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Os presidenciáveis. (Foto: Reprodução/ O Povo). |
O
Brasil chega ao último dia de convenções partidárias com quadro de articulações
quase definido, mas ainda muitas interrogações pela frente.
A
principal delas: na hipótese de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) barrar a
candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso há quase quatro meses na
superintendência da Polícia Federal em Curitiba, quem deve substituí-lo no
partido?
A
depender da resposta, os cenários variam de um apoio a candidato de outro
partido, como Ciro Gomes (PDT), ou a composição com o PCdoB. Nesse caso, a
legenda comunista indicaria a deputada estadual Manuela d’Ávila para a vice do
ex-presidente.
Em
entrevista à revista “Época”, o ex-governador da Bahia e candidato ao Senado
pelo estado Jaques Wagner ainda se apresenta como um plano “C” – o “B”, segundo
dirigentes petistas, seria o ex-prefeito de São Paulo Fernand Haddad.
Ex-ministro
de Lula, Wagner nega a intenção de encabeçar a chapa. O petista é um dos
investigados na Operação Lava Jato por suspeita de haver recebido dinheiro
desviado da construção da Arena Fonte Nova (BA).
No
campo da oposição, as dúvidas constituem pouca razão para surpresas. Depois de
fechar acordo com as siglas do “centrão”, bloco formado por DEM, PP, PRB, SD e
PR, o tucano Geraldo Alckmin fortaleceu-se como um dos polos da corrida.
Liderando
a centro-direita, o ex-governador de São Paulo venceu a queda de braço travada
com Ciro pelo latifúndio de quatro minutos de tempo na propaganda eleitoral
gratuita que o blocão detém – sozinho, o pedetista possui pouco mais de 30
segundos de exposição.
Alckmin
também partiu na frente ao designar a senadora Ana Amélia (PP-RS) como vice na
sua chapa ao Palácio do Planalto. Jornalista e crítica feroz do PT, a
parlamentar tem interlocução no segmento do agronegócio, precisamente onde o
candidato paulista ambiciona crescer – o ex-governador vinha perdendo terreno
nesse campo do eleitorado para o militar Jair Bolsonaro (PSL).
Candidata
pela Rede, a ex-senadora e ex-ministra Marina Silva desponta novamente como
outsider. Sem outras alianças além da formalizada com o PV, que indicou Eduardo
Jorge para vice da postulante, Marina chega à reta final das convenções com
amplo recall das eleições passadas, nas quais abocanhou 21% dos votos
válidos.
No
topo das pesquisas nos cenários sem Lula, Bolsonaro derrapou nas costuras de
alianças e parte isolado para a campanha. Com dificuldades para escolher um
vice na chapa, o capitão da reserva foi rejeitado pelos partidos mais graúdos
do “centrão”, que se coligaram a Alckmin, e pelos nanicos, que se esquivaram
das investidas do deputado federal.
CIRO GOMES ISOLADO
Ciro
Gomes (PDT) afirmou ontem haver tentativa de isolá-lo na campanha. "Estão tentando se organizar em torno de
candidato que vai manter privilégios de uma minoria" (Com informações
do O Povo).