4 de agosto de 2013

Artigo escrito por FHC revela o seu próprio cinismo




O ex-presidente e sociólogo Fernando Henrique Cardoso escreveu artigo e publicado no Estadão. Intitulado de “Cartas na Mesa”, o artigo revela o cinismo, a hipocrisia e a audácia de um político que não cansa de envergonhar a classe de sociólogos e, com raras exceções, de políticos partidários também.


Fora da disputa presidencial de 2014, o FHC sumiu dos holofotes e, quando aparece demonstra que o cinismo é , não sem razão, a sua principal característica. 

Artigo escrito por FHC e publicado no Estadão demostra
o seu próprio cinismo
Vejam o que disse: “... Em vez de preparar o Brasil para um futuro mais eficiente e decente, com regras claras e competitivas que incentivassem a produtividade, o "modelo" retrocedeu ao clientelismo, ao protecionismo governamental e à ingerência crescente do poder político na vida das pessoas e das empresas. E não apenas graças a características pessoais da presidenta: a visão petista descrê da sociedade civil, atrela-a ao governo e ao partido, e transforma o Estado na mola exclusiva da economia. Pior e inevitável, a corrupção, independentemente dos desejos de quem esteja no ápice, vem junto. Tal sistema não é novo, foi coroado lá atrás, ainda no primeiro mandato de Lula, quando se armou o mensalão. Também neste caso há responsáveis políticos e nem todos estão na lista dos condenados pelo Supremo”.

Parece que o FHC gosta de usar bem da hipocrisia, do cinismo em larga escala. Devo lembra-lo que nos seus dois mandatos, o Brasil teve a pior média de crescimento da economia. Durante o período que o Brasil esteve sob o comanda tucano, esse setor cresceu irrisoriamente 2,4%. Dados que inclusive supera a taxa média da chamada década perdida, nos anos 80, que girou em torno de 3,2%.

Não se pode esquecer, embora ele faça questão de não mencionar que na década tucana, o patrimônio público representado pelas grandes estatais foi liquidado na bacia das almas. Teoricamente, tal operação objetivava diminuir a dívida pública, ao passo que serviria para atrair capitais. Na prática testemunhou-se uma avalanche na dívida pública, haja vista um crescimento vertiginoso desta.  De R$ 60 bilhões, a dívida interna pulou para R$ 630 bilhões, enquanto a dívida externa teve seu valor dobrado.

Se não bastasse isso, a tucanada, no comando deste país foi a que mais se utilizou das ferramentas midiáticas, seja para apoiá-los durante os processos eleitorais, seja na famosa “operação abafa”, o que impedia as apurações dos casos de corrupção em seu governo. Quem não se lembra que um dos primeiros atos do FHC para agradecer os votos obtidos foi extinguir, por decreto, a Comissão Especial de Investigação, instituída no governo Itamar Franco e composta por representantes da sociedade civil, que tinha como finalidade combater a corrupção?

É FHC, você faz questão de esquecer. O povo, e esse humilde professor e blogueiro não.

Quem não se lembra que os dois processos eleitorais dele, o de 1994 e o de 1998 foi marcado pelo, ao menos foi levantado dados de um caixa-dois, onde  na primeira campanha  algo em torno de R$ 5 milhões não apareceram nas prestações de conta entregues ao Tribunal Superior Eleitoral?  Quem já esqueceu, no ano de 1996, do engavetamento da CPI dos bancos?

E as privatizações da Telebrás e da vale do rio doce? Alguém lembra? Ah, FHC. Não paremos por aqui. 

Durante a privatização do sistema Telebrás, grampos no BNDES flagraram conversas do então Ministro das Comunicações, Luiz Carlos Mendonça de Barros e o presidente do BNDES, André Lara Resende, articulando o apoio da Previ para beneficiar o consórcio do banco Opportunity, que tinha como um dos donos o economista Pérsio Arida, amigo de Mendonça de Barros e de Lara Resende.  Mas o “chefe” não pderia ficar de fora. FHC entrou na história, autorizando o uso de seu nome para pressionar o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil.

Para finalizar, não que não tenha mais fatos, mas porque acredito que esses já são dados suficientes para que você, leitor desse blog, possa tirar sua conclusões. O golpe de mestre (mestre dos maus). A emenda da reeleição, em 1997, foi um golpe para lhe beneficiar.



3 de agosto de 2013

O Jornalismo do ‘faz de conta’: A saturação com a hipocrisia




Está circulando na internet um vídeo com uma entrevista do jornalista Ricardo Boechat na qual ele faz um desabafo, sem papas na língua, que bem poderia ser uma espécie de manifesto contra o jornalismo “faz de conta” que nos é servido diariamente pela maioria dos jornais, revistas e emissoras de rádio ou televisão do país.

Sobre desabafos e o jornalismo do ‘faz de conta’

 “Faz de conta” porque tem muito pouca coisa a ver com a realidade e procura nos passar a imagem de que se trata de informação isenta e objetiva. Não sei se a minha experiência pode ser generalizada, mas a cada dia que passa encontro mais pessoas que deixaram de ler jornais, viram a cara para as capas de revistas semanais e evitam os telejornais tentando evitar acessos de irritabilidade.

É muito preocupante ver como as pessoas estão se afastando da imprensa depois de terem sido contaminadas pelo vírus da dúvida sobre a fidedignidade e isenção das notícias publicadas nos principais veículos de comunicação jornalística do país. Mais preocupante ainda é perceber que ainda é grande o número de profissionais que não se deram conta do papel que lhes está sendo imposto pelas empresas jornalísticas.

Boechat, no auge de seu desabafo, diz que mudou sua maneira de ver a ética pública depois de constatar que as redações checam a credibilidade de declarações de cidadãos comuns, mas aceitam sem restrições afirmações de políticos que, segundo o âncora do Jornal da Band, são quase sempre mentirosas porque defendem algum interesse oculto.

A docilidade com que a imprensa aceita o jogo dos participantes do poder político no Brasil é provavelmente a maior responsável pelo desencanto da opinião pública não só em relação aos jornais, mas em relação a quase tudo o que tem a ver com governos.

O jornalismo que nos é oferecido diariamente ganha cada vez mais ares de um grande “faz de conta” em que a imprensa “faz de conta que informa” e nós, o público, “fazemos de conta” que acreditamos no que nos é passado como verdade. É cada vez maior o número de leitores e telespectadores que se preocupam mais em tentar captar o que está nas entrelinhas do que aquilo que é impresso ou dito por jornalistas profissionais.

É claro que a complexidade dos fatos, dados e eventos dificulta enormemente o desafio de informar o público, nos tempos pós-avalancha informativa. Há dezenas de percepções, posicionamentos, vieses e interesses embutidos até mesmo nas notícias mais corriqueiras. São poucos os leitores e telespectadores cientes desta dificuldade. A grande massa do público culpa os jornalistas pelo “faz de conta”.

Mas em nome da preservação do emprego e do status social, a atitude mais comum nas redações é também fazer de conta, agarrando-se ao discurso corporativo que associa críticas e agressividade contra jornalistas à ameaças contra a liberdade de imprensa. Na verdade, muitas pessoas querem dizer apenas que não aguentam mais o jornalismo “faz de conta”.

A saturação com a hipocrisia está dando origem a uma onda de desabafos de todo o tipo de pessoas. Parece que nossa quota de tolerância chegou ao limite, como mostram as explosões de descontentamento popular materializadas nos protestos de rua desde junho. A sobrevivência de Ricardo Boechat na bancada do Jornal da Band ainda é uma incógnita porque o desabafo de seu principal âncora coloca TV Bandeirantes num dilema: se tolera as duras afirmações do jornalista, coloca-se em rota de colisão com o establishment politico de Brasília; mas, se afastar Boechat do seu posto, passa um recibo de autenticidade para tudo aquilo que ele botou na boca do trombone.

Via Observatório da Imprensa

1 de agosto de 2013

O pior político do Brasil em atividade: A hipocrisia de Serra



A hipocrisia de Serra. E a dos dirigentes médicos

Serra foi apoiar a emenda constitucional que obriga ao emprego de 10% do PIB em Saúde.

Mais do que justo, aliás, desde que a discussão seja travada de modo honesto e não com a hipocrisia com que é.

O Serra e Alckmin. Uma dupla que disputa de forma acirrada
o título de pior político do Brasil
Por exemplo: de onde virão os recursos para isso?

Vão entrar nessa conta os imensos subsídios que o Governo Federal dá à medicina privada, pela renúncia fiscal em favor dos planos de saúde e da indústria farmacêutica?

Eles são enormes e, como você vê no gráfico ao lado, crescentes.

Agora, esta cena descrita no Estadão, perdoem, fede à hipocrisia.

Serra foi Ministro da Saúde.

Nunca se bateu por essa vinculação.

Aceitou orçamentos para a Saúde muito menores que os de hoje, sem fazer alarde.

Com CPMF e tudo, a proporção de gastos federais com a saúde sobre o PIB, com Serra, era menor que a de hoje.

A questão essencial não é tanto quanto se gasta em saúde no Brasil, mas como se gasta.
Em 2011, André Barrocal e Maria Inês Nassif fizeram uma radiografia destes gastos. Veja o que escreveram:

As despesas com saúde no Brasil são de 8,4% do chamado produto interno bruto (PIB), a soma das riquezas produzidas pelo país durante um ano. Deste ponto de vista, o investimento está em linha com a média global, de 8,5% anuais, segundo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A distinção está em quem puxa os gastos. No Brasil, 55% são privados (e beneficiam cerca de 46 milhões de conveniados) e 45%, públicos – favorecem todos os 190 milhões de brasileiros.

Mas haverá coragem de enfrentar o grande negócio que são os planos de saúde e a proliferação da “medicina de consultório” que, mesmo pagando honorários miseráveis aos médicos, proliferou com este tipo de medicina privada?

É sempre bom lembrar que a compra da Amil pela corporação estadunidense United Health, um negócio de R$ 10 bilhões, negociada com técnicas de agente secreto, numa milionária “Operação Samba“, acredite ou não.

O Conselho Federal de Medicina, a Associação Médica Brasileira e o pessoal dos “somos ricos, somos cultos” não deu um pio, nem pediu um “revalida” para os gringos entrarem no negócio da saúde. (Via Tijolaço).

Vamos Nós

O Serra não para de surpreender. Negativamente, claro. Ele foi Ministro da Saúde, nada fez pela pasta de grande relevância. Foi Governador de São Paulo e, também da mesma forma não logrou êxito na função de servidor do povo. Agora, vem posar de carro chefe de uma campanha que sempre teve a oportunidade de fazer e não fez? Junte-se a isso o fato de ele ter perdido espaço no PSDB e que se filiar a outra agremiação, talvez o PSD, simplesmente para satisfazer o seu ego. Realmente o Serra é, disparado o pior político do Brasil em atividade. Com muitas concorrências, claro. 

O Estadão veiculou matéria com o título Serra se une a médicos contra governo Dilma

O pior político do Brasil em atividade: A hipocrisia de Serra




Caderno Passo a Passo irá orientar atividades do programa Mais Educação



Ministério publica caderno para orientar atividades do programa

Ao alcançar, no final deste mês, 49,3 mil escolas públicas com matrículas de estudantes na educação integral, a Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação publica o caderno Passo a Passo do programa Mais Educação, com orientações para as escolas de todo o país.

Crianças trabalham com horta comunitária como atividade
de educação integral. Foto: Geyson Magno/Arquivo Mec
Na apresentação do caderno, a diretora de currículos da educação básica da SEB, Jaqueline Moll, diz que a proposta do programa “constitui-se a partir da compreensão de uma escola que baixa seus muros e encontra a cultura, a comunidade, a cidade em processos permanentes de expansão e de criação de territórios educativos”.  O documento, que será impresso e distribuído para o conjunto das escolas públicas que aderiram ao Mais Educação, traz um desenho da organização das atividade em escolas situadas no campo e na área urbana. Nas duas situações, o acompanhamento pedagógico é obrigatório.

No caso das escolas no campo, o acompanhamento pedagógico deve abranger cinco campos do conhecimento: ciências humanas, ciências e saúde, etnolinguagem, matemática, leitura e produção de textos. Além do currículo, as atividades nessas escolas também devem privilegiar itens como agroecologia, cultura, iniciação científica, memória e história das comunidades tradicionais.

Quando trata das escolas urbanas, que são maioria no programa, o caderno propõe que durante o acompanhamento pedagógico a escola oriente os estudos dos alunos e a leitura, além de escolher uma terceira atividade, que pode ser letramento, matemática, línguas estrangeiras, de uma lista de seis sugestões.

Prioridades – Ao tratar dos estudantes prioritários do programa Mais Educação, o caderno relaciona situações que devem merecer a atenção do diretor da escola, do orientador pedagógico e do conselho escolar: crianças e jovens em situação de risco e vulnerabilidade social; estudantes que congregam, lideram, incentivam e influenciam positivamente seus colegas; aqueles com defasagem escolar em relação à idade; com índices de repetência; que demonstram interesse em estar na escola por mais tempo.

Exceto nas escolas com poucas matrículas, a Secretaria de Educação Básica orienta a direção a matricular na educação integral, pelo menos, 100 estudantes, mas não estabelece um número máximo.

Ao tratar da questão dos reduzidos espaços escolares para a educação integral, problema típico na maior parte das redes públicas, o caderno Passo a Passo sugere aos educadores a construção de um mapa das possibilidades na escola – biblioteca, pátio coberto, sala de leitura; na comunidade – salão paroquial, espaço dos escoteiros, centros comunitários, praças; e de outras áreas – museu da cidade, pátio do Corpo de Bombeiros, quartel das Forças Armadas.

Outro item diz respeito ao planejamento da oferta de educação integral. Nesse ponto, o caderno indica que a primeira medida a tomar é escolher o professor comunitário da escola. Este educador será o responsável por coordenar as atividades.

Na última das 32 páginas do caderno Passo a Passo, Jaqueline Moll explica que “a escola do século 21 não pode ser mais a escola do tempo de copiar do quadro”.

Conheça o caderno Passo a Passo do programa Mais Educação

Via MEC



“Prefiro o inferno a um paraíso homofóbico”, diz Nobel da Paz e líder religioso africano




O ex-arcebispo da Igreja Anglicana da Cidade do Cabo, Desmond Tutu, um dos principais ativistas dos direitos humanos no continente africano, fez uma importante defesa pelos direitos da comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) no mundo.

O Arcebispo e Nobel da Paz Desmond Tutu.
Foto: Divulgação
Durante evento na ONU (Organização das Nações Unidas) na África do Sul em defesa da diversidade sexual, Tutu, vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 1984 por sua atuação contra o apartheid, afirmou que prefere “o inferno do que um paraíso homofóbico”.

“Eu não veneraria um Deus que fosse homofóbico e é assim que me sinto para falar sobre isso”, afirmou. “Eu me recusaria a entrar em um paraíso homofóbico. Chegaria lá e diria: ‘sinto muito’, prefiro ir para ‘o outro lugar’”. Tutu também fez pesadas críticas a religiões e líderes espirituais que discriminam pessoas por suas opções sexuais.

O evento, ocorrido na última sexta-feira (26/07) na Cidade do Cabo, contou também com a presença do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e da alta comissária para os direitos humanos, Navi Pillay, no lançamento de uma campanha em defesa da comunidade LGBT pelo mundo. Pillay lembrou que 76 países criminalizam as relações entre pessoas do mesmo sexo. As punições, nesses locais, variam desde sentenças de prisão à execução, o “que se constitui em clara violação aos direitos humanos básicos”. (Via Pragmatismo Político)

Vamos Nós

Já que as religiões existem, os líderes religiosos deveriam se inspirar nessa atitude digna de um verdadeiro líder. Urge a necessidade de se construir uma sociedade mais humana, solidária e pautada no respeito a dignidade humana. Uma sociedade onde a homofobia, o preconceito, as desigualdades sociais, dentre outros cânceres sociais sejam definitivamente superadas.

Desmond Tutu está de parabéns. Não faria das suas palavras as minhas, a não ser que fosse feita uma adaptação ao modo como penso e percebo o mundo, ou seja, sem as amarras das normas religiosas. Dessa feita, diria: prefiro um mundo com mais respeito as diferenças e aos que pensam e agem de forma distinta das nossas. 

31 de julho de 2013

Altaneira promoverá a III Conferência Municipal da Cultura




A cidade de Altaneira, na região do cariri cearense, promoverá, no próximo dia 10 de agosto, a III Conferência Municipal da Cultura. O evento que será promovido pela Secretaria de Cultura, Desporto e Turismo, tem a intenção de discutir políticas culturais e investimentos no setor.

Grupo Makulelê com nova roupagem. Foto: João Alves
Com o tema “Uma Política de Estado Para a Cultura: Desafios do Sistema Nacional de Cultura”, a Conferência é um espaço destinado ao encontro entre cidadãos e representantes do governo, para debater e propor políticas e ações para os próximos anos, e tem como objetivos estabelecer um processo de construção conjunta de formulação e implementação de políticas públicas, integrando os poderes públicos e a sociedade, gerar conteúdos para a formulação dos Planos Municipais, Territoriais e Estadual de Cultura, promover articulações dos segmentos, organizações e instituições da cultura nas localidades e entre os territórios e fortalecer o Sistema de Cultura.

O evento se configura ainda como uma oportunidade para debater com gestores públicos, representantes da sociedade civil e artistas as diretrizes para a política cultural do município. Para tanto, serão abordados os seguintes temas: Implantação do Sistema Nacional de Cultura, Produção Simbólica e Diversidade Cultural, Cidadania e Direitos Culturais e Cultura e Desenvolvimento que compõe os eixos.

Na última segunda-feira (29), na sede da Secretaria, foi apresentado e discutido o regimento interno da Conferência. 

Nesta segunda-feira (05/08), a Secretaria divulgou o local e horário do encontro. Será na Secretaria de Assistência Social, a partir das 11h30. 

Na contramão da História: Vereador propõe construção de monumento em homenagem a Santo Antônio



Vereador propõe construção de monumento em homenagem a Santo Antonio

Está em tramitação na Câmara Municipal um projeto de indicação do vereador Fábio Braga (PTN) para que seja construído um “monumento em homenagem a Santo Antônio”.

Vereador  Fábio Braga (PTN) propôs PL que fere o Estado
Laico. Ele diz que o Projeto nasceu da "fé e
devoção da população da Moraponga"
O símbolo, de acordo com a proposta, seria erguido em frente à Igreja de Santo Antônio, localizada na rua Itália, no bairro Maraponga. A construção ficaria a cargo da Secretaria Executiva Regional (SER) V, responsável pelo bairro.

As despesas, de acordo com a proposta, seriam custeadas com verbas oriundas de convênios e doações e “complementadas com recursos do orçamento do Município”.

“O presente projeto nasce da fé e devoção da população da Maraponga que pretende homenagear a cidade de Fortaleza, com o monumento de Santo Antônio”, diz o vereador, na justificativa do projeto.

O texto está na Comissão de Legislação da Câmara. Como se trata de projeto de indicação, o projeto precisa ser aprovado para ser enviado ao prefeito Roberto Cláudio (PSB), que depois precisaria reenviar a matéria à Casa em forma de projeto de lei.

Após o período de recesso, os trabalhos na Câmara Municipal serão retomados nesta quinta-feira, dia 1º. (Via O Povo).

Vamos nós

Enquanto muitos movimentos vem lutando pela respeito a laicidade do estado, pregando e disseminando ideias que vão ao encontro do respeito a constituição federal, os poderes instituídos, seja ele na esfera legislativa, executiva e judiciária continuam caminhando na contramão da história. A velha ligação entre política e religião, tão marcante (negativamente, inclusive), ainda persiste.

O Princípio do Estado Laico na Constituição de 1988

A Constituição no seu Art. 19, incisos I e III da Constituição Federal diz:

Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

I – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvenciona-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público.
  (...)

III – criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.
Por tanto, incluem-se desrespeito a laicidade a permanência de símbolos religiosos em instituições oficiais, como o uso de quadros e crucifixos nos legislativos, executivos, na sala do judiciário e claro, nas instituições de ensino.