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Advogado de Lula lembra que, em 2016, 145 prefeitos foram eleitos na mesma situação do ex-presidente. (Foto: Reprodução/TVT). |
Sem
ingenuidade diante das exceções praticadas pela Justiça brasileira nos
processos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas com absoluta
certeza da legalidade da candidatura do líder de todas as pesquisas de intenção
de voto para a Presidência da República. Essa foi a postura do advogado e
professor de Direito Luiz Fernando Casagrande Pereira em sua participação no
programa Entre Vistas, apresentado pelo jornalista Juca Kfouri, e que vai ao ar
nesta terça-feira (14), às 21h, na TVT.
“Eu seria ingênuo se dissesse que a
candidatura do ex-presidente Lula é uma obviedade ou provável, isto não pode
ser dito por quem acompanha na Justiça do Brasil o que vem sendo feito nos
processos do ex-presidente”, reconheceu o advogado que atua na defesa de
Lula. Apesar do “pé atrás", Luiz
Fernando Casagrande Pereira é firme ao explicar que 145 prefeitos foram
eleitos, em 2016, na mesma situação de suposta inelegibilidade em que agora se
encontra o ex-presidente – 98 reverteram a inelegibilidade após a eleição e
antes da diplomação.
Tentando
ser didático em um tema complexo, Casagrande explica que, na dúvida, a lei
eleitoral “deixa disputar e resolve
depois”. “Se a Justiça Eleitoral não
tivesse deixado disputar a eleição, teria que pedir desculpas a 98 deles e aos
seus eleitores. Como terão que pedir desculpa aos 50 milhões de eleitores que
querem votar no Lula”, projetou.
Em
2016, de cada 10 candidatos a prefeito que concorreram na eleição mesmo após
condenação em segunda instância, sete reverteram a inelegibilidade após serem
eleitos. “Levantei centenas de casos e
decisões judiciais e posso dizer com certeza: se evitarem que o ex-presidente
Lula chegue às urnas e ao horário eleitoral, farão algo que nunca fizeram no
Brasil”, afirma, convicto, Luiz Fernando Casagrande Pereira.
“Pela estatística, Lula teria 70% de chance
de reverter a inelegibilidade depois da eleição. Agora… ele tem que ter o
direito de reverter depois, a não ser que atropelem o procedimento e façam no
caso do Lula o que não fizeram em oito anos de Lei da Ficha Limpa e em 2.800
casos”, afirmou. (Com informações da RBA).
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