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Professores de Araripe realizam manifestação e cobram precatório do Fundef


Professores de Araripe realizam manifestação e cobram precatório do Fundef. (Foto: Divulgação/Apeoc).

Conforme foi anunciado neste Blog no último dia 29 de maio, a classe docente do município de Araripe, interior do estado, decidiu cumprir o que fora acordado no dia 11 do mês passado em assembleia e realizaram nesta segunda-feira, 04/06, uma manifestação reivindicando rateio dos recursos provenientes do precatório do antigo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef).

Ao caminharem pelas principais ruas da cidade com término em frente à prefeitura, a classe docente que recebeu apoio de estudantes que levaram cartazes com frases que alusivas ao dinheiro do precatório. “Unidos somos mais fortes”; “Educação merece respeito”; “Sociedade consciente apoio ao professor”; ““Prefeito, cadê o dinheiro do professor”? eram as frases de maiores destaque levadas às ruas por alunos e alunas.

Uma faixa contendo fotos de vereadores e vereadoras de Araripe sustentada por professores/as trazia a mensagem “é hora de ver quem está do lado da categoria”. Relatos constantes no site da Apeoc informa que a classe manifestante cobra a destinação de 60% do precatório do Fundef para profissionais do Magistério.

O ato teve a participação do presidente estadual da Apeoc, Anizio Melo e de Roque Melo, assessor sindical.  





Professores de Nova Olinda decidem contratar banca de advogados para adquirem o precatório do Fundef


Professores de Nova Olinda decidem contratar banca de advogados para adquirirem o precatório do Fundef.
(Foto: Divulgação/ Apeoc).

O Sindicato dos Professores e Servidores da Educação e Cultura do Ceará (Sindicato Apeoc) reuniu nesta segunda-feira, 04, no auditório do Poder Legislativo do município de Nova Olinda, na região do cariri, docentes da rede pública desta municipalidade.

Em pauta, a organização do sindicato na cidade, o financiamento do sistema educacional e como prato principal o debate acerca dos recursos provenientes do precatório do antigo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef).

Segundo informações colhidas junto ao portal da Apeoc, o professorado decidiu que a saída para o embaraço que se gerou com o precatório do Fundef é a contratação de um conjunto de advogados, de maneira a buscar uma divisão em que 60% seja destinado ao pagamento dos salários dos profissionais do magistério. Ficou acordado ainda que seja encampada uma campanha nas redes sociais de caráter educativo visando pressionar o prefeito Afonso Sampaio (PSD).

O encontro foi coordenado pelo presidente da entidade estadual, Anizio Melo e contou também com a participação de Roque Melo, assessor sindical. Não há relatos de que o prefeito tenha participado da assembleia e se parlamentares do município se fizeram presente.


Análise da paralisação dos professores em Altaneira


O ato de se manifestar e as diversas formas de se fazê-la sempre foram um símbolo e um dos caminhos mais visíveis que qualquer classe social dispõe na luta pela garantia de melhores condições de trabalho e de salários, se configurando como uma ação inalienável. 

Grupo de professores em passeata pelas ruas de Altaneira por ocasião de um chamamento da CNTE. Foto: João Alves.
Quem não se lembra do manifesto dos pioneiros pela educação? Quem não se lembra das diversas maneiras que os grupos que tinha como bandeira de luta um país democrático nos sombrios tempos da ditadura civil-militar? Quem não se lembra (voltando mais um pouco na história do Brasil), dos tempos em que negros vindos forçados do continente africano pelos simples fato de se recusar a trabalhar no regime escravista e muitos deles usavam a fuga como resistência e de lutar pelo que não concordavam? E dos índios? Classes que ainda hoje sofre pelos resquícios deixados por sistemas autoritários e arcaicos em um travestido de democrático.

A grande questão a ser colocada é: Pelo que lutavam? Com quem lutavam? Contra quem lutavam? Que instrumentos lhe baseavam? São perguntas essenciais e que sobre hipótese nenhuma deve ser relegada. Se não há o risco de se fazer uma análise superficial, rasteira.  Ora, quando assim se coloca, é perceptível que todas essas revoltas tinha algo que as unia, mesmo ante as particularidades de cada movimento e as especificidades de cada período histórico – A luta pela coletividade.

Essa semana, sem dúvida nenhuma, o pequeno município de Altaneira foi, uma vez mais, alvo dos holofotes midiáticos, inclusive aqueles de nível regional. Um grupo de professores, atendendo a solicitação de órgãos nacional e estadual que lhes representam saiu às ruas, ocuparam os centros de poder desta municipalidade – Rádio Altaneira FM e Câmara dos Vereadores. Por dois dias (17 e 18/03), o professorado foi visto além-sala de aula. Na pauta das manifestações, melhores condições de trabalho, salário digno, etc. Isso é que deveria subsidiar o teor das discussões. Afinal de contas, religiosamente falando (linguagem que a grande maioria entende) era o que rezava o comunicado da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação – CNTE e a Associação dos Professores de Estabelecimento Oficiais do Ceará -APEOC, sindicato que representa a nível estadual essa classe docente.

Percebia-se nos semblantes e nos discursos de alguns manifestantes (aqueles mais politizados) de tentar passar a imagem e o teor ideológico de que a paralisação não era (ou ao menos não deveria ser) política-partidária. Mas que a luta era por uma causa maior que ultrapassa os muros do município. Haja vista ser a educação a mola propulsora de toda comunidades e que para tanto precisa ser tratada sem as amarras das picuinhas dos polos partidários desse município (situação e oposição). Porém, não era o que se verificava nas ações e nos discursos de outros professores (as) que ainda caminha a passos lentos para a politização que, vez por outra deixava entrever que a luta não era pela causa coletiva, mas particularizada, direcionada. Onde o polo ao que ora se encontram fala mais alto.

Outro ponto a se destacar aqui e que merece, inclusive uma atenção redobrada, é a atuação do órgão representativo da classe de professores desta localidade, o Sindicado dos Servidores Municipais de Altaneira- SINSEMA. A diretoria, ao qual respeito e que admiro (a presidenta foi minha professora) até o ponto em que suas ações enquanto entidade fere um dos princípios que deve ser um travesseiro a noite e sua vestimenta diária - a ideologia. Foi pela falta dela ou talvez mau uso que os afastou desse princípio – o Sindicato deve ser um instrumento MOBILIZADOR, INSTIGADOR da categoria e nunca simplesmente APOIADOR. 

Grupo de professores ocupam auditório da Câmara no
segundo dia de movimentação.
Ainda aqui parabenizo o grupo de professores da Escola Estadual Santa Tereza, pela bravura na defesa dos pontos elencados pela CNTE e APEOC e, claro, na unanimidade dos docentes em aderir o movimento. Quanto aos do município, a adesão não foi em massa exatamente por que falta amadurecimento dos organizadores/líderes e principalmente pela forma polarizada em que se encontra a localidade. Município dividido em oposição e situação é reflexo da fragmentação também dos professores. Talvez, se o diálogo entre as partes fossem levado sem essas amarras, o movimento ganharia outros contornos.

Finalizando essa análise, deve-se chamar a atenção e atentar para aquelas perguntas acima (fizeram a análise?). Ante a esse cenário, pergunta-se – Quem estava à frente do movimento? Com quem estavam? Para quem lutavam? Quem instrumentos usaram? Quais discursos pregaram? Já haviam se mobilizado antes? São indagações que permite uma análise mais profunda do caso. E são essas reflexões que nos distancia de manifestações desse quilate. Entre os líderes da paralisação havia professores que corria da sala de aula. A sala para eles era uma espécie de “fogueira da inquisição” (se me permitem tal comparação, sem risco de anacronismos). Hoje a frente da paralisação batem no peite e diz ter orgulho de ser professora (a). Outros inclusive tiveram gestões inteiras para fazer valer na educação e nada fizeram. Ao contrário, a pasta foi um desastre para o (a) docente, o (a) discente e servidores. E hoje..... Ah, hoje....

Quanto ao termo “formador de opinião” muito usado na paralisação, deve-se se afirmar que merece uma ressalva. Em primeiro lugar fico feliz por ouvir da boca de professores tal afirmativa. Ao passo que me felicito, entristeço-me por não perceber nas ações em sala de aula e além-muros da escola opiniões formadas e divulgadas quanto a outras temáticas. Quem não se lembra de constantes críticas tecidas por este signatário quanto os trabalhos precários desenvolvidos pelos parlamentares de Altaneira? Quantos “formadores de opinião” opinou? Ou o que os vereadores fazem ou deixam de fazer não é de interesse da coletividade? Não merece discussão? Ou devemos cobrar somente em tempos de eleição? Quem não se lembra de críticas direcionadas a uma parlamentar por querer infringir a constituição e bater no frágil estado laico? Quanto formadores de opinião se manifestou? Ah, e quem não se recorda quando tecemos críticas à escola estadual por também bater no estado laico ao ter em todos os encerramentos de turmas dos terceiros anos as formaturas dentro de um templo religioso? E quantos se manifestaram? Algo que ocorre a um palmo do nariz. Quantos professores (as)? Quantos formadores de opinião? Quantos? Quantos?.....

Não devemos particularizar os fatos. Ser formador de opinião é opinar e se manifestar para além de nossas disciplinas e dos nossas causas específicas. Precisamos pensar no todo e não apenas algo que nos atinge diretamente. Necessitamos ter mais vozes discordantes, mais atitudes dissonantes. Mas que elas venham acompanhadas de coerência. Que essas vozes dissonantes e discordantes não venham apenas por interesses individualizados, ou por estar em um dos polos de poder (situação/oposição).

Para encerrar, fiquemos com o que disse Paulo Freire – “Ninguém caminha sem aprender a caminhar, sem aprender a fazer o caminho caminhando, refazendo e retocando o sonho pelo qual se pôs a caminhar.” E o que nos afirmou Karl Marx – “Uma ideia torna-se uma força material quando ganha as massas organizadas”. 

APEOC debaterá Reformulação do Ensino Médio em Seminário

Acontece nesta sexta-feira (19/04), às 19h, na Assembleia Legislativa do Ceará, o Seminário "Currículo e Formação - Desafios para o Ensino Médio".

Promovido em parceria entre os mandatos dos deputados federais Chico Lopes e Artur Bruno e a Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, presidida pelo deputado José Teodoro, o seminário vai debater a reformulação do Ensino Médio, com destaque para os desafios ligados ao currículo e à formação dos estudantes.

“Currículo e Formação - Desafios para o Ensino Médio", aberto à participação de todos os interessados no tema, vai reunir professores, pesquisadores e estudantes. As propostas apresentadas no seminário, nesta sexta, na Assembleia Legislativa, serão encaminhadas à Comissão Especial para a Reformulação do Ensino Médio, da Câmara dos Deputados, para contribuir sobre o debate nacional quanto aos novos rumos do Ensino Médio.

O Coordenador dessa Comissão no Ceará, o deputado federal Chico Lopes - também integrante da direção do Sindicato APEOC - ressalta: "Vamos discutir o papel do Ensino Médio: o que ele tem sido e o que ele deve ser, no Ceará e no Brasil. Há muitos anos o Ensino Médio tem sido tratado apenas como uma etapa para o acesso do estudante à universidade. E acrescenta o parlamentar: “Precisamos de um Ensino médio capaz de oferecer qualificação e perspectivas para o conjunto dos estudantes, incluindo os que hoje seguem diretamente para o mercado de trabalho, ou para cursos técnicos e de profissionalização".

Os palestrantes do Seminário "Currículo e Formação - Desafios para o Ensino Médio"  serão os professores Enéas Arrais Neto (UFC) e Rejane Bezerra Andrade (UECE).

Foram convidados a participar dos debates: Sindicato APEOC, representantes das secretarias municipal e estadual de Educação, da Secretaria de Juventude da Prefeitura de Fortaleza, das comissões de Educação da Câmara Municipal, da Assembleia Legislativa e da Câmara Federal, e do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Ceará, das universidades cearenses, entre outros.

Com informações do APEOC