25 de julho de 2018

Especialista em realidade virtual cria ‘jogo da empatia’ para diminuir preconceito

Especialista em realidade virtual cria 'ogo da empatia' para diminuir preconceito.
(Foto: Reprodução/Divulgação/Hypeness).


O projeto da especialista em realidade virtual e designer de interação Clorama Dorvillas é tão ambicioso quanto necessário: revolucionar os treinamentos de inclusão e diversidade para funcionários de empresas através da realidade virtual e aumentada e da experiência dos games.

Para fazer realmente o preconceito na relação com clientes diminuir através de tais treinamentos, o projeto de Dorvillas propõe tirar o funcionário da berlinda e ensina-lo não através da acusação e da vergonha, mas sim através da empatia – de literalmente coloca-lo na pele de quem sofre o preconceito.

(Foto: Clorama Dorvillas).

Para isso, ela criou a Debias, sua empresa de realidade virtual aplicada. A ideia é tornar “divertido o teste e o treinamento de preconceito implícito”.

Segundo o site da empresa, o que o projeto faz é “criar testes eficazes e baseado em provas” através da lógica dos jogos. Seu “jogo” foi batizado de Empathetech, e utiliza a lógica dos avatares em um experimento com 32 mulheres brancas, nas quais metade “experimentam” um avatar de pele branca, enquanto a outra metade um avatar de pele negra.

Em seguida, os grupos trocam de avatar, e o experimento revelou que os usuários não só emularam gestuais e hábitos dos avatares de cor de pele diferente, como saíram da experiência com sentimentos empáticos fortalecidos.

(Foto: O ambiente virtual do Empathetech).

Empresas gastam milhões de dólares em treinamentos ineficazes e praticamente inúteis, que podem provocar um efeito contrário e ainda pior”, diz Dorvillas. “Os treinamentos contra o preconceito não devem envergonhar quem participa. As pessoas precisam se sentir bem quando aceitam outras pessoas. Mudar o preconceito não é algo que acontece da noite para o dia, é um comportamento que precisa ser superado. Queremos dar às pessoas a capacidade de trabalhar em um espaço seguro e confortável”, concluiu.

          


Um diferencial de seu projeto é contabilizar progressos e mudanças em longo prazo, a fim de justamente fazer o usuário sentir-se bem, ao invés de envergonhado com a realidade atávica dos pequenos preconceitos que carregamos.




A realidade virtual passou a ser sua ferramenta para mudar o mundo – utilizando-a como meio para que, do virtual, a empatia se torne real. (Com informações do Hypeness).

24 de julho de 2018

Segundo Haddad, novo governo Lula atacará globo, poder dos bancos e irá taxar ricos


(Foto: Reprodução/Brasil 247).

Coordenador do programa de governo da candidatura Lula, Fernando Haddad anunciou que o próximo governo do PT irá atacar com prioridade a concentração dos meios de comunicação, o que significa um confronto direto com a Globo, e a concentração do sistema bancário brasileiro. Além disso, mudará o perfil tributário do país, aliviando a carga sobre os pobres, que são punidos pelo sistema regressivo atual, e cobrando dos ricos, que pagam pouquíssimo imposto no Brasil. Haddad deixou claro que Lula é o candidato do PT, que não há qualquer "plano B" e que o partido está preparado para sustentar a candidatura Lula em todas as instâncias judiciais. 

Haddad concedeu uma entrevista ao jornal Valor Econômico e apontou outros temas prioritários: na área tributária, o programa prevê a criação de um imposto sobre dividendos (o Brasil é o único país do mundo ao lado da Estônia que não tributa impostos sobre os lucros distribuídos a acionistas de empresas), aumentar a alíquota do imposto sobre sobre herança, que é hoje um dos mais baixos do mundo; para implantar um programa de aceleração do crescimento serão usados 10% das reservas cambiais do país (hoje da ordem de R$ 380 bilhões) em projetos de investimento; retomada do Minha Casa, Minha Vida; revogação da reforma trabalhista; mudanças na Previdência Social atacando privilégios e rejeitando o sistema de capitalização ao estilo chileno, que arruinou com os aposentados; ele anunciou também que o tema da ecologia terá grande relevância no programa.

Leia alguns trechos da entrevista a seguir (Com informações do Brasil 247).

Valor: Como está organizado o plano de governo do PT?

Haddad: Tem três dimensões: a econômica, a social e a política. E tem uma quarta, que é a coisa da ecologia, que a gente está dando uma ênfase muito grande.

Valor: Uma análise política conhecida diz que uma força será mais radical quanto mais isolada estiver. O PT poderá fazer a campanha mais isolada de sua história. A proposta é a mais radical?

Haddad: Entendo que a encomenda que o presidente Lula me fez não tinha como pressuposto o isolamento. O pressuposto era a radicalidade da crise, muito agravada pelas medidas de Temer. Um governo claramente anti-nacional e antissocial, que faz todo o peso da crise recair sobre os mais vulneráveis. Em virtude disso, da posição de um governo ilegítimo, a encomenda foi de enfrentar os problemas estruturais para tirar o país da crise. Vamos trabalhar para reunir os partidos de centro-esquerda em torno da candidatura Lula. Agregar.

Valor: O que o plano estabelece sobre os meios de comunicação?

Haddad: Tem dois aspectos em que o programa é radicalmente liberal. Já que você usou o termo radical, estou qualificando a radicalidade. É de uma radicalidade liberal. Quais são? Um deles é concentração dos meios de comunicação. Concentração vertical, horizontal, propriedade cruzada. Vamos propor uma regulamentação que aumente o pluralismo e a diversidade dos meios. Apesar de serem concessões públicas, rádios e TVs sequer têm contrato de concessão com caderno de encargos. Toda concessão pública no Brasil - rodovias, hidrelétricas, linhas de transmissão, distribuidoras, telefonia - todas têm cadernos de encargos.

Valor: Tem parâmetros. Cumprir tantas horas de jornalismo, um percentual de produção própria...

Haddad: A maioria dos quais nem cumprido é. Não tem nem agência para aferir o compromisso das emissoras com diversidade. Sobretudo não permitir que os poderes político e econômico se imiscuam na comunicação, deixando-a a mais livre possível. Compromisso com diversidade, com o contraditório, com liberdade de expressão de camadas vulneráveis, com representatividade étnica. Nada disso tem previsão nas concessões. Mesmo do ponto de vista regional, é tênue o compromisso com temas locais.

23 de julho de 2018

Boulos, Ciro e Bolsonaro lançam candidatura. PCdoB defende esquerda unida no 1º turno


(Foto: Reprodução/RBA).

Aberta a temporada de convenções partidárias, que definirão até 5 de agosto os nomes dos candidatos às eleições de outubro, cinco partidos já indicaram seus postulantes à Presidência. Na sexta-feira (20), o PDT confirmou ex-governador do Ceará e ex-ministro Ciro Gomes como candidato, o PSC anunciou o ex-presidente do BNDES Paulo Rabello de Castro e o PSTU, a sindicalista Vera Lúcia. No sábado (21), o Psol reiterou o nome do coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos. E o PSL ratificou neste domingo o deputado Jair Bolsonaro para a disputa.

No Rio de Janeiro, o lançamento da candidatura Bolsonaro acentuou o isolamento do deputado no cenário de disputa. Depois de ver recusadas duas indicações para compor sua chapa, mais uma vez o nome de seu vice ficou em aberto. Convidada, a advogada Janaína Paschoal, coautora do pedido de impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff, disse apreciar a indicação mas afirmou que apoiadores de Bolsonaro têm "uma ânsia de ouvir um discurso inteiramente uniformizado" e não confirmou presença na chapa.

O senador Magno Malta (PR-ES) e o general reformado Augusto Heleno (PRB), que chegaram a ser cotados, estiveram no evento. Em sua fala, Bolsonaro defendeu ideias genéricas, como corte e fusão de ministérios, não aumentar impostos e atender a "todas" as demandas da sociedade, além de "pegar pesado" na segurança pública.

Um dia antes, Bolsonaro havia criticado o pré-candidato tucano Geraldo Alckmin pelo pré-acordo firmado com partidos de direita, como DEM, PP, SD e PR, que a mídia tradicional convencionou chamar de centrão. "Ele (Alckmin) juntou a alta nata de tudo que não presta no Brasil ao lado dele", disse Bolsonaro, que lutou para ter ao seu lado esse mesmo bloco de partidos.

Boulos

O candidato do Psol criticou o governo Temer e anunciou como prioridade revogar as medidas "desse governo corrupto". Ao lado da candidata a vice, Sônia Guajajara – do mesmo partido – Boulos também defendeu a liberdade para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Temos um Judiciário que quer decidir no tapetão as eleições de 2018. Nós condenamos a prisão política do ex-presidente Lula, que tem o objetivo de retirá-lo das eleições."

Boulos também cobrou justiça para a vereadora Marielle Franco, assassinada no Rio de Janeiro em março. "Enquanto não houver justiça, nossa democracia estará manchada", afirmou o candidato, no evento de lançamento, em São Paulo. Ele disse ainda não negociar "nenhum dos nossos princípios" nem fugir de nenhum tema durante a campanha eleitoral.

Ciro

Em evento em Brasília na última sexta-feira (20) o candidato do PDT conclamou à mudança àqueles que não aceitam "colocar uma pedra no peito no lugar do coração". Após flerte fracassado com partidos de direita, que acabaram fechando apoio ao tucano Geraldo Alckmin, Ciro voltou a atacar "plutocratas e agiotas" do mercado financeiro.

Ainda sem um nome como vice, o pedetista atacou Bolsonaro, ao falar de políticos que propõem a solução de problemas complexos com  "golpes a frases feitas", e disse também segurança pública não se resolve com "cultura de ódio e mais violência".

PCdoB

A direção do PCdoB se reuniu neste fim de semana e defendeu que a estratégia eleitoral para derrotar a direita nas eleições de outubro é a unidade dos campos progressistas em torno de uma candidatura única. O partido reafirma a luta pelo "restabelecimento da normalidade democrática", pela liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu direito de candidatar-se à Presidência da República.

Em nota, a legenda, que tem a deputada estadual gaúcha Manuela D’Ávila como pré-candidata ao Planalto, conclama “o PT, PDT, PSB, PSOL e demais forças progressistas a construírem a unidade, já no primeiro turno, para vencer as eleições, derrotar a agenda neoliberal e neocolonial de Alckmin, Temer e Bolsonaro, retirar o Brasil da crise e encaminhá-lo a um novo ciclo de desenvolvimento soberano com geração de empregos, distribuição de renda e direitos”, conforme informa o portal Vermelho.

Em suas páginas nas redes sociais, a deputada federal e dirigente nacional do partido Jandira Feghali (RJ) elogiou a pré-candidatura de Manuela, por pautar a discussão sobre a construção “da unidade das forças políticas para que a gente possa chegar no segundo turno e ganhar as eleições”, afirmou.

PSTU

Vera Lúcia, que substitui José Maria de Almeida após quatro eleições, afirmou que, se eleita, vai estatizar empresas públicas que foram privatizadas, expropriar as 100 maiores e nacionalizar os bancos. Ela ainda se opôs ao pagamento da dívida pública e ao envio de remessas de lucro ao exterior pelas empresas multinacionais. O professor da rede pública Hertz Dias será o candidato a vice.

PSC

O economista Paulo Rabello prometeu um novo sistema de aposentadorias que vai "distribuir din din" à população. Ele também afirmou defender o capitalismo de livre mercado, mas não da maneira que vigora atualmente no Brasil. "Este capitalismo, que é mais do que selvagem, é espúrio, de corporações, de juro alto e imposto escandaloso, isso vai acabar." (Com informações da RBA).



22 de julho de 2018

Professor Nicolau Neto é o mais novo integrante da Academia de Letras do Brasil


Professor Nicolau Neto é o mais novo nome da Academia de Letras do Brasil/Seccional Regional Araripe.
(Foto: Lucélia Muniz).

O professor altaneirense, palestrante, blogueiro e ativista dos direitos civis e humanos das populações negras pelo Grupo de Valorização Negra do Cariri (GRUNEC), Nicolau Neto, é o mais novo nome que fará parte da Academia de Letras do Brasil/Seccional Regional Araripe.

A Academia de Letras do Brasil (ALB) se configura como uma entidade nacional e que está presente em 80% do território brasileiro e com atuação fora do país. No Ceará, ela chegou em 02 de julho de 2016 e já conseguiu empossar 55 (cinquenta e cinco) membros fundadores efetivos e vitalício.

No município de Araripe, a Seccional foi instalada no dia 27 de outubro de 2017 e representa ainda as cidades de Altaneira, Campos Sales, Potengi, Salitre e Santana do Cariri e visa, segundo seu presidente, Adriano Sousa, em artigo publicado no Blog Negro Nicolau (BNN), “registrar tudo o que for digno de registro de agora em diante e resgatar o que nos falta em moral e bons costumes, vividos em outros momentos”.

A ALB/Araripe tornou público um edital de convocação para preenchimento das cadeiras 21, 31, 33 e 35, exigindo dos interessados e interessadas requerimento de inscrição, carta de intenção e currículo. O processo eleitoral ocorreu na tarde deste sábado, 21, tendo sido vedado ao candidato e candidata a presença no local das eleições. O resultado foi divulgado no fim da tarde.

Nicolau Neto pleiteou a cadeira número 33. “Espero colaborar escrevendo e registrando fatos de interesse e de relevância social”, disse em um dos trechos da carta. Ao saber do resultado, Nicolau externou os agradecimentos em suas redes sociais. Segundo ele, postular vaga na ALB é mais do que buscar um reconhecimento pelo que cotidianamente luta e que externa também em forma de textos, se referindo as relações étnico-raciais e os efeitos dela resultantes, como as desigualdades e o racismo. “A ALB/Araripe é uma entidade que visa congregar e difundir a literatura e a cultura brasileira e, de forma particular, a da nossa região e eu, como pessoa negra escritor buscarei também aqui representar vários escritores e escritoras negras, assim como aqueles e aquelas que foram invisibilizados/as no meio cultural, pois estou convencido de que esse é, assim como outros, um espaço a ser ocupado”.

Abaixo integra da nota:

Externo aqui a minha gratidão a todos/as da Academia de Letras do Brasil/Seccional Regional Araripe que me honraram com seu voto, possibilitando, desta forma, que eu acedesse a esta renomada Casa para nela ocupar a cadeira de número 33.
Postular esta cadeira da Academia é mais do que buscar um reconhecimento pelo que cotidianamente lutamos e externamos também em forma de textos.
A ALB/Araripe é uma entidade que visa congregar e difundir a literatura e a cultura brasileira e, de forma particular, a da nossa região e eu, como pessoa negra escritor buscarei também aqui representar vários escritores e escritoras negras, assim como aqueles e aquelas que foram invisibilizados/as no meio cultural, pois estou convencido de que esse é, assim como outros, um espaço a ser ocupado.
As academias que lidam com educação, com cultura e com as política sociais são lugares que devem estar representados por grupos que compõem a maioria deste país, mas por razões conhecidas - o racismo institucional é um deles - acabam por serem minorias nesses espaços”.

Além de Nicolau, Altaneira terá a representação da professora Socorro Lino, se juntando ao poeta e escritor Adriano Sousa e ao professor e sindicalista José Evantuil. Socorro Lino pleiteou a cadeira 31 e terá como patrono o poeta Antônio Rodrigues, o Ribuliço. Já Nicolau terá como patrono o mestre da cultura João Zuba.

Para as cadeiras 21 e 35 foram eleitas a professora Lucélia Muniz (Nova Olinda) e Lúcia Castro (Potengi), respectivamente. A primeira terá como patrono o Sr. Neco Trajano e a segunda José Alves Batista.




“Não entendo mesmo de economia", diz Bolsonaro prestes a ser confirmado como candidato


(Foto: Fábio Rodriguez Pozzebom/ Agência Brasil).

Líder nas pesquisas de intenção de voto, Jair Bolsonaro (PSL) terá candidatura oficializada neste domingo, 22. Em entrevista ao O Globo, ele confirmou que não entende de economia.

"Não entendo mesmo. Não entendo de medicina, de agricultura, não entendo um montão de coisa. Acho que temos que ter bom senso para governar". O candidato disse que quem trata do assunto por ele é o economista Paulo Guedes - que, numa referência ao anúncio publicitário, comparou ao Posto Ipiranga - a quem pergunta tudo. "Não tenho vergonha de falar isso não".

"O que a gente quer: inflação baixa, dólar compatível para quem importa e exporta, taxa de juros um pouco mais baixa e não aumentar mais impostos. Só pedi coisa boa".

Bolsonaro defendeu a manutenção da meta de inflação, de 4,5%. Sem lembrar o nome do presidente do Banco Central, afirmou ainda que a ideia de Paulo Guedes é manter Ilan Goldfajn. Bolsonaro reforçou ainda ser contra a taxação das grandes fortunas.

Ele ainda admitiu que partidos do centrão, que estão com Geraldo Alckimin (PSDB), acertem com ele. "O centrão diz que vai bater mesmo o martelo lá para o dia 4 de agosto. Podem acontecer problemas entre eles, e alguém vir para o nosso lado. O atrativo que eu tenho é a popularidade. Mas estou muito tranquilo. Se der zebra, eu vou para a praia".

Porém, ele acredita que a aliança de Alckmin com o centrão o ajuda. "Vou mandar um beijo para ele (Alckmin). Um beijo hétero".

Debates

O candidato afirmou ainda que irá a debates, mas irã falar daquilo que quiser. "Vou dar um tranco de dez segundos e falar o que interessa. Não adianta querer me amarrar numa pauta. Vou responder o que eu quero".

Ele defendeu ainda permissão para os policiais matarem durante operações em favelas. "A lei permite só para o lado do crime. Imagina um soldado na rua em missão da GLO (Garantia da Lei e da Ordem). É surpreendido, tem troca de tiros e acaba morrendo um inocente. É justo levar esse garoto para uma Auditoria Militar para uma condenação de 12 a 30 anos de cadeia? Ele tem que ser responsabilizado por tudo isso? Estamos vivendo em guerra, e nela os dois lados atiram". (Com informações O Povo/ O Globo).

21 de julho de 2018

Boulos afirma que vai enfrentar privilégios do 1% mais rico em convenção que confirma sua candidatura


Boulos com Sonia Guajajara: "Nosso primeiro compromisso é revogar as medidas dessa governo corrupto". 
(Foto: Jorge Ferreira/Mídia Ninja).

O Psol confirmou neste sábado (21), em convenção realizada em São Paulo, o nome do coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, como candidato à presidência do país, com a líder indígena Sonia Guajajara como vice.

Em sua conta no Twitter, Boulos fez comentários com a hashtag da convenção (#ConvençãoPSOL) e voltou a defender a liberdade de Lula. "Temos um Judiciário que quer decidir no tapetão as eleições de 2018. Nós condenamos a prisão política do ex-presidente Lula, que tem o objetivo de retirá-lo das eleições", afirmou, sinalizando que sua candidatura não o afasta de outras frentes de esquerda.

"Nosso primeiro compromisso é revogar as medidas desse governo corrupto", disse ainda Boulos, tecendo críticas ao governo de Michel Temer. "Estamos nos últimos anos resistindo ao governo Temer nas ruas. Agora é hora de resistir nas urnas."

Ele também se propõe como candidato em uma nova forma de fazer política: “Campanha eleitoral no país virou show, virou farsa. Vem o marqueteiro e diz o que tem que falar. Nós não vamos negociar nenhum dos nossos princípios. Não vamos fugir de nenhum tema e nenhum tipo de tabu".

"Nós seguiremos exigindo justiça por Marielle. Enquanto não houver justiça, nossa democracia estará manchada", lembrou ainda sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco, em março deste ano, no Rio de Janeiro, e até agora não esclarecido.

A convenção foi composta por 61 membros do Diretório Nacional, com direito a voto, e contou, ainda, com a presença de parlamentares do partido, de pré-candidatos aos governos estaduais, à Câmara dos Deputados, ao Senado Federal e às assembleias legislativas, e de militantes do MTST, do PCB e de organizações indígenas. (Com informações da RBA).



20 de julho de 2018

PT oferece vaga de vice-presidenta a Manuela D'Ávila


Manuela D'Ávilla durante vigília pró-Lula em Curitiba. (Foto: Ricardo Stuckert/ Fotos Públicas).


Sob ameaça de ficar isolado na disputa presidencial, o PT acenou com a possibilidade de ter Manuela D'Ávila, pré-candidata do PCdoB à Presidência, como vice. A hipótese foi discutida nesta quinta-feira, 19, em reunião entre as presidentes do PT, senadora Gleisi Hoffmann, e do PCdoB, Luciana Santos, em São Paulo. Gleisi excluiu o PR da lista de prioridades e disse ainda que conversa com o PSB.

"Temos muita simpatia por este arranjo de ter Manuela na vice. Obviamente, isso não é decisão que se tome neste momento. Depende de uma discussão interna do PCdoB e também das discussões que o PT tem internamente e com outros partidos", disse Gleisi, ao fim da reunião. "Nós estamos conversando com o PSB e tínhamos também conversa com o PR. Não terminaram as tratativas, mas nossas prioridades são o PSB e o PCdoB", afirmou.

A presidente do PCdoB, que por seu lado mantém negociações com o presidenciável do PDT, Ciro Gomes, também demonstrou interesse na possibilidade de Manuela ser vice, mas afirmou que a reunião não foi conclusiva. "Isso é algo que a gente escuta e vê com bons olhos. Mas, enquanto essas coisas não se derem, mantemos a candidatura de Manuela. Nada foi definitivo", disse Luciana.

Petistas saíram animados da reunião. Os partidos avançaram em entendimentos nos Estados e na estratégia para a disputa na Câmara.

Para dirigentes petistas, a decisão sobre a vaga de vice deve ser discutida na reunião da executiva nacional, marcada para esta sexta-feira, 20, mas o mais provável é que o assunto seja definido em uma reunião extraordinária na semana que vem, depois de esgotadas as tratativas com o PSB.

Existem três hipóteses no PT atualmente sobre a vaga de vice. A principal é que o posto seja entregue a um aliado. Outra possibilidade é que a vaga fique com o ex-prefeito Fernando Haddad ou com o ex-ministro Jaques Wagner, possíveis substitutos de Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Operação Lava Jato, na disputa ao Planalto, caso o ex-presidente seja barrado pela Lei da Ficha Limpa. Uma terceira opção é indicar um nome que não seja visto como um "plano B" a Lula, como o ex-ministro Celso Amorim ou a própria Gleisi.

A presidente do partido disse que o nome pode ser anunciado ainda na convenção, marcada para 4 de agosto. "Podemos já indicar o nome de vice. Não tem problema nenhum. Inclusive se prosperarem nossas conversas com alianças, porque temos reiterado que gostaríamos de ter um vice na composição partidária, ter outros partidos na nossa aliança e contar com uma indicação destes partidos", afirmou.

Josué

Gleisi disse que está fora de discussão a possibilidade de o PT oferecer a vice ao empresário Josué Gomes da Silva (PR). "Essa discussão não está colocada no partido", afirmou. Nesta quinta, líderes do Centrão - que inclui o PR - fecharam apoio ao presidenciável do PSDB, Geraldo Alckmin, e cobraram a indicação de Josué para a vice. (Com informações do O Povo/ Agência Estado).

Nova Olinda sediará Plenária “Construir Uma Nova Cultura Política e Ocupar o Poder”


(Foto: Reprodução/ Ubuntu Notícias).

O município de Nova Olinda, na região do cariri, será palco na manhã deste sábado, 21, de uma plenária que visa discutir questões relacionada a luta da juventude dos negros e negras, LGBTs e das mulheres dentro do contexto da Cidadania, Participação Política e Ocupação de Poder. No ensejo, também será apresentado o Coletivo Kizomba.

O eixo norteador das discussões é a construção de uma nova cultura política e a ocupação do poder e é convocada pelo estudante Alan Cordeiro, do Coletivo Kizomba e se dará às 08h00 na Escola de Ensino Médio Padre Luís Filgueiras, localizada no bairro Cruzeiro.

Os temas citados anteriormente serão debatidos pelos presentes e pelo próprio Alan Cordeiro do Coletivo Kizomba junto a demais convidados. A plenária terá a participação do professor, blogueiro e  ativista do Grupo de Valorização Negra do Cariri (GRUNEC), Nicolau Neto, da Professora Ranielda Bernardes, do Professor e Músico Marcos Ferreira, do Design Márcio Santos e da representante da APEOC Nova Olinda e vice-presidente do Partido dos Trabalhadores-PT/Nova Olinda, Socorro Matos.

Segundo o Blog Ubuntu Notícias, busca-se com essa ação efetivar a participação da juventude seja no aspecto das lutas desses grupos e a participação cidadã no tocante a nossa “democracia”.

Diante do atual cenário em que se encontra o nosso país temos que nos apropriar dos nossos direitos enquanto cidadãos e pessoas politizadas. “Jamais poderão aprisionar nossos sonhos”. Você é nosso convidado! Venha participar desta plenária!