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“Nasce uma nova esquerda”, por Juliano Medeiro



Aconteceu, neste sábado (3/3), a Conferência Cidadã, evento organizado pelos movimentos sociais para oferecer as candidaturas de Guilherme Boulos e Sônia Guajajara ao PSOL. Sônia já é filiada ao partido. Guilherme se filiará na tarde desta segunda-feira (5/3). Ambos precisarão do aval da Conferência Eleitoral do PSOL, que ocorre no próximo dia 10. Há outras pré-candidaturas inscritas, representando diferentes posições partidárias, todas elas legítimas. Mas por que, então, a imensa maioria da militância e da direção partidária, além da bancada federal do partido na Câmara dos Deputados, preferem Guilherme Boulos? Exatamente porque sua candidatura, como ficou demonstrado no evento de ontem, representa a confluência de diferentes lutas, extrapolando em muito as fileiras do PSOL.

Juliano Medeiros é presidente nacional do Psol. (Foto: Psol50).

O PSOL surgiu como um contraponto aos limites do projeto de conciliação liderado pelo Partido dos Trabalhadores após a vitória de Lula, em 2002. Foram tempos difíceis. Por muitos anos o partido “pregou no deserto”, sem que suas ideias tivessem o alcance necessário para alavancar um projeto radical de esquerda, alternativo ao petismo. Só com as crises econômica e política que atingiram o Brasil, a partir de junho de 2013, suas críticas passaram a ter maior acolhida na esquerda. Com o golpe que destituiu Dilma, ficou claro que a conciliação tinha limites estruturais. A história, enfim, dava razão ao PSOL.

Nesse processo de reflexão sobre os limites do lulismo, se forjou um novo campo político nos movimentos sociais. Esse campo inclui o MTST, as lutas pelo passe livre, as ocupações de escolas, a primavera feminista, uma nova geração de intelectuais críticos, artistas progressistas, o despertar das lutas indígenas, dentre muitos outros. Esse campo político, claramente “pós-lulista”, aponta agora a necessidade de oferecer uma alternativa ao povo brasileiro. Essa alternativa, que já vem sendo construída nas lutas contra a retirada de direitos, promovida pelo ilegítimo governo Temer, e na defesa da democracia, ganha agora expressão eleitoral.

O evento de ontem, na Casa das Caldeiras, foi algo inédito nos últimos anos. Um encontro entre diversas formas de resistência que decidem ir além: ocupar a política partidária, somando esforços com aquele que é hoje a única força política capaz de incorporar esse despertar de lutas e ir além dos limites impostos pela falsa democracia das elites: o PSOL. Estamos diante do encontro de gerações de lutadores históricos, como Ivan Valente, Luiza Erundina, Chico Alencar, Edmilson Rodrigues, que não se renderam às razões de Estado ou às ilusões da conciliação, com uma nova onda de movimentos sociais que expressam as contradições que a nova dinâmica da exploração capitalista produziu em nosso país. Um momento histórico.

É claro que o novo sempre causa estranhamento, desconforto. Muitos prefeririam manter tudo como está. Mas a história exige de nós ousadia. Um ciclo se encerra na política brasileira. Não há espaço para “acordos” com os donos do poder. A hora é de radicalidade e luta sem tréguas contra golpistas e todos os que querem destruir os direitos do povo brasileiro. Não há mais dúvidas: o novo começa a nascer. (Publicado originalmente na Revista Fórum).

* Juliano Medeiros
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Graduado e mestre em História pela Universidade de Brasília (UnB) e doutorando em Ciência Política pela mesma instituição. Autor de "Um Mundo a Ganhar e outros ensaios" (Multifoco, 2013), co-autor de "Um partido necessário - 10 anos de PSOL" (Fundação Lauro Campos, 2015) e "Cinco Mil Dias - o Brasil na era do lulismo" (Boitempo, 2017). Atualmente ocupa a presidência nacional do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). É colunista da Revista Fórum.

A indígena Sonia Guajajara pode ser a vice de Guilherme Boulos


Guilherme Boulos, o principal líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), já admitiu que estão bem avançadas as negociações para que ele aceite ser o candidato do PSOL à presidência da República este ano. As conversas avançaram tanto que há semanas um nome vem se fortalecendo dentro do partido para assumir como vice de sua chapa: a líder indígena Sonia Guajajara. As informações são de Anna Virginia Balloussier, da Folha de S.Paulo.

Tudo caminha para Sonia ser a vice”, diz o deputado Marcelo Freixo, um dos entusiastas na sigla da composição que vem sendo tratada, no campo progressista, como uma esquerda “puro sangue”. Ter uma mulher indígena ao lado do líder de um dos maiores movimentos sociais do país foi um dos fatores que animaram também o casal Caetano Veloso e Paula Lavigne, que tem cumprido papel informal de apoiadores de candidaturas esquerdistas – como as de Boulos (presidência) e Freixo (Congresso).

Caetano usou a dupla como sinônimo de coisa boa ao escrever no coletivo jornalístico Mídia Ninja sobre o som do Baiana System, banda que viu no Carnaval de Salvador. “É como se Boulos tivesse sido eleito presidente e Sonia Guajajara vice – e seu mandato estivesse dando certo”.

Ao contrário do coordenador do MTST, ainda sem partido, Sonia, 43, já é do PSOL. Filiou-se em 2011, após deixar o PT, decepcionada com “aquelas alianças lá com a Roseana”. Referia-se ao apoio prometido pelo PT nacional à então governadora do Maranhão, primogênita de José Sarney, dez anos atrás.

É do Estado que vem a tribo de Sonia, os guajajaras. Ela saiu de lá pela primeira vez aos 15 anos, para fazer ensino médio num colégio interno agrícola em Minas, com suporte da Funai -hoje é pós-graduada em Educação pela Universidade Federal do Maranhão e coordena a Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil).

A ideia inicial, conta Sonia, era se candidatar ao Congresso, que não tem um parlamentar indígena desde o cacique xavante Mario Juruna. Em dezembro, a candidatura teve um “upgrade”: ela lançou uma carta se apresentando como postulante à presidência, endossada pelo Setorial Nacional Ecossocialista do PSOL. Nela, pleiteia espaço para “os povos originários”: “Ocupamos as redes sociais, mas nem por isso deixamos de sofrer racismo, ver nossas lideranças sendo assassinadas, a juventude sem perspectivas, os direitos sendo retirados, os territórios invadidos ou sendo entregues ao agronegócio”.

A iniciativa “realmente fez com que o partido e o próprio Boulos se interessassem”. Daí a ideia de uma chapa conjunta, ainda na “fase de diálogo”, segundo ambos. Em março, o líder do MTST deve cravar se é ou não presidenciável.

Há anos Sonia frequenta o noticiário como porta-voz da causa indígena – que, para ela, nem mesmo o PSOL dá a merecida atenção. “Embora seja o partido que mais defende as minorias, ainda precisa se aprofundar bastante. Em todos os debates, a questão [dos povos originários] é superficial”.

No Rock in Rio 2017, ela subiu no palco a convite de Alicia Keys. Discursou ao som de “Kill Your Mama” (mate sua mamãe), música em que a cantora americana critica a humanidade, que “brinca de Deus” ao devastar a natureza.

No Carnaval do mesmo ano, Sonia posou com a atriz Leticia Sabatela, as duas com pinturas indígenas no rosto, após participarem do desfile da escola de samba Imperatriz Leopoldinense -ela não “vê como afronta, apropriação cultural” quando brancos adotam seus códigos culturais em fantasia, desde que não haja “deboche, caricatura”.

Sonia é fluente nos signos da esquerda brasileira. Para ela, Michel Temer é “golpista”, respaldar a candidatura de Lula é “defender a democracia” etc. Unir-se a personalidades como Caetano e Paula Lavigne, diz, é uma forma de “dar visibilidade” a um assunto que costuma ser escanteado pela opinião pública. “A [cantora] Maria Gadú foi no Maranhão conhecer [uma aldeia], apoiar de alguma forma. Essa articulação com artistas é uma forma de sensibilizar, não ficar só nas redes sociais”. (Com informações da Revista Fórum).


 
"Ocupamos as redes sociais, mas nem por isso deixamos de sofrer racismo, ver nossas lideranças sendo assassinadas, a juventude sem perspectiva, os direitos sendo retirados", afirma Sonia Guajajara. (Foto: YouTube).

E absurdo Lula ser impedido com Temer no poder e Aécio no senado, diz Marcelo Freixo


(Foto: Reprodução/ Brasil 247)

Uma das principais lideranças do Psol, o deputado Marcelo Freixo, do Rio de Janeiro, postou um novo vídeo em defesa da democracia e do direito do ex-presidente Lula de ser candidato. A ação foi publicada em primeira mão pelo site Brasil 247. "Não é possível que a gente assista o Temer continuar presidente, o Aécio continuar senador, e o Lula não poder ser candidato", disse ele.

Segundo Freixo, os processos contra Lula têm a marca do arbítrio, enquanto Temer já foi denunciado por corrupção e organização criminosa e Aécio se transformou no símbolo maior da impunidade no Brasil. "A democracia é muito frágil e precisa ser defendida", afirma.

Segundo o 247, o vídeo de Freixo está alinhado com nota recente do Psol, que aborda o tratamento desigual da Justiça brasileira em relação a Lula e as forças que lideraram o golpe de 2016.

Confira o vídeo do Marcelo Freixo abaixo:


           

Chico Alencar declina e Psol mira no líder do MTST, Guilherme Boulos, para disputar presidência



O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos (sem partido), entrou na mira do PSOL para disputar a Presidência da República nas eleições do próximo ano. Após o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) declinar da possibilidade de disputar o Palácio do Planalto, lideranças do partido que evitavam falar abertamente no nome de Boulos por respeito ao parlamentar passaram a defender o líder dos sem-teto como representante da sigla na disputa de 2018.

Depois de três meses de consultas e avaliações, Alencar anunciou nesta terça-feira, 17, que não vai disputar a Presidência – ele prefere se candidatar a senador pelo Rio. “O PSOL vai fazer uma sinalização em direção ao Boulos. Ele tem posições ideológicas e programáticas bastante próximas do partido e agora devemos convidá-lo para uma reunião da direção”, disse o deputado Ivan Valente (PSOL-SP).

Em entrevista à TV Estadão, nesta terça-feira, Boulos evitou o assunto, mas não admitiu nem descartou a possibilidade de se candidatar pelo PSOL. Até o momento, ele tem resistido à ideia de se candidatar.

Desde o fim de julho, Boulos tem se dedicado ao Vamos!, uma plataforma inspirada no Podemos, da Espanha, e a Geringonça, de Portugal. O grupo reúne setores do PT, PSOL e PC do B, além de militantes de organizações de esquerda não partidárias para a discussão de um programa para 2018. ( Com informações do Estado de S.Paulo e 247).


Vamos! Tem inicio ciclo de debates populares por novo projeto de país


Diante da maior crise social, econômica e política dos últimos anos, marcada por golpes contra a democracia, "reformas" promovidas pelo governo Temer que subtraem direitos, aumento da exclusão e do desemprego – o país tem hoje quase 14 milhões de pessoas sem ocupação –, e o abismo entre Brasília e o restante do país, tudo isso resultando em violência que atinge principalmente jovens negros das periferias, mulheres e LGBTs, o Vamos! inicia em São Paulo sua agenda de discussões com intensa participação popular para buscar saídas para o Brasil.

Da RBA - Neste sábado (26), a Frente Povo Sem Medo – organizadora da iniciativa – convida a população em geral a participar do debate público, que contará com as presenças do coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulous; o presidente da CUT, Vagner Freitas; a deputada federal Luiza Erundina (Psol-SP), o deputado estadual Marcelo Freixo (Psol-RJ), o jornalista Leonardo Sakamoto; Sônia Guajajara, da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e a midiativista Dríade Aguiar.

O primeiro evento do Vamos! será realizado no Largo da Batata, em Pinheiros, zona oeste da capital paulista, à partir das 16h. Será o primeiro de uma série de encontros daqui até o fim do ano, em todas as regiões do país, que pretende estimular a participação população na discussão de um projeto de sociedade e de país.

Os encontros são divididos em cinco eixos: democratização dos territórios e meio ambiente; democratização da economia; democratização do poder e da política; um programa negro, feminista e LGBT; democratização da comunicação e da cultura.

"É uma iniciativa de movimentos sociais e lideranças políticas, de se pensar um projeto para o país. É necessário fazer esse debate para pensar os caminhos da esquerda. Existe uma crise profunda, de representatividade na política e também de rumos da esquerda. A proposta de fazer esse debate é vinculada a essa percepção", disse Boulos à RBA.


STF fará audiência pública sobre ação do PSOL contra criminalização do aborto



O Supremo Tribunal Federal (STF) vai realizar audiência pública sobre a Ação por Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) que o PSOL apresentou, juntamente à Anis – Instituto de Bioética, pela descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação.

Do site Psol50 - A ministra Rosa Weber, relatora da ação, costura neste momento os termos do debate. Ela avalia ser necessário ouvir diversos setores da sociedade que tenham relação com o tema.

A ação do PSOL foi apresentada em março deste ano e afirma que os artigos 124 e 126 do Código Penal, de 1940, violam preceitos fundamentais da Constituição Federal de 1988, como o direito à vida, à liberdade, à cidadania e ao planejamento familiar a milhares de mulheres proibidas de realizarem abortos seguros.

A última Pesquisa Nacional do Aborto registrou que, somente em 2015, mais de 500 mil mulheres realizaram abortos clandestinos no Brasil, o que revela um índice de cerca de uma interrupção voluntária da gravidez por minuto.

Até agora, o Senado, a Câmara dos Deputados, a Presidência da República e a Advocacia-Geral da União já se manifestaram sobre o tema.

A ação do PSOL pede a descriminalização até a 12ª semana de gravidez pois esse tempo é reconhecidamente seguro para a realização do procedimento, com índice quase nulo de complicações.

Crédito da foto: Danielle Assis/ Psol.

PSOL apresenta projeto para suspender uso das Forças Armadas nas manifestações em Brasília



A bancada de deputados do PSOL apresentou, no fim da tarde desta quarta-feira (24/05), um Projeto de Decreto Legislativo para suspender o decreto de Michel Temer que colocou as Forças Armadas nas ruas de Brasília para lidar com as manifestações até o dia 31, em nome “da Lei e da Ordem”.


Do site Psol50 - O projeto foi assinado pelo líder da bancada, Glauber Braga, junto a Ivan Valente, Jean Wyllys, Luiza Erundina, Chico Alencar e Edmilson Rodrigues. Leia a íntegra do projetoclicando aqui.

Crédito da foto: Nunah Alle/ Psol.

Na tarde desta quarta-feira, a Polícia Militar reprimiu duramente o #OcupaBrasília, que reuniu cerca de 150 mil pessoas nas ruas do Distrito Federal contra Temer e suas reformas e pela convocação imediata de novas eleições diretas no Brasil.

É grande o número de feridos e presos em Brasília. Há, inclusive, relatos de uso de armas letais pela Polícia Militar.

O decreto, segundo Temer, foi feito a pedido de Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados. Leia:


Proposta do Psol de Referendo sobre desmonte da previdência é rejeitada pela Comissão da Câmara



Câmara dos Deputados rejeitou, na noite desta terça-feira (09/05), a proposta de se realizar um referendo para que a população pudesse se manifestar diretamente sobre a reforma da Previdência, apresentada como destaque pela bancada do PSOL na comissão especial do projeto.

Do site Psol50 - Foram 21 votos contrários e 14 favoráveis. A bancada do partido já avisou que vai reapresentar o tema no plenário da Câmara. Na comissão, também foram favoráveis ao destaque PT, PCdoB, PSB, Rede, PDT, Solidariedade, PROS e PHS.

A reunião aconteceu num dia em que a Câmara amanheceu cercada pela polícia, que não permitiu a entrada do povo e fez a votação de forma escondida, com medo do povo. Esse sentimento se demonstrou novamente na reunião.

Para Ivan Valente, Temer está com receio do crivo popular. “Mesmo com toda a propaganda do governo, 90% é contra essa reforma”, afirmou o deputado na comissão. “Não existe um projeto apenas de reforma. Existe um projeto de sociedade, de política econômica. Vocês não mexem nos privilégios dos banqueiros e dos caloteiros!”

Os deputados tomaram a decisão na última reunião da comissão, que decidiu sobre os destaques ao texto. Agora, a reforma vai ao plenário da Câmara dos Deputados, onde precisa de ao menos 308 votos favoráveis para conseguir ser aprovada.

O texto principal da reforma foi aprovado na comissão especial no último dia 3, quarta-feira.

A expectativa do governo é votar no plenário até o fim de maio. Porém, com tamanha rejeição popular, como demonstrado na Greve Geral do dia 28 de abril, ainda precisa correr atrás de votos – segundo levantamento do jornal Estadão, nem 100 deputados se declaram a favor da reforma.

Por isso, Temer partiu para a compra de votos: quer privilegiar cerca de 300 deputados com liberação de quase R$2 bilhões de reais em emendas parlamentares.

Crédito da foto: Luis Macedo/ Câmara dos Deputados. 

“Há uma grande dívida do estado brasileiro com a população negra”, diz Dep. Juninho



Para marcar o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial (21/03), a Câmara dos Deputados realizou uma Comissão Geral para discutir soluções contra o racismo em áreas como educação, cultura e trabalho. Por indicação da bancada do PSOL, o presidente do PSOL de São Paulo e militante do Círculo Palmarino, Joselício Júnior, conhecido como Juninho, foi à tribuna fazer um pronunciamento em nome do partido.

Se a gente não reconhecer a história de nosso país, marcada por quatro quintos sobre uma das maiores perversidades que a humanidade já produziu. Se a gente não reconhecer que a história desse país sempre foi da manutenção e perpetuação daqueles que estavam no andar de cima, que todos os projetos de transição, seja a independência, o fim da escravidão, a proclamação da República, o fim do Estado Novo, o fim da ditadura civil-militar, sempre foi pelo andar de cima. Então, há uma dívida histórica do estado brasileiro com a população afro descendente. E só é possível, de fato, mudar essas estruturas, tendo mais democracia. Não é com estado de exceção que nós poderemos garantir o avanço”, disse Juninho, após citar um poema de Solano Trindade, o poeta da resistência negra, ao repudiar o avanço de pautas conservadoras e o aumento da violência contra a juventude negra da periferia.


Confira a fala completa de Juninho no site do Psol

Diante da crise política, Psol lança nota comunicando que saída é pela esquerda


Do site do Psol

Face à velocidade dos últimos acontecimentos e a radicalização da crise política, tomamos um posicionamento firme e sem meias palavras:



1. Somos oposição programática e de esquerda ao governo Dilma. Combatemos suas políticas regressivas e questionamos as concessões feitas ao grande capital. Diante da atual crise, do ajuste fiscal e da retirada de direitos, é inegável que este governo tem se afastado dos reais anseios da maioria da população.


2. Somos favoráveis a toda e qualquer investigação, desde que respeitado o Estado Democrático de Direito, sem seletividade ou interferências externas. É preciso que se desvendem as relações promíscuas entre os Poderes da República e o grande empresariado.

3. As últimas atitudes do juiz Sérgio Moro representam claro uso político da Justiça e comprometem o trabalho desenvolvido pela Operação Lava Jato. Atitudes que possuem objetivos midiáticos rompem regras democráticas básicas e favorecem a estratégia de um golpe institucional.

4. Somos contra a saída gestada pelos partidos da oposição conservadora, pelo grande capital e pelos grandes meios de comunicação. O impeachment, instrumento que só pode ser usado com crime de responsabilidade comprovado, se tornou uma saída para negar o resultado das urnas, com o propósito de retirar a presidenta Dilma do poder, buscando um “acordão” para salvar outros citados nas investigações da Lava Jato. A troca de governo acelerará os ajustes pretendidos pelos poderosos, retirando direitos dos trabalhadores e atingindo nossa soberania.

5. A saída é pela esquerda. É necessário promover uma reforma política profunda, com ampla participação popular, ter coragem de mudar radicalmente os rumos da economia, auditar a dívida pública, priorizar o consumo e a produção, taxar as grandes fortunas e baixar a taxa de juros de forma consistente. Propostas não faltam. Mas é preciso coragem para contrariar interesses do grande capital.

Assinam:

Deputado Federais:

Ivan Valente (PSOL/SP)

Chico Alencar (PSOL/RJ)

Glauber Braga (PSOL/RJ)

Jean Wyllys (PSOL/RJ)

Luiza Erundina (PSOL/SP)

Edmilson Rodrigues (PSOL/PA)

Deputado Estadual Marcelo Freixo (PSOL/RJ)

Deputado Estadual Paulo Ramos (PSOL/RJ)

Deputado Estadual Edilson Silva (PSOL/PE)

Deputado Estadual Paulo Lemos (PSOL/AP)

Luiz Araújo – Presidente Nacional do PSOL

Leonel Brizola Neto – Vereador – Rio de Janeiro

Paulo Bufalo – Vereador – Campinas (SP)

Roque – Vereador – Bauru (Esquerda Marxista)

John Kennedy Ferreira – Refundação Comunista

Juliano Medeiros – Presidente da Fundação Lauro Campos

Bernadete Menezes – Direção Nacional do PSOL

Kauê Scarim – Direção Nacional do PSOL

Técio Nunes – Direção Nacional do PSOL

Jorge Paz – ex-candidato à vice-presidência da República

Mário Azeredo – Comissão de Ética Nacional do PSOL e Executiva Estadual do PSOL/RS

Ronaldo Santos – Direção Nacional e Presidente do PSOL/BA

Juninho – Presidente estadual do PSOL SP

Luis Oca – Presidente do PSOL Roraima

Jorge Guimarães – Executiva PSOL GO

Nilton Nallin – Direção Nacional do PSOL

Edinea Matos – Direção Nacional PSOL

Jeferson Barros – Executiva Estadual PSOL RJ

Cleide Coutinho – Direção Nacional do PSOL

Herbert Anjos – Executiva PSOL DF

Michele Vieira – Presidenta Diretório Municipal do PSOL São Paulo/SP

Juarez Quirino – Presidente Diretório Municipal do PSOL Águas Lindas de Goiás – GO

José Luis Fevereiro – Direção Nacional do PSOL

Araceli Lemos – Presidenta do PSOL Belém/PA

Tarcílio Loureiro – PSOL Bauru

Walmir Freire – Presidente PSOL/PA

José Ibiapino – Direção Nacional do PSOL

Mauro Aredes Theodoro  – Presidente PSOL Barra do Piraí/RJ

Professor Weslei – Executiva PSOL GO

Erenilda Assis – Executiva PSOL GO

Jéssica Vianna – Direção Estadual PSOL MG

Daiane Costa – Executiva PSOL GO

João Pereira de Jesus – PSOL Planaltina/GO

Luciete Silva – Secretária Nacional de Movimentos Sociais do PSOL

Fabio Nogueira – Presidente PSOL Salvador/BA

Mauro Oliveira – PSOL Belford Roxo/RJ

Camila Simões Pires – PSOL RJ

Albanise Pires – Presidenta PSOL PE

Cintia Dias – Executiva Estadual PSOL GO

Manoel Cipriano – Presidente PSOL Uberlândia/MG

Lucas Ploeg – Executiva Estadual PSOL PE

Márcio Rosa – Fundação Lauro Campos

Alexandre Varela – Fundação Lauro Campos

Tiago Paraiba – Executiva Estadual PSOL PE

Luciana Cavalcanti – Executiva Estadual PSOL PE

Brenna Paula Tavares – Executiva Nacional do PSOL e coordenação do Setorial Nacional de Mulheres do PSOL

Teresinha Monteiro – Executiva Nacional do PSOL e coordenação do Setorial Nacional de Mulheres do PSOL

Cassius Assunção – Presidente do PSOL TO

Tárcio Teixeira – Presidente do PSOL/PB

Carlito Lemos  – Presidente  PSOL Sergipe

Maria do Socorro Setúbal – executiva estadual PSOL-RJ

Débora Camilo – executiva estadual PSOL- SP

Everton Vieira – Presidente Diretório Municipal do PSOL de Guarujá – SP

Ludmilla Vilela -Executiva PSOL/MS

Nascimento Antonio Silva (Pimenta de Rondônia) – Presidente do PSOL Rondônia

PSOl oficializa Ailton Lopes como candidato ao Governo do Ceará


O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) oficializou, em sua convenção estadual, realizada no último dia 15/06, a candidatura de Ailton Lopes ao Governo do estado do Ceará pela Frente de Esquerda Socialista que, além desta agremiação é formada também pelo PSTU e o PCB.

De acordo com as informações advindas do sítio do PSOL foi apresentada uma chapa com conteúdo classista e fortemente relacionada com o mundo do trabalho. Ailton faz parte do campo de oposição à atual gestão do sindicato dos bancários. Já Jean Carlos (PCB), candidato a vice, possui ligação com a categoria dos sapateiros. Complementando a chapa majoritária Valdir Pereira (PSTU), nome concorrente ao senado é assessor político do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários (Sintro). 

Para a Frente de Esquerda essa alternativa “deverá se destacar nessas eleições como o principal polo de oposição aos governos vigentes, com um programa pautado pela independência de classe e conectado às demandas populares, expressadas nas diversas manifestações de ruas”. Há informações ainda de que a chapa será coerente com seus princípios políticos e não aceitará financiamento de empresas e nem e estabelecerá acordos políticos com setores conservadores, limitando seu arco de alianças, além dos três partidos, aos movimentos e ativistas sociais.  

Durante a convenção, também foram apresentadas as candidaturas às casas legislativas estadual e federal de dezenas de militantes, frutos da organização dos núcleos e setoriais do PSOL e de diálogos com diversos segmentos da cidade. A chapa de proporcionais conta com ambientalistas, professores, militantes de movimentos de bairros, do setor sindical, da luta pela terra, da capital e do interior, permitindo que o partido possa vocalizar e fortalecer as lutas populares, bem como eleger, no estado, parlamentares de oposição radical a projeto de desenvolvimento posto em prática pelos atuais governos (federal, estadual e municipal).

Ailton Lopes destacou que mesmo entendendo a centralidade na crítica à contradição capital-trabalho, outras contradições na sociedade serão debatidas evidenciadas pela Frente de Esquerda, “a contradição não é só capital-trabalho, ela é fundamental, mas a sociedade também vive diversas outras contradições, onde a classe trabalhadora é sempre a mais atingida, tanto em relação a questão ambiental,  como em ralação ao combate às diversas formas de opressão, seja de gênero, orientação sexual, cor”, afirmou o pré-candidato.

Para além do voto, a pré-candidatura de Ailton Lopes, deve estabelecer um dialogo amplo com a sociedade, sem propor formulas mágicas para solução do problemas sociais; a expectativa é fazer uma convocatória para uma governança estabelecida pela mobilização popular. Para tanto, uma série de seminários, na capital e no interior do estado, já estão agendados ou em andamento para aprofundar e apresentar uma plataforma de governança anticapitalista, trazendo um olhar sobre o estado do Ceará pautado na superação da desigualdade e das mais diversas formas de opressão, sistematizando as contribuições dos partidos, movimentos sociais e militantes que se engajam no campo da oposição de esquerda aos atuais governos.


Com informações do PSOL CE

Em nota, PSOl fala da desistência de Randolfe e da candidatura de Luciana Genro a presidência



A Direção Nacional do PSOL foi informada pelo senador Randolfe Rodrigues, pré-candidato à Presidência da República escolhido no seu IV Congresso Nacional, realizado em dezembro de 2013, de que ele não está mais disponível para o cumprimento desta tarefa partidária.

Randolfe desiste de sua candidatura e o nome de Luciana
Genro surge como alternativa no PSOL.
Sua desistência estaria vinculada à necessidade de construir uma alternativa política contra o retorno das forças conservadoras no estado do Amapá, unidade da federação pela qual elegeu-se senador.

Sua opção representa um prejuízo na construção de uma alternativa de esquerda nestas eleições. Nossa tarefa é apresentar um programa de mudanças sociais reivindicada pelo povo brasileiro que ocupou as ruas em junho passado, cujas demandas não encontram guarida nas candidaturas dos partidos da ordem.

Portanto, ciosos da responsabilidade do PSOL, e consultando as principais lideranças partidárias, registramos nossa certeza de que a Convenção Nacional do PSOL, que se realizará nos próximos dias 21 e 22 de junho, em Brasília, aprovará o nome da companheira Luciana Genro, ex-deputada federal, como nossa candidata à Presidência da República. Agindo assim, o PSOL manterá a campanha no mesmo rumo que vínhamos trilhando e permitirá ao povo brasileiro o direito de escolher uma real alternativa de esquerda e socialista nestas eleições.


Nota de Luiz Araújo, presidente Nacional do PSOL, publicado originalmente no sitio da agremiação

Ao desistir de disputar Presidência pelo PSOL Randolfe afirma que “Esquerda vive crise”


O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) anunciou nesta sexta-feira, 13, que não vai mais disputar a Presidência pelo partido nas eleições de 2014. Em entrevista a CartaCapital, o senador explicou que não conseguiu “unir” o partido e que a esquerda brasileira vive uma crise por ter apenas um nome que possa representar uma novidade: o do deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL-RJ). Com isso, a Direção Nacional do PSOL comunicou que a ex-deputada federal Luciana Genro será a pré-candidata à Presidência da República pelo partido.

Senador Randolfe desiste de ser candidato a presidência
pelo PSOL.
 As forças progressistas estão divididas. Eu não consegui unir o partido. Os modelos tradicionais de partido e movimentos sociais estão em xeque. Por isso, eu acho que o PSOL tem que estar à altura de novos desafios. A principal figura para liderar isso seria o deputado Marcelo Freixo. (Com ele) apresentaríamos uma candidatura com chance de chegar a 10% dos votos e alterar o cenário eleitoral. Acho que o Marcelo poderia fazer o PSTU, o PCB e os outros partidos de esquerda reverem suas posições de lançarem candidaturas próprias”, argumentou.

A oficialização de Luciana Genro como opção para disputar a Presidência no lugar do senador Randolfe Rodrigues deve ocorrer na Convenção Nacional do PSOL, nos dias 21 e 22 de junho, em Brasília. Rodrigues disse que vai apoiar a colega de partido, mas que o PSOL não tem um nome mais forte que o de Marcelo Freixo para a disputa. “Por melhor que seja o nome dela, nós não vamos sair do lugar”, afirmou o senador.

Para o senador, uma das razões para esta estagnação é que a esquerda não entendeu os protestos que se espalharam pelo Brasil a partir de junho de 2013. "O Brasil se sente órfão porque as frentes de esquerda fizeram uma leitura incorreta dos sentimentos das massas e da indignação que surgiram nas manifestantes de junho. Acharam que estávamos diante de uma grande oportunidade, mas os movimentos não conseguiram se atualizar", disse ao fazer uma espécie de autocrítica.

Em comunicado, a direção do partido disse ter sido informada por Randolfe Rodrigues, escolhido como pré-candidato à Presidência no IV Congresso Nacional do PSOL de que ele não estará mais disponível para se lançar. “Sua desistência estaria vinculada à necessidade de construir uma alternativa política contra o retorno das forças conservadoras no estado do Amapá, unidade da federação pela qual elegeu-se senador”, disse o texto, ao ressaltar que sua saída “representa um prejuízo na construção de uma alternativa de esquerda nestas eleições”.

Em carta aos militantes do PSOL e à direção do partido, Randolfe Rodrigues alertou para o que chamou de “grande ofensiva conservadora”. “Cada vez mais, forças sociais unificadas em torno de personalidades e discursos estão empenhadas em fazer retroceder direitos e colocar o Brasil na via expressa do neoliberalismo”, criticou.


Via Carta Capital

PSOL enfrentará temas polêmicos na campanha eleitoral


O PSOL promoveu na noite desta terça (18), na Câmara, em Brasília, o primeiro de uma série de doze seminários em que irá debater os pressupostos para a construção do programa de governo que o pré-candidato à presidência, senador Randolfe Rodrigues, submeterá ao país. Dentre as propostas apresentadas nesta primeira rodada, estão iniciativas ousadas e polêmicas, fundamentadas na luta histórica da esquerda, que cumprem o propósito de diferenciá-lo tanto da oposição de direita quanto do governo do PT. 

Senador Randolfe Rodrigues, pré-candidato pelo PSOL
a Presidência da República. 
A legalização da maconha e a união civil entre pessoas do mesmo sexo foram alguns dos pontos defendidos pelo próprio Randolfe. “O amor será instituído como lei universal”, afirmou, ao assegurar que, ao contrário da do PT, sua candidatura não terá medo que enfrentar a polêmica que temas como esses ainda suscitam no país. “As outras três candidaturas que estão colocadas representam mais do mesmo. Representam a continuidade do Brasil dos últimos 50 anos, desde o golpe militar”, avaliou.

Dialogando com as reivindicações dos movimentos que ocupam as ruas desde junho de 2013, o candidato também apresentou temas como a discussão sobre a tarifa zero no transporte coletivo, a desmilitarização da PM e a não criminalização da pobreza, dos movimentos sociais e dos partidos de esquerda que contestem a ordem vigente. A democratização da mídia, porém, foi apontada como tema central da sua plataforma de governo, conforme defesa também de outros militantes que participaram dos debates.

A pré-candidata à vice-presidenta, Luciana Genro, defendeu a pauta como questão decisiva não só para o PSOL, como para o Brasil. Segundo ela, tanto em Porto Alegre quanto no Rio de Janeiro e outras cidades, está em curso um processo arbitrário de criminalização dos manifestantes do PSOL e do PSTU, iniciado pela polícia, mas que encontrou nos meios de comunicação, em especial na Rede Globo, seu principal defensor. “A Rede Globo é o maior partido da classe dominante”, denunciou.

Luciana Genro criticou o complô armado pela mídia para culpar o partido pelas ações dos grupos black blocs. Segundo ela, os black blocs prejudicam a estratégia do partido de promover grandes mobilizações de massa, porque ajudam a mídia a difundir o medo na população, que deixa de participar dos protestos. Mas frisou que esse medo se deve muito mais à violência policial usada para reprimir os black blocs que, na sua avaliação, é muito maior do que a deles próprios.

O deputado Chico Alencar propôs que o programa questione os fundamentos econômicos transformados em dogmas por governos a serviço do mercado, enfrente a concentração da propriedade privada e altere o posicionamento do país como mercado primário exportador. Alencar sugeriu, ainda, que a proposta de governo do PSOL ajude a romper com as heranças do patriarcalismo e da escravidão, que ainda sobrevivem e se traduzem em machismo, homofobia e racismo. Ele também defendeu uma proposta urgente e radical de democratização da mídia. “O escândalo maior é a oligarquização dos meios de comunicação de massa”.

Democratização da mídia

Convidada a aprofundar a discussão sobre a democratização da mídia, a jornalista Bia Barbosa, do Coletivo Intervozes, contextualizou a interdição deste debate pelo governo Dilma, após alguns poucos avanços obtidos durante o governo Lula, como a realização da 1ª Conferência Nacional de Comunicação, que resultou na elaboração de uma proposta de marco regulador da comunicação, que não foi levada adiante.

Segundo a representante do grupo que pesquisa o tema há dez anos, é  possível um governo avançar na democratização da mídia mesmo que não haja uma correlação de forças favorável no congresso. Para a jornalista, questões como as renovações de concessões de rádio e TV são prerrogativas exclusivas do executivo. Portanto, mesmo sem o apoio do legislativo, um governo comprometido com a causa pode responsabilizar e não renovar concessões de emissoras que violem as regras previstas na constituição.

Outras medidas apontadas como possíveis para serem enfrentadas pelo executivo são a definição de critérios para a distribuição da publicidade oficial que permitam a diversidade na mídia, a universalização do acesso à banda larga, o fortalecimento da comunicação pública, a não criminalização das rádios comunitárias e regulação da publicidade.

Via Carta Maior