O
PSOL sempre esteve na linha de frente da luta contra a corrupção e em defesa da
ética na política. E, por meio de sua ação, sempre rechaçou a impunidade,
assegurados o amplo direito de defesa e as garantias do Estado Democrático de
Direito. Continuaremos defendendo o aprofundamento das investigações sobre toda
a casta política acusada e denunciando as tentativas de “estancar a sangria”.
Do Site do Partido - O
PSOL também sempre esteve à frente da luta pelo fim do financiamento privado de
campanhas e a ingerência do poder econômico na vida pública, razão principal da
disseminação da corrupção no país, como todo povo brasileiro pode acompanhar.
O
PSOL é contrário a qualquer relação de promiscuidade com empresas e defende a
punição exemplar de casos de corrupção dos poderosos. Ninguém está acima da
lei, seja presidente, juiz, parlamentar ou empresário, mas é necessário para
condenar – ato conclusivo da investigação – que haja provas robustas.
No
caso da condenação do ex-presidente Lula pelo juiz Sérgio Moro, no processo
referente ao chamado triplex, consideramos que a ação penal é frágil em termos
de materialidade e provas, reforçando a tese do arbítrio e da ação persecutória
que se materializou na condução coercitiva de Lula e na divulgação ilegal de
áudio contendo diálogo entre Dilma e o ex-presidente, procedimento duramente
repreendido pelo então Ministro do STF Teori Zavaski.
Não
concordamos com o uso político da Operação Lava-Jato, na esteira da
consolidação do golpe institucional, com vistas às eleições de 2018. Chama atenção
a divulgação ser feita horas após a aprovação do desmonte de direitos,
patrocinado pela reforma trabalhista, e no dia de início da discussão sobre a
autorização, pela Câmara dos Deputados, da investigação de Temer por corrupção
passiva, em meio a um escandaloso processo de compra de votos na tentativa de
salvar seu desgoverno. Busca-se claramente desviar a atenção e favorecer planos
continuístas.
O
PSOL nasceu como oposição de esquerda aos governos petistas e seu projeto de
conciliação de classes, sempre denunciando a opção por alianças conservadoras
para garantir a governabilidade. Em qualquer cenário, teremos candidatura
própria no próximo ano. Nem por isso, porém, consideramos justo condenar alguém
objetivando inviabilizar um concorrente na disputa presidencial. O PSOL se
afirma crítico ao ato de Moro, bem como à campanha midiática em torno dele. O
golpe institucional de 2016 continua produzindo seus efeitos nefastos sobre o
povo brasileiro e colocando exatamente corruptos no Planalto, para fazer as maiores
perversidades contra o povo brasileiro e seus direitos.
Executiva
Nacional do PSOL
Bancada
do PSOL na Câmara dos Deputados
12
de julho de 2017.
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