9 de outubro de 2022

Zezé Motta sofre ataques racistas após declarar apoio a Lula

 

FOTO | Reprodução | Revista Afirmativa).

A atriz e cantora Zezé Motta, 78 anos, sofreu ataques racistas após declarar apoio ao candidato à presidência, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em uma rede social, Zezé Motta denunciou as violências que vem sofrendo através de mensagens.

Seguindo uma campanha de “Vira Voto”, Motta publicou no Instagram um vídeo em que transforma o símbolo de uma arma, feito com os dedos, em um L. A publicação, que conta com mais de 35.2 mil curtidas, onde a atriz vestia uma roupa vermelha, foi uma declaração de voto ao candidato petista. No entanto, a atriz com mais de 50 anos de carreira começou a receber mensagens racistas nas redes sociais.

Um perfil com a foto do candidato Jair Bolsonaro (PL), sugeriu que Zezé Motta deixasse o currículo para a vaga de diarista. “Estou precisando de diarista depois você me manda seu currículo?” e disse que “a sinha moça tá te chamando”.

Com a frase “tem uma turma de bolsonaristas que resolveu me atacar, desde semana passada tá sendo esse porre, que gente é essa? Esse indivíduo aqui, resolveu me fazer essa proposta lá no Instagram. Que nível, asco, escrotidão…”, a atriz expor as mensagens racistas. Zezé Motta também afirmou que ao longo de sua vida passou por muitas situações de racismo declarado e afirmou que “a luta continua.”

Recentemente, Zezé foi escolhida para dar voz à história das irmãs Bibiana e Belonísia, personagens de “Torto Arado”, romance escrito pelo baiano Itamar Vieira Jr., que ganhou um projeto de audiolivro. A obra premiada com o Jabuti, em 2020, ainda não tem data para a versão narrada.
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Com informações da Revista Afirmativa.

8 de outubro de 2022

Altaneira é o 1° município do Ceará a ter lei que regulamenta feriado no dia da consciência negra

 

Professor Nicolau Neto e o presidente da Câmara de Altaneira, Deza Soares. (FOTO | João Alves).
 

Por Nicolau Neto, editor 

Circulou na edição do dia 17/11 de 2021, do Diário Oficial dos Municípios do Ceará, e sancionada pelo prefeito de Altaneira, Dariomar Rodrigues (PT), a Lei nº 819 que institui feriado em 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra.

O texto foi apresentado pelo vereador e presidente da Câmara, Deza Soares (PT) e é fruto do Plano Municipal de Combate ao Racismo e de Promoção da Equidade apresentado pelo professor e fundador deste Blog, Nicolau Neto, junto aos poderes executivo e legislativo no mês de maio do mesmo ano.

Pela legislação que entra em vigor já este ano, em um sábado, a data deve ser usada, “principalmente, pelos setores públicos do município, para a realização de atividades de reflexão e conscientização, inclusive, eventos culturais e outros, relacionados ao fortalecimento e consolidação da edificação de uma sociedade mais justa e racialmente equitativa.”

O texto representa um marco histórico na legislação municipal e corrobora para contribuir na reflexão e tomada de atitudes que reconheçam e valorizem a população negra que representa mais de 56% do Brasil como contribuidoras para a formação do país, mas principalmente como produtoras de conhecimentos, de saberes em todas as áreas e que isso seja discutido nas escolas.

A legislação que entra em vigor é mais que oportuna também porque fará com as pessoas comecem a se perguntar o porquê do feriado.

Altaneira se torna o primeiro município do Ceará a ter uma legislação nesse sentido, além de ser ainda o primeiro a contar com um Plano Municipal de Combate ao Racismo e de Promoção da Equidade.

Dia do Nordestino

 

Dia do Nordestino. (FOTO/ Reprodução/ YouTube).

Por Nicolau Neto, editor

8 de outubro é celebrado como o dia do Nordestino. A data se tornou oficial no mandato do presidente Lula (PT) em 2009, sendo referenciado pelo centenário do poeta caririense e reconhecido internacionalmente, Patativa do Assaré.

A data visa ainda apresentar uma narrativa que combata o preconceito diário a que os nordestinos e as nordestinas enfrentam.

É mais que oportuno, portanto, aproveitar o momento para reafirmar nossas lutas e nossas resistências, ao tempo que devemos celebrar nossas riquezas culturais, as diversidades e as pluralidades que tão bem marca a região nordeste do pais.

Vamos de poesia? Vamos de Bráulio Bessa – “Ser Nordestino”. 

Confere abaixo no nosso canal no YouTube:

           

Estudantes vão às ruas pela educação no dia 18. ‘Não dá para acreditar em Bolsonaro’

 

Estudantes já estão mobilizados em todo o país e prometem tomar as ruas em 18 de outubro. (FOTO/ Divulgação/UNE).

Os estudantes vão manter a agenda em defesa da educação e prometem encher as ruas no próximo dia 18, apesar do recuo do governo de Jair Bolsonaro (PL) em relação aos cortes orçamentários. Na tarde de hoje (7), o ministro da Educação, Victor Godoy, divulgou vídeo anunciando o desbloqueio de recursos para universidades, institutos federais e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). A informação, entretanto, não foi confirmada pelo Ministério da Economia.

Segundo o ministro, a decisão foi tomada após uma conversa entre ele e o ministro da Economia, Paulo Guedes. O ministro da Educação, no entanto, não detalhou o valor que será liberado para a pasta.

Semana que vem e dia 18 continuam como dias de Mobilização! Não dá para acreditar na fala desse governo, até o momento o desbloqueio nas contas não aconteceu e muito menos o decreto oficializando o desbloqueio!”, diz a União Nacional dos Estudantes (UNE)

O bloqueio, que provocou forte reação das instituições afetadas, da oposição e da sociedade civil, já é motivo de atos em diversas partes do país.

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Com informações da RBA.

7 de outubro de 2022

A casa está fechada

 

Alexandre Lucas. (FOTO | Acervo Pessoal).

Por Alexandre Lucas, Colunista

Estão mortas, outras desamparadas, secas. O jardim testemunha a ausência humana. Casa fechada. O único verde que resta são as lembranças daqueles olhos perdidos de esperança. O seu banco continua na varanda, dura uma vida, foi herança do seu avô, um assento para descanso ou esperar a paciência.

Uma garrafa de vinho, guardava uma carta de amor, de um casal clandestino. As bolsas de couro feitas pelas suas mãos estavam atrás da porta, a poeira, escondia os detalhes dos carimbos.

O sofá vermelho guardava em silêncio confidências, mas não suportava mais nenhum peso.

Os livros continuavam organizados na estante junto ao mofo e às traças.

Caixas vazias estavam amontoadas na sala, nenhuma mudança prevista.

Na mesa da cozinha, uma mosca se suicida, na caneca com café e a barata caminha em cima do pão seco.

Batidas na porta. O homem da companhia energética chegou para cortar o abastecimento de energia, atrasada durante todo o verão. A casa já não precisa de luz.

“A História nos mostra a grandeza do nosso povo Nordestino”, diz Graciela Rodrigues*

 

Graciela Rodrigues. (FOTO | Acervo Pessoal). 


A escolha política para definir o próximo Presidente da República é baseada na ideologia que mais se aproxima da forma como cada indivíduo vê e repara o mundo.

É sobre o que o afeta ou não.

É sobre o que o sensibiliza ou não.

É sobre prioridades.

É sobre vivências.

É sobre histórias de vida.

É sobre o sujeito que habita cada ser.

Mas é lamentável e triste a guerra xenofóbica que nosso país, mais uma vez, está sendo palco.

É repugnante ver nordestino (s) praticando xenofobia com outro(s) nordestino (s) por conta da escolha política.

A História nos mostra a grandeza do nosso povo Nordestino.

Na nossa região existem muitas pessoas que não tiveram a oportunidade de estudar, e a História nos explica o motivo, isso é um fato. Mas isso não faz delas eleitores menos importantes. São seres humanos que carregam suas lutas, suas dores, seus sonhos. E suas escolhas merecem ser respeitadas.

Além disso, os Eleitores Nordestinos do Lula também são compostos por pessoas que tiveram oportunidades de estudar e estudaram. E por viverem em uma Democracia o escolhem como candidato que as representam.

Concordam com todas as ideias e atitudes do Lula? Provavelmente, não. Mas dentro do cenário vivenciado e das ideologias defendidas, o Lula se aproxima mais das suas versões de sociedade do que o oponente.

Podemos defender nossas escolhas sem precisar diminuir/ofender/hostilizar o nosso semelhante.

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*Especialista em Gestão Escolar (FJN) e Graduada em Letras (URCA).

Estudantes anunciam mobilizações nacionais contra cortes nas universidades para os dias 10 e 18

 

MIlhões foram as ruas em todo o país em 2019 em defesa da educação atacada por Bolsonaro. O mesmo deve se repetir em 18 de outubro - Paulo Pinto/PT. 

Associações estudantis convocaram atos unificados para os dias 10 e 18 de outubro contra os cortes anunciados pelo governo Bolsonaro na Educação. Participam da iniciativa a União Nacional dos Estudantes (UNE), a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG).

O novo bloqueio de mais de R$ 1 bilhão afeta o ensino superior a ponto das universidades públicas correrem risco de não ter dinheiro para pagar funcionários e custos de operação. 

Com os novos contingencionamentos (bloqueio temporário de verba até que o governo decida se o corte será ou não definitivo), a Educação já perdeu R$ 2,4 bi.

Além dos atos nacionais, devem ocorrer plenárias em universidades e nos institutos federais.

A presidente da UNE, Bruna Brelaz, fez um chamado aos estudantes para que participem das plenárias a partir do dia 10, afirmando que o presidente que busca a reeleição "está tirando dinheiro da educação para sua campanha fracassada".

"Vamos organizar o maior movimento nas universidades e nas ruas e nas urnas. Dia 30 vamos colocar Bolsonaro no lixo da história."

Em Salvador, estudantes e professores da Universidade Federal da Bahia (UFBA) realizaram um protesto no bairro Canela, em frente à reitoria da instituição. O ato em Salvador foi organizado pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFBA, e faz parte do movimento divulgado pela UNE, de acordo com o site Metro1.

Risco para todo o sistema

O corte havia sido anunciado na última sexta-feira (30), às vésperas do primeiro turno das eleições, por meio do Decreto 11.216, que altera o Decreto nº 10.961, referente à execução do orçamento do MEC para este ano. Somado aos bloqueios de R$ 1,34 bilhão anunciados entre julho e agosto, o contingenciamento na educação chega a R$ 2,4 bilhões.

Em nota, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) destaca que o contingenciamento resultou em um corte de R$ 328,5 milhões nos valores disponíveis para despesas das universidades.

"Este valor, se somado ao montante que já havia sido bloqueado ao longo do ano, perfaz um total de R$ 763 milhões em valores que foram retirados das universidades federais do orçamento que havia sido aprovado para este ano", destaca a entidade. Para a Andifes, esse novo corte "coloca em risco todo o sistema das universidades", já afetadas pelos contingencimentos realizados ao longo do ano.

A entidade criticou, em reunião com o Secretário da Educação Superior, Wagner Vilas Boas de Souza, o fato do contingenciamento afetar recursos destinados a despesas de outubro, já comprometidas, podendo levar a "gravíssimas consequências e desdobramentos jurídicos para as universidades federais".

Para a Andifes, "essa limitação estabelecida pelo Decreto, que praticamente esgota as possibilidades de pagamentos a partir de agora, é insustentável".

Os R$ 2,4 bilhões representam 11,4% do valor de despesas discricionárias do MEC, que excluem o pagamento de salários dos professores. São valores que as administrações podem usar de acordo com suas necessidades, como pagamentos de serviços, por exemplo.
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Com informações do Brasil de Fato.

6 de outubro de 2022

Governo Bolsonaro bloqueia mais R$ 1 bilhão da educação e pode paralisar universidades

 

Com o novo bloqueio, contingenciamento na educação chega a R$ 2,4 bilhões em 2022 - Helena Dias/Brasil de Fato PE.

O governo federal anunciou um novo bloqueio de mais de R$ 1 bilhão nas verbas de custeio da educação superior do país. Com isso, universidades públicas estão novamente em risco de não ter dinheiro para pagar funcionários e custos de operação.

O contingenciamento (bloqueio temporário de verba até que o governo decida se o corte será ou não definitivo) foi anunciado na última sexta-feira (30), às vésperas do primeiro turno das eleições, por meio do Decreto 11.216, que altera o Decreto nº 10.961, referente à execução do orçamento do MEC para este ano. Somado aos bloqueios de R$ 1,34 bilhão anunciados entre julho e agosto, o contingenciamento na educação chega a R$ 2,4 bilhões.

Em nota, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) destaca que o contingenciamento resultou em um corte de R$ 328,5 milhões nos valores disponíveis para despesas das universidades.

"Este valor, se somado ao montante que já havia sido bloqueado ao longo do ano, perfaz um total de R$ 763 milhões em valores que foram retirados das universidades federais do orçamento que havia sido aprovado para este ano", destaca a entidade. Para a Andifes, esse novo corte "coloca em risco todo o sistema das universidades", já afetadas pelos contingencimentos realizados ao longo do ano.

A entidade criticou, em reunião com o Secretário da Educação Superior, Wagner Vilas Boas de Souza, o fato do contingenciamento afetar recursos destinados a despesas de outubro, já comprometidas, podendo levar a "gravíssimas consequências e desdobramentos jurídicos para as universidades federais".

Para a Andifes, "essa limitação estabelecida pelo Decreto, que praticamente esgota as possibilidades de pagamentos a partir de agora, é insustentável." A entidade convocou uma reunião extraordinária de seu conselho para esta quinta-feira (6), para discutir o contexto e debater as ações e providências.

Repercussão

Nas redes sociais, a União Nacional dos Estudantes (UNE) denuncia que o "Governo Federal confisca saldo de todas as contas do Institutos e Universidades Federais, nesta quarta, 05/10/22, e não deixa nenhum centavo para pagar nada!"

Após a postagem, a hashtag #ConfiscoNaEducação apareceu entre os termos mais postados no Twitter.

De acordo com análise do Centro de Estudos Sou Ciência divulgada no início de setembro, o governo Bolsonaro registrou uma redução de 94% nos investimentos destinados às universidades federais nos últimos quatros anos. Dos 21 institutos de pesquisa existentes no país, 19 tiveram queda de orçamento entre 2019 e 2021.
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Com informações do Brasil de Fato.