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“Bolsonaro atualizou o afeto racista”, diz Jessé Souza em entrevista à Carta Capital

 

(FOTO/ Ruy Baron/Valor).

O sociólogo, pesquisador e escritor, Jessé Souza, concedeu uma entrevista à Revista Carta Capital e falou sobre seu novo livro “Como o racismo criou o Brasil”. Na conversa, ele contou como vê a situação atual do Brasil. Para Souza, “Bolsonaro atualizou o afeto racista e incorporou o racismo que já existe há mais de cem anos”.

Jessé, que é Professor convidado da Universidade de Sorbonne, na França, e pesquisador sênior da Universidade Humboldt, em Berlim, falou da imagem do brasil no exterior e como Bolsonaro está diretamente ligado a isto: “a imagem do Brasil no exterior é a pior possível, pois ela está ligada a Bolsonaro. É aquela pergunta: que país atrasado pode eleger Bolsonaro à Presidência da República? O que não se percebe é que isso vai se associar a cada brasileiro, assim como Hitler se associava aos alemães e Trump se associava aos norte-americanos”, disse o Professor.

O escritor tem em sua carreira os best-sellers “A guerra contra o Brasil” e “A elite do atraso: Da Escravidão a Bolsonaro”, livro no qual ele faz uma crítica aos grandes empresários, que mantém a economia brasileira e contribuem para a desigualdade, corrupção e estrutura racista. Em 2021, Jessé Souza publicou a obra “Como o racismo criou o Brasil”, nela desdobra as atualizações que o racismo sofreu dentro da sociedade brasileira em 40 anos.

Ele finalizou a entrevista deixando alguns questionamentos sobre a sociedade brasileira e a Operação Lava-Jato: “O que são aqueles jovens que passam 14 horas pedalando numa bicicleta para entregar a pizza quentinha, se não os novos escravos de ganho? A classe média branca e racista nunca se importou com a corrupção. A classe média sai às ruas quando? Quando Getúlio Vargas, João Goulart, Lula e Dilma queriam integrar negros e pobres. É só aí que essas pessoas se incomodam. Quando começam a entrar negros nas universidades. Não tem nada a ver com moralismo. Tem a ver com racismo” concluiu Jessé Souza.

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Com informações do Notícia Preta.

Homem negro é obrigado a ficar de cueca para provar que não roubou supermercado

 

(FOTO/ Reprodução).

Um homem negro, de 56 anos, foi obrigado a ficar de cueca por seguranças do supermercado Assai Atacadista, na cidade de Limeira (SP), para provar que não havia roubado nada. A vítima foi induzida a tirar toda a roupa, dentro da loja, e no meio de outros clientes que filmaram toda a ação dos funcionários do mercado.

No vídeo, é possível ouvir a indignação das pessoas que tentavam intervir na situação, mas eram impedidas pelos seguranças e por outro funcionário do estabelecimento. Em certo momento, ouve-se a voz da vítima chorando e gritando indignada: “eu vim aqui pra comprar alguma coisa e me chamam de ladrão”.

“Mais uma aberração no Atacadão Assai; em plena luz do dia obrigaram um cidadão preto a se despir para provar que não furtou. Faltam palavras para expressar minha revolta. São vermes, miseráveis, são racistas, são covardes”, comentou uma das pessoas que publicou o vídeo. Ainda nas imagens, é possível ver que depois de ser obrigado a tirar a roupa e ser empurrado para um canto do mercado, o homem aponta para os objetos dele que haviam sido deixados espalhados pelo chão pelos seguranças e questiona se algo daquilo pertencia à loja.

No áudio do vídeo, muitas pessoas gritam contra os seguranças e uma mulher repete “tem que chamar a polícia”. No boletim de ocorrência é descrito que o homem negro foi abordado por dois seguranças devido a suspeita de que cliente havia furtado produtos da loja na tarde da última sexta-feira (06), quando o abordaram e obrigaram a se despir. A ocorrência foi registrada no dia seguinte, sábado (07), como constrangimento, segundo a Polícia Civil, por não haver provas de injúria racial contra os funcionários.

A esposa da vítima, em entrevista jornal EPTV, disse que os seguranças alegaram que a suspeita se devia ao homem ter saído do supermercado sem comprar nada. Ela ainda conta que o homem havia saído de casa com o intuito de pesquisar os preços dos produtos.

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Com informações do Notícia Preta. Leia o texto completo aqui.

Se é crime inafiançável, por que é tão difícil punir o racismo com rigor no Brasil?

 

Adilson Moreira. (FOTO/ André Zenardo).

A tecnologia se tornou uma aliada importante para denunciar episódios de racismos nos últimos tempos, mas, em muitos casos, mesmo com imagens de vídeos e áudios, quando chegam nas delegacias são registrados como calúnia, crime cuja punição é mais branda, e não como crime de racismo ou injúria racial.

O recente o caso de uma mulher de 64 anos, presa pela Polícia Militar em Taguatinga, no Distrito Federal por xingamentos racistas contra um idoso negro, José Barbosa dos Santos de 70 anos, e seu filho, o técnico em telecomunicação Alcides Jesus Santos, de 39 anos, jogou luz sobre a atual legislação brasileira quando se trata de crimes como esse.

Apesar do vídeo mostrando a cena e do depoimento de um PM que assistiu a idosa xingando ‘negrada do inferno’, o caso foi registrado na delegacia como injúria racial. A idosa, que se recusou a pedir desculpas, pagou uma fiança de R$ 1 mil e foi liberada.

Afinal, se racismo é um crime inafiançável, e a injúria racial é derivada do racismo e, portanto, deveria ser tipificada da mesma forma, por que ainda é tão difícil punir o racismo com rigor no Brasil, mesmo com provas como no caso da idosa do Distrito Federal e tantos outros que ocorrem no Brasil?

Adilson Moreira, doutor em Direito Constitucional pela Faculdade de Direito da Universidade de Harvard, afirma que é preciso promover dois tipos de transformação na legislação brasileira atual.

“É preciso mudar a lei em dois sentidos: classificar o crime de injúria racial como crime de racismo e aumentar a pena de todas as manifestações de crime de racismo porque, atualmente, mesmo quando as pessoas são condenadas, elas são condenadas a três semanas ou pagam a pena com uma cesta básica e coisas dessa natureza”, afirma Adilson, que é também autor dos livros “O que é racismo recreativo?” e “Pensando como um negro”.

De acordo com o professor, é preciso explicar que a injúria racial é quando se ofende a honra subjetiva de um indivíduo, utilizando a raça, o xingamento racista para atingir a honra de alguém.

Já o crime de racismo, acrescenta, é um tipo de crime que ofende ou é praticado contra uma coletividade de indivíduos.

Na legislação brasileira, o crime de racismo é regulado pela Lei nº 7716, de 1984, que tornou o racismo crime inafiançável. A injúria, crime contra a honra, é um tipo de crime regulado pelo Código Penal.

Para a secretária nacional de Combate ao Racismo da CUT, Anatalina Lourenço, é urgente tipificar a lei de injúria racial como crime inafiançável também. É até pedagógico, diz ela, lembrando o grande número de casos desse tipo de crime no Brasil.

“Em alguma medida a legislação precisa ter caráter pedagógico, tem que ensinar a população que racismo é crime e tem punição severa. Não basta pagar fiança e ser liberado para praticar novamente. Se não vai pelo bem, vai pela lei”, diz a secretária.

A certeza da impunidade

O caso da idosa no Distrito Federal não é isolado. Em julho deste ano, o juiz Caramuru Afonso Francisco decidiu que a acusação do Ministério Público do Estado de São Paulo contra o youtuber Júlio Cocielo, que se tornou réu, em 2020, acusado de racismo após comentários racistas nas redes sociais, é improcedente.

Segundo o juiz, que inocentou Cocielo, “ele não agiu com dolo, culpa grave nem se apresenta como exemplo negativo, não é racista nem jamais defendeu o supremacismo racial.”

Outro caso chocou passageiros de ônibus em Praia Grande, no litoral paulista, em abril deste ano. Uma mulher foi presa em flagrante após fazer ofensas racistas contra um passageiro dentro do transporte público. O caso também foi registrado como injúria racial e ela foi solta após pagar fiança.

“É curioso que quando nós lemos as defesas das pessoas acusadas tanto do crime de racismo como a injúria racial, elas sempre mencionam “não posso ser racista porque a minha empregada é negra, a babá dos meus filhos é negra, porque eu tenho um amigo negro, porque tive uma professora negra”, critica o professor.

Com informações do Geledés. Clique aqui e leia o texto completo.

Movimento Negro Unificado abrirá denúncia no STF contra Bolsonaro por racismo

 

(FOTO/ Reprodução).

O Movimento Negro Unificado (MNU) irá ingressar com queixa-crime contra o presidente Jair Bolsonaro após comentários racistas feitos ao final de live transmitida na última quinta-feira (8). Na saída do Planalto, acompanhado de um apoiador negro que usa o cabelo no estilo black power, diante de apoiadores e microfones de câmeras de TV e rádio, Bolsonaro pronunciou frases associando o corpo negro a barata, piolho e imundície.

Em uma das frases dirigidas ao apoiador negro, Bolsonaro afirmou rindo: “Olha o criador de baratas aqui. Você não pode tomar ivermectina, vai matar todos os seus piolhos”. Em seguida disse: “Tu lavas (sic) esse cabelo quantas vezes por mês?”, que o rapaz respondeu “Por mês não, por semana”

Essa não é a primeira vez que o presidente faz comentários de cunho racista. Em 2017, numa palestra no Clube Hebraica do Rio de Janeiro, Bolsonaro referiu-se aos quilombolas como vagabundos, inúteis, incapazes sequer de procriar e cujo peso deve ser medido em arrobas, unidade de peso utilizada para animais.

Na época, a maioria da 1ª Turma do STF entendeu que não houve crime de racismo. 

Os advogados do Movimento Negro Unificado, Hédio Silva Jr, Wanderson Pinheiro e Silvia Souza, afirmaram que uma mensagem com este conteúdo, veiculada pelo Youtube e por meios de comunicação, propaga um conteúdo criminoso à medida em que induz e incita os receptores a associarem o corpo negro à insetos e falta de higiene.

A Lei Caó (7.716/89) prevê que configura como crime de racismo induzir ou incitar preconceito ou discriminação de raça. Os advogados estão confiantes que, desta vez, o STF irá determinar abertura de inquérito por crime de racismo.

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Com informações da Alma Preta.


Racismo e o desafio de combatê-lo

 

Movimento Negro em passeata. (FOTO/ Reprodução/ Humanistas).

Apesar do avanço da tecnologia, que nos traz uma gama de conhecimentos sobre o certo e errado, e de a Lei Caó (lei 7.716/89), que combate o racismo no Brasil, ter completado 32 anos no último dia 5 de janeiro, vivemos um retrocesso na questão racial. As atitudes criminosas provêm desde o meio virtual (internet e redes sociais) ao pessoal, em que os intolerantes se manifestam sem se importar com os valores do ser humano.

“Mundo de racismo, pandemia e violência é o ambiente natural de Trump e Bolsonaro”, diz Silvio Almeida

 

Silvio Almeida é presidente do Instituto Luiz Gama. (FOTO/ Francisco Severo).

Ainda que figuras como Trump e Bolsonaro tenham responsabilidade individual em todas as tragédias que os cercam, é preciso entender que tipo de mundo permite que homens como eles sejam alçados ao poder. Considero que uma análise da conjuntura política requer a observação do cenário, não somente dos atores.

81 lideranças de movimentos negros de todo país gravam mensagem ao povo brasileiro

 

81 lideranças de movimentos negros de todo país gravam mensagem ao povo brasileiro. (FOTO/ Reprodução/ YouTube).

Neste ano de 2020, o povo negro brasileiro gritou em alto e bom som: “Enquanto houver RACISMO, não haverá DEMOCRACIA!”

Violência? Vandalismo? Os negros perderam a paciência, diz Douglas Belchior

Douglas Belchior. (FOTO/ Marlene Bargano/ Folhapress).

 

O que é vandalismo num país que mata um jovem negro a cada 23 minutos? Por que há mais comoção com vidraças e prateleiras quebradas do que com os negros assassinados todos os dias?

“É muita cara de pau você querer dizer que no Brasil não há racismo”, diz professora Bia Alexandrino

 

Bia Alexandrino. (FOTO/ Reprodução).

Por Nicolau Neto, editor-chefe

A 78ª edição do Ubuntu Notícias, um canal no YouTube comandado pela professora e blogueira Lucélia Muniz, entrevistou na semana da Consciência Negra a também professora Ana Beatriz Alexandrino.

"O racismo tem que ser um problema pessoal de todos", diz Jurema Werneck

 

Jurema Werneck. (FOTO/ Reprodução/ Uol).

"A gente está lutando por vida e liberdade, não há nada que imponha limites a esse tipo de luta. Por ser uma luta por sobrevivência, a sensação de impotência é inviável", dispara Thula Pires. "Você pode não saber qual é o caminho mais estratégico para sua sobrevivência ou se perceber com insuficiências materiais, mas paralisar diante de uma ameaça à sua sobrevivência é instintivamente inviável", reforça a doutora em direito. O último dia do encontro "Branquitude, racismo e antirracismo", promovido pelo Instituto Ibirapitanga e transmitido por Ecoa, trouxe duas mesas fundamentais ao debate racial: "O papel da comunicação no antirracismo" e "O que podem os indivíduos diante da estrutura?", conversa em que Pires esteve com a médica e doutora em comunicação e cultura Jurema Werneck com mediação da jornalista, autora e colunista da Ecoa, Bianca Santana.

Fundadora do Nubank diz que é difícil contratar negros e que empresa não pode “nivelar por baixo”

 

Cristina Junqueira, cofundadora do Nubakn. (FOTO/ Reprodução).

Em entrevista ao programa Roda Viva, na segunda-feira (19), a cofundadora do Nubank, Cristina Junqueira, afirmou que tem dificuldade de encontrar candidatos negros adequados para as exigências das vagas na empresa. Ela disse ainda que investe em programas de formação gratuitos, mas que não pode “nivelar por baixo”.

‘Magazine Luiza ter só 16% de líderes negros é inaceitável’, diz presidente da varejista

 

Frederico Trajano: 'Sabíamos que essa nossa ação afirmativa iria desencadear discussões'. (FOTO/ Paulo Whitaher/ Reuters).

A decisão do Magazine Luiza em colocar apenas negros em seu próximo programa de trainees, conforme noticiado pelo Estadão/Broadcast, teve, segundo o presidente da empresa, Frederico Trajano, um componente matemático. De um lado, há o desequilíbrio entre o número de funcionários e o de lideranças negras dentro da empresa. Por outro, ter à frente pessoas que refletem a realidade da população brasileira levará a tomadas de decisão que aumentarão as vendas – e gerarão maior valor ao acionista. “Somos responsáveis por quem selecionamos e promovemos”, diz. “Claramente, se temos 53% da equipe negra e parda e só 16% de negros e pardos em cargos de liderança, há um problema para resolver com uma ação concreta.

Qual é a diferença entre bullying e racismo nas escolas?


(FOTO/ By Getty Images).
O livro Discriminação Racial é sinônimo de Maus-Tratos: A importância do ECA para a proteção das crianças negras, realizado pelo Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (Ceert), traz importantes reflexões a respeito da defesa dos direitos humanos, ao assumirmos a problemática da discriminação racial no Brasil. Organizado por Hédio Silva Jr e Daniel Teixeira, o livro apresenta um artigo da Professora Doutora Ellen de Lima Souza, a respeito da diferença entre bullying e racismo.

Brasil: a herança perversa do colonialismo racista


Brasil: a herança perversa do colonialismo racista. (FOTO/ Reprodução/ Comissão ARNS).

Segundo estudo divulgado em outubro de 2019 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a crônica desigualdade social que marcou todo o curso de nossa história, desde que Cabral aqui aportou no dealbar do século 16, aumentou em 2018. O rendimento médio mensal do 1% mais rico do país foi quase 34 vezes maior do que o da metade mais pobre de toda nossa população.

Políticas de comunicação e racismo 18 anos após Declaração de Durban


Marcha da Consciência Negra em São Paulo (SP)/ Mídia Ninja/ Reprodução/ Brasil de Fato.


O ano de 2019 marca a maioridade da 3ª Conferência Mundial contra o Racismo, a Xenofobia, a Discriminação Racial e Formas Correlatas de Intolerância. Realizada na África do Sul, país que havia colocado, há menos de uma década, fim a um regime de segregação racial que durou quase meio século, o apartheid, a Conferência de Durban, como ficou conhecida, reuniu representantes de governos, movimentos sociais, organizações não-governamentais, universidades, empresas, grupos de mídia e centros de pesquisa de 163 países, entre 31 de agosto e 8 de setembro de 2001.

Por que (ainda) precisamos falar sobre racismo?


Giselle dos Anjos, especialista em questões de raça e gênero.
(FOTO/ Nego Júnior/ Divulgação).

Todo ano é a mesma coisa: em novembro, chovem compartilhamentos de posts nas redes sociais que questionam a necessidade de haver um Dia da Consciência Negra. Mais do que isso: sugerem a criação do Dia da Consciência Humana. No mês que termina hoje, não foi diferente. O campeão de reposts é o trecho de uma entrevista do ator norte-americano Morgan Freeman, de 15 anos atrás, na qual ele diz que, "para acabar com o racismo, é só não falar sobre ele".

“Cada vez mais o racismo brasileiro sai do armário”, diz Conceição Evaristo”


A Escritora Conceição Evaristo (FOTO/Reprodução/RFI).
Ela é uma das grandes vozes da literatura afro-brasileira contemporânea. Romancista e poeta, Conceição Evaristo lança em Paris Poèmes de la mémoire et autres mouvements (Poemas de memória e outros movimentos, em tradução livre) e conversou com a RFI sobre racismo e a condição da mulher negra na sociedade.

Caminhos do racismo brasileiro: violência, trabalho, escravidão, por Cristiano Paixão


Caminhos do racismo brasileiro: violência, trabalho,
escravidão. (FOTO: Divulgação).
No Rio de Janeiro, um jovem negro, desarmado, é assassinado por um guarda de segurança em um supermercado. Em Salvador, uma festa de aniversário, amplamente divulgada nas redes sociais, usa referências visuais ligadas ao período da escravidão. Por intermédio de uma portaria, um ministro de estado modifica o conceito de trabalho escravo, o que contraria o Código Penal brasileiro e dificulta a fiscalização e o combate à escravidão contemporânea. Um deputado federal defende publicamente um projeto de lei (PL 6442/2016) que retira a maioria dos direitos sociais dos trabalhadores rurais, prevê o pagamento de salários sob a forma de moradia e habitação e permite jornadas exaustivas, sob o argumento de que a medida está inserida “nos usos, costumes e a cultura do campo”.

Tatiane Evangelista: “Ninguém é racista, mas elogiam minha beleza ressaltando que não é comum, e sim exótica”



Tatiane Evangelista Soares.
(Foto: Reprodução/Facebook)
Ninguém é racista, mas tem a impressão de ter visto piolho no meu cabelo.

Ninguém é racista, mas elogiam minha beleza ressaltando que não é comum, e sim exótica, mesmo habitando um País onde sua maioria é miscigenada.

Ninguém é racista, mas quando estou brincando com algum filhx de uma amiga minha, a certeza é que eu sou a mãe, pois o “normal” é que eu já tenha tido filho e que não tenha pai e não a minha amiga branca.

(Importante ressaltar que independente da etnia não existe desmérito em ser Mãe Solo).

“Escravizar, nem de brincadeira”, diz Elza Soares sobre diretora da Vogue


Donatta Meirelles cercada por mucamas no aniversário. (Foto: divulgação).

Uma nova polêmica tomou o espaço da internet nesse fim de semana: a festa de aniversário da diretora de estilo da Vogue, Donata Meirelles com fotos mostrando uma decoração racista vitalizaram nas redes sociais e despertaram a revolta de diversas pessoas, sobretudo artistas, ativistas e estudiosos acadêmicos. A cantora Elza Soares, que é bisneta de escrava e neta de escrava forra, publicou ontem (10) duas fotos em seu perfil no instagram protestando pelo ocorrido e dizendo: