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"Tem um candidato que não possui postura respeitosa, sem diálogo e com tom ameaçador", alerta bispo. (Foto: José Cruz/Agência Brasil). |
A
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nota sobre o segundo
turno das eleições de 2018 nesta quarta-feira (24). Sem citá-lo no texto, os
bispos se mantém contrários à postura do candidato do PSL, Jair Bolsonaro,
pedindo ao eleitor que recuse o "clima
de violência, estimulado por notícias falsas, discursos e posturas radicais,
que colocam em risco as bases democráticas da sociedade brasileira".
Em
entrevista à jornalista Marilu Cabañas, da Rádio Brasil Atual, nesta quinta
(25), Dom Reginaldo Andrietta, bispo da Diocese de Jales, reforçou a
orientação, se posicionando contra um candidato radical e que faz apologia à
tortura. De acordo com ele, a igreja é contra as "extrapolações" e a "manipulação
do eleitor"
"Nesse sentido, a CNBB se pronuncia a favor
da paz social e do Estado democrático. As pessoas que querem o cargo no
Executivo devem ser respeitosas, mas tem um candidato que não possui essa postura,
sem diálogo e com um tom ameaçador", afirma ele.
O
bispo lembra que, durante a ditadura civil-militar no Brasil, as igrejas eram
"discretas" e seus seguidores temerosos. "Não se podia criticar o que acontecia, então esse não era o tipo de
sociedade que devemos viver", explica.
Dom
Reginaldo acrescenta que a igreja deve ser contra todo o sistema de dominação e
autoritarismo. "Toda tendência
militarista está associada a um sistema de dominação econômica. Os sinais dados
por este determinado candidato são nesse sentido, de ditadura. Isso significa
que um vai ter medo do outro, falta de confiança e divisão social. Precisamos
criar condições para a paz", finaliza. (Com informações da RBA).
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