10 de agosto de 2018

ExposiAção Mulheres Pensantes, Presentes na 9ª Edição do Artefatos da Cultura Negra


Socorro Alexandre. (Foto: Divulgação).
A 9ª Edição do Artefatos da Cultura Negra que ocorrerá entre os dias 18 e 22 de setembro em Crato e Juazeiro do Norte, contará com a participação de Socorro Alexandre na Mesa “Mulheres na Capoeira”. A informação foi publicada na página oficial do evento no facebook.

Socorro, desde sempre esteve imersa na energia da cultura popular através de seu pai Seu Zé Teófilo, patriarca da comunidade do Sítio Santo Antônio em Arajara - Barbalha. Hoje, ao lado do seu companheiro Mestre Chico Ceará conduzem a Associação de Capoeira Arte e Tradição que beneficia o povo com várias manifestações culturais como maneiro pau, samba de roda, maculelê, capoeira, puxada de rede, coco de roda, maracatu, caretas, entre outras. Seguem juntos há 19 anos nessa luta de resistência.

Sua participação se dará na mesa “Mulheres na Capoeira” no penúltimo dia de artefatos, no Salão de Atos da Urca. A página do evento também comunicou que a advogada e professora universitária, Carla Dias, que desenvolve estudos sobre territorialidade, populações quilombolas e regularização fundiária, confirmou sua participação.

ExposiAção Mulheres Pensantes, Presentes na 9ª Edição do Artefatos da Cultura Negra.  (Foto: Divulgação).

A programação do 9º Artefatos compões ainda a ExposiAção MULHERES PENSANTES, PRESENTES realizada pelo Grupo de Pesquisa NZINGA dentro do Projeto de Extensão YABARTE. “Obras de artistas visuais da região e a apresentação de produções de mulheres nas mais diversas áreas com vistas à valorização de suas realizações, produção de conhecimento e biografias para a história da humanidade e do Brasil” fazem parte desta exposição-ação-intervenção que ocupará a Galeria Célia Bacurau Arrais, do Campus Pimenta da URCA.

Abaixo você confere mais sobre a programação:

05 a 27 de setembro - ExposiAÇÃO MULHERES PENSANTES PRESENTES - Sala Célia Bacurau Arrais;

19 de setembro - de 13h00 às 17h00 - Oficina-Ação YABARTE: ARTISTA NEGRA, PRESENTE! - Sala Célia Bacurau Arrais;

20 de setembro - de 13h30 às 17h00 - Intervenção: YABARTE: ARTISTA NEGRA, PRESENTE - Bairro Pimenta e Centro.

'Meirelles não é o único candidato de Temer. Aqui tem 50 tons de Temer’, diz Boulos em debate na Band


Boulos criticou Meirelles e por tabela todos os candidatos que defendem o legado de Temer, como Alckmin e Bolsonaro. (Foto: Kelly Fuzaro/ Band).


O candidato à presidência pelo Psol, Guilherme Boulos, ironizou a posição dos demais postulantes ao Planalto. Durante o debate da Bandeirantes na noite desta quinta-feira (10), ao elaborar uma pergunta para Henrique Meirelles (MDB), disse que ele não é o único que representa o presidente Michel Temer (MDB). “Aqui tem 50 tons de Temer. Todo mundo aprovando as medidas do Temer”, afirmou em tom irônico.

Boulos, que começou sua fala cumprimentando o ex-presidente Lula, quem considerou preso injustamente, acusou Meirelles de ser “candidato dos banqueiros”. “Meirelles é um banqueiro. Nós representamos os trabalhadores preocupados com o desemprego. Os bancos lucram um absurdo enquanto o salário mínimo fica estagnado”, disse, ao questionar a política econômica de Temer, conduzida por Meirelles que foi seu ministro da Fazenda e saiu para disputar o cargo máximo do Executivo.

Para o candidato do Psol, “Meirelles é exemplo de porta giratória. Foi presidente do Bank of Boston e saiu para o Banco Central. É a raposa cuidando do galinheiro. Esse tipo de política econômica faz o Brasil tirar dinheiro dos pobres para dar para os ricos”, atacou. Em resposta, o banqueiro não escondeu sua origem: “Quando estive na iniciativa privada, era presidente de um dos bancos mais respeitados do mundo. Fiz um trabalho de montagem de um banco digital que é um sistema de sucesso e que vai prevalecer. Sou o candidato sem processo”.

Outros embates mais quentes envolveram o candidato do PDT, Ciro Gomes. Inicialmente, o candidato do partido Patriota, Cabo Daciolo, protagonizou um momento que tirou risos da plateia e dos jornalistas. Afirmou que Ciro foi “fundador do Foro de São Paulo” e que tal “entidade” teria um plano comunista para “tomar” a América Latina. Ciro ironizou a pergunta que tratou como absurda: “Democracia é uma beleza, mas tem certos custos (...) Tive o privilégio de conhecer o cabo hoje. Não o conhecia. E não dou fundador do Foro de São Paulo. Não sei que plano é esse”.

Entre amigos

Álvaro Dias, do Podemos, disse que chamaria o juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato em Curitiba, para o ministério da Justiça. Ele pediu, gentilmente, que Geraldo Alckmin (PSDB) comentasse. O tucano seguiu na mesma linha, com o discurso genérico de fim da impunidade e combate à corrupção. Álvaro Dias defendeu a criação de uma “instituição” da Lava Jato como uma política de Estado, como uma “tropa de elite”. “Nossos governantes terão que pedir perdão ao povo brasileiro”, ameaçou.  Enquanto isso, Alckmin defendeu a reforma política com redução do Estado e cláusula de barreira para limitar a quantidade de partidos. “Esse é o bom caminho, reformas de Estado”, defendeu o tucano.

Na sequência, Meirelles seguiu com a conversa no mesmo quadrante político chamando Alckmin para responder a uma questão sobre o Bolsa Família. Ambos concordaram que o programa criado por Lula é “muito positivo, especialmente no Nordeste brasileiro. Vamos até ampliar o programa”, como definiu o tucano. Meirelles retrucou: “Seu partido chamou o Bolsa Família de ‘Bolsa Esmola’. Eu farei o contrário. Vamos aumentar o Bolsa Família em valor e cobertura. ” Apesar de dizer que faria o contrário, defenderam exatamente os mesmos argumentos.

Seguindo “entre amigos”, Bolsonaro pediu para falar com Cabo Daciolo. Ambos atacaram os velhos caciques da política, como Alckmin. “O momento é de transformação, é o agora. Todos os brasileiros que pensam em sair do país, não saiam. Está chegando o momento da prosperidade, de clamarmos a Deus, em nome do senhor Jesus Cristo. Fé, esperança e amor”, disse o evangélico Daciolo. “O único que pode romper com o establishment é Jair Bolsonaro”, retrucou o militar de extrema-direita. “Bolsonaro, não é o único. Eu também estou aqui”, disse Daciolo em tréplica, também lembrando que é militar.

Marina lembrou a época que foi ministra, companheira de Ciro, ambos integrantes do gabinete de Lula, e questionou sobre a transposição e revitalização do rio São Francisco. “Marina foi uma ministra extraordinária, minha amiga. Trabalhei com ela, licenciamos o São Francisco e hoje é uma obra parada. Continuarei imediatamente. O compromisso é de revitalizar o rio. Trabalhando juntos, sabemos que não podemos trabalhar sem ter o compromisso com o futuro”, disse Ciro, lembrando que Marina “deu trabalho” para ele, como defensora do meio ambiente. “Devemos retomar o programa de revitalização do rio”, resumiu Marina. (Com informações da RBA).

9 de agosto de 2018

Ministros do STF aumentam próprio salário que chegará a R$ 39 mil. Decisão repercute na internet


STF. (Foto: Carlos Moura/STF).

O Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou, nesta quarta-feira (8), uma proposta orçamentária que prevê reajuste salarial de 16,38% em 2019. O placar foi de 7 votos favoráveis e 4 contrários. O reajuste era pleiteado pela magistratura desde 2015. O salário de um ministro do STF é o teto do funcionalismo e hoje está em R$ 33,7 mil. Com o reajuste, chegará a R$ 39 mil.

Se aprovado, o reajuste terá impacto sobre os salários de juízes e membros do Ministério Público de todo o país (o chamado efeito-cascata), e também de parlamentares, ministros do Tribunal de Contas da União, entre outros. O impacto inicial previsto só no Judiciário federal (nas três instâncias) é de R$ 717,2 milhões por ano, isso sem contar a Justiça dos estados, o Ministério Público Federal, os ministérios públicos estaduais, os tribunais de contas.

Os ministros Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio, Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Luiz Fux e Alexandre de Moraes votaram a favor do reajuste na proposta orçamentária do próximo ano. Já os ministros Cármen Lúcia, Celso de Mello, Rosa Weber e Edson Fachin foram contrários.

Esse projeto, o PLC 27/2016, já foi aprovado na Câmara, mas está parado no Senado. Segundo o ministro Ricardo Lewandowski, magistrados aposentados e pensionistas, que perdem cerca de 40% de seu rendimento, vivem hoje em situação de penúria. O ministro Toffoli afirmou que as despesas do STF não vão aumentar. O valor do reajuste para os ministros da corte deverá sair de remanejamentos internos, tirando, por exemplo, da verba da TV Justiça.

Guilherme Boulos, candidato do Psol à Presidência, criticou a proposta de reajuste: “O STF aprovou reajuste para juízes que custará quase 1 bilhão a mais por ano para os cofres públicos. Há 2 anos, negou ação contra o congelamento dos gastos em saúde e educação porque o ajuste fiscal era “fundamento das economias saudáveis”. Ajuste no olho dos outros é refresco”, disse Boulos no Twitter.

Já o colunista de política do UOL, Leonardo Sakamoto chamou a medida de contrassenso: “Qualquer medida de autopreservação das classes mais privilegiadas em meio à grave situação social e econômica em que vive o país, como o reajuste de 16,38% nos salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal, é um contrassenso”.

O teólogo Leonardo Boff também se indignou contra o aumento: “Nossos melhores historiadores sempre têm afirmado que nossa democracia não é de direitos mas da privilégios. Os aristocratas sempre fizeram a conciliação entre eles,de costas para o povo. O STF aumenta seus salários, reafirmando essa tradição.Sem qualquer escrúpulo”.

A sociedade civil também rejeita o aumento de salário pretendido pelo Poder Judiciário. Em enquete promovida no site do Senado, até esta quarta-feira (08), 12.078 se manifestaram pela rejeição da medida e 2.351, a favor. (Com informações da Revista Fórum).

8 de agosto de 2018

Senado aprova, enfim, lei que cria crime de importunação sexual


Diego Novais precisou praticar atos libidinosos  em público inúmeras vezes até ser condenado a prisão. Nova lei promete acabar com a impunidade em casos de abuso sexual. (Foto: Reprodução/SBT).


Diego Ferreira Novais causou alvoroço nas redes sociais em setembro do ano passado. O homem havia ejaculado no ombro e pescoço de uma mulher, em São Paulo, dentro de um ônibus. Passou apenas um dia detido na delegacia. Três dias depois, voltou a ser preso, dessa vez por se masturbar em frente a uma mulher no transporte coletivo.

Àquela altura, depois da reincidência em tão pouco tempo, movimentos feministas criticaram a decisão do juiz José Eugênio do Amaral de não classificar como estupro o caso de Diego. A justificativa causou polêmica: “não houve estupro, uma vez que, tecnicamente, não teria havido constrangimento e nem violência”.

Diego não passou ileso naquela segunda vez. Foi julgado e condenado a dois anos de prisão por violação sexual mediante fraude – ou seja, por praticar ato libidinoso sem a “livre manifestação de vontade da vítima”.

Outros casos também vieram à tona naquela mesma época – só na cidade de São Paulo foram registrados 467 casos de abuso sexual em 2017. E, assim como Diego, alguns deles acabaram presos. Só que outros não. Isso porque não havia ainda jurisprudência sobre esses casos. Como a pena dependia da interpretação do juiz, alguns abusadores respondiam apenas por contravenção penal de importunação ofensiva ao pudor, pagavam uma multa e saíam tranquilos.

A pressão valeu a pena. Na noite de ontem, o Senado aprovou um projeto de lei que transformou em crime as atitudes como a de Diego – por importunação sexual. Basta a assinatura final do presidente Michel Temer para que a prática de atos libidinosos na presença de alguém vire crime, com pena de um a cinco anos de prisão. Se o abusador cometer o ato em local público, esse tempo pode ser ainda maior.

Fora isso, o projeto acabou com as contravenções, que puniam apenas com multas, em casos como esse. E deu ao Ministério Público o direito de denunciar os abusadores sem a autorização ou representação da vítima. Até então, a Justiça só podia tomar alguma medida se a mulher prestasse depoimento e denunciasse o homem.

Além de tipificar esses crimes, a nova lei também considera crime divulgar vídeos com cenas de estupro ou que façam apologia a ele – exceto se forem publicadas em veículos jornalísticos, acadêmicos, científicos ou culturais, com a preservação da identidade da vítima. A pena também é de um a cinco anos de prisão. Se o crime for cometido por um ex-namorado, ou alguém próximo da vítima, só para humilhá-la ou por vingança (porn revenge), a pena pode aumentar até dois terços.

O mesmo projeto ainda aumentou a pena em casos de estupros coletivos. Ou “estupros corretivos” – quando homens forçam o sexo para “corrigir” algum comportamento social ou sexual da vítima.  Se forem cometidos em lugares públicos ou ermos, durante a noite, ou com uso de arma, a pena pode aumentar ainda mais.

No dia em que a Lei Maria da Penha completou 12 anos, um novo projeto de lei trouxe uma série de novas proteções às mulheres. Com a pressão das redes e dos movimentos sociais, dessa vez, a frase “não passarão” parece ter ganhado, enfim, respaldo e proteção jurídica. (Com informações de CartaCapital).

7 de agosto de 2018

Haddad e Manuela esclarecem estratégia de PT e PCdoB para eleições de outubro


Manuela e Haddad defendem suas posições como algo inédito na política nacional: 'aqui, não existe um projeto pessoal'. (Foto: Ricardo Stuckert).


O coordenador de campanha do PT para o pleito presidencial de outubro, Fernando Haddad, concedeu entrevista coletiva hoje (7) ao lado da deputada estadual Manuela D’Ávila, do PCdoB. O objetivo foi esclarecer a formação da coalizão entre os partidos em um modelo incomum, com três figuras políticas envolvidas numa chapa.

O objetivo é assegurar o direito de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter seu registro acolhido no próximo dia 15, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na ocasião, terá Haddad formalizado como vice. A coligação terá prazo até 17 de setembro, 20 dias antes do primeiro turno, para alterar o registro no TSE. Caso a disputa pela elegibilidade de Lula prossiga com boas perspectivas, Manuela substituirá Haddad na chapa.

Esse é o cenário desejado pelos partidos. Haddad chegou a dizer em entrevista mais cedo que seu desejo é ser ministro de Lula. Somente no caso de o ex-presidente vir a ser impedido, o ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro assumiria a candidatura, com Manuela de vice.

Fernando Haddad afirmou reiteradas vezes que Lula carrega condições legais para disputar o pleito e protestou contra a perseguição política contra o ex-presidente.

“É natural que, em um primeiro momento, até que se resolva toda a situação jurídica, fica o Haddad como vice e interlocutor do Lula enquanto eu faço campanha onde sempre estive: no papel de militante e lutadora social”, afirmou Manuela. Além de coordenador de programa de governo, Haddad é advogado de Lula.

Manuela e Haddad defenderam suas posições como algo inédito na política nacional. “Aqui, não existe um projeto pessoal. Existe a ideia de que precisamos resgatar o Brasil. Precisamos de todo o esforço coletivo contra o projeto que está em curso, que é repudiado pela população”, disse Haddad.

Sempre disse que adoraria ser a porta-voz do ‘dia do não fico’”, continuou Manuela. “Defendi desde o começo que a solução para o país passasse por Lula, Haddad e Ciro (Gomes do PDT) e não necessariamente por mim. O mais importante é vencer, e a ideia de que a unidade é muito importante.”

Desalojar Temer
A deputada do PCdoB também brincou dizendo que, no fim das contas, quem vai tirar o Temer do Palácio do Jaburu será ela. O emedebista, após o impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT), optou por não se mudar para o Palácio do Planalto e permanecer na residência oficial dos vice-presidentes. “Quem vai ter o prazer de tirar o Temer de lá sou eu. Então é xô, Temer, o Jaburu é nosso, de quem acredita no Brasil”, afirmou.

Ambos consideram a superação do governo Temer ponto de partida para um novo projeto de desenvolvimento do país. “Para nós, sempre foi a primeira prioridade vencer as eleições. Vivemos como o povo brasileiro, e sabemos o impacto do empobrecimento, do desemprego, do aumento da violência e do abandono das universidades. Tudo o que esse test drive de neoliberalismo, que é o governo Temer, nos fez viver”, ressaltou Manuela.

Haddad defendeu estratégias do pré-programa de seu partido para reverter o cenário de crise que vive o país. “Queremos resgatar a soberania nacional, popular. Resgatar o desenvolvimento com inclusão e denunciar o que está acontecendo com o Lula sem medo de assumir posições”, afirmou ressaltar que os programas do PT e do PCdoB apresentam “99% de pontos em comum”.

Queremos desenvolvimento. Nos mirar em experiências internacionais. Oligopólios não fazem sentido em nenhum lugar do mundo. Nem em meios de comunicação e, muito menos, no setor bancário. Sem concorrência não tem democracia econômica e sem mídia plural não tem democracia política. Queremos mais crédito e não menos. Queremos mais vezes e não menos. Vivemos uma monocultura e não da para ser assim (…) As alavancas do desenvolvimento democrático são o crédito econômico e político. Informação fidedigna e crédito barato. Assim funciona no mundo inteiro”, disse o coordenador do programa Lula. (Com informações da RBA).

Poeta e coreógrafo Ermildo Panzo confirma presença na 9ª Edição do Artefatos da Cultura Negra



Poeta e Coreógrafo Ermildo Panzo.
 (Foto: Reprodução)
Sônia Guimarães, Janaina Oliveira e Teresa Cárdenas estão entre aquelas personalidades que figurarão na 9ª Edição do Artefatos da Cultura Negra que ocorrerá entre os dias 18 e 22 de setembro em Crato e Juazeiro do Norte. Se juntarão a elas o poeta, coreógrafo e escritor Ermildo Saraiva Panzo, conforme informações divulgadas na página oficial do evento no facebook.

Ermildo Panzo também é bailarino performer, palestrante, consultor e estruturador de textos literários e gerenciador de talento. “Como cidadão do mundo, a difusão da sua arte de coreografar e a literatura, lhe tornou um nômade pela África, Europa e America Latina. E nesta sua temporada no Brasil, Coordena junto dos artistas Yannick Delass e Shambuyi Wetu o `Projeto Congo Ancestral´ e integrante do Sarau do Binho e parceiro de outros movimentos artísticos em São Paulo”.

Ele é criador da técnica de dança Bantu Lutsassa e no Artefatos sua contribuição virá com o espetáculo “MONANGAMBÉ”.

Saiba mais sobre Ermildo Panzo abaixo:

Ermi Panzo foi vencedor do 1º Concurso Nacional Spoken Word Kussinguila/ Angola e o internacional Pan africano junto dos 8 melhores poetas (The spoken Word project) Itália, Alemanha, México conheceu a palavra falada de Angola através deste declamador. E fora disso, foi atrás dos descobrimentos das danças africanas e suas etnias; em Angola, Etiópia, Uganda, Kigali e suas transcendências em Cuba. Fez capacitação artística líric jazz e danças contemporâneas /Cuba. Coreografou o gra7po de dança Las serenas /México, coreografou o núcleo de artes da comunidade africana de La Cujae /Cuba; também coreografou e dirigiu as escolas Dance for Love, Yeto a Yeto e IMPS.

Criador da técnica de dança Bantu Lutsassa. Suas apresentações artísticas e Oficinas até agora já se expandiu nos palcos do Sesc São Caetano, Sesc Santos, Sesc Osasco, Sesc Campo Limpo, Sesc Vila Mariana, Sesc Pinheiros, Sesc Jundiaí, Sesc Belenzinho,centro cultural santo amaro, centro cultural da Juventude, centro cultural cidade Tiradentes, Impact Hub, fatiado dos discos, Google Sp, Tanger restaurante, Al Janiah e em outros pontos culturais dos estados do Brasil.

A poética de Angola transcendente a cultura Bantu, se manifesta com a música, dança, poesia e percussão que compõe uma performance de representatividade da cultura africana. Nesta performance o artista declama poesia falada e cantada e outras as narrativas do corpo, associado ao ritmo percussivo. Essas manifestações artísticas são baseadas no cotidiano de algumas culturas africanas: desde o matriarcado.

6 de agosto de 2018

País herdou indolência do índio e malandragem do negro, diz general Mourão, vice de Bolsonaro


(Foto: Reprodução/Revista Fórum).


Vice na chapa do candidato a-presidente Jair Bolsonaro (PSL), o general da reserva Hamilton Mourão (PRTB), lançou a primeira frase preconceituosa da campanha. Em almoço na Câmara de Indústria e Comércio (CIC) de Caxias do Sul nesta segunda (6), Mourão disse que o Brasil herdou a “indolência” dos indígenas e a “malandragem” dos africanos. Foi o primeiro evento público do general na condição de candidato. Ao defender a democracia, Mourão ressaltou que “intervenção militar não é varinha mágica”.

Mourão fazia uma explicação sobre as condições de subdesenvolvimento e conflitos políticos e sociais da América Latina – ele definiu a região como um “condomínio de países periféricos”. Ao mencionar a “malandragem” dos africanos, desculpou-se com o vereador negro Edson da Rosa (MDB), presente na mesa de de autoridades.

Há uma dificuldade em transformar o potencial estratégico do Brasil em poder. Ainda existe o famoso ‘complexo de vira-lata’ aqui no nosso país. Temos que superar isso. Há uma herança cultural, muita  gente gosta de privilégio. Essa herança do privilégio é uma herança ibérica. Temos uma certa indolência, vinda da cultura indígena. Eu sou indígena, meu pai é amazonense. E a malandragem, Edson Rosa [vereador negro presente na mesa], nada contra, mas a malandragem é oriunda do africano. Esse é o nosso caldinho cultural. Infelizmente gostamos de mártires, populistas e dos macunaímas”, disse ele.

O vice de Bolsonaro defendeu políticas sociais para resolver o problema da violência e do tráfico de drogas, argumentando que só repressão não é suficiente. Entre as medidas citadas por Mourão, estão a criação de escolas e a urbanização de comunidades, onde o tráfico e a milícia controlam serviços como água, luz e internet. Depois da palestra, o general participou do lançamento da candidatura do tenente-coronel Luciano Zucco (PSL) a deputado estadual.

Na economia, Mourão defendeu o livre mercado, privatizações e ajuste fiscal. Assim como Bolsonaro, Mourão disse “não ter nada contra” a privatização da Petrobras. De acordo com o general, Bolsonaro “vai estudar a melhor forma de isso acontecer, se for necessário”. (Com informações da Revista Fórum).

5 de agosto de 2018

As interrogações que ainda rondam o pleito de 2018


Os presidenciáveis. (Foto: Reprodução/ O Povo).


O Brasil chega ao último dia de convenções partidárias com quadro de articulações quase definido, mas ainda muitas interrogações pela frente.

A principal delas: na hipótese de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) barrar a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso há quase quatro meses na superintendência da Polícia Federal em Curitiba, quem deve substituí-lo no partido?

A depender da resposta, os cenários variam de um apoio a candidato de outro partido, como Ciro Gomes (PDT), ou a composição com o PCdoB. Nesse caso, a legenda comunista indicaria a deputada estadual Manuela d’Ávila para a vice do ex-presidente. 

Em entrevista à revista “Época”, o ex-governador da Bahia e candidato ao Senado pelo estado Jaques Wagner ainda se apresenta como um plano “C” – o “B”, segundo dirigentes petistas, seria o ex-prefeito de São Paulo Fernand Haddad. 

Ex-ministro de Lula, Wagner nega a intenção de encabeçar a chapa. O petista é um dos investigados na Operação Lava Jato por suspeita de haver recebido dinheiro desviado da construção da Arena Fonte Nova (BA). 

No campo da oposição, as dúvidas constituem pouca razão para surpresas. Depois de fechar acordo com as siglas do “centrão”, bloco formado por DEM, PP, PRB, SD e PR, o tucano Geraldo Alckmin fortaleceu-se como um dos polos da corrida. 

Liderando a centro-direita, o ex-governador de São Paulo venceu a queda de braço travada com Ciro pelo latifúndio de quatro minutos de tempo na propaganda eleitoral gratuita que o blocão detém – sozinho, o pedetista possui pouco mais de 30 segundos de exposição.

Alckmin também partiu na frente ao designar a senadora Ana Amélia (PP-RS) como vice na sua chapa ao Palácio do Planalto. Jornalista e crítica feroz do PT, a parlamentar tem interlocução no segmento do agronegócio, precisamente onde o candidato paulista ambiciona crescer – o ex-governador vinha perdendo terreno nesse campo do eleitorado para o militar Jair Bolsonaro (PSL). 

Candidata pela Rede, a ex-senadora e ex-ministra Marina Silva desponta novamente como outsider. Sem outras alianças além da formalizada com o PV, que indicou Eduardo Jorge para vice da postulante, Marina chega à reta final das convenções com amplo recall das eleições passadas, nas quais abocanhou 21% dos votos válidos. 

No topo das pesquisas nos cenários sem Lula, Bolsonaro derrapou nas costuras de alianças e parte isolado para a campanha. Com dificuldades para escolher um vice na chapa, o capitão da reserva foi rejeitado pelos partidos mais graúdos do “centrão”, que se coligaram a Alckmin, e pelos nanicos, que se esquivaram das investidas do deputado federal. 

CIRO GOMES ISOLADO

Ciro Gomes (PDT) afirmou ontem haver tentativa de isolá-lo na campanha. "Estão tentando se organizar em torno de candidato que vai manter privilégios de uma minoria" (Com informações do O Povo).