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Após acordo entre governo e centrão Reforma da Previdência é aprovada na CCJ


Rodrigo Maia, presidente da Câmara, acompanhou sessão da CCJ e ajudou Francischini (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados).

Em mais uma sessão tumultuada, o governo conseguiu aprovar a admissibilidade da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Federal. Com 48 votos favoráveis ao relatório e 18 contrários, a matéria considerada prioridade 'zero' pelo governo conseguiu, com dificuldade, ultrapassar a primeira etapa de tramitação no Congresso Nacional. A oposição informou que irá tentar anular a votação na Justiça.

Desigualdade e violência: reforma da Previdência de Bolsonaro fará do Brasil um país de miseráveis


Quadro "Os Retirantes", de Portinari. (FOTO/Reprodução/RBA).

A reforma da Previdência não acaba com privilégios. A reforma da Previdência não vai melhorar a economia brasileira, nem ajudar o país a crescer. Ao contrário. Os brasileiros ficarão mais pobres e por consequência a economia nacional vai encolher. Haverá menos saúde, menos educação e, diante da falta de recursos, o êxodo rural pode aumentar e agravar a miséria e a violência nas grandes cidades.

Reforma da Previdência e ataques a direitos dos trabalhadores unem centrais sindicais


Ato conjunto em 22 de março: centrais contra o fim
da aposentadoria. (FOTO/Roberto Parizotti/CUT).
Os riscos à aposentadoria dos trabalhadores e ao sistema de seguridade social como um todo levou a uma ação histórica: as centrais sindicais brasileiras se uniram para dizer não à reforma da Previdência proposta pelo governo Jair Bolsonaro. Em janeiro, essa disposição foi manifestada em nota. No dia 22 de março, protestos foram realizados em todo o Brasil, e em 4 de abril um abaixo-assinado começou a circular, com a chancela de todas as centrais, além das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.

Manifestantes ocupam ruas de Nova Olinda para dizerem não a reforma da Previdência


Manifestantes ocupam ruas de Nova Olinda para dizeram
não a reforma da Previdência. (FOTO/Aglécio Dias).
O município de Nova Olinda, na microrregião do cariri, foi palco na manhã deste sábado, 30, de ato contra a reforma da Previdência.

A manifestação foi organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares de Nova Olinda em parceria com a Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Ceará (Fetraece) e teve como temática “Movimentos Sociais na Rua Contra a Reforma da Previdência”.

CNBB se posiciona contra reforma da Previdência do governo Bolsonaro


O presidente da CNBB, Dom Sérgio da Rocha
(Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)
As mobilizações populares que têm acontecido contra a reforma da Previdência do governo de Jair Bolsonaro devem ser ainda mais intensificadas, nas próximas semanas, com o posicionamento oficial da Confederação Nacional de Bispos do Brasil (CNBB) contra a proposta que mexe nas aposentadorias.

Nesta quinta-feira (28), a entidade, uma das mais representativas da Igreja Católica no Brasil, divulgou uma nota em que reconhece a importância da reavaliação do sistema previdenciário, mas faz críticas à proposta do governo.

Entenda como a reforma da Previdência aprofunda as desigualdades


Professores altaneirenses durante de manifestação em Juazeiro contra a Refoma da Previdência no dia 22.
(FOTO/João Alves).

Da economia estimada de 1 trilhão de reais, 75% virão da subtração de direitos dos pobres. E não do corte de privilégios das corporações

Reforma da Previdência: contribuir por até 40 anos será desafio quase inalcançável


Um dos principais desafios para alcançar a aposentadoria
integral é manter o emprego formal após os 55 anos.
(Foto: Agência Brasil).
Para a maioria dos trabalhadores da iniciativa privada, sujeitos a volatilidades do mercado como desemprego, informalidade ou o trabalho temporário e intermitente – modalidades consolidadas pela reforma trabalhista –, o principal desafio será garantir contribuição de 40 anos para ter direito a uma aposentadoria minimamente digna, caso a proposta de reforma da Previdência do governo Bolsonaro seja aprovada.

'Reforma' da Previdência' vai criar país de idosos pedindo esmola, diz economista


Com reforma de Bolsonaro, país trocaria modelo de
Seguridade de inspiração europeia por mero
"assistencialismo". (Foto: ANPR/Fotos Públicas).
Caso a reforma da Previdência do governo Bolsonaro seja aprovada, dificilmente os trabalhadores conseguirão o valor integral das aposentadorias, pois precisarão comprovar 40 anos de contribuição. Somada aos impactos da reforma trabalhista, que instituiu modalidades como o trabalho temporário e intermitente, até mesmo os 20 anos de contribuição necessários para garantir o piso de 60% da média salarial é uma aposta arriscada, segundo o economista Eduardo Fagnani.

Laranjal e 1ª derrota dificultam a aprovação da Reforma da Previdência


Laranjal e 1º derrotadificultam a aprovação da Reforma da Previdência. (Foto: Divulgação).

Depois de muitas idas e vindas, a Reforma da Previdência volta ao Congresso. Findado o prazo para o envio do texto nesta quarta-feira 20, Jair Bolsonaro irá à Câmara entregar a proposta do governo ao presidente Rodrigo Maia.

Mulher terá que trabalhar mais 7 anos para se aposentar. Homem, mais 5 em nova idade proposta por Bolsonaro


Jair Bolsonaro. (Foto: Adriano Machado/Reuters).
Jair Bolsonaro vai cumprir mais uma proposta de campanha. Mulheres e homens terão - se quiserem usufruírem da aposentaria -, que trabalharem mais 7 e 5 anos, respectivamente.

A idade mínima de aposentadoria da reforma da previdência que deverá ser encaminhada pelo presidente ao congresso fixa em 65 anos para homens e 62 para mulheres em uma transição de 12 anos.

José Serra pisa em abaixo-assinado com milhares de assinaturas contra a reforma da Previdência


Imagem capturada do perfil do Deputada Ivan
Valente (PSOL) no Instagram.
O senador paulista José Serra (PSDB) protagonizou nesta segunda-feira (5) um gesto, no mínimo, deselegante. Durante a sessão que marcou a abertura do ano legislativo no Congresso Nacional, o tucano pisou em folhas de um abaixo-assinado com milhares de assinaturas de brasileiros e brasileiras se posicionando contra a reforma da Previdência.

A lista do abaixo assinado, levado ao Congresso pela bancada de deputados do PSOL, era tão grande que teve que ser aberta e espalhada pelo chão do plenário da Câmara dos Deputados, onde ocorreu a sessão. O deputado paulista Ivan Valente (PSOL) foi quem fez o flagrante do gesto do senador tucano.

Boa parte da sessão de abertura do ano legislativo foi marcada por discursos a favor e contra a reforma da Previdência. (Com informações da Revista Fórum).



Governo desiste de aprovar a Reforma da Previdência este ano


O governo enviou vários sinais de que não conseguirá aprovar a Reforma da Previdência ainda este ano. Temer, além de alguns de seus principais auxiliares, deram várias declarações que vão no mesmo caminho: O governo não tem os votos suficientes para a sua aprovação.

“Eu já fiz a minha parte nas reformas e na Previdência”, disse Temer em entrevista ao Estadão/Broadcast. “Agora é preciso convencer o povo, porque o Congresso sempre ecoa a vontade popular”, completou. Temer lembrou que tem participado de programas populares para tentar diminuir a resistência da população em torno do tema.

O presidente afirmou ainda que avaliará, junto com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), se o texto será colocado em pauta no dia 19 de fevereiro, mesmo sem a certeza dos 308 votos necessários para aprovação. “Nós vamos insistir muito na reforma da Previdência. Agora, de fato, é preciso ter votos. Nós temos duas, três semanas para fazer a avaliação se temos votos ou não e depois decidimos se vamos votar de qualquer maneira ou não”.

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse que se a reforma não for votada em fevereiro, o governo não tem a intenção de insistir nessa pauta indefinidamente. “Tem momentos em que a batalha tem de parar, e achamos que é em fevereiro”, disse. “Se passar de fevereiro, não podemos ficar com essa pauta de forma indefinida. Mas estamos com fé de que vamos construir condições para votar a reforma em fevereiro.”

Já nas contas do deputado Rogério Rosso (PSD-DF), um dos vice-líderes do governo na Câmara, há hoje no máximo 240 votos, e o governo não chegará “em nenhuma hipótese” ao número de votos necessários para aprovar a proposta. Ele afirmou ter feito um apelo ao presidente para adiar a votação e não marcar nova data.

A Previdência está cada vez mais longe de ser aprovada”, afirmou. Rosso, cuja base do eleitorado é de servidores públicos, se colocou na linha de frente para negociar com o governo propostas de interesse das categorias do funcionalismo na reforma. O deputado disse que os servidores querem discutir no texto a regra de transição, pensão por morte e tratamento especial para profissionais que atuam em atividade de risco, como policiais.

Alterações. De acordo com o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, o relator da reforma, Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), vai apresentar no dia 6 de fevereiro, o texto da reforma com algumas alterações, como uma última cartada para a aprovação. Em visita ao Rio de Janeiro para buscar apoio, Marun afirmou ainda acreditar que o governo conseguirá os “40 a 50” votos que precisa para atingir os 308 necessários.


O deputado Beto Mansur (PRB-SP), também vice-líder do governo na Câmara, porém, rebateu as declarações de Rosso. Disse que o governo manterá a apreciação da proposta em fevereiro. “Temer não vai recuar de jeito nenhum.” (Com informações do jornal O Estado de S. Paulo e da Revista Fórum).

Eliseu Padilha, ministro-chefe da Casa Civil. (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebo/ Agência Brasil).

Após pesquisa Datafolha, deputados abandonam Temer e enterram reforma da Previdência


Os resultados da pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta (31) foram usados por parlamentares da base do governo como um atestado de que votar a reforma da Previdência sob a impopular gestão de Michel Temer será um suicídio político. Há, mesmo entre líderes de partidos aliados, forte movimento para tirar o projeto de pauta. Pressionado, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tenta ganhar tempo. Disse que dará um sinal definitivo após o dia 7, quando fará ampla reunião.

O muro que se ergueu sobre a mudança nas aposentadoria tem muitos componentes. Somadas, a rejeição a Temer, a proximidade das eleições e a inexistência de candidatura de direita que empolgue parcela expressiva da população tornaram-se uma combinação difícil de suplantar.

Maia, que tem se colocado como presidenciável, foi fortemente aconselhado a abandonar a pauta previdenciária e se afastar do governo, especialmente por aliados do Nordeste. Ele resiste. Ainda vê na aliança pendular com o Planalto uma fonte de poder.

Mesmo marcando 1% no Datafolha, o presidente da Câmara comemorou a pesquisa. A pessoas próximas, disse que a essa altura do campeonato, o que deve ser observado é a rejeição do eleitorado. Nesse quesito, bateu 21%, índice considerado baixo.


Os números obtidos em levantamentos internos mostram que a população simplesmente não reconhece como um feito do governo a recuperação econômica ou, pior, em temas importantes, sequer enxerga melhora. (Com informações da coluna Painel da Folha de S.Paulo e Brasil 247).

(Foto: Reprodução/ Brasil 247).

Em campanha pela reforma da Previdência, Temer encontra tom amistoso na mídia


Temer e Amaury Jr. durante café da manhã no Alvorada. Clima amistoso. (Foto: Reprodução/ CartaCapital).
Com o desejo de ser celebrado "como o sujeito que fez as reformas necessárias para o Pais", o presidente Michel Temer tem feito nos últimos dias um périplo por diversos veículos de comunicação brasileiros, como foco em programas populares, para defender a reforma da Previdência, que pode ser votada em fevereiro. Em todas as suas participações, Temer traçou um cenário fiscal catastrófico para o Brasil caso as mudanças não sejam aprovadas.

O primeiro compromisso de Temer foi no programa de estreia de Amaury Jr. na Band, levado ao ar na noite de sábado 27. Com seu tradicional estilo amistoso, o apresentador disse que Temer, aos 77 anos, está "muito conservado" e descobriu que o drink predileto do presidente é caipiroska. Na parte política da conversa, ouviu Temer defender o teto de gastos, a "modernização trabalhista" e a "retomada do prestígio" da Petrobras.

O peemedebista gastou a maior parte de seu tempo, no entanto, enfatizando a reforma do sistema de aposentadorias. "Nós precisamos fazer já uma reforma da Previdência para que mais adiante não seja necessária uma reforma mais radical", afirmou, para acrescentar em seguida que a proposta atual apenas "corta privilégios". "A esta altura, do jeito que esta a reforma, sem causar problema, apenas cortando privilégios, já esta sendo absorvido pela população. E isso vai se refletir no Congresso. Tenho certeza que vamos conseguir aprovar em fevereiro", afirmou.


Na noite de domingo 28, no SBT, Temer encontrou um parceiro mais adequado para debater a reforma, Silvio Santos, o dono da emissora. Na conversa, os dois se revezaram na defesa das mudanças na Previdência. Em alguns momentos, o apresentador foi, inclusive, mais enfático que o presidente, dizendo que, caso não ocorra a reforma, "talvez não haja dinheiro para pagar a aposentadoria" dos brasileiros. Ainda segundo o empresário, a reforma não beneficiará Temer pessoalmente porque ele não tem mais pretensões eleitorais, uma vez que "foi obrigado a ser presidente" após o impeachment de Dilma Rousseff.
   
           

Temer, aproveitando as deixas de Silvio Santos, foi na mesma linha. "Se não houver uma reformulação da Previdência, o que vai acontecer daqui a dois, três anos, é aquilo que aconteceu em Portugal e na Grécia. Ou seja, a dívida previdenciária tão grande, tão expressiva, que lá foi preciso cortar 30%, 40% dos vencimentos dos funcionários públicos", afirmou.

O presidente destacou, ainda, que a reforma “não prejudica os mais pobres”, que só os que ganham salários mais altos "sofrerão uma pequena consequência" e pediu ajuda do público para fazer a reforma avançar. "É importante que as suas colegas de trabalho sensibilizem os deputados, porque eles de alguma maneira representam a vontade popular", afirmou.

No fim de sua participação no "Programa Silvio Santos", Temer buscou fazer uma brincadeira com Silvio Santos e com o fato de ele distribuir dinheiro a quem vê seu programa da plateia.
Temer: “Posso dar um dinheiro para você aqui?”

Silvio Santos:  "À vontade"

Temer: "Eu vou fazer uma coisa que você faz com suas colegas de trabalho. Vou passar um dinheiro pra você."

Silvio Santos: "Ganhei 50? Ganhei 50! Ganhei 50 reais!"

A cena de Temer dando dinheiro a Silvio Santos é curiosa tendo em vista as relações recentes do governo com o SBT. De acordo com o sistema de Execução Contratual de Publicidade, gerenciado pela Secretaria de Comunicação da Presidência, o governo federal investiu ao menos 15,1 milhões de reais para a veiculação de peças publicitárias no SBT em 2017.

O montante refere-se apenas aos contratos celebrados com a matriz da emissora, sediada em São Paulo, e é 20% superior às verbas destinadas à tevê de Silvio Santos em 2015 (12,5 milhões de reais), último ano completado por Dilma Rousseff no Palácio do Planalto. Na noite desta segunda-feira 29, Temer estará no program do Ratinho, também no SBT.
Na manhã desta segunda-feira 29, Temer esteve na Rádio Bandeirantes e manteve o tom. "Se nós não consertarmos a Previdência, daqui a dois, três anos a Previdência não resiste", afirmou Temer, citando mais uma vez a possibilidade de se "cortar benefícios" e de o próximo governo "falir" caso a reforma não seja aprovada.

O colunista Salomão Ésper questionou o presidente não sobre a proposta, mas a respeito do fato de existir oposição a ela, considerado inconcebível por ele. "Por que esse comportamento? Tendo [o governo] cedido, conversado, ainda a oposição quer mais, a ponto de tornar inútil a reforma da Previdência?". Temer atribuiu a questão ao ano eleitoral. Mais tarde, mandou um recado aos deputados. "Quem não votar pela previdência, está fazendo um mal para o País", afirmou.

Ao jornal Valor Econômico, em entrevista também publicada nesta segunda-feira, Temer rejeitou a possibilidade de a reforma se restringir à imposição de uma idade mínima. "Não, ela terá que ampliar-se para a questão das contribuições. Uma ou outra coisa ainda será examinada. O ponto central é a obediência absoluta ao princípio da igualdade, que é uma determinação constitucional. Servidores públicos ou trabalhadores da iniciativa privada têm um teto para a aposentadoria, hoje de R$ 5.645. Acima do teto, terão que fazer contribuição para a previdência complementar. Isso não altera a sua aposentadoria. Altera seus ganhos mensais, porque, um pedacinho vai sair para a aposentadoria complementar", afirmou. (Com informações de CartaCapital).


Reformas trabalhista e da Previdência são 'combinação explosiva' para o trabalhador, diz professor da Unicamp


"Esse governo tem até 2018 para implantar um programa que não foi respaldado pelas urnas, um programa liberal que se tenta implantar no Brasil há pelo menos 40 anos, e o golpe parlamentar foi essa oportunidade de implantar a chamada agenda do mercado." É assim que o professor do Instituto de Economia da Universidade de Campinas (Unicamp) Eduardo Fagnani avalia a insistência do governo em aprovar a "reforma" da Previdência, cuja votação está agendada para 19 de fevereiro, na Câmara dos Deputados.

Em entrevista à Rádio Brasil Atual, Fagnani é taxativo ao dizer que a propaganda oficial mente ao dizer que os mais pobres não serão afetadas pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287. "É uma estratégia. Como se eles estivessem fazendo uma reforma que atinge apenas os marajás do serviço público. Isso não é verdade", aponta, destacando as dificuldades que o trabalhador terá para conseguir acesso ao benefício. "Para ter aposentadoria integral precisa contribuir durante 44 anos, isso inviabiliza, ninguém mais vai ter aposentadoria integral no Brasil. Isso é superior ao tempo de contribuição que os países desenvolvidos adotam."

Para o economista, a combinação dos efeitos da "reforma" trabalhista, que precariza os empregos e diminui as receitas previdenciárias, com a proposta de mudanças do governo no sistema previdenciário inviabilizam o sistema, aumentando ainda mais a desigualdade no país. "Antes da reforma trabalhista, em média, 50% do trabalho era informal, mas no Maranhão esse índice é de 75%. Essas pessoas em geral não contribuem para a Previdência e não vão conseguir ter os 15 anos (de contribuição mínima). Isso não só prejudica as camadas de menor renda mas a população que mora nas regiões Norte e Nordeste, o que vai ampliar a desigualdade regional e a desigualdade de renda no país." (Com informações da RBA).



"Os jovens veem e pensam: vou ter que contribuir 44 anos para ter aposentadoria? Dane-se, não vou contribuir".
(Foto: Gilmar Felix/ Câmara dos Deputados).

Evangélicos lançam manifesto contra a reforma da previdência


Uma semana depois de Michel Temer reunir-se com pastores midiáticos, em busca de apoio à "reforma" da previdência, crentes ligados à Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito lançaram o manifesto “Pastores contra a Reforma da Previdência”. De acordo com a coordenadora nacional da frente, a jornalista Nilza Valéria Zacarias do Nascimento, trata-se de um “grito dos evangélicos para que a reforma, como foi apresentada, não seja aprovada, já que reforçará a perda de direitos, sobretudo dos mais pobres e afetará consideravelmente a dignidade que se deve ter na velhice, defendida, inclusive, pela Bíblia Sagrada”, explicou.

O manifesto trata a tentativa do governo de dificultar o acesso dos brasileiros à aposentadoria como “maldita” e afirma que foi “forjada para oprimir o povo pobre e trabalhador, em seu direito à aposentadoria tranquila e digna”. O documento afirma ainda que vê como “estranho e fora do sentido democrático que o presidente de um estado laico, ainda que seja um golpista, chame religiosos para garantir votos no Congresso”.

O texto critica duramente pastores aliados ao governo como “coronéis evangélicos”. "Ao participarem dessas conversas, carimbam e plastificam a carteirinha de traidores do povo que os via como pastores, isto é, se revelarão como verdadeiros lobos, ou pior, como pastores de seu próprio ventre, dependendo do que esse governo oferecerá como moeda de troca, e o que eles aceitarão."

Desde seu início, em 2016, a Frente de Evangélicos Pelo Estado de Direito reuniu mais de 6 mil adesões, possui representantes em todos  os estados e núcleos já organizados em 15. “São crentes das mais diversas denominações, como batistas, anglicanos, metodistas, presbiterianos, congregacionais, assembleianos e de igrejas independentes”, diz Valéria.

O pastor Fábio Ferreira Ramos Colen, da igreja Catedral da Paz, em São Mateus,  zona leste paulistana, é um dos opositores da reforma. “A palavra de Deus diz ‘ai dos que chamam ao mal de bem, e ao bem de mal. Que mudam as trevas em luz e a luz em trevas. Que tornam doce o que é amargo, e amargo o que é doce’. O presidente Michel Temer diz que a reforma da previdência vai ser boa para os brasileiros, mas isso só vai ser bom para os bancos. Lembrando que este mesmo governo desmontou os direitos trabalhistas”.

Para o pastor José Marcos da Silva, da Igreja Batista em Coqueiral, em Recife, Temer tem “se empenhado cabalmente na agenda de retirada de direitos, sobretudo dos oprimidos”. Ele criticou o que chamou de “conchavo” entre as lideranças evangélicas e o governo atual. “Eles podem se achar acima da lei, mas não estão acima da lei de Deus. Aos líderes que apoiaram esse tipo de coisa, quero dizer que vocês têm a responsabilidade de ser a boca de Deus, sobretudo para os oprimidos”.

A campanha reúne depoimentos de pastores na página na rede social da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito.  (Com informações da RBA).


(www.facebook.com/frentedeevangelicos),pelahashtag #PastoresContraAReformaDaPrevidência .

Nilza: reforma da previdência retira direitos dos mais pobres e afeta a dignidade que se deve ter na velhice.
(Foto: Arquivo Pessoal/ Reprodução/ RBA).

Temer libera mais R$ 10 bi para deputados votarem reforma da Previdência


Michel Temer partiu para o vale tudo para aprovar a reforma da Previdência. Ele reforçará a munição do ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (MDB-MS), com até R$ 10 bilhões para a finalização de obras em redutos eleitorais de quem votar pela reforma da Previdência. Assessores presidenciais dizem que essa será uma das armas para pressionar o Congresso na volta do recesso. O dinheiro sairá da própria economia gerada em 2018 com a eventual aprovação das novas regras da Previdência. As informações são de Julio Wiziack e Daniel Carvalho, da Folha de S.Paulo.

De acordo com o governo, cálculos da equipe econômica indicam que os gastos com benefícios que deixarão de ser feitos imediatamente após a reforma vão gerar uma sobra de R$ 10 bilhões no caixa se a mudança ocorrer ainda em fevereiro. Terão prioridade os projetos em andamento que necessitam de pouco dinheiro para serem inaugurados ou entrarem na fase final.

Entre eles estão ajustes finais na duplicação da rodovia Régis Bittencourt, na serra do Cafezal, obra praticamente concluída; a segunda fase da linha de transmissão de Belo Monte; a BR-163, no Pará, os aeroportos de Vitória (ES) e Macapá (AP) e a ponte do rio Guaíba (RS).

O governo trata essas obras como “de campanha” porque podem gerar votos nos municípios afetados. Na avaliação da equipe política do governo, isso faz diferença no momento em que as verbas de campanha estão travadas pelo Orçamento nos dois fundos destinados às eleições. (Com informações da Folha de S.Paulo, do Brasil 247 e da Revista Fórum).

Temer solta R$ 10 bi para deputados votarem reforma da previdência. (Foto: Reprodução/ Revista Fórum).

Temer tem abertas as portas do SBT de Silvio Santos para defender a reforma da Previdência


Michel Temer vai gravar participações nos programas do Sílvio Santos e do Ratinho para explicar a nova proposta de reforma da Previdência. Ele acertou os compromissos neste domingo (7), em um longo almoço na casa do dono do SBT, em São Paulo. As informações são da coluna Painel, da Folha de S.Paulo.

Temer vai gravar entrevistas para as duas atrações do SBT no dia 18. Anfitrião do encontro, Silvio Santos convidou a família para almoçar com Temer, que foi acompanhado pelo ministro Moreira Franco. O deputado Fábio Faria (PSD-RN), genro do apresentador, também participou.

Dirigentes de partidos da base aliada dizem que, apesar do esforço do Planalto, será difícil aprovar a reforma em fevereiro. Na ponta do lápis, calculam, faltam 30 votos que o governo não tem de onde tirar. (Com informações da Folha de São Paulo, Brasil 247 e da Revista Fórum).

Sílvio Santos e Michel Temer. (Foto: Divulgação).

Reforma da Previdência não será aprovada se retirar direitos, diz Eunício Oliveira


O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB), disse ontem que a reforma da Previdência não será aprovada, no próximo ano, retirando direitos de trabalhadores e aposentados. Polêmica, a matéria precisou ser adiada para fevereiro do ano que vem após o governo do presidente Michel Temer (MDB) não conseguir os votos suficientes para aprovar a pauta na Câmara dos Deputados.

O que eu tenho dito é que a reforma da Previdência não terá condição de ser aprovada retirando direitos de trabalhadores, direitos de aposentados”, declarou ao O POVO. O senador emedebista, no entanto, afirmou que a matéria ainda está sendo discutida em comissão especial e ainda vai ser pautada na Câmara.

“(A Proposta de Emenda à Constituição) ainda está na comissão da Câmara. Ninguém sabe o que a comissão vai propor. Não sabemos o que a comissão vai apoiar. Aquilo que for proposto depois vai para o plenário da Câmara. Se aprovado, o texto vai para o Senado, que vai ter um amplo debate”, continuou o senador cearense.

Questionado se ainda haveria espaço para recuo do governo em pontos específicos da proposta, Eunício declarou que “não é matéria fácil nem pacífica” e que, “quanto mais próximo da eleição, mais difícil é a aprovação”. O senador disse ainda que é esse “o sentimento” que tem colhido entre os parlamentares nas casas legislativas.

Em Brasília, interlocutores próximos do presidente têm defendido que a matéria retira privilégios e que não atinge a população mais pobre.

Na semana passada, por exemplo, o vice-líder do governo, deputado Darcísio Perondi (MDB-RS), alegou que o adiamento da votação da reforma da Previdência foi “estratégico” para o governo Temer. Com campanhas publicitárias, o Palácio do Planalto espera convencer a opinião pública e conseguir cerca de 40 votos para obter maioria qualificada.

Discurso

Na segunda semana de dezembro, Eunício, irritado com a impossibilidade de abrir sessão no Congresso Nacional — em razão da demora de votação na Câmara —, chegou a declarar que não votaria Previdência “porra nenhuma”. “Não convoco (sessão do Congresso). Brincadeira, isso. Também não vota mais Tá fazendo graça?”, questionou.

Eunício Oliveira tem cada vez mais tentado se afastar da imagem desgastada do presidente Michel Temer, rejeitado por 88% dos eleitores, conforme pesquisa CNI/Ibope divulgada no dia 20 de dezembro.

Em ato ao lado do governador Camilo Santana (PT) para entrega de unidades do programa Minha Casa, Minha Vida, em Canindé, o presidente do Senado não economizou elogios ao ex-presidente Lula. É no petista que o senador tem anunciado voto para o ano que vem. (Com informações do O Povo).

Presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB), fala sobre dificuldades de aprovar reforma. (Foto: Agência Brasil).

Reforma da Previdência é adiada para 2018


Depois que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) anunciou oficialmente, no início da tarde, que a reforma da Previdência só terá condições de ser votada em fevereiro, os oposicionistas passaram a comemorar. A avaliação feita por eles e pelo líder do PT, Carlos Zarattini (SP), é que a medida é resultado do trabalho dos partidos da oposição e da pressão de movimentos sociais e entidades dos trabalhadores.

Fizeram tudo o que era possível, jogaram todas as fichas e não conseguiram chegar aos 308 votos necessários. Cada vez mais a população está ciente de que mesmo com uma propaganda absurda, a reforma vai prejudicar a todos”, disse Zarattini.

Para o líder petista, a demora da base aliada e do próprio Palácio do Planalto em anunciar o adiamento da votação foi para prestar contas ao mercado financeiro. Contudo, ele alertou que, caso os líderes e o próprio presidente insistissem na votação ainda este ano, poderiam “incendiar o país”.

Temos aqui no Congresso pessoas fazendo greve de fome contra a reforma, manifestações em todo o país e os sindicatos de várias categorias preparados para parar as atividades a partir da próxima semana. Não é justo continuar com um clima de tensão e instabilidade desse nível”, afirmou.

Zarattini também disse que não acredita em uma votação da reforma no próximo ano. Segundo ele, os parlamentares vão retornar de um período de recesso do Legislativo mais próximos de suas bases eleitorais, que já têm deixado claro que não concordam com a proposta.

Além disso, o governo teria de fazer um outro projeto para conseguir negociar itens com os deputados e senadores que estão indecisos e isso vai demandar tempo. Achamos pouco provável a votação a matéria em fevereiro”, ressaltou.

Provável retomada

Por volta das 14h30, Rodrigo Maia anunciou que sua previsão é de dar início à discussão da proposta em 5 de fevereiro, de forma que a votação propriamente aconteça em 19 de fevereiro. O presidente da Câmara disse reconhecer que o ideal seria votar a matéria agora, mas está cumprindo, com o adiamento, o que foi acertado anteriormente com Temer, ministros e líderes governistas, de que o texto só teria apreciação iniciada se fossem garantidos os votos suficientes para sua aprovação – o que não aconteceu.

Até lá teremos os 308 votos necessários. Sabemos que se a votação acontecer até a próxima semana correremos riscos, mas até lá acredito que teremos uma boa margem (de votos favoráveis)”, desconversou, depois de reconhecer a falta de apoio à proposta. Rodrigo Maia, entretanto, confirmou que a leitura do relatório será feita hoje, pelo relator, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA)

Se votarmos a Previdência em fevereiro, março ou abril, teremos condições de tirar esse assunto do processo eleitoral”, disse. De acordo com o parlamentar, mesmo com a quantidade insuficiente de votos obtida depois de mais de três semanas de apelos do governo junto aos deputados, não teria havido uma derrota para o Executivo. “Deixar de votar não é uma derrota. Ruim será se pusermos a matéria em votação e formos derrotados”, explicou.

Ficou acertado que a leitura a ser feita até o fim do dia no plenário da Câmara, pelo relator, será de 99% da emenda aglutinativa, com as alterações feitas no texto no último mês, a pedido do governo. O restante será apresentado até fevereiro, na parte referente a uma regra de transição para servidores públicos que ingressaram até 2003 se aposentarem com salário integral e com paridade em relação aos servidores da ativa. (Com informações da RBA).

Maia: "deixar de votar não é uma derrota. Ruim será se pusermos a matéria em votação e formos derrotadas".
(Foto: Alex Ferreira/ Câmara dos Deputados).