2 de abril de 2013

A Permanência do Deputado e pastor Marco Feliciano a frente da CDHM é um risco a democracia





O pastor e deputado Marco Feliciano (PSC) é retrógrado, 
homofóbico e racista

Um dos assuntos mais discutidos das últimas semanas nas redes sócias, na TV, nos blogs, nos jornais escritos e falados, assim como nas ruas, nos bares, nos locais destinados à prática de esporte tem sido, não sem razão, a eleição do pastor e deputado Marco Feliciano (PSC) para presidir a Comissão dos Direitos Humanos e Minorias da Câmara – CDHM.

Acusado de proferir discursos racistas e ser homofóbico, Marco Feliciano vem enfrentando em diversas localidades protestos objetivando a sua saída da Comissão. Recentemente, participei no município de Crato, localizado na Região Metropolitana do Cariri, de um ato de repúdio ao mesmo.

Recentemente também o vice-presidente do PSC, o pastor Everaldo Pereira disse que se for preciso, convocará “100, 200, 300, 500 ou mais manifestantes” para defender Marco Feliciano. Aos seus olhos, Feliciano é um deputado ficha limpa.

Devo lembrar aos leitores desse portal, ao qual tem como principal objetivo levar aos internautas informações sérias e que possam contribuir na formação de opinião, sempre na perspectiva do exercício da cidadania que, essa CDHM está alicerçada nos seguintes objetivos: receber, avaliar e investigar denúncias de violações de direitos humanos. Inclui-se ainda o discutir e votar propostas legislativas relativas à sua área temática e concomitantemente fiscalizar e acompanhar a execução de programas governamentais do setor. Junte-se a isso o colaborar com entidades não governamentais e realizar pesquisas e estudos relativos à situação dos direitos humanos no Brasil e no mundo, inclusive para efeito de divulgação pública e fornecimento de subsídios para as demais Comissões da Casa, ao passo que corrobora para a sua sustentação enquanto órgão representativo o cuidar dos assuntos referentes às minorias étnicas e sociais, especialmente aos índios e às comunidades indígenas, a preservação e proteção das culturas populares e étnicas do País.

São alicerces ainda desse órgão representativo (faço questão de frisar uma vez mais o “representativo”) o garantir que os direitos das minorias, ao qual está incluído aqui os homossexuais, as mulheres e afrodescendentes não sejam, sob hipótese alguma violados.

Diante desse cenário, pergunto: que garantias podemos ter, digo podemos, pois sou afrodescente, que os nossos direitos serão respeitados, que não teremos nenhuma violação a nós se o órgão que nos representa está sendo presidido por um ser retrógrado, homofóbico e racista? Como podemos acreditar que teremos voz e vez se o presidente desta Comissão profere discursos perturbadores contra o grupo para o qual ele foi “democraticamente” eleito? Como confiar em um ser que ver o homossexual como sendo um ser defeituoso, que quer a todo custo que o negro engula os preceitos da sua religião?

Os retrógrados de plantão se baseiam no discurso falsário de que ele foi eleito democraticamente e, por isso não pode sair do cargo. Ora, desde quando a democracia não pode ser questionada? Afinal, o ato de questionar uma ação, mesmo tendo sido pela via da democracia é, sem dúvida, democrático.  Assim, protestar contra a democracia é democrático.

Quem não se lembra que findando o regime militar (1985), quatro anos depois, o Brasil conheceu o primeiro presidente eleito pelo voto direto, o alagoano Fernando Collor de Melo (PRN). Na disputa, Luiz Inácio Lula da Silva, Leonel Brizola, Mário Covas, Paulo Maluf, Ulysses Guimarães, Aureliano Chavez, Guilherme Afif Domingos, Roberto Freire, Enéas e Fernando Gabeira. Lula e Collor se enfrentaram no segundo turno. Este último venceu.

Minha função, enquanto profissional da história é lembrar o que os outros esquecem e, principalmente o que os retrógrados de plantão fazem questão de não lembrar. Collor, eleito democraticamente sofreu diversas manifestações contrárias a seu governo. Esse fato culminou com o impeachment. Símbolo desse acontecimento foi os Caras-pintadas, um movimento estudantil brasileiro realizado no decorrer do ano de 1992 e tinha como objetivo principal o impeachment do Presidente do Brasil Fernando Collor de Melo e sua retirada do posto. O movimento baseou-se nas denúncias de corrupção que pesaram contra o presidente e ainda em suas medidas econômicas, e contou com milhares de jovens em todo o país.

Portanto, para mim, e para todos aqueles brasileiros que lutam por um Brasil sem as amarras do autoritarismo, da homofobia e do racismo, a permanência do pastor e deputado Marco Feliciano a frente da CDHM é um risco a democracia, é desrespeitar as minorias, em fim, é um retrocesso sem precedentes.

“Ele não tem as mínimas condições”, diz a deputada comunista Manuela sobre Feliciano



A Deputada Manuela D'Avila (PCdoB)
afirma que Marco Feliciano não
tem condições de exercer a presidência
da CDHM
A polêmica sobre a permanência do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) no comando da presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara poderá ser resolvida na reunião do colégio de lideres desta terça-feira (2). Em entrevista ao jornal Zero Hora, a líder do PCdoB na Casa, a deputada Manuela D’ Ávila (RS), disse que o parlamentar “não tem as mínimas condições” de permanecer no comando. 

A seguir a íntegra da entrevista:
Zero Hora: Como a senhora avalia a decisão do PSC de manter Feliciano à frente da comissão?
Manuela D’Ávila: Os partidos têm autonomia, mas essa é uma situação de contrariedade. Se existe espaço para que um parlamentar tenha posições conservadoras e preconceituosas, não existe espaço para que esse mesmo parlamentar presida uma comissão como a de Direitos Humanos, manifestando posições homofóbicas, racistas e machistas.
Zero Hora: O que representa a bancada evangélica ter o comando da comissão? 

MD: Não acho que o problema seja da bancada evangélica. O problema é esse parlamentar.
Zero Hora: Que medidas a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos deve adotar agora?
MD: A frente acolherá as denúncias e os problemas que chegarem à Câmara. Como uma mulher vítima de violência poderá procurar ajuda na comissão, se Feliciano diz que os direitos das mulheres são um problema? Como um homossexual agredido vai procurar a comissão, se o presidente diz que os gays são uma maldição? A frente receberá essas denúncias e encaminhará aos órgãos competentes.
Zero Hora: Como o pastor tratará temas como a homoafetividade? Manterá na agenda da comissão?
MD: Ele não tem as mínimas condições de tratar desses temas. Ele fomenta o preconceito.

Com informações do Portal Vermelho

1 de abril de 2013

Depois de três meses, Deza Soares voltará ao plenário da Câmara de Altaneira



Deza Soares, Secretário Municipal da Educação, exerceu
em 2011 a função de presidente da Câmara
O Secretário da Educação do Município de Altaneira, Deza Soares, protocolou na tarde desta segunda-feira, 01 de abril, ofício no legislativo municipal objetivando prestar esclarecimentos na sessão ordinária de terça-feira, 02, sobre as ações referentes à pasta ao qual responde.

Essa é a primeira vez que Deza Soares utilizará a casa do povo enquanto Secretário, casa que ele legislou e fiscalizou por três mandados consecutivos. No início do ano, ele abdicou do quarto mandado, no qual foi eleito em outubro do ano passado. Em seu lugar, assumiu a cadeira de parlamentar o companheiro de sigla partidária, Flavio Correia (PCdoB).

A Secretaria vem sendo alvos de críticas, tanto nas redes sociais quanto no legislativo pelo líder da bancada da oposição, o vereador professor Adeilton (PP).

Deza exerceu ainda, enquanto parlamentar, a função de presidente do legislativo em 2011. Na oportunidade, ele conseguiu dar uma nova dinâmica nos trabalhos da casa e conseguiu realizar uma das maiores ações em um curto período, como a reformulação da Lei Orgânica e do Regimento Interno a partir da Câmara Itinerante com ampla participação popular.





Comentários sobre o caso Marco Feliciano



Deputado Marcos Feliciano é alvo de constantes protestos
sobre a sua condição enquanto presidente da CDHM da Câmara
Por Vítor Sandes* e Leon Victor de Queiroz**

Marco Feliciano é um deputado federal, eleito em 2010 pelo Partido Social Cristão (PSC) de São Paulo, com um pouco mais de 210 mil votos. Em 2011, o deputado foi acusado de ter escrito comentários racistas e homofóbicos na rede social twitter.

Ele acusou os usuários de terem deturpado suas declarações. Sobre a afirmação que o levou a ser acusado de racismo, o deputado alegou ter se baseado nas passagens bíblicas. Em entrevista à Época, ele afirmou “a palavra lançada (a maldição) só é quebrada quando alguém encontra Jesus. Quando eles fazem isso, a maldição não repousa mais sobre eles. Ela é quebrada em Cristo”. Reproduzia, então, um discurso cristão de que a maldição só é quebrada quando o indivíduo aceita a religião cristã. Não apenas africanos, mas todos os indivíduos não-cristãos continuariam amaldiçoados, ou seja, estariam condenados a não entrarem no “reino dos céus”.

Sobre a acusação de que seria homofóbico, Feliciano fez a seguinte declaração: “que fique bem claro aqui de uma vez por todas, não sou homofóbico. O que as pessoas fazem nos seus quartos não é do meu interesse. Sou contra a promiscuidade que fere os olhos de nossos filhos, quer seja na rua, nos impressos, na net ou na TV”. Ele afirmou ainda: “O que eu não aceito é a prática da promiscuidade aos olhos dos meus filhos, as atitudes homossexuais em espaço público, dois homens se beijando na frente dos meus filhos. Isso fere o Cristianismo do qual faço parte. Entendo as pessoas, mas não sou obrigado a aceitar a atitude delas”. Então, novamente, observa-se que a afirmação se fundamenta no cristianismo, sob a lógica de que a união entre seres humanos deve ser sempre entre homem e mulher, que dentre tantas passagens talvez a mais clara esteja em Efésios 5: 21-33.

Estes argumentos cristãos das escrituras sagradas representam a forma de pensar de um grupo religioso de um determinado contexto geográfico num dado momento histórico. Muito já se passou até chegarmos ao Estado Democrático de Direito no qual encontra-se o Brasil atualmente. Trilhando pela história, o Império Romano difundiu o catolicismo, depois veio a Reforma Protestante e as variadas ramificações que deram origem a uma série de Igrejas Cristãs. Ao longo dos últimos séculos, veio a formação do Estado moderno, o processo de secularização, a conquista dos direitos civis, políticos e sociais. Mesmo com a expansão do cristianismo, muitos países e povos continuaram seguindo outras religiões. A diversidade cultural e religiosa, portanto, é uma marca das sociedades.

Estados laicos, como o Brasil, devem tratar com neutralidade as questões religiosas. Devem garantir a liberdade religiosa, inclusive dos indivíduos serem politeístas, ateístas ou agnósticos. Em questões governamentais, assim, não deve haver interferência religiosa, qualquer que seja a religião, inclusive aquelas que se fundamentam no cristianismo.

Sendo assim, o deputado Marco Feliciano não descumpriu, necessariamente, a norma. Emitiu publicamente uma posição religiosa. Por outro lado, as pessoas que não concordam com tal posicionamento também podem discordar de suas declarações, inclusive protestando publicamente, seja nas ruas ou mesmo no Congresso Nacional. Até aí, tudo normal. A partir daí, passaram a existir alguns complicadores. Pelo menos, um grande complicador.

O deputado assumiu a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados. Esta é uma das 20 comissões permanentes da Câmara, e, segundo o próprio website da Comissão, tem como objetivo “receber, avaliar e investigar denúncias de violações de direitos humanos; discutir e votar propostas legislativas relativas à sua área temática; fiscalizar e acompanhar a execução de programas governamentais do setor; colaborar com entidades não-governamentais; realizar pesquisas e estudos relativos à situação dos direitos humanos no Brasil e no mundo, inclusive para efeito de divulgação pública e fornecimento de subsídios para as demais Comissões da Casa; além de cuidar dos assuntos referentes às minorias étnicas e sociais, especialmente aos índios e às comunidades indígenas, a preservação e proteção das culturas populares e étnicas do País”.

Como o próprio website declara, “o principal objetivo da CDH é contribuir para a afirmação dos direitos humanos. Parte do princípio de que toda a pessoa humana possui direitos básicos e inalienáveis que devem ser protegidos pelos Estados e por toda a comunidade internacional”. Assim, a Comissão assume ser protetora dos direitos humanos no sentido amplo, buscando defender inclusive a liberdade sexual e religiosa de indivíduos, grupos e povos, incluindo afrodescendentes e homossexuais.

Considerando os aspectos objetivos e formais, a eleição de Marco Feliciano para a Comissão seguiu o procedimento democrático. Deputados da comissão votaram e o parlamentar obteve a maioria dos votos. Mas quanto aos aspectos subjetivos? O deputado representa a defesa dos direitos humanos e das minorias?

Assim, a problemática não surge do fato de ele ser um deputado da bancada cristã ou do discurso ao qual ele se vincula, mas das questões simbólicas envolvidas sobre sua posse na presidência da comissão. O exercício deste cargo tem uma importância simbólica fundamental para as minorias sociais e étnicas. O discurso míope e opaco de suas declarações públicas, justificado à luz das escrituras sagradas cristãs, não abarca a complexidade das questões que a Comissão deve enfrentar. Além do poder de definir a agenda, o presidente tem um papel simbólico central, principalmente no processo de mediação junto aos diversos grupos minoritários da sociedade brasileira, especificamente junto aos grupos afrodescendentes e homossexuais (historicamente prejudicados). Acima de tudo, o presidente da Comissão deve representá-los, jamais julgá-los como “amaldiçoados”, não importando suas crenças e convicções pessoais.

Nesta Comissão, o deputado representa um grupo religioso minoritário e não os múltiplos grupos sociais, religiosos e étnicos presentes no Brasil. Apesar de sua eleição não ferir a democracia no sentido de Schumpeter, ela é um problema na medida em que é extremamente inadequada segundo os objetivos da Comissão especificamente e do processo mais amplo de conquistas de direitos civis e sociais. A escolha do deputado para o cargo é um retrocesso sem precedentes.


* Doutorando em Ciência Política (UNICAMP).
** Doutorando em Ciência Política (UFPE).

31 de março de 2013

Juventus conquista Torneio Cancão de Futsal em Altaneira



Jogo da final envolvendo as equipes da Juventus (com camisa
e short amarelo e preto) e Nice (de camisa e short branco
e vermelho) no Ginásio Poliesportivo em Altaneira
O final de semana em Altaneira foi de grandes disputas no futsal. Como preparativo para o X Campeonato de Futsal deste ano, as equipes do Altacity, Amaro, ARCA, Juventus, Nice e Veteranos estiveram reunidas durante este domingo, 31, no Ginásio Poliesportivo disputando o Torneio Cancão.

No momento em que parte do município esteve voltado suas atenções para os festejos dos caretas, o Ginásio Poliesportivo foi palco neste domingo do Torneio Cancão que envolveu as principais equipes de futsal altaneirense, além de um ilustre convidado do município de Assaré, a equipe que leva o nome do sítio Amaro.

Durante a manha, as partidas classificatórias foram disputadas entre Nice e ARCA, Juventus e Amaro, além de Altacity e Veteranos.  Em um confronto marcado por 11 gols o Nice venceu a ARCA pelo marcador de 08 x 03. Sem muitos gols, mas bastante disputado, a equipe vice campeã do IX Campeonato de Futsal disputado em 2012, a Juventus sofre para bater a boa equipe visitante no torneio, o Amaro, de virada, por 02 x a 01. Surpreendente foi o resultado da partida que envolveu o atual campeão de Futsal, o Altacity e a equipe dos Veteranos. Sem tomar conhecimento do campeão os Veteranos acabaram sapecando um impiedoso 05 a 01.

Ainda pela manha, Nice e Juventus venceram seus adversários nas semifinais, Veteranos e Amaro, vindo a reeditar a grande final de 2011 pelo VIII Campeonato de Futsal.

À noite, antes da grande final, as equipes femininas da ARCA e Amaro fizeram a partida preliminar, vencida por esta última. 03 x 01 foi o resultado do jogo.

Em um jogo muito disputado, Juventus e Nice não fizeram por menos e presentearam o público pequeno que acompanhavam a grande final. No tempo normal as equipes empataram em 01 x 01. Nas penalidades, o jogador Sambô desperdiçou a cobrança e a Juventus acabou faturando o Torneio Cancão de Futsal.

Essa disputa serviu para perceber o nível das principais equipes do município, além de ser também um preparativo para a X edição do Campeonato de Futsal deste ano, além de homenagear um dos principais representantes do esporte local, o falecido Robério Carneiro, vulgo Cancão.

Vale Ressaltar que o Altacity perdeu grandes jogadores que participaram da conquista do ano passado, como Dadazinho, Lindevânio e Adalberto. O mesmo aconteceu com a ARCA que perdeu sua principal referência nos chutes de longa e média distância, Dadá que acabou indo para a Juventus. Ambas as equipes se mostraram fragilizadas com estas percas. Já a Juventus conseguiu reforçar ainda mais o time com a Chegada de Dadá e Vanderson. O Nice também se reforçou e trouxe Sandro, o ex-jogador do seu principal rival.

O Torneio Cancão contou com os seguintes patrocinadores:

Mercadinho João dá Máquina
Lanchonete São Mateus
New Games, 
Mercadinho Ana Evilly,
Ana Ísis Perfumaria,
Bar do Brizola,
Alex Jóia.
Francisco dos pastéis
Via center
Ver. Prof. Adeilton
Ver. Genival
Ver. Edezio


Poder Econômico, Judicial e a Globo conseguem calar imprensa alternativa



Luiz Carlos Azenha já foi profissional da rede
Globo
Luiz Carlos Azenha, jornalista e editor do blog Viomundo, anunciou na última sexta-feira, 29, que não mais editará o seu portal.  O blogueiro e jornalista se despediu dos leitores em sua página da rede social Facebook e apresentou as justificativas dessa decisão : a série de processos movidos contra ele em razão de críticas direcionadas à Rede Globo e ao diretor de Jornalismo Ali Kamel. “Eu estou no limite”, escreveu.

No portal viomundo, Luiz Carlos escreveu com riqueza de detalhes a decisão. “Por mais que isso me doa profundamente no coração e na alma, devo admitir que perdemos. Não no campo político, mas no financeiro. Perdi. Ali Kamel e a Globo venceram. Calaram, pelo bolso, o Viomundo”, disse ele.

Confira toda a explicação em tom despedida de Azenha que recebeu o seguinte título: Globo consegue o que a ditadura não conseguiu: calar imprensa alternativa

"Meu advogado, Cesar Kloury, me proíbe de discutir especificidades sobre a sentença da Justiça carioca que me condenou a pagar 30 mil reais ao diretor de Central Globo de Jornalismo, Ali Kamel, supostamente por mover contra ele uma “campanha difamatória” em 28 posts do Viomundo, todos ligados a críticas políticas que fiz a Kamel em circunstâncias diretamente relacionadas à campanha presidencial de 2006, quando eu era repórter da Globo.

Lembro: eu não era um qualquer, na Globo, então. Era recém-chegado de ser correspondente da emissora em Nova York. Fui o repórter destacado para cobrir o candidato tucano Geraldo Alckmin durante a campanha de 2006. Ouvi, na redação de São Paulo, diretamente do então editor de economia do Jornal Nacional, Marco Aurélio Mello, que tinha sido determinado desde o Rio que as reportagens de economia deveriam ser “esquecidas”– tirar o pé, foi a frase — porque supostamente poderiam beneficiar a reeleição de Lula.

Vi colegas, como Mariana Kotscho e Cecília Negrão, reclamando que a cobertura da emissora nas eleições presidenciais não era imparcial.

Um importante repórter da emissora ligava para o então ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, dizendo que a Globo pretendia entregar a eleição para o tucano Geraldo Alckmin. Ouvi o telefonema. Mais tarde, instado pelo próprio ministro, confirmei o que era também minha impressão.

Pessoalmente, tive uma reportagem potencialmente danosa para o então candidato a governador de São Paulo, José Serra, censurada. A reportagem dava conta de que Serra, enquanto ministro, tinha autorizado a maior parte das doações irregulares de ambulâncias a prefeituras.

Quando uma produtora localizou no interior de Minas Gerais o ex-assessor do ministro da Saúde Serra, Platão Fischer-Puller, que poderia esclarecer aspectos obscuros sobre a gestão do ministro no governo FHC, ela foi desencorajada a persegui-lo, enquanto todos os recursos da emissora foram destinados a denunciar o contador do PT Delúbio Soares e o ex-ministro da Saúde Humberto Costa, este posteriormente absolvido de todas as acusações.

Tive reportagem sobre Carlinhos Cachoeira — muito mais tarde revelado como fonte da revista Veja para escândalos do governo Lula — ‘deslocada’ de telejornal mais nobre da emissora para o Bom Dia Brasil, como pode atestar o então editor Marco Aurélio Mello.

Num episódio específico, fui perseguido na redação por um feitor munido de um rádio de comunicação com o qual falava diretamente com o Rio de Janeiro: tratava-se de obter minha assinatura para um abaixo-assinado em apoio a Ali Kamel sobre a cobertura das eleições de 2006.

Considero que isso caracteriza assédio moral, já que o beneficiado pelo abaixo-assinado era chefe e poderia promover ou prejudicar subordinados de acordo com a adesão.

Argumentei, então, que o comentarista de política da Globo, Arnaldo Jabor, havia dito em plena campanha eleitoral que Lula era comparável ao ditador da Coréia do Norte, Kim Il-Sung, e que não acreditava ser essa postura compatível com a suposta imparcialidade da emissora. Resposta do editor, que hoje ocupa importante cargo na hierarquia da Globo: Jabor era o “palhaço” da casa, não deveria ser levado a sério.

No dia do primeiro turno das eleições, alertado por colega, ouvi uma gravação entre o delegado da Polícia Federal Edmilson Bruno e um grupo de jornalistas, na qual eles combinavam como deveria ser feito o vazamento das fotos do dinheiro que teria sido usado pelo PT para comprar um dossiê contra o candidato Serra.

Achei o assunto relevante e reproduzi uma transcrição — confesso, defeituosa pela pressa – no Viomundo.

Fui advertido por telefone pelo atual chefão da Globo, Carlos Henrique Schroeder, de que não deveria ter revelado em meu blog pessoal, hospedado na Globo.com, informações levantadas durante meu trabalho como repórter da emissora.

Contestei: a gravação, em minha opinião, era jornalisticamente relevante para o entendimento de todo o contexto do vazamento, que se deu exatamente na véspera do primeiro turno.

Enojado com o que havia testemunhado ao longo de 2006, inclusive com a represália exercida contra colegas — dentre os quais Rodrigo Vianna, Marco Aurélio Mello e Carlos Dornelles — e interessado especialmente em conhecer o mundo da blogosfera — pedi antecipadamente a rescisão de meu contrato com a emissora, na qual ganhava salário de alto executivo, com mais de um ano de antecedência, assumindo o compromisso de não trabalhar para outra emissora antes do vencimento do contrato pelo qual já não recebia salário.

Ou seja, fiz isso apesar dos grandes danos para minha carreira profissional e meu sustento pessoal.

Apesar das mentiras, ilações e tentativas de assassinato de caráter, perpretradas pelo jornal O Globo* e colunistas associados de Veja, friso: sempre vivi de meu salário. Este site sempre foi mantido graças a meu próprio salário de jornalista-trabalhador.

O objetivo do Viomundo sempre foi o de defender o interesse público e os movimentos sociais, sub-representados na mídia corporativa. Declaramos oficialmente: não recebemos patrocínio de governos ou empresas públicas ou estatais, ao contrário da Folha, de O Globo ou do Estadão. Nem do governo federal, nem de governos estaduais ou municipais.

Porém, para tudo existe um limite. A ação que me foi movida pela TV Globo (nominalmente por Ali Kamel) me custou R$ 30 mil reais em honorários advocatícios.

Fora o que eventualmente terei de gastar para derrotá-la. Agora, pensem comigo: qual é o limite das Organizações Globo para gastar com advogados?

O objetivo da emissora, ainda que por vias tortas, é claro: intimidar e calar aqueles que são capazes de desvendar o que se passa nos bastidores dela, justamente por terem fontes e conhecimento das engrenagens globais.

Sou arrimo de família: sustento mãe, irmão, ajudo irmã, filhas e mantenho este site graças a dinheiro de meu próprio bolso e da valiosa colaboração gratuita de milhares de leitores.

Cheguei ao extremo de meu limite financeiro, o que obviamente não é o caso das Organizações Globo, que concentram pelo menos 50% de todas as verbas publicitárias do Brasil, com o equivalente poder político, midiático e lobístico.

Durante a ditadura militar, implantada com o apoio das Organizações Globo, da Folha e do Estadão — entre outros que teriam se beneficiado do regime de força — houve uma forte tentativa de sufocar os meios alternativos de informação, dentre os quais destaco os jornais Movimento e Pasquim.

Hoje, através da judicialização de debate político, de um confronto que leva para a Justiça uma disputa entre desiguais, estamos fadados ao sufoco lento e gradual.

E, por mais que isso me doa profundamente no coração e na alma, devo admitir que perdemos. Não no campo político, mas no financeiro. Perdi. Ali Kamel e a Globo venceram. Calaram, pelo bolso, o Viomundo.

Estou certo de que meus queridíssimos leitores e apoiadores encontrarão alternativas à altura. O certo é que as Organizações Globo, uma das maiores empresas de jornalismo do mundo, nominalmente representadas aqui por Ali Kamel, mais uma vez impuseram seu monopólio informativo ao Brasil.

Eu os vejo por aí".





30 de março de 2013

Cantora Joelma: Homossexuais são como drogados



Joelma, 38 anos, comparou os homossexuais
aos dependentes químicos
A vocalista da Banda Calypso, Joelma, 38 anos, causou mais polêmica ao tecer comentários falsários, típicos de pessoas desprovidas de bom senso e que demonstra a sua pouca capacidade em aceitar os que possuem orientações sexuais diferentes. Não se contentado com seus discursos preconceituoso de outrora, ela voltou a afirmar ser contra o casamento entre homossexuais.

Ao ceder entrevista para a revista "Época", a artista, de religião protestante desde que sofreu uma estafa, chegou a comparar os homossexuais com usuários de drogas.

Joelma foi enfática ao afirmar que caso venha a ter um filho homossexual não descansará até “convertê-lo”. Disse mais: "Já vi muitos se regenerarem. Conheço muitas mães que sofrem por terem filhos gays. É como um drogado tentando se recuperar".

Em agosto do ano passado a cantora apareceu em um vídeo gravado por um fã homossexual, em que ela o aconselhava a deixar de ser gay. "Você vai se converter, vai virar homem, vai casar, ter filhos. Você vai dar muita alegria para o seu pai, sua mãe", disse ela, na época.

Lula: Reeleição de Dilma é prioridade, mas o PT pode abrir mão de candidaturas nos estados em favor do PMDB



Eunício Oliveira conta com articulação nacional para ter
apoio do PT, caso seja candidato no Ceará
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o PT deve ter a reeleição de Dilma Rousseff como prioridade em 2014 e, por isso, o partido pode abrir mão de candidaturas a governador para apoiar chapas do PMDB - principal aliado dos petistas no Governo Federal.

Em entrevista ao jornal Valor Econômico, Lula afirmou que o partido deverá fazer concessões a outras siglas para garantir uma aliança forte para Dilma. “Nós temos que ter sempre como prioridade o projeto nacional. Ou seja: a primeira coisa é a eleição da Dilma. Não podemos truncar nossa aliança com o PMDB”, disse Lula.

A estratégia pode ter reflexos no Ceará, onde o presidente estadual peemedebista, o senador Eunício Oliveira, é possível candidato ao Governo do Estado. A eventual candidatura ameaça a base do governador Cid Gomes (PSB), que tem PT e PMDB como principais aliados. Os acordos dependem dos rumos de Eduardo Campos (PSB), que estuda entrar na disputa presidencial. Se Campos abrir mão do projeto, o PT pode ter de apoiar candidatos do PSB em alguns estados. O Ceará pode ser um deles.

Lula deu sinais, todavia, de que o PT deve manter candidaturas em estados onde o PMDB também tem projetos eleitorais, como Rio de Janeiro e São Paulo. No Ceará, por outro lado, não há perspectiva de candidato próprio do PT.

No Rio, Lula afirmou que o senador Lindbergh Farias (PT) “pode ser candidato sem causar problema” à aliança nacional com o PMDB - que deve lançar o vice-governador Luiz Fernando Pezão. “Acho que o Rio vai ter três ou quatro candidaturas e ele (Lindbergh), certamente, vai ser uma candidatura forte”.

Em São Paulo, onde o PMDB trabalha com os nomes de Paulo Skaf e Gabriel Chalita, o ex-presidente disse que o PT só apoiará seu aliado se o partido “tiver um candidato palatável”. Skaf teve 4,6% dos votos quando disputou o governo estadual em 2010, pelo PSB, e Chalita responde a 11 inquéritos no Ministério Público por denúncias de corrupção. “Nunca tivemos tanta chance de ganhar a eleição em São Paulo como agora”, disse Lula.

Com informações do O Povo