Mas esperem um pouco que vocês não precisam acreditar
não, a tarefa de atravessar o Rubicão é minha. Eu enfrento interesses
poderosíssimos”. (Com informações Revista Nordeste, do Brasil 247 e da
Revista Fórum).
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Presidenciável Ciro Gomes (PDT - Ceará) dispensa apoio do MDB. (Foto: Reprodução Revista Fórum). |
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