20 de setembro de 2014

EEEP Wellington Belém de Figueiredo desenvolve Campanha de Doação de Livros da Literatura Infanto-Juvenil


A Escola Estadual de Educação Profissional Wellington Belém de Figueiredo que atende em forma de consórcio os alunos dos municípios de Altaneira, Nova Olinda e Santana do Cariri iniciou na última quinta-feira, 18 de setembro, junto ao corpo discente a “Campanha de Doação de Livros da Literatura Infanto-Juvenil”.

Alunos dos cursos técnico em Redes de Computadores, Finanças, Agronegócio e Edificações da EEEP Wellington Belém
de Figueiredo. Foto: Professora Lucélia Muniz.
A proposta faz parte do Projeto Recortes da Literatura Nordestina que vem sendo desenvolvido desde o mês de junho, da referida instituição de ensino e que tem como coordenadora deste ensaio a professora Lucélia Muniz, do Laboratório de Informática.

A ação tem como objetivos incentivar a leitura e ampliar o acervo da Biblioteca da escola.  A campanha tem como lema “Encha o Balde de Livros” e já conta com a participação dos alunos conforme imagem acima que ilustra esse artigo


Do Fato e a História: “500 anos em 5 segundos”


Há de se fazer algumas ressalvas. Longe de defender o comportamento de Patrícia Moreira - a torcedora do Grêmio que ganhou fama nacional negativamente - temos que considerar alguns elementos que permeiam a nossa sociedade que nos influenciam e influenciamos reciprocamente. Uma dessas influências vem da mídia, que longe de controlar mecanicamente nossos pensamentos, de fato influi diariamente ao estreitar as pautas no noticiário. Outra é o aspecto irracional que aflora em espaços como o estádio de futebol.

Não é apenas a Patrícia, nem apenas o Grêmio. Favor não
generalizar a situação. 
Não me lembro exatamente quem disse isso, mas lembro de uma socióloga ou psicóloga (não lembro onde vi) dizer que o estádio de futebol é o “teatro dos pobres”. Lá vivenciamos emoções variadíssimas, expectativa, tensão, angústia, euforia, paixão, raiva, etc. O nosso lado irracional, responsável pelas nossas emoções, é quem dá o tom de nosso comportamento. Neste ambiente de pura efervescência, nossas ações estão condicionadas a uma psicologia social que está ligada a signos de construção, que nos afirmam e de desconstrução, que tem como objetivo desconstruir o outro. Identificando o outro como um inimigo em potencial (no caso o time adversário) cabe à massa elencar características negativas ao outro, levando-nos a atitudes que costumeiramente são condenáveis em locais de convívio mais ameno e amistoso. 

As atitudes que vimos na Arena do Grêmio e indignou boa parte dos brasileiros, podem ser classificada na mesma categoria do surto de “justiçamentos” ocorridos no início do ano no Brasil, onde o que deu o tom a violência exacerbada foi o instinto coletivo canalizados em desinformações que potencializaram o ódio.

Muito distante de defender Patrícia e os demais racistas do estádio e tampouco querendo fazer chacotas e distribuir palavras agressivas com sua pessoa (para isso a psicologia social já agiu muito bem nas redes sociais) temos que focar o problema em e analisar todos os fenômenos que o interligam, entretanto, há de se fazer com que ela e os demais prestem contas ao que fizeram. De maneira correta e serena. E isso foge de nosso alcance, agora esse papel é da justiça e cabe a ela decidir a respeito do caso. A nós, só resta assistir para onde essa situação vai evoluir. Afinal injúria racial é crime previsto no Artigo 140 parágrafo 3º de nosso Código Penal.

Sabemos que a justiça é mais rápida para condenar quem não detém poder econômico e minorias sociais. Dentre várias pessoas que poderiam ser flagradas, porque apenas uma foi noticiada? É importante lembrar que foi a atitude de Aranha ao indignar-se com a situação foi que fez com que a notícia acontecesse e este solicitava que se gravassem os torcedores que estavam ofendendo-o. Apesar de sucessivos casos de racismo, a forma como se noticia cada um deles, busca isolá-los. Isolou-se o caso de Tinga no Peru, o de Márcio Chagas de Freitas (esse pelo menos o clube prestou contas na justiça desportiva) e o de Daniel Alves, este último inclusive com uma campanha publicitária pseudo-social absurda. Isola-se agora Patrícia como um extraterrestre do restante da torcida e, principalmente, das instituições que lucram com o futebol e não macular o espetáculo com questões sociais. Ao reduzir a notícia ao evento isolado, turva-se a situação para preservar os clubes de futebol, a CBF, e as próprias emissoras de Rádio e TV. A partir daí a notícia não é mais o racismo, mas sua demissão do trabalho, as repercussões negativas em sua vida e, principalmente, a sensação de que a justiça foi feita antecipadamente culpando o sujeito e não procurando promover ações que erradiquem a causa. Afinal o espetáculo (e o lucro) não pode parar.

Agora muito mais que cometer um crime, Patrícia e os demais ainda não identificados ou expostos ao grande público, reproduziram um elemento que é naturalizado em nossa sociedade: a animalização do negro, do afrodescendente e suas variações. Não é incrível que certos comportamentos continuem e provavelmente continuarão atemporais em nossa sociedade? Os signos do negro como uma sub-raça, inapta e deformada moralmente, animalesca em contraponto como virtuoso europeu branco dotado de inteligência infinita e capaz de conduzir o mundo, ainda é muito presente em nosso meio. Ainda mais aqui no Rio Grande do Sul, orgulhoso por ser a “Europa do Brasil” onde milhares de pessoas levantam documentos de seus tataravós para provar que são italianos e assim ter dupla cidadania. É impressionante como tantos anos de história e cultura fundem-se em meros cinco segundos. A herança cultural e histórica produzida desde tempos longínquos mostram-se atuantes e materializados em encontros aparentemente inocentes, como um jogo de futebol.

Outro fato também importante de se procurar debater após esse triste episódio é identificar ou tentar definir o que é racismo no Brasil. Isso é dificultado pela confusão entre os conceitos de termos “preconceito”, “discriminação racial” e “racismo”. O professor Kabenguele Munanga os diferencia:
Há pessoas que confundem preconceito, discriminação racial e racismo. Os preconceitos, que são pré-julgamentos sobre o outro, sobre outros povos, sobre outras culturas, que são opiniões às vezes formalizadas, às vezes não formalizadas, acompanhadas de afetividade, são diferentes da discriminação. A discriminação é expressa pelos comportamentos observáveis, que podem ser censurados e até punidos pela lei, são atitudes que não são invisíveis. Outra coisa é um "derivado" que é chamado de racismo, que praticamente é todo um sistema de dominação que está por trás disso, todo um sistema de dominação sustentado por um discurso que, às vezes, tem conteúdo de uma ciência, por ser uma pseudociência, uma doutrina que existe justamente para justificar a dominação, a exploração do outro.

Alguns podem interpretar: mas e os outros não brancos no estádio?  São racistas também? Por se tratar de uma atitude ligada a emoções, ou seja, algo irracional e devido a nossa carga histórico-cultural o racismo que se solidificou em nossas mentes é difícil de ser identificado. Nós todos possuímos nossos preconceitos, todos nós o praticamos interna ou externamente, e isso perpassa qualquer etnia que compõe a nossa sociedade. Mas no racismo o fenômeno é praticado por pessoas que pertencem ao grupo étnico dominante da sociedade. Identificados com o fenótipo dominante, construído histórico e culturalmente em nosso país, esse fenômeno não é aplicável ao cidadão negro, por exemplo, que foi flagrado no estádio insultando o goleiro Aranha. Ele é apenas um reprodutor da ideologia solidificada ao longo do tempo. É um processo muito semelhante ao de reproduzir os valores que vemos na TV e na propaganda. E isso momentaneamente, não tem como ser diferente, pois viemos de uma sociedade escravagista que foi a última a dissolver-se. Mas até então não vemos outro caminho para erradicá-lo a não ser que seja através da denúncia, das políticas afirmativas e da educação continuada. Talvez agindo assim desta maneira, podemos ter a esperança de ver um dia esse problema superado pelas gerações futuras.


18 de setembro de 2014

Personalidades Negras que Mudaram o Mundo: Lima Barreto


Afonso Henriques de Lima Barreto nasceu em 1881 na cidade do Rio de Janeiro. Enfrentou o preconceito por ser mestiço durante a vida. Ficou órfão aos sete anos de idade de mãe e, algum tempo depois, seu pai foi trabalhar como almoxarife em um asilo de loucos chamado Colônia de Alienados da Ilha do Governador.

Concluiu o curso secundário na Escola Politécnica, contudo, teve que abandonar a faculdade de Engenharia, pois seu pai havia sido internado, vítima de loucura, e o autor foi obrigado a arcar com as despesas de casa.

Como leu bastante após a conclusão do segundo grau, sua produção textual era de excelente qualidade, foi então que iniciou sua atividade como jornalista, sendo colaborador da imprensa. Contribuiu para as principais revistas de sua época: Brás Cubas, Fon-Fon, Careta, etc. No entanto, o que o sustentava era o emprego como escrevente na Secretaria de Guerra, onde aposentaria em 1918.

Não foi reconhecido na literatura de sua época, apenas após sua morte. Viveu uma vida boêmia, solitária e entregue à bebida. Quando tornou-se alcoólatra, foi internado duas vezes na Colônia de Alienados na Praia Vermelha, em razão das alucinações que sofria durante seus estados de embriaguez.

Lima Barreto fez de suas experiências pessoais canais de temáticas para seus livros. Em seus livros denunciou a desigualdade social, como em Clara dos Anjos; o racismo sofrido pelos negros e mestiços e também as decisões políticas quanto à Primeira República. Além disso, revelou seus sentimentos quanto ao que sofreu durante suas internações no Hospício Nacional em seu livro O cemitério dos vivos.

Sua principal obra foi Triste fim de Policarpo Quaresma, no qual relata a vida de um funcionário público, nacionalista fanático, representado pela figura de Policarpo Quaresma. Dentre os desejos absurdos desta personagem está o de resolver os problemas do país e o de oficializar o tupi como língua brasileira.

Vejamos um trecho de Triste fim de Policarpo Quaresma:

(...)

Demais, Senhores Congressistas, o tupi-guarani, língua originalíssima, aglutinante, é verdade, mas a que o polissintetismo dá múltiplas feições de riqueza, é a única capaz de traduzir as nossas belezas, de pôr-nos em relação com a nossa natureza e adaptar-se perfeitamente aos nossos órgãos vocais e cerebrais, por sua criação de povos que aqui viveram e ainda vivem, portanto possuidores da organização fisiológica e psicológica pare que tendemos, evitando-se dessa forma as estéreis controvérsias gramaticais, oriundas de uma difícil adaptação de um língua de outra região à nossa organização cerebral e ao nosso aparelho vocal – controvérsias que tanto empecem o progresso da nossa cultura literária, científica e filosófica.”
(...)

Lima Barreto faleceu no primeiro dia do mês de novembro de 1922, vítima de ataque cardíaco, em razão do alcoolismo.

Obras

Romance: Recordações do escrivão Isaías Caminha (1909); Triste fim de Policarpo Quaresma (1915); Numa e a ninfa (1915); Vida e morte de M. J. Gonzaga de Sá (1919); Clara dos Anjos (1948).

Sátira: Os bruzundangas (1923); Coisas do Reino do Jambom (1953).

Conto: História e sonhos (1920).


IV etapa do Campeonato de Ciclismo de Altaneira ocorrerá neste domingo (21)


O Circuito da Trilha Sítio Poças em Altaneira receberá na amanhã deste domingo (21/09) a quarta etapa do Campeonato Municipal de Ciclismo na categoria MTB com a participação especial da equipe de Beto Ciclo e convidados.

Com folga Lindevaldo vence III Etapa do Campeonato de
Ciclismo de Altaneira.
Quinze (15) ciclistas altaneirenses já pontuaram no certame que é liderado, se considerarmos apenas as duas primeiras etapas pelo veterano Luciano Veloso que chegou a fazer quarenta e oito (48) pontos.  Ele é seguido de perto pelo jovem atleta Lindevaldo Ferreira, com quarenta e três (43) e Higor Gomes que ora ostenta quarenta (40).

Lindevaldo foi o vencedor do último encontro com um tempo de 2h.03min.10seg. Ele ainda quebrou seu próprio recorde, tendo cravado a melhor volta do circuito com o tempo de 14min.26seg. O tempo anterior era de 15min.22seg.

O jovem Ricardo Pereira que chegou inclusive a liderar o certame não participou da III etapa em virtude de indisciplina.

Os três primeiros colocados de cada etapa, além das medalhas receberão premiação em dinheiro totalizando R$ 300,00, sendo 150 para o primeiro, 90,00 para o segundo e 60,00 para o terceiro colocado. A premiação é um patrocínio do Governo Municipal através da Secretaria de Cultura, Esportes e Turismo.

A competição envolve uma diversidade de gerações. O ciclista mais velho, Luciana Veloso tem 46 seis anos, enquanto que o mais jovem é Raimundo Soares Neto. Este com 09 anos.

Confira abaixo imagem que demonstra à classificação geral somados as três rodadas.

Quadro montado por Raimundo Soares Filho.



Foto de índio brasileiro vence concurso global


Expor a rica diversidade dos povos indígenas: esse foi o objetivo do primeiro concurso global de fotografia lançado pela ONG Survival International, que luta em defesa dos direitos dos povos indígenas.

E a foto eleita vencedora foi tirada em terras brasileiras. O fotógrafo italiano Giordano Cipriani captou toda a cor e a expressão de um índio da tribo Asurini, do Tocantins, e faturou o prêmio, deixando para trás concorrentes de várias partes do mundo.

A Survival International aproveitou o concurso para lançar o calendário para 2015 We, The People (Nós, As Pessoas, em tradução livre).

As fotografias apresentam, entre outros, registros da tribo Tarahumara, no México, conhecida por ter corredores de longa distância, e o ritual de saltar bois da tribo de Hamer, na Etiópia.



Via BBC

17 de setembro de 2014

Personalidades Negras que Mudaram o Mundo: João Cândido – O “Almirante Negro”


João Cândido Felisberto nasceu no Rio Grande do Sul, no dia 24 de Junho de 1880. Seus pais eram escravos, ele desde pequeno ele costumava acompanhar seu pai quando este viajava conduzindo o gado.

João Cândido começou sua participação política cedo, aos 13 anos apenas, quando lutou a serviço do governo na Revolução Federalista do Rio Grande do Sul, no ano de 1893. Com 14 anos se alistou no Arsenal de Guerra do Exército e com 15 entrou para a Escola de Aprendizes Marinheiros de Porto Alegre. Cinco anos depois foi promovido a marinheiro de primeira classe e com 21 anos, em 1903, foi promovido a cabo-de-esquadra, tendo sido depois novamente rebaixado a marinheiro de primeira classe por ter introduzido no navio um jogo de baralho. Serviu na Marinha do Brasil por 15 anos, tempo durante o qual viajou por este e outros países.

Participou e comandou a Revolta dos Marinheiros do Rio de Janeiro (Revolta da Chibata) no ano de 1910, movimento que trouxe benefícios aos marinheiros, com o fim dos castigos corporais na Marinha, mas que trouxe prejuízos a João Cândido, que foi expulso e renegado, vindo a trabalhar como timoneiro e carregador em algumas embarcações particulares, sendo depois demitido definitivamente de todos os serviços da Marinha por intervenção de alguns oficiais.
Só recentemente João Cândido saiu da condição de personagem esquecido da historiografia oficial para o papel de protagonista. 

Em 2008, uma lei finalmente concedeu anistia póstuma a ele e a outros marinheiros. A reparação, porém, foi incompleta. No ano do centenário da Revolta da Chibata, João Cândido e os outros revoltosos continuam sem as devidas promoções e seus familiares sem receber indenização – como aconteceu com os que resistiram à ditadura militar, por exemplo. Os prejuízos com a expulsão da Marinha não foram compensados. “Sinto como se meu pai ainda fosse um renegado e não um herói”, diz Adalberto Cândido, o Candinho, 71 anos, filho de João Cândido. As comemorações pelos 100 anos da Revolta da Chibata não o animam. “Homenagens são bonitas, mas não enchem barriga”, desabafa Candinho.

Os grandes brasileiros podem ser figuras pouco comentadas nas salas de aula, esquecidas dos livros e da memória das pessoas. Mas alguns deles aparecem na música popular, mesmo que de forma sutil. É o caso de João Cândido Felisberto, militar brasileiro que liderou a Revolta da Chibata no ano de 1910. E a música, de autoria de Aldir Blanc e João Bosco, se chama O mestre-sala dos mares – o nome originalmente seria Almirante Negro, porém precisou ser alterado porque a censura julgou que ofenderia as Forças Armadas. Interpretada por Elis Regina, a letra diz:

Há muito tempo nas águas da Guanabara
O dragão do mar reapareceu
Na figura de um bravo feiticeiro
A quem a história não esqueceu.
Conhecido como o navegante negro tinha a dignidade de um mestre-sala.

No ano de 1917, ano em que sua primeira esposa faleceu, começou a trabalhar como pescador para sustentar a família, vivendo na miséria até os seus últimos dias de vida. Casou-se novamente, mas sua segunda esposa cometeu suicídio no ano de 1928. Dez anos depois a tragédia voltaria a acontecer, mas desta vez com uma de suas filhas. Ao todo foram três casamentos, tendo o último durado até o fim de sua vida, dia 06 de Dezembro de 1969.

Atuou na política durante toda a sua vida. Durante o governo de Vargas teve contato com o líder da Ação Integralista Brasileira (AIB) e com o Partido Comunista, chegou a ser preso por suspeita de relacionamento com os integrantes da Aliança Liberal e até o fim da sua vida continuou sendo “vigiado” pelas autoridades, sendo acusado de subversivo.

O “Almirante Negro”, como João Cândido ficou conhecido, morreu aos 89 anos e teve ao todo 11 filhos ao longo dos três casamentos. Faleceu na cidade de São João do Meriti, no Rio de Janeiro.




Sem matérias apresentadas e aprovadas, secretário da educação de Altaneira salva sessão ordinária


Os nove edis que compõem o poder legislativo do município de Altaneira esteve reunido na tarde desta terça-feira, 16 de setembro, em mais compromisso frente a comunidade local visando, claro, debater e, ou analisar e aprovar/rejeitar matérias do interesse da coletividade.

Toda via, contrariando as expectativas daqueles que esperavam o cumprimento desse dever parlamentar, os vereadores e vereadoras ficaram limitados ao discurso do vereador licenciado e que ora ocupa o cargo de secretário da educação, Deza Soares que, a exemplo das demais vezes ocupou a tribuna da casa de forma espontânea com o propósito de expor a comunidade os feitos positivos conquistados nos últimos dois anos pela educação. A título de exemplo, cita-se aqui a escola nota 10, feito esse adquirido pela Escola de Ensino Fundamental Joaquim Rufino de Oliveira no ano passado e, recentemente, a conquista de sessenta (60) medalhas na Olimpíada Brasileira de Astronomia – OBA. Desse número, vinte e três (23) são de ouro, enquanto que vinte (20) são de prata e dezessete (17) de bronze. Os dados apresentados com muito afinco e vigor pelo secretário representou um aumento dos índices de proficiência, alfabetização, IDEB, dentre outros, ao qual atribuiu os feitos a todos os profissionais da educação.

O portal da câmara confirma o que está exposto nesse artigo, afinal nada consta se houve discussão de matéria ou aprovação de requerimentos, muito menos de projetos de lei (estes andam bem escassos, diga-se de passagem). É digno de registro ainda que a própria ausência desse quesito não foi sentida apenas por este blogueiro, mas os próprios vereadores que formam a base de sustentação da administração levantaram o caso. O parlamentar Antonio Leite (Pros) fez cobranças nesses sentido, questionando, inclusive, os trabalhos da Comissão Permanente da Casa quanto as emissões de pareceres. Segundo Flávio Correia (SDD), o problema não se concentra propriamente na comissão que está trabalhando. Para ele, o empecilho tem cara e cor, a presidente do legislativo, a vereadora comunista Lélia de Oliveira, também da base situacionista. Flávio disse que a CP emite os pareceres, mas quando chega as mãos da presidenta, esta acaba não colocando as matérias em pauta. 

Ultimamente Lélia de Oliveira tem sofrido várias críticas não somente de Flávio Correia, mas também do vereador Edezyo Jalled (SDD), principalmente no quesito pulso para conduzir os trabalhos e os, segundo ele, “desrespeito ao regimento interno da casa”.

A fala do titular da pasta da educação foi acompanhada por um bom número de professores no auditório. 

16 de setembro de 2014

Personalidades Negras que Mudaram o Mundo: Grande Otelo


Grande Otelo, pseudônimo de Sebastião Bernardes de Souza Prata foi um famoso ator e compositor brasileiro, o qual ficou conhecido principalmente pela sua participação em filmes e comédias nos anos 1940/1950/'960.

Grande Otelo nasceu na cidade de Uberlândia, no estado de Minas Gerais (Brasil), sendo nesse local que conheceu uma companhia de teatro mambembe e foi embora com eles, com o consentimento da diretora do grupo, Abigail Parecis, que o levou para São Paulo.

Otelo então voltou a fugir, e foi parar no Juizado de Menores, onde foi adotado pela família do político Antonio de Queiroz.

Otelo estudou então no Liceu Coração de Jesus até a terceira série ginasial.

Participou na década de 1920 da Companhia Negra de Revistas, que tinha Pixinguinha como maestro.

Foi em 1932 que entrou para a Companhia Jardel Jércolis, um dos pioneiros do teatro de revista.

Foi nessa época que ganhou o apelido de Grande Otelo, como ficou conhecido.

No cinema, participou em 1942 do filme "It's All True", de Orson Welles.

Orson Welles considerava Grande Otelo o maior ator brasileiro.

Otelo fez inúmeras parcerias no cinema, sendo a mais conhecida a com Oscarito.

Depois os produtores formariam uma nova dupla dele com o cômico paulista Ankito.

No final dos anos 50, Grande Otelo apareceria em dupla em vários espetáculos musicais e também no cinema com Vera Regina, uma negra alta com semelhanças com a famosa dançarina americana Josephine Baker.

Com o fim da dupla com Vera Regina, Otelo passaria por um período de crise até que voltaria ao sucesso no cinema com sua grande atuação do personagens título de Macunaíma (1969), filme baseadao na obra de Mário de Andrade.

Participou também do filme de Werner Herzog, Fitzcarraldo, de 1982, filmado na floresta amazônica.

Teve cinco filhos, um deles o também ator José Prata.

A partir dos anos 1960 Otelo passou a ser contratado da TV Globo, onde atuou em diversas telenovelas de grande sucesso, como "Uma Rosa com Amor", entre várias outras.
Também trabalhou no humorístico Escolinha do Professor Raimundo, no início dos anos 1990.

Seu último trabalho foi uma participação na telenovela Renascer, pouco antes de morrer.
Grande Otelo morreu em 1993 de um ataque do coração fulminante, quando viajava para Paris para uma homenagem que receberia no Festival de Nantes.

Grande parte do Acervo Grande Otelo, recebido oficialmente pela Fundação Nacional da Arte (FUNARTE) em dezembro de 2007.

O acervo de Grande Otelo encontrava-se há vários anos em um apartamento da Tijuca, guardado em caixas de papelão, nas quais foram descobertos manuscritos, livros de autoria do ator, e outros com dedicatórias de amigos e personalidades reconhecidas da cultura brasileira; letras de música compostas por ele e parcerias, discos em vinil, fitas-cassete com os mais variados conteúdos (entrevistas, músicas e programas apresentados pelo artista); prêmios e homenagens (troféus, placas, diplomas e certificados) recebidos durante a sua carreira, roteiros de cinema, TV, teatro, rádio, shows, partituras, correspondências, livros, monografias, poemas, fotos, obras de arte, recortes de jornais e revistas.
O trabalho de restauração e catalogação do material se iniciou em 2004.

O material catalogado foi fundamental para o conteúdo do Projeto 90 anos de Grande Otelo, fornecendo informações inéditas sobre o ator para a biografia feita pelo escritor Sérgio Cabral, um site, um documentário e um espetáculo teatral.

Após o término do projeto, o acervo restaurado, higienizado e digitalizado foi entregue oficialmente à Funarte.

Grande Otelo morreu em 26/11/1993 com 78 anos de idade em Paris - França, vítima de infarto fulminante.