Ministério publica caderno para
orientar atividades do programa
Ao
alcançar, no final deste mês, 49,3 mil escolas públicas com matrículas de
estudantes na educação integral, a Secretaria de Educação Básica (SEB) do
Ministério da Educação publica o caderno Passo a Passo do programa Mais
Educação, com orientações para as escolas de todo o país.
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Crianças trabalham com horta comunitária como atividade de educação integral. Foto: Geyson Magno/Arquivo Mec |
Na
apresentação do caderno, a diretora de currículos da educação básica da SEB,
Jaqueline Moll, diz que a proposta do programa “constitui-se a partir da
compreensão de uma escola que baixa seus muros e encontra a cultura, a comunidade,
a cidade em processos permanentes de expansão e de criação de territórios
educativos”. O documento, que será
impresso e distribuído para o conjunto das escolas públicas que aderiram ao
Mais Educação, traz um desenho da organização das atividade em escolas situadas
no campo e na área urbana. Nas duas situações, o acompanhamento pedagógico é
obrigatório.
No
caso das escolas no campo, o acompanhamento pedagógico deve abranger cinco
campos do conhecimento: ciências humanas, ciências e saúde, etnolinguagem,
matemática, leitura e produção de textos. Além do currículo, as atividades
nessas escolas também devem privilegiar itens como agroecologia, cultura,
iniciação científica, memória e história das comunidades tradicionais.
Quando
trata das escolas urbanas, que são maioria no programa, o caderno propõe que
durante o acompanhamento pedagógico a escola oriente os estudos dos alunos e a
leitura, além de escolher uma terceira atividade, que pode ser letramento,
matemática, línguas estrangeiras, de uma lista de seis sugestões.
Prioridades
– Ao tratar dos estudantes prioritários do programa Mais Educação, o caderno
relaciona situações que devem merecer a atenção do diretor da escola, do
orientador pedagógico e do conselho escolar: crianças e jovens em situação de
risco e vulnerabilidade social; estudantes que congregam, lideram, incentivam e
influenciam positivamente seus colegas; aqueles com defasagem escolar em
relação à idade; com índices de repetência; que demonstram interesse em estar
na escola por mais tempo.
Exceto
nas escolas com poucas matrículas, a Secretaria de Educação Básica orienta a
direção a matricular na educação integral, pelo menos, 100 estudantes, mas não
estabelece um número máximo.
Ao
tratar da questão dos reduzidos espaços escolares para a educação integral,
problema típico na maior parte das redes públicas, o caderno Passo a Passo
sugere aos educadores a construção de um mapa das possibilidades na escola –
biblioteca, pátio coberto, sala de leitura; na comunidade – salão paroquial,
espaço dos escoteiros, centros comunitários, praças; e de outras áreas – museu
da cidade, pátio do Corpo de Bombeiros, quartel das Forças Armadas.
Outro
item diz respeito ao planejamento da oferta de educação integral. Nesse ponto,
o caderno indica que a primeira medida a tomar é escolher o professor
comunitário da escola. Este educador será o responsável por coordenar as
atividades.
Na
última das 32 páginas do caderno Passo a Passo, Jaqueline Moll explica que “a
escola do século 21 não pode ser mais a escola do tempo de copiar do quadro”.
Conheça
o caderno Passo a Passo do programa Mais Educação
Via
MEC