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Em reunião, professores de universidades estaduais recusam proposta e mantém greve



Após reunião, professores e servidores das três universidades estaduais do Ceará decidiram manter a paralisação. Eles estiveram reunidos na tarde desta quarta-feira, 20, com reitores e o líder do Governo, deputado José Sarto (Pros).

O encontro ocorreu na Assembleia Legislativa e, após cerca de quatro horas de negociações, os grevistas recusaram a proposta do Governo de encerrar a paralisação e criar uma comissão que estude as mudanças a serem implantadas nas universidades.

Mais de 45 mil estudantes, dois mil professores, além de servidores, estão em greve nos campi da Universidade Estadual do Ceará (Uece), Universidade Regional do Cariri (Urca) e Universidade do Vale do Acaraú (UVA). As paralisações iniciaram em 29 de outubro, quando professores e servidores da Uece deflagraram greve por tempo indeterminado. Em novembro, Urca e UVA aderiram às paralisações a anunciaram greve geral. (Via O Povo).


Confira opiniões dos professores

                      

Em manifestações na UECE, Ciro rasga cartaz e chama estudante de “babaca”



De passagem pelo município de Iguatu, a 384,1 km de Fortaleza, na tarde da última sexta feira, 1°, Ciro Gomes, atual secretário da Saúde do Estado, trocou insultos com estudantes da Uece/Fecli e Urca, que realizavam ato no aeroporto da cidade. Depois de se aproximar dos jovens, Ciro tomou o cartaz de uma estudante e o rasgou, chamando o grupo de manifestantes de ''babaca''.

Os professores da Universidade Estadual do Ceará (Uece) deflagraram greve por tempo indeterminado na última terça-feira, 29. O movimento estudantil da Uece/Fecli e Urca de Iguatu realizava o ato para receber o governador do Estado, Cid Gomes, que estava na região para inaugurar policlínica no município de Icó.

Após o atrito, o secretário foi embora. O governador Cid Gomes chegou em seguida, em outro voo, e participou de reunião fechada com representantes do movimento, onde foram tratadas as seguintes pautas: a construção do campus multi-institucional, em Iguatu, o concurso para professor efetivo nas instituições e a greve na Uece.

Entretanto, na reunião, Cid disse que não negociava com grevistas. Sobre a obra da cidade universitária, o governador ficou de debater o tema em uma nova reunião, na próxima visita dele a Iguatu, marcada para dia 14 de novembro.

"Quando não estávamos em greve ele também não negociava. Tentamos por diversas vezes encaminhar as pautas, mas não tivemos resposta", reclama o professor e integrante do Sindicato dos Docentes da Uece, Pedro Silva, que participou da reunião com Cid Gomes. "Essa postura demonstra a atitude intransigente do governo ao diálogo. Demonstra também a forma que o governo vem tratando os professores, e que o ensino superior não é prioridade do governo", diz.

Ainda de acordo com Pedro, o governador explicou a razão para não realizar concurso para professores na UECE. "Cid disse que os professores resolveram aumentar os próprios salários e que, por isso, não tem recursos para a contratação de novos professores".

O professor fala que o objetivo da reunião era abrir um canal de negociação, porém, "a reunião não encaminhou nada".

Por essa razão, ele diz que na próxima quarta-feira, 6, deve ocorrer novo protesto em Fortaleza, saíndo da Praça da Imprensa com destino ao Palácio da Abolição e que terá como objetivo, abrir o canal de negociação com Cid Gomes. O horário ainda será confirmado. (Via O Povo)

Assista ao vídeo:

                      

UECE é acusada de racismo



Foto divulgada na rede social facebook
A Universidade Estadual do Ceará (Uece) está sendo acusada de racismo pelos estudantes. A reação foi provocada devido a perguntas sobre cotas raciais do questionário do Censo Discente 2013, que contém pesquisa da Procuradoria Educacional Institucional para levantar o perfil socioeconômico e cultural dos 18 mil alunos da Uece.

Os estudantes consideraram as perguntas racistas. Uma das perguntas, por exemplo, questiona se os estudantes concordam que a qualidade dos cursos será prejudicada com a entrada de alunos negros. A UECE informou, por meio de nota, que “as questões 26 a 33, referentes às opiniões quanto ao sistema de cotas raciais e sociais na universidade, têm o propósito de captar a compreensão dos aluno/as da Uece quanto aos argumentos que norteiam sua opinião eventualmente favorável ou desfavorável ao sistema de cotas nas universidades".

A universidade descartou o tom racista denunciado pelos alunos através de manifestações nas mídias sociais. Segundo a instituição, a metodologia adotada na construção desse instrumento levou em consideração a importância de expressar diferentes opiniões, mesmo que polêmicas, sobre temas que ainda não têm unanimidade na realidade brasileira, como o sistema de cotas no ensino superior.

A Uece anfatizou que questões dessa natureza estão presentes nos instrumentos de pesquisa de muitas universidades. “Perguntas como essas, por exemplo, fazem parte da pesquisa de atenção aos alunos da Universidade Estadual de Londrina (UEL)", rebateu a nota.

"Para que seja garantida uma universidade socialmente referenciada e inclusiva, o mapa das resistências e das aceitações, quanto ao sistema de cotas, sobretudo as étnicas, precisa ser feito. As questões, sob a forma de inventário, para resposta sim ou não, devem ser instigantes, para que as posições sejam percebidas com clareza, sem que, a priori, haja julgamento de valor. As várias posições precisam aparecer no questionário, pois assim modularemos as formas de implantação, sem perda do objetivo de construirmos uma Uece democrática e justa. A Uece acredita que todas as ideias necessitam da luz do debate", diz o comunicado.

A nota é assinada pelos pró-reitor de Políticas Estudantis, Antônio de Pádua Santiago de Freitas, pela coordenadora da Célula de Ação Afirmativa, Maria Zelma de Araújo Madeira, e pela pesquisadora educacional, Fátima Maria Leitão Araújo.

Estudantes

Os alunos da Uece manifestaram-se no Facebook contra às perguntas polêmicas. "Racismo é crime!!! Isso foi racismo", escreveu Tiago Régis. Outros estudantes postaram: "Isso é um absurdo! A universidade deve pertencer ao povo"; "Sinceramente, é cada coisa que a gente vê e lê em pleno século 21. Mente conservadora, colonial, elitista e segregacionista". Até o meio-dia desta quarta-feira os comentários foram compartilhados mais de 200 vezes.

A assessoria da Uece informou que "não ficou bem entendida a pergunta para os alunos". "Ninguém teve intenção de afetar ninguém com os questionamentos. Inclusive, uma das pessoas que elaborou a pergunta é professora doutora e negra", afirmou.

A professora citada, Zelma Madeira, é coordenadora de Célula de Ação Afirmativa da Uece. "Sou do movimento negro, sou negra e favorável às cotas. Estamos tranquilos com o teor da pesquisa", disse ela. "Queríamos saber os argumentos dos alunos, se são favoráveis ou não às cotas. A intenção foi a de captar as opiniões deles e entender o que os 18 mil alunos compreendem sobre o sistema", afirmou.


Via O Povo