4 de novembro de 2022

Enem: 14 datas importantes que podem cair na prova

 

Caderno de provas do Enem 2021 — Foto: Ana Carolina Moreno/G1.

O aniversário de 200 anos da Independência do Brasil não é a única data importante que os candidatos devem conhecer para a prova do Enem. Por isso, O GLOBO ouviu professores especialistas no exame para apontar 14 efemérides para entrarem no radar dos estudantes. Elas podem aparecer não só na prova de Ciências Humanas, mas também nas avaliações de Linguagens e até Redação.

A lista teve contribuição de Diogo Lúcio Pereira Vieira, professor de História da Escola SEB Unimaster, parceira da Plataforma AZ de Aprendizagem; Ruth Borges, assessora pedagógica do sistema de ensino do Raiz Educação; e Rogério Silveira, professor de geografia do Stoodi.

Os Lusíadas – 450 anos (de 1572)

Escrita por Luís de Camões, um dos mais renomados autores portugueses, a obra foi a primeira epopeia portuguesa impressa, publicada em 1572. O livro aborda a viagem de Vasco da Gama às Índias, como pano de fundo para tratar do processo de expansão marítima e grandes navegações portuguesas. Para isso, utiliza referências religiosas do cristianismo e da mitologia greco-romana.

Independência do Brasil – 200 anos (de 1822)

Em 2022 completamos 200 anos da Independência do Brasil. O processo se iniciou em 1808, com a vinda da Família Real Portuguesa e da corte para nosso território. Normalmente atribuímos a nossa emancipação a D. Pedro I, mas um fato curioso é que a primeira pessoa a assinar a declaração de ruptura brasileira com Portugal foi Leopoldina, esposa de Pedro, no dia 2 de setembro de 1822, dias antes da data oficial.

Revolta do Forte de Copacabana – 100 anos (de 1922)

O início da década de 1920 registrou uma grande agitação política no Brasil, marcada por rebeliões militares. O tenentismo foi um movimento político surgido entre os jovens oficiais das Forças Armadas. De caráter nacionalista e contrário às oligarquias da estrutura política da República Velha (1889-1930), ele representou a entrada da classe média urbana, de onde vinha grande parte desses oficiais, na política brasileira. O levante dos “18 do Forte”, no dia 5 de julho de 1922, foi o marco inicial.

Semana de Arte Moderna – 100 anos (de 1922)

Completando 100 anos em 2022, a Semana de Arte Moderna foi um evento ocorrido São Paulo e que atraiu artistas de todo o território brasileiro. Sua data não foi escolhida ao acaso, mas sim para comemorar o centenário da independência brasileira. No entanto, a Semana de Arte Moderna tinha o objetivo de introduzir novas tendências artísticas ao cenário nacional, rompendo com a estética europeia e buscando um abrasileiramento das artes, especialmente na literatura e na pintura.

Marcha sobre Roma – 100 anos (de 1922)

Em outubro de 1922, tinha início um dos momentos mais sombrios da História italiana: a ascensão do fascismo. Foi através da Marcha sobre Roma – movimento armado organizado pelo Partido Nacional Fascista – que Benito Mussolini chega ao poder na Itália traçando os caminhos para a perseguição política, para o autoritarismo e para o desenrolar da Segunda Guerra Mundial.

Centenário da criação da URSS – 100 anos (de 1922)

Em 1917, o país passou por duas revoluções. A primeira, em fevereiro, depôs o czar Nicolau II, enquanto a de outubro instalou um governo socialista sob o comando de Lênin. Após alguns anos de guerra civil, vencida pelo Exército Vermelho, a União Soviética foi formada em 1922. Com a morte de Lênin, Stalin, que participara da Revolução, conseguiu se consolidar no poder. Ele utilizou meios brutais, como a coletivização forçada dos campos, além de promover uma série de expurgos, assassinando grande parte de outros participantes do movimento de 1917 e oficiais do exército.

Conquista do voto feminino no Brasil – 90 anos (de 1932)

Após intensa campanha nacional, o voto feminino e secreto foi introduzido no Código Eleitoral Provisório de 1932. Mas só era permitido que votassem ou fossem votadas as mulheres casadas com o aval do marido ou as viúvas e solteiras com renda própria. O Código de 1934 retirou essas determinações, mas o voto feminino continuou sendo facultativo, com a obrigatoriedade prevista somente para os eleitores homens. Apenas em 1946 o voto passou a ser obrigatório também para as mulheres.

Revolução Constitucionalista – 90 anos (de 1932)

No ano de 1932, no primeiro governo da Era Vargas – Governo Provisório – eclodia em São Paulo um movimento revoltoso armado, que contava principalmente com a participação de jovens e de cidadãos insatisfeitos com o fim da política do café com leite e com a ausência de uma Constituição que definisse as diretrizes do presidente, dando a São Paulo menor destaque no cenário político. A morte de quatro jovens – Miragaia, Martins, Dráusio e Camargo – deu coro ao movimento MMDC e fez com que o Brasil virasse os olhos para o estado e para a atuação do governo. Mesmo derrotado militarmente, o movimento teve uma vitória significativa: Getúlio Vargas convocou a Assembleia Constituinte que contou com forte participação dos paulistas.

Crise dos mísseis de Cuba – 60 anos (de 1962)

“Os treze dias que abalaram o mundo”. Assim ficou conhecido o período que mobilizou o mundo durante a Guerra Fria – disputa ideológica entre o socialismo soviético e o capitalismo estadunidense – por conta de uma possível guerra nuclear. Após a Revolução Cubana e uma aliança do país com a União Soviética, Cuba se preparava para receber um míssil nuclear em uma de suas bases militares a menos de 550 km dos Estados Unidos. Apesar da gravidade do acontecimento, foi essa crise que iniciou o período chamado de Coexistência Pacífica, com uma comunicação direta entre Moscou e Washington de modo a evitar um conflito da mesma proporção.

Massacre do Carandiru – 30 anos (de 1992)

Cento e onze detentos foram mortos no maior massacre em uma prisão brasileira. Esse evento foi não só um marco histórico, mas também um demonstrativo da falência do sistema prisional brasileiro. Apesar de estar completando 30 anos em 2022, ele não mostra um sistema prisional muito diferente do que vemos nos dias de hoje. Recebemos atualmente duras críticas relacionadas à superlotação de prisões, ao desrespeito aos direitos humanos e à falta de um processo claro de reabilitação e reinserção socioeconômica dos condenados, tema importante para a Redação.

Eco-92 – 30 anos (de 1992)

Eco-92 foi o nome dado à “Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento” estabelecida no estado do Rio de Janeiro. Ela reuniu os chefes de Estado de mais de 170 países numa discussão sobre o desenvolvimento sustentável e a preservação do meio ambiente. Atualmente, com a questão do desmatamento da Amazônia Legal e a alta emissão de gases poluentes pela indústria e o desgaste ambiental causado pela agropecuária o tema se mantém em alta, sendo discutido pelas maiores potências.

Impeachment de Fernando Collor – 30 anos (de 1992)

O candidato mais jovem até então a assumir a presidência do Brasil, Fernando Collor foi acusado pelo seu próprio irmão de envolvimento em corrupção e desvio de dinheiro, o Esquema PC Farias. Com o escândalo vindo a público, as pessoas foram às ruas no movimento conhecido como Caras Pintadas, em que as pessoas pintavam seus rostos de verde e amarelo pedindo a saída do presidente do poder. Um fato curioso é que Collor acabou renunciando antes da votação do seu impeachment.

Rio + 20 – 10 anos (de 2012)

Vinte anos depois da Eco-92, a Rio + 20 abordou dois temas principais: “A economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza”, e a “Estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável”, além de um balanço de tudo o que foi feito de melhorias para o meio ambiente naqueles 20 anos.

Lei das cotas – 10 anos (de 2012)

Em agosto, dez anos depois de aprovada, expira a lei que estabeleceu cotas para ingresso nas universidades e institutos federais, reservando 50% das vagas a alunos de escolas públicas (metade delas aos de famílias com renda de até 1,5 salário mínimo per capita). Ela instaurou ainda outro filtro: pretos, pardos, indígenas e deficientes passaram a ter, entre esses cotistas, uma fatia proporcional à participação na população. Antes de 2012, já havia políticas de ação afirmativa em diversos formatos. Ao disseminar a prática no país, a Lei de Cotas foi um marco.
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Com informações do O Globo e do Geledés.

3 de novembro de 2022

90 anos do voto feminino: um direito ainda não assegurado as mulheres negras

 

Acervo/O Globo.

Instituído em 24 de fevereiro, o Código Eleitoral de 1932 completa 90 anos nesta quinta-feira. Muito celebrada por trazer o voto feminino no Brasil, a legislação foi consequência de anos de luta das sufragistas brasileiras. A conquista, entretanto, pode ser considerada como mais um exemplo do racismo institucional: mesmo sem explicitar, as exigências fizeram com que as negras tivessem dificuldades de acessar o direito.

Segundo a historiadora Gabrielle Abreu, mestranda em História Comparada, a luta pelo voto feminino começou quase 100 anos antes, influenciada pelas traduções da educadora Nísia Floresta, de textos franceses que debatiam o sufrágio feminino. “Nísia passou a escrever seus próprios manifestos, que se tornaram verdadeiras cartilhas para as sufragistas brasileiras da década de 1930”, conta.

Houve mais tentativas ao longo do tempo, mas a reivindicação pelo voto feminino ganhou força com a construção, por Bertha Lutz, da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino (FBPF), em 1922. “Com a deposição do presidente Washington Luís e a ascensão de Getúlio Vargas à presidência, começa-se uma conversa sobre reforma do regimento eleitoral. As mulheres sufragistas, sempre atentas, impuseram suas pautas e cobraram por participação em todo o processo. O resultado disto foi a incorporação do voto feminino ao Código Eleitoral de 1932, que possibilitou que as mulheres votassem nas eleições de 1933”, afirma a historiadora.

No entanto, para exercer o direito, as mulheres tinham que cumprir com exigências que bastante restringiram as potenciais eleitoras. As casadas eram obrigadas a pedir permissão aos maridos. Já as solteiras ou viúvas deveriam comprovar que exerciam trabalho remunerado. Legislações anteriores ainda proibiam que pessoas analfabetas votassem. Ou seja, as exigências excluíam boa parte das mulheres negras.

“Cabe lembrar que o voto feminino se tornou possível apenas 44 anos depois do fim da escravidão. Isto significa que a maneira como a abolição da escravidão se deu no Brasil tornou muito difícil a formação de um grupo sólido de eleitoras negras a partir das principais exigências para o voto: comprovação de emprego e renda fixa. Outra barreira imposta às mulheres negras à época, era o fato de que pessoas analfabetas eram impedidas de votar”, pontua Gabrielle, que também faz parte do Movimento Mulheres Negras Decidem.

Mesmo em menor número, houve mulheres negras que conseguiram parte do primeiro momento de conquista do voto feminino no Brasil e não só como eleitoras. A historiadora destaca a figura de Almerinda de Farias Gama, mulher negra nordestina que construiu a FBPF ao lado de Bertha Lutz. Mas que, assim como outras mulheres negras, sofre com o apagamento da importância de sua contribuição histórica.

Até hoje mulheres negras são impactadas de maneira diferente em assuntos eleitorais, mesmo sendo quase 30% da população brasileira, se candidatam menos e algumas sequer conseguem votar. Há relatos, na internet, de trabalhadoras de residências que não são liberadas para comparecer às urnas.

“Numa democracia como a nossa, em que elegemos nossos representantes políticos, as mulheres negras que a cada pleito se veem alijadas deste processo tão importante acabam ficando à margem também das discussões políticas dos quatro anos subsequentes à eleição. Significa também que faltará estímulo para que as mulheres negras se lancem na condição de candidatas nos pleitos. A tímida presença das mulheres negras no rol de candidaturas é extremamente nociva para uma sociedade que se pretende democrática como a nossa. Atualmente, as mulheres negras são 28% da população brasileira, mas compõem apenas 2% da Câmara dos Deputados em Brasília, epicentro das decisões políticas à nível nacional”,  analisa Gabrielle.

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Com informações do Alma Preta.

MP de Santa Catarina investiga nazismo em saudação de bolsonaristas

 

Bolsonaristas fazem gesto nazista enquanto cantam o hino nacional e usam camisas do Brasil - Foto: Reprodução.

Bolsonaristas bloquearam estradas e hoje concentraram-se defronte a quartéis, recusando-se a aceitar a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva na eleição presidencial deste ano. Eles também pedem uma intervenção militar. No município em que a gravação foi feita, Bolsonaro obteve 65,7% dos votos. 

O gesto apresentado no vídeo se assemelha também à saudação americana de Bellamy, que consiste na presença de uma braço estendido para comprovar a fidelidade dos cidadãos ao país. Contudo, ela foi substituída pela mão no coração por volta da metade da década de 40 devido a sua similaridade com a saudação nazista. 

A saudação é ainda semelhante ao gesto de juramento à bandeira brasileira, contudo, o gesto em questão é restrito apenas para a cerimônia das forças armadas e a posição dos braços é a de 90º, sendo paralela ao solo, diferente portanto da saudação feita por muitos bolsonaristas no vídeo compartilhado nas redes sociais.

O Ministério Público (MP) de Santa Catarina já começou a investigar o caso com o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO). A coordenadora do GAECO comenta que “Uma vez identificadas, será produzido um relatório e as informações encaminhadas pra 2ª Promotoria de Justiça da Comarca, que possui atribuição criminal, para responsabilização dos envolvidos”

A Confederação Israelita do Brasil pediu que a manifestação de São Miguel do Oeste seja investigada e que se identifiquem os apologistas do nazismo. “As imagens de manifestantes fazendo saudações nazistas em protesto em Santa Catarina são repugnantes e precisam ser investigadas e condenadas com veemência pelas autoridades e pela sociedade como um todo”, afirma a Conib em nota. “O nazismo prega e pratica a morte e a destruição. A sociedade brasileira não pode tolerar posturas como essas”.

A nota acrescenta que o gesto desrespeita o passado das Forças Armadas, que combateram o nazismo na Europa durante a Segunda Guerra Mundial.

Apologia ao nazismo é crime no Brasil e se enquadra na lei 7.716/1989 que diz que é crime “Fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo.” 

A pena para os envolvidos na ação é reclusão de dois a cinco anos e o MP de Santa Catarina não descarta os pedidos de prisão preventiva.
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Com informações do Jornalista Livres.

2 de novembro de 2022

A ministros do STF, Bolsonaro diz que eleição ‘acabou’

 

Bolsonaro encontrou ministros após pronunciamento à imprensa. (FOTO | Isac Nóbrega | PR).

O presidente Jair Bolsonaro (PL) usou a expressão “acabou” ao se referir ao processo eleitoral em que foi vencido por Luiz Inácio Lula da Silva no domingo (30). A informação sobre o reconhecimento de Bolsonaro do resultado das urnas foi dada pelo ministro Edson Fachin, após visita do presidente ao Supremo Tribunal Federal (STF) na tarde desta terça-feira (1º). “Ele (Bolsonaro) usou o verbo acabar no passado. Ele disse ‘acabou’. Portanto, olhar para frente”, disse Fachin à reportagem da GloboNews.

O encontro, que não estava na agenda oficial do Planalto, se deu após o primeiro pronunciamento oficial desde a confirmação de sua derrota na corrida à reeleição. Após a reunião, o STF divulgou nota na qual informou que os ministros transmitiram para Bolsonaro a avaliação deles sobre o pronunciamento do presidente. Participaram da reunião Rosa Weber, Gilmar Mendes, Luiz Fux, Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Nunes Marques e André Mendonça. Paulo Guedes, ministro da Economia, também estava presente.

Na nota, os ministros consideraram importante Bolsonaro ter reconhecido a derrota na eleição e ter criticado os bloqueios feitos em rodovias por apoiadores do governo. “Os ministros do STF reiteraram o teor da nota oficial divulgada, que consignou a importância do reconhecimento pelo presidente da República do resultado final das eleições, com a determinação do início do processo de transição, bem como enfatizou a garantia do direito de ir e vir, em razão dos bloqueios nas rodovias brasileiras”, afirmou a nota.

“Tratou-se de uma visita institucional, em ambiente cordial e respeitoso, em que foi destacada por todos a importância da paz e da harmonia para o bem do Brasil” conclui o comunicado do Supremo.

Desmobilização

Quase 48 horas após a divulgação oficial do resultado das eleições, Bolsonaro fez um pronunciamento de cerca de dois minutos. Seu silêncio durante esse período serviu de estímulo a apoiadores mais radicais, sobretudo grupos de caminhoneiros autônomos. que desde domingo promovem bloqueios de algumas das principais rodovias do país.

Porém, o presidente não reconheceu verbalmente sua derrota, e nem mesmo citou o nome de Lula. O reconhecimento do resultado das urnas coube ao ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, que logo depois de Bolsonaro, assumiu o microfone para declarar à imprensa que o processo de transição do governo para o novo mandato de Lula já está em andamento.

“O presidente Jair Bolsonaro autorizou a iniciarmos o processo de transição (…) A presidente do PT (deputada federal eleita Gleisi Hoffmann), segundo ela, em nome do presidente Lula, disse que na quinta-feira será formalizado o nome do vice-presidente Geraldo Alckmin. Aguardaremos”, completou Nogueira.

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Com informações da RBA.

1 de novembro de 2022

Lula esta voltando

Lula. (FOTO | Reprodução | PT).

Por Valéria Rodrigues, Colunista

Essas eleições nos mostraram que ainda temos muitos obstáculos pela frente para podermos construir um Brasil justo, igualitário e humano. E o pior de todos esses obstáculos são as pessoas que vestiram a camisa de Bolsonaro, que o defendiam sem nem ao menos saber o pq.

No fundo, no fundo essas pessoas se assemelhavam a ele quando se achavam "ricas", quando eram "homofóbicas", quando eram "preconceituosas" ou simplesmente quando eram "desumanas". Porque vc apoiar um candidato que debochou das milhares de vidas perdidas na pandemia, que enaltecia a ditadura e consequentemente a tortura, mostra simplesmente o quanto vc é desumano como ele. A única diferença é que ele teve coragem de expor isso desde o início e vc simplesmente precisou ter um apoio para revelar sua verdadeira face. Porque foi isso que Bolsonaro fez : revelou o pior de cada pessoa, ou seja, já existia mas simplesmente estava sendo camuflado por falta de apoio. Então me perdoem que se sentir ofendido. Só acho que as pessoas que apoiaram Bolsonaro eram desumanas e infelizmente a algumas falta ou faltou senso de criticidade.

Então não venham dizer que o Brasil está de luto.

Estamos apenas renascendo outra vez, ressurgindo das cinzas, firmes e fortes para construirmos (reconstruirmos) o Brasil e torna-lo um país digno, justo, livre e acima de tudo humano, onde as pessoas despertem a empatia e o amor ao próximo.

Obrigado Deus pelo resultado das eleições e por nos permitir sonhar novamente.

# Lulatavoltando#

31 de outubro de 2022

Altaneira e Araripe são os municípios onde Lula teve a maior votação no Ceará

 

(FOTO | Reprodução | Agência Brasil).
 

Por Nicolau Neto, editor

Em pouco mais de três horas após o encerramento das eleições, já era possível saber seu resultado final. Lula foi eleito pela terceira vez presidente do Brasil com 50,90% dos votos válidos. Seu adversário, que tentava a reeleição, obteve 49,10%.

Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a região Nordeste deu ampla maioria ao petista. Só no Ceará, onde Lula venceu em todos os 184 municípios, foram quase 70% dos eleitores que optaram pelo 13 em detrimento do 22.

Foi da região do Cariri que vieram as maiores votação para o ex-presidente. Em três deles,  por exemplo, o percentual ficou acima dos 90. Em Araripe 91,48% dos eleitores digitaram o 13, enquanto que o 22 de Bolsonaro foi digitado por 8,58% dos votantes. Já em Altaneira, Lula teve o apoio de 90, 82% e o atual mandatário teve 9, 18%.

Outro município onde a vantagem de Lula foi expressiva e acima dos 90% foi Potengi. Lá ele teve 90,14%, enquanto que Bolsonaro ficou com 9,86%.

Este editor fez um levantamento em seis municípios do Cariri, conforme se percebe abaixo:



“É uma vitória das minorias brasileiras”, diz jornalista Flávia Oliveira sobre eleição de Lula

 

(FOTO | Reprodução | Notícia Preta).

Neste domingo (30), a jornalista Flávia Oliveira analisou, durante o programa ‘Central das Eleições’, na GloboNews, que a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi uma vitória das minorias do país.

É preciso reconhecer, e o Brasil inteiro reconhece, que a figura de Lula candidato, que enfrentou tudo que vocês já mencionaram, as histórias são conhecidas, mas que atravessou esse período eleitoral sempre à frente sempre com político muito sólido. Parcelas da sociedade brasileira que jamais arredaram o pé, um eleitorado de muita lealdade, e eu diria que com muita identidade nordestina, identidade feminina, identidade negra, parda, indígena. É, portanto, é uma vitória das minorias brasileiras que se uniram em defesa de um projeto de país mais democrático e mais igualitário”, disse a comentarista.

Flávia comentou ainda sobre o simbolismo da vitória de Lula.

Acho que é importante reconhecer a vitória desse povo o povo brasileiro. Sem dúvida alguma a mensagem há de ser de reunificação, de compreensão. É uma vitória de um campo que foi incessantemente menosprezado nos últimos anos. Os negros foram vítimas de racismo recreativo, de violência racial, violência policial. As mulheres foram vítimas de misoginia. Os nordestinos foram vítimas de xenofobia. Esse grupo agora mostra seu protagonismo”.

Flávia finalizou elogiando a população que exerceu seu direito ao voto.

Lula chega com 13 milhões de votos a mais que Fernando Haddad 4 anos atrás. Também temos que elogiar a população brasileira, lulista ou bolsonarista, pela participação ativa no processo eleitoral. Democracia, é isso”, finalizou a jornalista.

Em seu discurso de vitória, Lula reconheceu a importância dos mais pobres e disse que governará para eles.

Estamos prontos para nos engajar outra vez no combate à fome e à desigualdade no mundo, e nos esforços para a promoção da paz entre os povos”, finalizou.

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Com informações do Notícia Preta.

Líderes africanos parabenizam Lula pela vitória nas urnas: "trabalharemos por relações sólidas e prósperas"

 

(FOTO | Reprodução | PT).

Lideranças de países africanos reagiram à vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que em conquista inédita chega a seu terceiro mandato como presidente eleito do país. África do Sul, Cabo Verde, Gabão, Guiné-Bissau, Namíbia, Quênia, Senegal, e Zâmbia são países do continente que, até o momento, parabenizaram Lula nas redes sociais, além do presidente do partido da oposição na República Democrática do Congo.

O presidente da África do Sul Cyril Ramaphosa publicou no Twitter que o país africano está ansioso para trabalhar com o governo do Brasil sob a liderança do político petista.

Nossos dois países compartilham vários desafios e aspirações comuns, e cooperamos em vários níveis, incluindo BRICS [grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul] e vários mecanismos nacionais, inter-regionais e globais. Também parabenizamos o povo do Brasil pela maneira bem-sucedida com que conduziram esta eleição”, compartilhou Cyril Ramaphosa na rede social.

O Primeiro Ministro de Cabo Verde, José Ulisses Correia e Silva, publicou nas redes que as relações entre os dois países serão reforçadas. “Assim como ao nível da CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa], onde o Brasil desempenha um papel muito importante”, complementou.

Parabéns ao presidente Lula por sua reeleição como chefe do Brasil. Felicito também as instituições brasileiras encarregadas de organizar as eleições por respeitarem a verdade das urnas, a soberania do povo e a celeridade dos resultados”, ressaltou no Twitter o político e líder da oposição na República Democrática do Congo, Martin Fayulu.

Já Macky Sall, presidente do Senegal e presidente em exercício da União Africana, estendeu suas felicitações a Lula pela vitória com os “melhores votos de sucesso”. O presidente da Zâmbia, Hakainde Hichilema, também enfatizou estar ansioso para trabalhar com o presidente eleito e fortalecer e aprimorar a parceria entre os países, algo também reforçado pelo presidente do Quênia, William Samoei Ruto, e pelo presidente da Namíbia, Hage Geingob.

Parabéns calorosos a Lula por sua vitória nas eleições presidenciais! O Brasil é um país grande, força motriz da cooperação Sul-Sul. Esperamos que o Gabão fortaleça nossos laços diplomáticos e econômicos e lutemos juntos pelo clima”, enfatizou Ali Bongo, presidente do Gabão.

Conforme já noticiado anteriormente pela Alma Preta Jornalismo, nos últimos anos e sobretudo durante o mandato do presidente Jair Bolsonaro (PL), as relações entre Brasil e o continente africano não tiveram novos avanços diplomáticos. Na gestão Lula, havia grande agenda do Brasil com a África, a fim do país se projetar como uma potência média no sistema internacional ou uma potência do Sul global.

No primeiro turno das eleições deste ano, reportagem anterior da agência também identificou que nos boletins de urna de 15 países africanos, o candidato Lula da Silva havia ganhado em 12 deles. Bolsonaro ficou na frente apenas em Moçambique, Namíbia e República Democrática do Congo.

Sissoco Embaló, presidente da Guiné-Bissau, também parabenizou o presidente Lula pela vitória nas urnas. Ele é apontado como o único, entre os governantes africanos, que teve uma aproximação e um alinhamento ideológico com o governo de Jair Bolsonaro (PL).

Em nome da Guiné-Bissau, apresento minhas calorosas felicitações ao Presidente Lula por sua grande vitória nas eleições presidenciais no Brasil. Presidente Lula, trabalharemos por relações bilaterais sólidas e prósperas entre Guiné-Bissau e Brasil”, destacou Sissoco Embaló no Twitter.

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Com informações do Alma Preta.