![]() |
Luciano Hang e o candidato Jair Bolsonaro: acusação de abuso de poder econômico. ( Foto: reprodução/facebook). |
Na
manhã desta quinta-feira (18), a coligação O Povo Feliz de Novo entrou com uma
ação de investigação judicial eleitoral no Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
por abuso de poder econômico contra a chapa de Jair Bolsonaro (PSL) e Luciano
Hang, dono da rede de lojas Havan. Caso seja comprovado o abuso de poder
econômico por parte da campanha, o presidenciável pode se tornar inelegível por
oito anos.
A
ação diz respeito ao episódio em que Hang fez a defesa do voto em Bolsonaro,
"constrangendo os seus funcionários a votarem em referido candidato, sob
ameaças de fechamento de lojas e dispensa de funcionários", diz o texto
dos advogados da coligação.
No
dia 2, o Ministério Público do Trabalho entrou com ação para que o empresário
fosse multado em R$ 1 milhão caso voltasse a coagir funcionários a votarem em
Bolsonaro. Em nota pública, divulgada no dia anterior, o MPT advertia que iria
fiscalizar e multar o direcionamento, a imposição e a coação de empresas pelo
voto dos seus funcionários.
A
iniciativa se deu pelo fato de o dono da rede de lojas Havan ter publicado um
vídeo em rede social citando a "opção" pelo candidato do PSL como a
única saída contra a esquerda. "Se você não for votar, anular seu voto ou
votar branco, depois do dia 7 de outubro, ganha a esquerda e vamos virar uma
Venezuela", afirmava ele em um trecho do vídeo no qual apontava que 30%
dos trabalhadores de suas lojas não haviam definido o voto em algum candidato.
Hang dizia que os cerca de 15 mil funcionários de sua rede de lojas poderiam
perder seus empregos, em caso de uma "vitória da esquerda".
Para
a coligação de Haddad, o vídeo, junto a transmissões ao vivo feitas por Hang
com Bolsonaro e postagens nas redes sociais, demonstram "potencial
suficiente a comprometer o equilíbrio do pleito eleitoral de 2018".
"Resta claro o abuso de poder econômico na medida que a campanha do
candidato representado ganha reforço financeiro que não está contabilizado nos
gastos da campanha, todavia os resultados do abuso perpetrado serão por ele
usufruídos."
A
ação foi elaborada antes da reportagem do jornal Folha de S. Paulo revelar o
suposto envolvimento de Hang com um esquema criminoso de disparos em massa de
mensagens pelo WhatsApp contra o PT e o seu candidato a presidente, Fernando
Haddad. (Com informações da RBA).
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Ao comentar, você exerce seu papel de cidadão e contribui de forma efetiva na sua autodefinição enquanto ser pensante. Agradecemos a sua participação. Forte Abraço!!!