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Academia Brasileira de Letras. (FOTO/ André Bispo). |
Desde
2009 sem a inclusão de novas palavras, o Vocabulário Ortográfico da Língua
Portuguesa (VOLP) teve atualização divulgada nesta última sexta-feira (23) pela
Academia Brasileira de Letras (ABL). A partir de 23/07 necropolítica,
feminicídio e sororidade, junto com outras 997 palavras fazem parte do
vocabulário da língua portuguesa.
As
palavras, que já estão no cotidiano de muitos brasileiros e brasileiras,
sabendo eles ou não do seu significado, agora fazem parte da ortografia
nacional. Como justificativa de inclusão das novas palavras está a pandemia,
além de termos utilizados com frequência pela imprensa e em textos acadêmicos.
Além das mil novas palavras incluídas, a atualização contou com outras 382 mil
entradas, entre correções, variações e termos estrangeiros.
A
palavra Necropolítica é utilizada para quando o Estado define quem pode viver e
quem pode morrer. Muito utilizado pelo filósofo e escritor camaronês Achille
Mbembe, o termo ficou conhecido no Brasil pela frase: “quando o Estado não mata, ele deixa morrer”.
Feminicídio
é o assassinato de uma mulher por um homem e geralmente o crime é realizado
pelo companheiro ou ex-companheiro. No Brasil, em 2020, de acordo com o Anuário
de Segurança, houve 1.350 feminicídios. Destes, 61,8% foram de mulheres negras
com idade entre 18 e 44 anos. No ano anterior, 70,3% dos feminicídios foram de
mulheres pretas, tendo uma pequena queda na taxa.
Já a
“Sororidade” é a união entre as mulheres para ser alcançado algo. Não julgar
outras mulheres pelas suas ações e desconstruir uma rivalidade imposta
socialmente, são igualmente a essência deste movimento. Ajudando assim na luta
diária de toda sociedade no combate ao machismo, feminicídio e sexismo.
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Com informações do Notícia Preta.