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(crédito: Flickr) |
Em
vitória contra a ala lulista do MDB, a senadora Simone Tebet teve a candidatura
à Presidência oficializada, ontem, na convenção nacional do partido. Apoiada
pela federação formada com PSDB e Cidadania, a parlamentar recebeu 262 votos a
favor e apenas nove contrários. A escolha do vice, porém, foi adiada.
No
evento, Tebet fez defesa veemente da democracia, criticou os governos do PT e o
presidente Jair Bolsonaro (PL) e acenou ao eleitorado feminino.
"Como candidata, coloco neste momento a minha
vida a favor do Brasil, da democracia e do povo brasileiro", discursou
Tebet, na sede do MDB, em Brasília. "A
minha responsabilidade é de saber que um partido com a grandeza do PSDB, que
tradicionalmente sempre lançou candidato à Presidência da República, abre mão para
somar conosco neste campo."
As
tentativas de adiar a convenção e articular apoio do MDB ao ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT), ainda no primeiro turno, não vingaram. Líder da ala
lulista do partido, o senador Renan Calheiros (AL) não compareceu ao evento.
Após
a convenção, Tebet agradeceu ao presidente do MDB, Baleia Rossi, por não ter
cedido aos dissidentes. "Não aceitou
pressão, não aceitou conchavos. Não aceitou, como disse Roberto Freire
(presidente do Cidadania), negociatas ou negociações não republicanas",
afirmou a candidata.
No
discurso na convenção, Tebet enfatizou a crise econômica que assola o país,
disse que o cenário teve início nos governos do PT, mas que foi
"multiplicado" na gestão Bolsonaro.
A
candidata também criticou a polarização entre o chefe do Executivo e o
ex-presidente, embora não tenha citado o nome de nenhum dos dois. "Infelizmente, o Brasil vive um dos momentos
mais sensíveis. Nossos alicerces democráticos estão abalados, pela fome, pela
miséria, pela desigualdade social, pelo desemprego, mas estão abalados,
principalmente, por essa polarização ideológica, esse discurso de ódio, do nós
contra eles, que está levando ao abismo", frisou.
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As informações são do Correio Braziliense.