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Quatro cabeças, nenhum governo: a história do Brasil em 2019. (Foto: Divulgação). |
Era
melhor que o dia não tivesse amanhecido, mas, sendo impossível, amanheceu. As
ruas da capital encheram-se de camisas da CBF, tapados acorreram aos melhores
postos, a atmosfera preencheu-se da festiva alegria dos internos de um
manicômio enfim emancipados. A “inexorável marcha do tempo” fez despontar no
horizonte o Rolls-Royce conversível modelo 1952. A despeito da história de que
tenha sido presente da rainha Elizabeth II, da Inglaterra, fora encomendado
pela Presidência por Getúlio Vargas, ensina o biógrafo Lira Neto. Na posse de
Collor, transportou o presidente eleito e o topete indomável de seu vice,
Itamar Franco. Na de Fernando Henrique, no primeiro mandato, a careca de Marco
Maciel ofereceu melhor aerodinâmica. Lula também deu carona ao vice, José de
Alencar. Dilma mandou trocar a placa do carro, de “Presidente” para “Presidenta
do Brasil”. Previdente, viajou com a filha Paula, livrando-se de ser
arremessada na pista por Michel Temer, que se acomodou em um Cadillac logo
atrás.