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Merremii Karão Jaguaribaras. (FOTO | Reprodução | Instagram). |
Por Nicolau Neto, editor
Em 2014 o blog Negro Nicolau iniciou a primeira fase da série “Personalidades Negras que Mudaram o Mundo”. Foi dito que neste espaço, você encontrará informações sobre algumas das personalidades negras que marcaram a história do Brasil e do mundo. Naquela oportunidade foi destacado que o espaço que estava se constituindo era inacabado e que estaria em contínua construção, porque a luta em favor da cultura negra e contra o racismo produziu e irá produzir, por tempo indeterminado, um grande número de lideranças que precisarão ser resgatadas.
Partindo
desse princípio, o blog desenvolveu em 04 de junho de 2015 a segunda fase da
série discorrendo sobre Albert Luthuli, primeiro negro a ostentar o Prêmio
Nobel da Paz e oito anos depois, este mesmo espaço proverá a série intitulada “Lideranças Indígenas”.
Após
a Constituição de 1988, diversas lideranças indígenas passaram a ocupar mais
espaços e que historicamente foram negados. São ativistas ambientais, artistas,
advogadas (os), médicos (as), deputadas (os), ministras, professoras (es),
escritoras (es), dentre outras profissões.
As
duas primeiras lideranças a ocupar este espaço foram Ailton Krenak e Sônia
Guajajara. Aqui no Ceará temos a artista Merremii Karão Jaguaribaras ocupando
vários espaços dentre eles os de arte, cultura, educação, sendo ela uma das indígenas
mais atuante ocupando espaços e evidenciando a cultura originária a demais
públicos .
Ela
nasceu aos 02 de março de 1993 na cidade de Aratuba, interior do Ceará.
Um pouco da história de Merremii Karão
Jaguaribaras
Merremii
Karão é uma das pesquisadoras e ativistas indígenas cearense mais atuante e usa
as Taowás (pinturas e grafismo) do povo Karão Jaguaribaras como uma das formas
mais poéticas de valorização cultural.
Ela
agrega ainda ao seu vasto currículo o fato de ser artista visual, curadora,
ambientalista, agricultora, artesã e escritora. Sua vida e poética artística
partem das caboclas serpentes: o clã das cobras pretas da nação indígena a qual
pertence.
É
autora do livro Wúpy Taowá: Vestindo-se
de linguagens. Mestranda em Humanidades e graduada em Sociologia na
Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira –
Unilab-CE. Na arte, preserva e promove os saberes ancestrais em diversas
linguagens.
Participou
de exposições como: Exposição Se arar:
Bonito pra chover - Pinacoteca do Ceará- 2022. Exposição Nhe ́ ẽ Se- Caixa cultural de Brasília 2023. Exposição Hãwhãw – Arte Indígena
antirracista no MIS (Museu da imagem e do som - Ceará 2023).
Conheça as outras lideranças já trabalhadas
aqui:
Lideranças indígenas: Ailton Krenak
Lideranças Indígenas: Sônia Guajajara
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Texto construído em colaboração com
Merremii.
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