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Portal Geledés recebe prêmio como imprensa negra brasileira

 

(FOTO | Reprodução).

O que faz uma organização ser reconhecida como um canal de comunicação de destaque? Esta questão tem ocupado o pensamento da equipe do Portal Geledés desde o momento em que recebemos a notícia de que fomos contempladeos pelo Prêmio “Os + Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira”, ao lado de outros importantes veículos de comunicação no país.

“Há ameaça contínua à população afrodescendente decorrente de um projeto de extermínio”

 

Gabriel Dantas - Geledés Instituto da Mulher Negra.

Representantes de Geledés-Instituto da Mulher Negra participaram entre a segunda-feira, 25, e esta sexta-feira, 29 de setembro, de uma agenda intensa de monitoramento e defesa dos Direitos Humanos no Brasil junto à Organização das Nações Unidas (ONU), na sede da organização em Genebra, na Suíça.

Morre Solimar Carneiro, uma das fundadoras de Geledés, aos 66 anos

 

Solimar Carneiro. (FOTO | Reprodução | Geledés).

Morreu nesta terça-feira (11), aos 66 anos, Solimar Carneiro, fundadora e diretora de Geledés Instituto da Mulher Negra. A notícia trouxe profunda tristeza para familiares e colaboradores da instituição.

Ao longo de sua trajetória, Solimar assumiu a presidência de Geledés por dois mandatos, entre os anos de 2003 e 2009. Também coordenou iniciativas emblemáticas como o Projeto Grio e o Projeto Rappers, estratégicos para consolidar  o Hip Hop como manifestação cultural e plataforma de expressão da juventude negra.

Solimar Carneiro dedicou-se também a projetos de inserção de pessoas negras no mercado de trabalho, buscando promover a igualdade de oportunidades. Sua atuação foi fundamental para o início do projeto de Promotoras Legais Populares (PLPs) de Geledés, que visa capacitar mulheres negras para o exercício da cidadania plena e o enfrentamento das diversas formas de violência e discriminação de gênero e raça. Ela teve participação ativa nos processos administrativos da organização, sempre buscando fortalecer e expandir o trabalho de Geledés.

A morte de Solimar Carneiro é uma perda irreparável para o movimento negro e o movimento de mulheres negras. Geledés Instituto da Mulher Negra e todos aqueles que tiveram o privilégio de trabalhar ao lado de Solimar Carneiro expressam profundo carinho por todos os momentos memoráveis que passaram com essa grande líder.

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Texto de Natália Carneiro, no Geledés.

Mídias antirracitas: construídas por nós, para falar sobre nós, sobre nossas lutas e sobre nossas resistências

 

Mídias antirracitas: construídas por nós, para falar sobre nós, sobre nossas lutas e sobre nossas resistências. (FOTO/ Divulgação).

Por Nicolau Neto, editor

A mídia tradicional brasileira não é diversa. A maioria dos programas jornalísticos da televisão não conta em suas bancadas com representatividades negras, tampouco com indígenas.

A presença negra e indígena nas grandes mídias - seja no rádio, na televisão ou na internet através de sites e blogs ainda é pequena - mesmo o Brasil sendo o país mais negro fora do continente africano. Segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população brasileira conta com 56% de negros. Isso permite concluir que seis em cada dez brasileiros se autodeclararam negros.

Ainda assim encontrar âncoras negros e negras no jornalismo brasileiros é raro. A situação piora quando se procura por indígenas nas redações e nas bancadas dos veículos de comunicação. Isso é fruto de um sistema escravocrata que durou por cerca de três séculos no Brasil e que relegou a história negra indígena, privando-os dos direitos básicos como a liberdade e o acesso à educação.

O racismo gerador das desigualdades étnico-raciais no Brasil é gritante. Ele está presente desde o momento da contratação dos profissionais, passando pelas criações das peças, das propagandas e das campanhas publicitárias; Se faz presente no elenco dos filmes e das novelas, nas bancadas do jornalismo e de verifica também nos texto e nas imagens para ilustrar artigos.

Ter uma comunicação comprometida em transparecer essas disparidades também nas redações e preocupada em escrever as nossas histórias é fundamental para fazer com que o Brasil tenha rosto de Brasil.

Neste contexto, o Blog Negro Nicolau que figura como uma mídia antirracista, elaborou uma lista de treze sites/blogs editados e administrados por personalidades negras que versam sobre nós, sobre nossas lutas e sobre nossas resistências. São mídias construídas por nós, para falar sobre nós, sobre nossas lutas e sobre nossas resistências.

Confira abaixo:

1 – Geledés

2 – Ceert

3 – Alma Preta

4 – Notícia Preta

5 – Blog Negro Nicolau

6 – Mundo Negro

7 – Revista Afirmativa

8 – Blogueiras Negras

9 – Correio Nagô

10 – Foppir

11 - Ipeafro

12 – Observatório Negro

13 – Instituto Búzios

Demandas dos negros não podem ficar na dependência dos partidos de esquerda, diz presidenta do Geledés

 

(FOTO/ OAB/PE).

As questões urgentes da população negra brasileira devem tomar a centralidade das discussões públicas no Brasil a partir de 2021. Os debates sobre negritude serão cada vez mais profundos até o período eleitoral de 2022, ano em que se decidirá o presidente ou presidenta que governará o país até 2026. Pensar em mudanças radicais na estrutura da sociedade e políticas de ações afirmativas para a população negra são alguns dos campos de atuação da advogada Maria Sylvia de Oliveira, presidenta do Geledés - Instituto da Mulher Negra.

GELEDÉS faz 28 anos de luta contra todas as formas de discriminações


GELEDÉS Instituto da Mulher Negra fundada em 30 de abril de 1988. É uma organização da sociedade civil que se posiciona em defesa de mulheres e negros por entender que esses dois segmentos sociais padecem de desvantagens e discriminações no acesso às oportunidades sociais em função do racismo e do sexismo vigentes na sociedade brasileira.

Posiciona-se também contra todas as demais formas de discriminação que limitam a realização da plena cidadania, tais como: a lesbofobia, a homofobia, os preconceitos regionais, de credo, opinião e de classe social.

Dessa perspectiva, as áreas prioritárias da ação política e social de Geledés são a questão racial, as questões de gênero, as implicações desses temas com os direitos humanos, a educação, a saúde, a comunicação, o mercado de trabalho, a pesquisa acadêmica e as políticas públicas.

Em todos esses temas, Geledés desenvolve projetos próprios ou em parceria com outras organizações de defesa dos direitos de cidadania, além de monitorar no Portal Geledés o debate público que ocorre sobre cada um deles no Brasil e no mundo.

Na questão racial, Geledés soma-se às lutas dos movimentos negros pela criminalização efetiva do racismo e da discriminação racial em suas múltiplas manifestações na sociedade brasileira, e defende políticas de ação afirmativa nos diferentes campos das políticas públicas como forma de eliminação das desigualdades raciais e promoção e valorização social da população negra.

Nas questões de gênero, Geledés alinha-se à agenda feminista, atuando contra a violência doméstica e sexual contra a mulher, pela realização da igualdade no mercado de trabalho, em defesa dos direitos reprodutivos e direitos sexuais das mulheres, pela descriminalização do aborto, contra os estereótipos e estigmas que se reproduzem sobre as mulheres nos meios de comunicação. No tema da violência contra a mulher, desenvolveu o Aplicativo PLP 2.0, para socorrer mulheres em situação de violência.

Confira a matéria completa aqui