O
governo de Michel Temer (PMDB) tem tentado a todo custo e de todas as formas
angariar apoio à reforma da Previdência. Sob o discurso de cortar privilégios
de servidores públicos, busca aceitação do trabalhador da iniciativa privada.
Conforme publicação na coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo, desta
quinta-feira (30), após as primeiras pesquisas sobre a repercussão das
publicidades feitas pelo governo pela reforma da Previdência terem sido
positivas, o Planalto decidiu dobrar a aposta e “liberou mais R$ 72 milhões
para reforçar a ofensiva de comunicação”.
De
acordo com a coluna, parlamentares do Nordeste também fizeram levantamentos que
indicam um crescimento na aceitação da proposta, mais ainda entre as classes D
e E. A melhora é apontada pelo mote do combate a privilégios, principal
discurso dos governistas pró-reforma. As propagandas do governo enfatizam para
o trabalhador da iniciativa privada, com rendimentos mais baixos, que nada vai
mudar.
Na
ofensiva pela aprovação da proposta na Câmara ainda este ano, o Planalto usará
a nova verba para ampliar a exibição das peças que defendem as novas regras de
aposentadoria. Uma outra parte, só que bem menor, conforme informa a coluna,
será utilizada para divulgação do programa Avançar.
Na
última publicidade direcionada para a reforma, a campanha frisa o corte de
privilégios e a manutenção de direitos, além disso ressalta o que permanece no
texto, como a fixação de uma idade mínima para aposentadoria e a unificação das
regras para servidores públicos, e também indica o que já foi descartado, como
as propostas de mudança na Previdência rural.
Desde
que o presidente Michel Temer (PMDB) decidiu enviar a proposta de reforma na
Previdência à Câmara, em dezembro de 2016, a batalha pela aprovação parece não
ter fim. O texto foi modificado pelos próprios parlamentares, nas comissões
pelas quais passou, e, posteriormente, pelo governo, que apresentou uma nova
versão esse mês. As denúncias da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o
Temer, para os deputados da base, atrasaram a aprovação do tema na Casa.
Para
que a proposta seja aprovada na Câmara, são necessários 308 votos. O governo
ainda não conseguiu esse apoio, mas trabalha para aprovar a proposta na Casa
até o dia 13 de dezembro. Com o anunciado desembarque do PSDB da base aliada e
as pressões do “Centrão”, conglomerado de bancadas que reúne mais de 200
deputados, até parlamentares da base já assumem que o texto pode não ser
aprovado ainda este ano. (Com informações
do Congresso em Foco).
![]() |
O governo trabalha para aprovar a proposta na Câmara ainda até o dia 13 de dezembro. (Foto: Beto Barata/ PR). |
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Ao comentar, você exerce seu papel de cidadão e contribui de forma efetiva na sua autodefinição enquanto ser pensante. Agradecemos a sua participação. Forte Abraço!!!