Filme será exibido dia 27 de outubro em São Paulo e também tem data marcada para o Festival de Cinema de Alter do Chão - Divulgação/Somos Guardiões. |
Londres, Berlim, Nova Iorque e Alter do Chão. Esses são alguns dos destinos que o filme Somos Guardiões tem data marcada ou já foi exibido.
Com
direção de Edivan Guajajara e produção de astros de Hollywood como Leonardo
DiCaprio e Fisher Stevens, o longa relata a mobilização de duas lideranças
indígenas na proteção de seus territórios, Marçal Guajajara, do Maranhão, e
Puyr Tembé, do Pará.
“O
filme conta a história de quem está no território, quem são os guardiões que
fazem essa proteção territorial contra madeireiros e grileiros que estão ali
para acabar com o que ainda existe no nosso território, que é a nossa
floresta”, explica o diretor em entrevista ao programa Bem Viver desta
quarta-feira (25).
Uma
dos idealizadores do filme, o cineasta estadounidense Fisher Stevens afirma que
a motivação do filme foi despertar a consciência nas pessoas sobre o desastre
que significaria seguir destruindo a Amazônia.
"Não
sei se podemos ganhar um Oscar, não fazemos filmes para ganhar Oscars, fazemos
para conseguir mudanças. É por isso que fizemos o filme, não para ganhar
prêmios, mas consciências e acho que esse filme conta uma história muito bonita
sobre pessoas tentando, realmente, fazer as coisas mudarem", afirmou o
produtor que ganhou, em 2010, o Oscar de melhor documentário com A Enseada, que
denuncia a caça de golfinhos no Japão.
Somos
Guardiões teve estreia nacional no Rio de Janeiro (RJ), entre os dias 13 e 14.
A sessão teve a presença da ministra dos Povos Indígenas Sônia Guajajara, que é
de um dos territórios representados no filme, e da deputada federal Célia
Xakriabá (PSOL-MG).
A
próxima sessão nacional será em São Paulo (SP), no dia 27 de outubro. Depois no
Festival de Cinema de Alter do Chão, em Santarém (PA), em novembro.
O
filme conta a história do povo Guajajara, localizado no Maranhão, que
protagoniza um movimento que ficou conhecido como “Guardiões da Floresta".
O grupo realiza monitoramento dos territórios por conta própria, para evitar invasões
e desmatamento ilegal, com barcos, câmeras e GPS.
Uma
das lideranças, Paulo Paulino Guajajara foi assassinado por madeireiros em
2019.
No
Pará, estado vizinho, o povo Tenentehara tem uma iniciativa semelhante.
Liderado por Puyr Tembé, desde 2021 existe a Articulação Nacional das Mulheres
Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (Anmiga).
Edivan
Guajajara relata que ele começou na produção como um convidado para ajudar no
intermédio da equipe estadunidense na comunicação com a população indígena,
especialmente do território Araribóia, local onde ele e a ministra Sônia
Guajajara nasceram.
No entanto, Edivan já tinha experiência no audiovisual e fotografia. Ele é um dos fundadores do canal de comunicação Mídia Indígena, que hoje tem quase 200 mil seguidores nas redes sociais.
Acompanhando
a equipe de filmagem, o diretor relata que “via muitas coisas que não deveriam
ser assim. Então, durante o processo eu fui dando opiniões pela minha visão do
que a gente queria passar. A partir dai eu fui convidado para ser câmera [...]
e depois eu fui convidado para ser o
diretor”, explica.
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Com informações do Brasil de Fato. Leia o texto completo aqui.
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