7 de julho de 2013

Marco Feliciano e Jair Bolsonaro podem ser cassados



Wadih Damous ingressa com processo na próxima semana
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) concluiu a denúncia contra Marco Feliciano (PSC-SP) e Jair Bolsonaro (PP-RJ) por campanha de ódio. A entidade quer que a Corregedoria da Câmara puna os dois por quebra de decoro parlamentar em virtude de divulgação de vídeos considerados difamatórios, o que poderia resultar na cassação de seus mandatos.

Liderando um grupo de mais de vinte entidades ligadas aos direitos humanos, a OAB enviará, na próxima semana, representação ao presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, contra Feliciano e Bolsonaro. A entidade quer que a Corregedoria da Câmara os processe por quebra de decoro parlamentar em virtude de divulgação de vídeos considerados difamatórios.

Em um dos vídeos, Bolsonaro teria editado a fala de um professor do Distrito Federal em audiências na Câmara para acusá-lo de pedofilia e utiliza imagens de deputados a favor da causa homossexual para dizer que eles são contrários à família.

Para o presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB, Wadih Damous, essas campanhas de ódio representam o rebaixamento da política brasileira. “Pensar que tais absurdos partem de representantes do Estado, das Estruturas do Congresso Nacional, é algo inimaginável e não podemos ficar omissos. Direitos Humanos não se loteia e não se barganha”, disse. Indignado com os relatos feitos por parlamentares e defensores dos direitos humanos durante reunião na sede da entidade, Damous garantiu que “a Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB será protagonista no enfrentamento a esse tipo de atentado à dignidade humana”.

Na reunião com a CNDH da entidade dos advogados estiveram presentes, além dos deputados acusados na campanha difamatória, representantes da secretaria Nacional de Direitos Humanos da Presidência da República, do Conselho Federal de Psicologia, e ativistas dos movimentos indígena, de mulheres, da população negra, do povo de terreiro e LGBT.


Via Correio do Brasil

Vaticano teria pedido ao Brasil mais 40 milhões pela visita do Papa




O Papa Francisco deve vir ao Brasil para o evento Jornada
Mundial da Juventude que ocorrerá entre os dias 22 e 29 de julho e
as despesas, a princípio, poderia atingir  o teto de R$ 40 milhões
O Vaticano poderia ter aplicado ao Brasil para trabalhar com cerca de 39 milhões para cobrir um déficit no orçamento para a visita do Papa Francisco para o Rio de Janeiro, durante a Jornada Mundial da Juventude de 22 a 29 de julho.


De acordo com a imprensa brasileira disse que o Vaticano tem sido estimado que leva mais de 66 milhões. Mas as autoridades brasileiras disseram que não pode fornecer os 39 milhões que perguntar, como eles dizem, e têm colaborado com mais de 60 milhões de dólares de dinheiro público para um evento orçado em 150 milhões.


Para o Dia Mundial da Juventude deverá atingir cerca de dois milhões de pessoas para a cidade, cuja entrada no evento será financiado em 70%, de acordo com o jornal O Globo no Brasil. Até o momento indicam que funcionários do governo agora só pode esperar por menos da metade da estimativa original, e que até agora houve apenas 320 mil fiéis.


Refira-se que no mês passado o Brasil foi palco de protestos maciços pelo gasto público elevado na organização de eventos esportivos como a Copa do Mundo em 2014, mas negou que a organização da visita do Papa Francisco faziam parte dessas manifestações.

O Texto original está em espanhol com o título Vaticano pide a Brasil 40 millones más para la visita papal. Para facilitar a leitura aos internautas e leitores assíduos do nosso blog INFORMAÇÕES EM FOCO fizemos a tradução para o português.

Tenha acesso ao texto original em espanhol via Almoço das Horas/Contra Ingerência

6 de julho de 2013

Documentos deixam ver participação de FHC, Editora Abril e Gilmar Mendes no ‘valerioduto tucano’



Ao lado de Gilmar Mendes, ex-presidente FHC constam de
documentação anexada a processo contra Marcos Valério
Documentos reveladores e inéditos sobre a contabilidade do chamado ‘valerioduto tucano‘, que ocorreu durante a campanha de reeleição do então governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo (PSDB), em 1998, constam de matéria assinada pelo jornalista Leandro Fortes, na edição dessa semana da revista Carta Capital. A reportagem mostra que receberam volumosas quantias do esquema, supostamente ilegal, personalidades do mundo político e do judiciário, além de empresas de comunicação, como a Editora Abril, que edita a revista Veja.

Estão na lista o ministro Gilmar Mendes, do STF, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), os ex-senadores Artur Virgílio (PSDB-AM), Jorge Bornhausen (DEM-SC), Heráclito Fortes (DEM-PI) e Antero Paes de Barros (PSDB-MT), os senadores Delcídio Amaral (PT-MS) e José Agripino Maia (DEM-RN), o governador Marconi Perillo (PSDB-GO) e os ex-governadores Joaquim Roriz (PMDB) e José Roberto Arruda (ex-DEM), ambos do Distrito Federal, entre outros. Também aparecem figuras de ponta do processo de privatização dos anos FHC, como Elena Landau, Luiz Carlos Mendonça de Barros e José Pimenta da Veiga.

Os documentos, com declarações, planilhas de pagamento e recibos comprobatórios, foram entregues na véspera à Superintendência da Polícia Federal, em Minas Gerais. Estão todos com assinatura reconhecida em cartório do empresário Marcos Valério de Souza – que anos mais tarde apareceria como operador de esquema parecido envolvendo o PT, o suposto “mensalão”, que começa a ser julgado pelo STF no próximo dia 2. A papelada chegou às mãos da PF através do criminalista Dino Miraglia Filho – advogado da família da modelo Cristiana Aparecida Ferreira, que seria ligada ao esquema e foi assassinada em um flat de Belo Horizonte em agosto de 2000.

Segundo a revista, Fernando Henrique Cardoso, em parceria com o filho Paulo Henrique Cardoso, teria recebido R$ 573 mil do esquema. A editora Abril, quase R$ 50 mil e Gilmar Mendes, R$ 185 mil.


Matéria editada em julho de 2012 no Correio do Brasil (vale reprise).

5 de julho de 2013

Depois da insônia das ruas, a tramoia da direita e do capital



Depois da insônia das ruas, a tramoia da direita e do
capital
Os véus foram removidos; as máscaras que cobriam as reais intenções da mídia e da direita foram sacadas, e o jogo conspirativo finalmente está desnudo. Para a direita, as manifestações multitudinárias que deixaram as ruas brasileiras insones durante o mês de junho já cumpriram seu papel. Doravante, as ruas não precisam e, sobretudo, não devem ser ouvidas, porque atingiram o objetivo de “derreter Dilma”.

A Presidenta havia captado o essencial dos acontecimentos: a necessidade de reformar a política. O atual sistema político, concebido no contexto da transição conservadora da ditadura cívico-militar para a democracia liberal-burguesa, foi pactuado há 25 anos entre as distintas frações da classe dominante na Constituição de 1988 para blindar o país do “risco” de transformações democrático-populares radicais. 

Dilma anunciou a proposta de decidir por plebiscito se a reforma seria realizada por uma Assembléia Nacional Constituinte [ANC] específica. Menos de 24 horas depois, por razões não esclarecidas, recuou. O plebiscito passaria a ser, então, para definir o conteúdo da reforma a ser elaborada pelo Congresso que, sabe-se, é eleito pelo poder econômico e tem compromisso com a manutenção do sistema, não com sua mudança.

O combate à proposta de instalação de uma ANC não partiu somente da oposição [PSDB, DEM, PPS, Ministros do STF e mídia], mas sofreu forte contrariedade do próprio Vice-Presidente da República Michel Temer, do PMDB.

Derrotada a tese da ANC, em seguida veio o combate ao plebiscito por todos os lados. O Ministro tucano no STF Gilmar Mendes considerou a proposta “temerária” e “de difícil exequibilidade” - o TSE confirmou a militância pela tese dele. Merval Pereira, do jornal O Globo, chama de “tentativa de golpe antidemocrático” que faz do país “um arremedo de república bolivariana”. Michel Temer, após oficializar a entrega da proposta aos Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, nas entrelinhas de sua declaração, é como se dissesse: “todo o Poder ao Henrique Alves e ao Renan Calheiros!”. Leia-se: são oceânicas as chances do plebiscito desandar como maionese.

Para o governo, essa conjuntura se complica ainda mais pela variante econômica. As dificuldades políticas se cruzam com as complicações da economia brasileira derivadas da crise mundial. Depois dos tsunamis das ruas, são as placas tectônicas do capital que entram em frenesi.

A conexão entre as dificuldades econômicas e os impasses políticos está feita. Com sutileza, veículos de comunicação passaram a publicar pesquisas de opinião que instrumentam a narrativa para debilitar Dilma também na gestão da economia. O capital financeiro internacional é o novo ator que sai do subterrâneo para se juntar abertamente à farra conspirativa promovida pela direita e seus monopólios midiáticos.

A essas alturas, no debate agendado pela mídia, o que menos conta é racionalidade e honestidade política e histórica. Não importa invocar a maior resiliência do Brasil ante uma das piores crises do capitalismo; como também não faz diferença lembrar os colapsos do Brasil na era neoliberal de FHC em crises infinitamente menos graves.

A evolução complicada da conjuntura poderá ser destrutiva. Há uma grave urgência política no ar. A disputa real que se trava nesse momento é pelo destino da sétima economia mundial e pelo direcionamento de suas fantásticas riquezas para a orgia financeira neoliberal. Os atores da direita estão bem posicionados institucionalmente e politicamente. Ao apelarem pela preservação do establishment e do status quo da classe dominante, conseguem selar alianças com setores da coalizão de governo do PT.

A possibilidade de reversão das tendências está nas ruas, se soubermos canalizar sua enorme energia mobilizadora. Por que não instalar em todas as cidades do país aulas públicas, espaços de deliberação pública e de participação direta para construir com o povo propostas sobre a realidade nacional, o plebiscito, o sistema político, a taxação das grandes fortunas e do capital, a progressividade tributária, a pluralidade dos meios de comunicação, aborto, união homoafetiva, sustentabilidade social, ambiental e cultural, reforma urbana, reforma republicana do Estado e tantas outras demandas históricas do povo brasileiro, para assim apoiar e influir nas políticas do governo Dilma?

O PT e o conjunto da esquerda partidária e social do Brasil devem se esforçar para construir uma plataforma comum capaz de animar vigorosas mobilizações de rua em defesa das mudanças em andamento, mas especialmente na exigência das transformações democrático-populares represadas pelo enredamento em alianças pragmáticas.

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Via Carta Maior

“Golpe comunista 2014 no Brasil” tem quase 50 mil confirmados



Criada para satirizar o temor de determinados setores conservadores da sociedade, segundo os quais o Brasil estaria à beira de uma ditadura comunista, o evento “Golpe Comunista 2014 no Brasil” passou hoje de 48 mil pessoas com “presença confirmada” no Facebook.

Em meio a uma série de reclamações sem nexo contra a vinda dos médicos cubanos ao Brasil, a internet mais uma vez mostra ser o caminho mais eficaz contra as posições alarmistas e conservadoras de parte da grande imprensa.

O evento foi criado pela página Golpe Comunista 2014. Desde sua criação, a página do evento vem abrigando dezenas de enquetes bem-humoradas de seus participantes confirmados, tais como:

Capa de iPhone com o Che Guevara, comprar ou não comprar?
A) Claro! Dá pra xingar muito no Twitter com estilo!;
B) Lógico! Hay que revolucionar pero sin perder la fofura;
C) Não, prefiro uma com a foto do Kim Jong Un

Que traje usar no golpe?
A) Todo mundo nu!!
B) Uniforme da FFLCH
C) Se for homem, ir de saia

Depois dos médicos, o que mais iremos importar de Cuba?
A) Mecânicos de carro vintage
B) O cirurgião plástico do Zé Dirceu
C) Blogueiros

Qual será o nome da moeda após a libertação?
A) Dilmas
B) Moeda é coisa de burguês! Viva o escambo!
C) Companheiros

O que faremos se 100 mil pessoas confirmarem presença?
A) Faremos um LENINGRADO shake. Harlem é um bairro estadunidense e imperialista.
B) Faremos um Harlem Shake.
C) Vamos dar as mãos. 1, 2, 3! Quem errar o passo, perde a vez

O que faremos com o Facebook?
A) Mudar a opção “curtir” para “apoiado camarada”
B) Mudar o nome para “Rede Social… ista”
C) Mudar o fundo para vermelho

Confira aqui a página do evento.


Via Pragmatismo Político