16 de outubro de 2013

Nota de repúdio ao autoritarismo e arrogância do Pároco de Altaneira



Comunidade religiosa em peso lota arredores da Igreja
Católica em procissão depois de atos arrogantes e
autoritários do pároco Alberto. Foto: João Alves.
Nesta terça-feira, 15, um fato inusitado ocorreu. Tão logo este se deu, publicamos na rede social facebook, no grupo Altaneira – Ce, nota explicativa sobre um fato que, em tese, deveria abalar as estruturas da Igreja Católica. Em tese, por que, na mesma terça-feira, durante a noite, testemunhamos através de fotos compartilhadas no facebook pelo amigo João Alves, vulgo Garoto Beleza, a grande participação da comunidade local na procissão, ato de encerramento dos festejos destinados a Santa Tereza D’Ávila, padroeira do município que teve início no último dia 06 com o tradicional cortejo do pau da bandeira. O amigo, parceiro, jurista e também blogueiro Raimundo Soares Filho publicou em seu Blog de Altaneira artigo relatando o feito supracitado.

O que nos chamou a atenção é que todo esse cenário de participação e fervor católico ocorreu depois de uma atitude grosseira, insana, autoritária e mal educada do Pároco Alberto para com esse que vos escreve. Queremos, depois de publicarmos nota na rede social, externar todo o nosso repúdio ao sacerdote local através desse portal de comunicação. Afirmamos, outrossim,  que levaremos esse repúdio aos quatro cantos da cidade, aos diversos espaços de poder, principalmente na Rádio Comunitária Altaneira Fm e no Poder Legislativo para que a comunidade altaneirense, de forma específica os que professam o credo religioso católico possam perceber o líder que lhes doutrinam, que lhes orientam. Esperamos atingir o máximo de pessoas possível e vamos manter a esperança de que possamos vir a ter um resultado satisfatório. O silencio ante a essa e muitas outras atrocidades cometidas pelo pároco (muitas delas veiculadas aqui mesmo nesse espaço de comunicação) não pode imperar. A comunidade precisa romper com a onda de silêncio. Ou os religiosos se identificam com o destino dos seus companheiros, com ele sofrendo, sentido a mesma dor e partilhando da mesma luta, ou se dissociam destes, alimentando o egoísmo e nesse caso, serão aliados daqueles que exploram o povo.

Leia também:


Pároco Alberto durante procissão no encerramento dos
festejos destinados a Santa Tereza, padroeira do município
Vamos à nota que publicamos na terça, 15, à tarde

Meus familiares, católicos, ao se desfazer de alguns batismo por conveniência financeira, haviam me convidado para ser padrinho de consagração do meu sobrinho Ryan.Por várias tentativas tentei me esquivar do convite, inclusive apontando que não comungo de nenhuma religião, não acredito na existência de um ser supremo. Mas ante a insistência, acabei aceitando, mesmo não entendendo que sentido tem um batismo.

Fomos a igreja e nos deparamos com um espaço vazio, nenhum banco para as pessoas sentarem. Todos estavam exposto ao sol. Se os que lá chegavam quisessem se sentar que fosse pegá-los e colocar na parte interna da igreja. Um fato, injustificável, haja vista que todos os sacramentos são avisados antecipadamente e devidamente pagos. Por que, então, eles ainda não haviam sido postos para dentro da igreja? Depois, de quase meia hora de atraso, o pároco chega e inicia o batismo.

Como essa era a minha primeira vez ante aquela cena fiquei a "matutar" sobre os moldes como o pároco conduzia esse sacramento. E, podem acreditar, não é de forma nenhuma diferente das características e adjetivos por nós elencados no blog INFORMAÇÕES EM FOCO e nas redes sociais. Um sacerdote autoritário, retrógrado, mal educado e um mal orientador. Pobres fieis.

A cada palavra professada uma chamada de atenção nos fieis. Na linguagem popular, a cada palavra dita um "gato" nos que estavam presente.

"A senhora tá fazendo o que aqui? Eu disse padrinhos, volte para o seu lugar", dizia o pároco de Altaneira. "A senhora é padrinho ou madrinha? Aprendam a ouvir", resmungava ele. O espírito de arrecadação, de capitalista e explorador financeiramente dos fieis, vez ou outra aparecia nas palavras dele. Tem algum padrinho e madrinha que não são casados na igreja, pois se tiver não podem estar nessa função. As pessoas pensam que podem viver do jeito que querem. "Na casa de vocês tem regras? perguntava ele. Pois na igreja também tem", completou. Mal sabem os fieis que esse jogo não passa de um discurso capitalista para retirar cada vez mais dinheiro deles. Na idade média, a igreja católica ditava as formas como as pessoas deviam se vestir, se comportar e se relacionar. Hoje, de forma específica em Altaneira, não é muito diferente.

Ah, quanto a mim o pároco me olhou atravessado e perguntou (e isso ele não tinha perguntado a ninguém, somente a mim. Que privilégio. Hehehe!): ei você de rosa, é católico? Olhando para ele (mesmo sabendo que estava no local errado e no momento errado) e disse: Não. Como que já sabendo a minha resposta, se não ele não teria perguntado, pois, repito, não perguntou a mais ninguém, disfarçou está abismado e voltou a perguntar: "Como você tem a ousadia de ser padrinho? Eu não aceito que você seja padrinho sem ser católico, sem acreditar nas doutrinas que EU ORIENTO. Pais, procurem outro padrinho", retrucou o pároco.

A única palavra que saiu da minha boca foi o sonoro NÃO que lhe dei como resposta quanto a ser católico.

Ante isso perguntamos: Porque somente eu tive o privilégio (pois para mim é sim um privilegio ser indagado quanto a meus ideias) de receber aquele já premeditada pergunta? Será se pároco tivesse sido mais insistente e ter continuado naquela primeiras perguntas sobre os padrinhos serem ou não casados na igreja (como requisito para o sacramento) teríamos a continuidade?

Ah, pároco, se deus existisse ele não iria se agradar de seus autoritarismo, de sua falta de educação, afinal, um mal educado não pode se julgar orientador. Alias, talvez seja por isso que ele é um mal orientador. Ele impõe uma verdade (falsa), uma doutrina. Ficou comprovado hoje tudo que já relatamos a seu respeito. Repito, se deus existisse ele iria ficar bravo, pois está escrito no livro base para os que creem que não se deve julgar. ou melhor,"não julgueis, pois, para não serdes julgados; porque com o juízo que julgardes os outros, sereis julgados; e com a medida com que medirdes, vos medirão também a vós." (Mateus, VII: 1-2). E foi exatamente o que fez. Ou seja, leem a bíblia e não interpretam, usa para lhe satisfazer.

Mas em um ponto ele tem razão. Fui ousado.

Se eu tivesse insistido em permanecer na igreja ou até mesmo feito o que ele queria, lhe criticado dentro dos seus domínios eu teria sido expulso. Ou ainda se fosse em outros tempos as velas que que teriam servido para os batismo serviriam para me queimar vivo, como no tribunal da inquisição.

Altaneira participará da Conferência Estadual da Educação



O Fórum Estadual de Educação do Ceará realizará no período de 17 a 19 de outubro a II Conferência Estadual de Educação do Ceará COEE-CE, no Centro de Eventos do Ceará.  O encontro faz parte da segunda etapa preparatória da Conferência Nacional de Educação - Conae 2014.

Os municípios do estado realizaram a primeira fase nas Conferências Municipais. Em Altaneira, o encontro ocorreu em junho, dia 20, no auditório da Escola 18 de Dezembro e envolveu representantes das várias instituições municipais, organizações, entidades, segmentos sociais e setores; de representantes dos poderes Executivo, Legislativo, e Judiciário; dos sistemas de ensino; das entidades de trabalhadores/as da educação; de empresários/as; de órgãos públicos; de entidades e organizações de pais/mães e de estudantes; da sociedade civil e dos conselhos instalados no município.

Delegados (as) eleitos para representar o município de
Altaneira na II COEE - CE. Foto: João Alves.
Naquela oportunidade, além das discussões dos sete eixos temáticos proporcionados durantes as oficinas, foram escolhidos (as) os (as) quatro (as) delegados (as) que irão representar o município em Fortaleza. Os eleitos obedeceram à distribuição por seguimentos, entre os seus pares, a saber, 01 gestor/a, 01 trabalhador /a, 01 pai/mãe e 01 aluno/a, tendo para cada setor um suplente, obedecendo a esta ordem, Leocádia Rodrigues, Welton Cardoso, Antônia Almeida, e José Erick. Além destes, o Secretário Municipal da Educação, Deza Soares também se fará presente.

A finalidade do encontro é formular um conjunto de propostas para a efetivação da política nacional de educação, no sentido de subsidiar a implementação do Plano Nacional de Educação-PNE e do Plano Estadual de Educação-PEE, tendo como referência as deliberações das Conferências Municipais.

O Fórum, órgão responsável pela realização da Conferência, é constituído por movimentos sociais, órgãos públicos, entidades e instituições educacionais. Durante o evento, serão eleitos os delegados para a Conae que acontecerá em fevereiro de 2014, em Brasília e debatidas através dos eixos temáticos, propostas para construir conceitos, diretrizes e estratégias para a efetivação de um Sistema Nacional de Educação oficialmente articulado.




15 de outubro de 2013

Bolsa Família recebe prêmio internacional por garantia de direitos aos mais pobres




Para a ministra, reconhecimento desmonta críticas de que
programa seja assistencialista.
O programa Bolsa Família (PBF) recebeu hoje (15) um prêmio da Associação Internacional de Seguridade Social (ISSA), entidade mundial que reconhece trabalhos voltados para a garantia de direitos sociais às populações mais vulneráveis. O prêmio Award for Outstanding Achievement in Social Security foi anunciado na Suíça e divulgado pela ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, durante apresentação de estudo sobre aspectos macroeconômicos do programa em seus dez anos de existência.

De acordo com a ministra, o principal ponto destacado pela ISSA foi o fato do Bolsa Família, além ser pioneiro na redução da pobreza com os critérios que possui, nortear uma ação governamental marcada por compromisso, determinação política e acompanhamentos constantes sobre os impactos dos benefícios na população.

O instituto internacional enfatizou, ainda, como aspectos positivos do programa, o fato de ser um trabalho diretamente ligado à implantação de outras políticas públicas e demais áreas preponderantes para a redução das desigualdades no país – caso da Educação, por exemplo.

“Na divulgação do prêmio, foi colocado que um programa de distribuição de renda e seguridade deve garantir o empoderamento da população, de um modo geral, o que no Brasil tem sido feito por meio do Bolsa Família. A ISSA ainda sugeriu que os países desenvolvidos deveriam repensar seus modelos para redução das desigualdades utilizando como exemplo a experiência do Brasil”, ressaltou a ministra.

“É uma premiação gratificante porque nos mostra que estamos construindo, no país, uma rede de proteção que ancora a população pobre como merecedora de direitos oferecidos pelo Bolsa Família. Isso vai de encontro às críticas de que se trata de um programa assistencialista”, completou.

A ministra acrescentou que hoje é possível fazer uma avaliação mais consistente sobre os resultados do programa. “Estamos prontos e podemos fazer uma discussão que não é só ideológica e conceitual. Temos agora dados e estatísticas que comprovam os benefícios que o Bolsa Família trouxe para a população brasileira e que vão reforçar todos os estudos e acompanhamentos”, frisou.

Fundada em 1927, a ISSA é considerada a principal organização internacional voltada à promoção e ao desenvolvimento da seguridade social no mundo. A entidade, que possui 330 organizações filiadas em 157 países, atua na produção de conhecimento sobre o tema e no apoio aos países para a constituição e aprimoramento de seus sistemas de proteção social.

O prêmio concedido hoje ao Brasil pelo Bolsa Família está sendo instituído pela primeira vez e deverá ser concedido a cada três anos a instituições e programas, conforme a relevância de sua contribuição.

Durante toda a manhã, a ministra, o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), economista Marcelo Neri, e técnicos da entidade e do ministério divulgaram dados mais detalhados sobre a última avaliação do Bolsa Família – a primeira que mostra os efeitos macroeconômicos do programa, de forma comparativa, nas transferências sociais.


Via Rede Brasil Atual

Secretário da Educação de Altaneira tece homenagem aos professores




O Secretário da Educação de Altaneira, Deza Soares, publicou na rede social facebook nota em homenagem pela passagem do dia do professor.


Transcrevemos abaixo

 “Neste dia 15 de outubro, momento em que o país se volta para homenagear os profissionais da educação, precisamos parar e pensar na importância que nós, professores, temos para oferecer ainda mais na construção de espaços de poder pautados na justiça social e na cidadania e em contrapartida, o que podemos fazer para continuar ajudando no reconhecimento e na valorização desses mestres na arte de ensinar.

Precisamos saber que as responsabilidades como educadores são complexas, são cumpridas em circunstâncias muito especiais, sob permanente exposição a centenas de olhares fixos daqueles que pretendemos formar.

E pensar assim é saber que devemos ser formador de opinião para que nossos alunos e alunas também possam ser e no futuro bem próximo possam agir como cidadãos atuantes em busca de contribuir na perspectiva da igualdade social.

O ofício de educar, como outros, pressupõem a qualidade, gerada na satisfação e na conquista de aprendizagens protagonizadas por docentes e discentes. O prazer maior nas relações de ensino-aprendizagem está na construção do conhecimento como algo útil, agradável e capaz de desencadear alegria e realização. O professor, sem dúvida, é um dos maiores interessados em qualidade na educação, pois esta sempre carrega potenciais para sua satisfação (o fracasso dos educandos também representa o seu fracasso).

Ante a isso perguntamos: Quem sai ganhando com a desqualificação da educação pública? Quem ganha quando os professores e professoras não são tratados com a dignidade que merecem? Quem goza de alguma vantagem quando os alunos de nossas escolas saem delas sem as mínimas condições de ler e interpretar o mundo, para melhor inserir-se nele? Ninguém. Ao contrário, a sociedade perde. 

E é por isso, que vamos continuar com essa parceria entre governo municipal e a entidade representativa da categoria, o SINEMA, para que possamos proporcionar cada vez mais, melhores condições de desenvolvimento do trabalho e valorização do magistério, com mais formações, melhor remuneração e mais realização de projetos, para que tenhamos melhores resultados na educação. Sem dúvida, somos capazes, em parceria chegaremos ao nosso objetivo e atingiremos a nossa meta.

Reflitamos um dos pensamentos de Paulo Freire “Se, na verdade, não estou no mundo para simplesmente a ele me adaptar, mas para transformá-lo; se não é possível mudá-lo sem um certo sonho ou projeto de mundo, devo usar toda possibilidade que tenha para não apenas falar de minha utopia, mas participar de práticas com ela coerentes”. E ainda diz “ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção”.

Parabéns a todos nós, professores e professoras, que tenhamos muito sucesso na nossa importante missão de educador(a).

Comunicamos que em breve estaremos enviando convite para a realização da nossa confraternização”. 

Dia do professor: A escola tem que politizar seus estudantes




Professores da rede estadual de ensino, em Altaneira,
que entraram em greve no ano no ano de 2011 objetivando a
aplicação do piso do magistério. Foto: Montagem do professor 

Paulo Robson.
A perpetuação de um sistema educacional que não ensina as nossas crianças a ler, escrever, interpretar e articular suas ideias é a chaga que propaga em nosso país males como a corrupção, a violência e a miséria.

É corrente em algumas redes de ensino a ideia de que os professores fingem que ensinam, os alunos simulam a aprendizagem e os resultados falseiam a realidade. A consequência mais evidente desse autêntico drama brasileiro é que os votos da população menos (ou não) esclarecida acabam dando sobrevida a políticos que não têm a mínima intenção de aperfeiçoar ou melhorar a educação ou qualquer outra instância da realidade nacional.

Quando ouvimos uma pessoa dizer que um determinado político “rouba, mas faz” - temos que nos indignar e articular respostas e reflexões que ajudem a pessoa a mudar de opinião. Quando ficamos sabendo que alguém vai trocar seu voto por algum favor ou benefício material, temos que nos mobilizar para que isso não aconteça...

E não podemos simplesmente esperar que o voto, por si só, seja capaz de promover as alterações que desejamos para o país ou para a educação. Participamos da democracia quando votamos e, principalmente, a partir do momento que fiscalizamos e cobramos as autoridades quanto aos projetos, ideias e necessidades de nossas comunidades, cidades, estados e país.

A educação é momento primordial de esclarecimento não apenas dos conhecimentos previstos no currículo oficial através de cada disciplina. Os anos de chumbo da ditadura ajudaram a silenciar nossa consciência crítica, a televisão que esvazia os nossos discursos e tolhe o diálogo nos imobiliza e isola, as mentiras e omissões dos políticos se repetem e nos insensibilizam de tão frequentes e impunes.

Professores do município de Altaneira por ocasião da
semana pedagógica 2013. Foto: João Alves
Por tanto, que possamos fazer da educação o caminho para formar, de fato, jovens politizados. Porém, a tarefa é árdua demais, difícil demais, porque os responsáveis pela politização sucumbi ante a realidade e o jogo político.

No nosso dia, faz-se necessário que recorramos ao que nos afirmava o sociólogo Florestan Fernandes "Na sala de aula, o professor precisa ser um cidadão e um ser humano rebelde".  Ser um professor cidadão implica buscar ser também um formador de opinião para que o aluno também o seja.  (grifo meu). Pensar assim vai ao encontro do que ele já nos dizia: “Ou os estudantes se identificam com o destino de seu povo, com ele sofrendo a mesma luta, ou se dissociam do seu povo, e nesse caso, serão aliados daqueles que exploram o povo”.

Professores, professoras, enfim os formadores de opinião que possamos ficar com as palavras de um dos maiores educadores dos últimos tempos, Paulo Freire que na obra Educação como Liberdade nos alertava: ““Defendo a educação desocultadora de verdades. Educando e educadores funcionando como sujeitos para desvendar o mundo”. A educação como prática da liberdade, defendida por ele, enxerga o educando como sujeito da história, tendo o diálogo e a troca como traço essencial no desenvolvimento da consciência crítica.

No mais, para todos nós educadores e educadores e ainda os futuros mestres no processo de ensino-aprendizagem, os nossos parabéns e continuemos nessa luta.

14 de outubro de 2013

Marina, a mulher de uma estranha esquerda quer ser um FHC esverdeado




Graças ao Valor, ficamos sabendo que Marina Silva, a campeã da transparência, teve um encontro privado (secreto seria melhor, porque nem sequer foi informado que haveria a reunião, da qual só se soube por uma nota na coluna de Sonia Racy, no Estadão) com a “turma da bufunfa” reunida pelo Banco Credit Suisse.
Conversar, com quem quer que seja, não é um problema – antes, é um dever – de qualquer candidato, como está evidente que Marina é, mas chama atenção o que foi dito.

Transcrevo:

“A ex-senadora defendeu a volta do tripé macroeconômico baseado na adoção de metas de inflação, câmbio flutuante e política fiscal geradora de superávits primários. Conforme relato de investidores que estiveram no encontro, ela disse que o tripé “ficou comprometido e é preciso restaurá-lo”.

Bem, como se sabe que esse colar cervical implantado sobre a economia brasileira – para que ela não deixe de estar voltada para os interesses do “mercado” –  jamais foi retirado, mesmo pelos governos Lula e Dilma, mas simplesmente afrouxado, o que Marina propõe pode ser resumido em uma palavra: arrochá-lo.
E como é “arrochar” esta coleira?

Primeiro, cortar gastos e investimentos. Nada de inventar ampliação de programas sociais, expandir investimentos e nada que tire nossos olhos de  gerar superávits primários “expressivos, sem manobras contábeis”.

Manobras contábeis de que tipo? A de tirar os investimentos do PAC das contas do superávit que o “mercado” nos exige?

O que propõe a líder da nova política, quase sem rebuços, a líder da nova política é voltarmos aos tempos de Fernando Henrique. Com muito boa vontade, talvez, aos primeiros anos do Governo Lula, quando este ainda teve de manter o tal colarzinho neoliberal apertado, até que a água tivesse baixado do pescoço e permitisse a ele se mover.

Dia ainda o jornal:

“Na avaliação dela, o combate à inflação foi relegado (sic)pelo governo. Para recuperar a credibilidade, afirmou, é preciso dar ao mercado sinais claros, “quase teatrais”, de que a inflação será levada ao centro da meta.”

Como seria este relegar (supõe-se que a uma posição secundária) o combate a inflação? Aumentar mais as taxas de juros? Impedir aumentos salariais, especialmente na administração pública? Cortar financiamentos e subsídios públicos? Travar os programas de transferências de renda?

Seriam perguntas interessantes a fazer para a candidata que “arrendou” o PSB para seus apetites eleitorais, se a imprensa brasileira, em relação a Marina Silva buscasse alguma objetividade, fora das expressões pernósticas e vazias.

Quanto aos “gestos teatrais” de que a inflação será levada ao centro da meta, de tão ridículo, é algo que me poupo de comentar. A ideia de aterrorizar o país em relação a aumentos de salários, de preços e de falta de recursos para ações sociais é tão velha e inútil quanto os “fiscais do Sarney”.

Nenhuma palavra sobre os desafios sociais que o Brasil precisa enfrentar, apenas sobre o regresso a práticas que só aumentaram este passivo do país para com o povo brasileiro.

Marina vai completando sua anti metamorfose e se oferece como a possibilidade de dar uma cara nova ao que, nos últimos anos, tem sido a forma de dominação deste país: ser governado para a moeda, não para o povo.

Não é à toa que os endinheirados da plateia tenham adorado:

“Com um discurso marcado por questões caras ao mercado financeiro, a ex-senadora foi descrita como “impressionante” e “cativante” por fontes que assistiram à palestra”.

Marina absorveu a ideologia das elites. Já pode ser seu instrumento.

PS. Alguém aí sabe o que pensa Eduardo Campos? Ou será que o contrato de arrendamento do PSB impõe silêncio?

PS 2. Troquei o título, que melindrou leitores. É evidente que não falei de doença, até porque tenho algumas pretéritas e outras futuras passagens por hospitais.

Via Tijolaço


Portuguesa conquista título simbólico do 1º turno do Campeonato de Futebol Amador de Altaneira




Portuguesa vence Serrano e conquista título simbólico do 1º
turno do 15º Campeonato de Futebol Amador de Altaneira.
Foto: João Alves
O 15º Campeonato de Futebol Amador do município de Altaneira chega neste final de semana, sábado (12) e domingo (13) a última rodada do primeiro turno.

Com o empate registrado no sábado entre o vice-líder da competição, Caixa D’Água e o quarto colocado Juventude na sede, por 1 x 1, a Portuguesa mesmo com uma derrota  já garantiria o título simbólico do primeiro turno. Em um jogo bastante disputado e com várias chances de gols perdidos para ambos os clubes e com muita reclamação para com a arbitragem, quem acompanhou o duelo acabou se contentando com Lindeval marcando na etapa inicial para o vice-líder, enquanto que no final do jogo Pedro empatou para a equipe visitante e dando números finais ao marcador.

Ainda no sábado, no encontro entre as duas equipes representantes do distrito São Romão, Vila Rica e time que leva o nome do distrito, fizeram um duelo magro, como também magro foi o placar. André fez o único gol da partida e dando ao Vila os primeiros três pontos dentro do campeonato, mas não o suficiente para deixar a lanterna.  O resultado deixa o São Romão a um ponto do G4.

No domingo, na sede, o Maniçoba jogando com várias desfalques, inclusive do goleiro Vandicler, o que obrigou o jogador Sandro experimentar ficar embaixo das traves, encontrar bastante dificuldades ante o Chelsea. Sambô no primeiro tempo abriu o marcador. No início do segundo tempo, depois de uma bola quase perdida, Dadá cobriu o goleiro e novamente Sambô só teve o trabalho de escorar pra dentro do gol. Com os dois gols, o Maniçoba não soube administrar o resultado e acabou cedendo espaço para o adversário que chegou ao empate com  Ramon e Cícero de Egídio.

No sítio Serra do Valério a Portuguesa foi visitar o Serrano em busca de confirmar o título simbólico do primeiro turno, o que acabou acontecendo depois que Valberto e Preto deram a vitória para a lusa altaneirense. Sergio descontou para a equipe da casa.

De acordo com informações de Humberto Batista, presidente da Associação Esportiva Altaneirense, a metade do 15º campeonato de Futebol  teve os seguinte números:

116 Gols, o que equivale a uma média de 4,1 gols por partida.
101 cartões amarelos. Uma media de 3,6 catões amarelos por partida.
16 cartões vermelhos. Uma media de 0,57 cartão vermelho por partida.  

Confira a classificação geral pós encerramento do primeiro turno

1 - Portuguesa – 19 Pts
2 - Caixa D’Água – 14 Pts
3 - Maniçoba – 11 Pts
4 - Juventude – 11 Pts
5 - São Romão – 10 Pts
6 - Serrano – 06 Pts
7 - Chelsea – 05 Pts
8 - Vila Rica – 03 Pts



13 de outubro de 2013

Vendido como "novo", Eduardo mostrou habilidade na arte de velhacaria política




Ao se lançar ao Brasil, Eduardo esquece que seu partido
participou  dos erros e acertos do governo Lula/Dilma.
Foto: Divulgação.
O programa partidário do PSB apresentou na noite de ontem ao país em rede nacional de rádio e TV, Eduardo Campos. Ele que foi ministro da Ciência e Tecnologia no primeiro governo de Lula, que se elegeu governador de Pernambuco em 2006 com o apoio de Lula e cujo partido apoiou o governo Dilma até o mês passado simplesmente fez de conta que isso não existiu na sua trajetória.

Porque na estratégia de campanha de Eduardo Campos, que será candidato a presidente da República com um discurso de oposição moderada, isso não interessa.

Nas sociedades democráticas pode até se dizer que isso é natural. Mas também deveria ser natural que antes de fazer a inflexão, o político honesto fizesse uma reflexão pública sobre a mudança de rota.

O fato é que os que têm se vendido como novo tem demonstrado grande habilidade na arte da velhacaria política.

A publicidade de Campos usou como principal peça do seu espaço na TV, um jogral em que uma pessoa fala de algo bom no Brasil e outra de algo ruim. Sendo que o assunto é o mesmo. Uma diz, por exemplo, que no Brasil todo mundo que quiser pode ir a escola. Outra que muita gente não vai a escola. Uma diz que no Brasil o governo criou o mais médicos. Outra que faltam medicamentos nos postos de saúde.

Ou seja, tem coisa boa no país. Mas tem muita coisa ruim também. Como se isso não acontecesse em todos os cantos do mundo. E na vida de cada um de nós.

Parece coisa boba, mas eficiente.

Porque Eduardo ao fazer essa abordagem malandra, consegue fazer ignorar que seu partido esteve durante 10 anos no governo até há menos de um mês e não fosse também co-responsável pelos erros que este governo cometeu. Sendo apenas credor dos acertos.

O discurso com características esquizofrênicas, porém, tem seus atrativos. É bom para quem quer votar num opositor com jeitinho mais manso. E provavelmente vai lhe trazer dividendos nas próximas pesquisas.
Ou seja, Eduardo Campos e Marina lançaram sua chapa hoje. E o fizeram de forma despolitizada, mas bem conduzida do ponto de vista do marketing. Ponto para o marqueteiro.

Mas o que o Brasil ganha com isso? Mais uma opção eleitoral e não um outro jeito de fazer política, como a dupla tem vendido. Aliás, muito pelo contrário, o programa foi repleto de velhas matreiragens. E a principal delas é a de fazer de conta que não se é isso nem aquilo, para não se comprometer com nada. O que é o pior dos caminhos para se construir um debate político sério.

Nasceu a oposição que Sarney havia previsto há algum tempo. Segundo ele, a oposição que ameaçaria a hegemonia petista sairia do próprio governo. Naquele momento, Marina e Eduardo Campos ainda estavam na base. Se vai dar certo é outra história. Mas agora setores que não querem mais o PT tem algo mais do que o PSDB.

Esse algo mais pode ter até um discurso errático e pouco construtivo do ponto de vista político, mas veio com uma boa embalagem de marketing.


Via Pragmatismo Político/Blog do Rovai