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Randolfe Rodrigues diz que quer construir a governabilidade com o povo

Mesmo buscando aliança com o PSTU e o PCB, partidos sem representação no Congresso, e propondo fazer um governo em que o PMDB seja oposição, o senador Randolfe Rodrigues (Psol), do Amapá, acredita que pode virar presidente da República e cumprir o mandato amparado no diálogo com a sociedade. Nascido há 41 anos na cidade de Garanhuns (PE), terra natal de Lula, Randolfe é filho de sindicalista do PT, foi deputado no Amapá por dois mandatos e, em 2005, deixou o partido para fundar o Psol naquele estado, onde é adversário de José Sarney (PMDB).

Elegeu-se senador em 2010 e agora tentará se colocar como a opção verdadeiramente esquerdista para a sucessão de Dilma Rousseff, tendo como vice a ex-deputada Luciana Genro, que perdeu para o colega a indicação (Luciana também é filha de petista: do governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro).

Randolfe falou ao O POVO sobre suas ideais presidenciais – e também sobre a contrariedade que sua candidatura despertou entre correligionários que não o consideram radical o bastante, como o ex-presidente do Psol cearense, Renato Roseno, que disputou a indicação.

O POVO - O que o senhor apresenta ao país que o diferencia dos outros candidatos?

Randolfe Rodrigues - Nossa candidatura é a única que vai ofertar ao povo brasileiro a chance, depois de 50 anos, de ver figuras como José Sarney e Paulo Maluf como oposição. Nenhuma das outras três candidaturas (Dilma Rousseff, Aécio Neves e Eduardo Campos) pode oferecer isso. Esses personagens serão oposição ao meu governo. Quero que essa governabilidade seja substituída por outra.

O POVO - E como seria essa outra governabilidade?

Randolfe -Uma governabilidade com transparência, com diálogo com o povo brasileiro. Não há mal em dialogar com pessoas da política. O mal que há é falar para a sociedade um tipo de compromisso e por baixo dos panos privatizar a coisa pública, lotear os cargos. Quero construir com a cidadania brasileira uma nova governabilidade.

O POVO - O senhor quer fazer aliança com PSTU e PCB, partidos sem representação no Congresso, e deixar o PMDB na oposição. Como é que se governa assim? De que jeito um presidente do Psol faria aprovar uma matéria no Congresso?

Randolfe - Me permita devolver com outra pergunta: governar com o PMDB é governar? Não. É negócio. Eu quero governar com a sociedade brasileira. Àqueles que querem um governo com esses velhos personagens eu digo: não sou o candidato mais adequado.

O POVO - Então o governo do Psol seria de democracia direta, plebiscitária?

Randolfe - Seria um governo com participação do povo. Os representantes precisam dialogar com os representados. Não vou desrespeitar a Constituição. Vou dialogar com os mecanismos de participação direta que estão previstos na Constituição. É possível governar com a participação do povo mas também com respeito ao parlamento. Não quero fazer um centímetro além do que está na Constituição.

O POVO - Quais seriam suas primeiras providências como presidente?

Randolfe - A primeira providência a ser tomada seria uma reforma republicana. Não é possível continuar com 39 ministérios. É preciso racionalizar a máquina pública, para que seja capaz de responder às necessidades do povo. Pra que 39? É pra atender ao fisiologismo. Não adianta ter ministério da Pesca, do Desenvolvimento Agrário que não faz reforma agrária, da Agricultura.
A ideia de governo nosso é ter um ministério que se chame “da Reforma Agrária e Agricultura”, porque reforma agrária será carro-chefe do nosso governo. Quero fazer o que João Goulart fez, desapropriar terras. O que o levou a ser deposto. Junto com essa reforma, é necessário ter um choque na economia brasileira, que inverta as prioridades: temos uma economia voltada para atender ao mercado financeiro, por isso praticamos a maior taxa de juros do planeta. Como se faz isso: recuperando a autonomia do Brasil sobre o Banco Central. Terceira medida: com o dinheiro da taxa de juros, lançar um programa para erradicar em dois anos o analfabetismo.

O POVO - Sua escolha como candidato a presidente foi e continua sendo questionada dentro do Psol. O Renato Roseno, ex-presidente do partido no Ceará, critica o senhor por representar, segundo ele, uma “esquerda repetida”, que age como o PT.

Randolfe - O partido está unificado. Tivemos 52, 53% dos votos no congresso do partido, e a Luciana teve 40%. Hoje ela é minha candidata a vice. Não existe outra pré-candidatura. No lançamento da nossa, estavam presentes todas as lideranças do partido.

O POVO - No congresso do Psol, em dezembro, Roseno discursou contra o senhor mencionando a eleição do seu candidato a prefeito de Macapá, Clécio Luís, em 2012, quando, segundo Roseno, o senhor fez aliança com o DEM e o PTB.

Randolfe -Talvez tenha faltado uma informação melhor a ele. Muita gente foi muito desinformada sobre aquilo. Não existiu aliança dessa natureza. Houve aliança, claro, no primeiro turno, com o PPS. No segundo turno não houve essa aliança com o DEM. O que houve foi que o candidato do DEM rompeu com o DEM e apoiou o Clécio. No PTB houve manifestação de apoio, mas não há nenhuma composição política na prefeitura. Houve desinformação em relação a isso. Promovida, inclusive, pelo nosso adversário no segundo turno (o então prefeito e candidato à releição Roberto Góes, do PDT).

Via O Povo

Inserção da Educação para a Diversidade no PNE é defendida por Jean Wyllys



O Deputado Jean Wyllys (PSOL/RJ), durante audiência da Comissão Especial que analise o Plano Nacional de Educação - PNE, realizada na tarde da última terça-feira, 25, teceu dura critica a tentativa de fundamentalistas religiosos retirarem a educação para diversidade sexual e de gênero do PNE.

Em sua página na rede social facebook, Wyllys compartilhou argumentos utilizados no encontro. "Não há cartaz advogando pelo fim dos gêneros que possa negar os gêneros inscritos nos corpos. Travestis e transexuais estão nas escolas e suas existências precisam ser respeitadas no texto da lei; as pessoas advogam que não precisa se lutar por uma equidade de gênero, mas a quantidade de mulheres vítimas de violência sexual nesse país é enorme e esta é uma violência de gênero", disse o deputado.

É digno de registro que a Câmara chegou a aprovar o texto do PNE com a inserção da educação inclusiva após articulação de Jean Wyllys e de demais deputados defensores de direitos humanos, mas estes trechos  foram retirados no Senado após pressão dos fundamentalistas.

Como o texto foi modificado no Senado, houve a necessidade de retorno à casa legislativa federal, vindo a se encontrar agora em análise na Comissão Especial, cujo o deputado petista do estado do Paraná, Angelo Vanhoni  que ora responde pela relatoria decidiu por manter o texto que outrora foi aprovado pelos deputados. A temática em questão tem até o dia 20 (vinte) de março para ser votada.

PSOl lança chapa concorrente a presidência da República



Randolfe e Luciana, pré-candidatos do PSOL á presidência,
em ato com presença de expoentes do partido.
O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) lançou ontem (24), em São Paulo, a chapa com os pré-candidatos à presidência e vice-presidência da República para as eleições de 2014, respectivamente o senador Randolfe Rodrigues (AP), e a ex-deputada federal Luciana Genro (RS).

O evento de lançamento dos candidatos à sucessão de Dilma Rousseff, segundo o partido, foi o início do processo de elaboração do programa de governo que será apresentado ao país posteriormente, mas ainda sem data definida.

Assim, o tom do ato político foi menos de propostas e mais de críticas ao governo de Dilma Rousseff. “O Brasil está sendo governado de costas para o povo”, afirmou Randolfe. Para ilustrar a tese, tendo as manifestações populares como pano de fundo, o senador citou a taxa básica de juros e a "dependência" do Brasil, segundo sua avaliação, do capital internacional especulativo como motivação dos protestos e do descontentamento.

As manifestações de junho mostraram a insatisfação com a situação do país. Precisamos de mais junhos”, discursou Luciana Genro. Segundo ela, as pautas das manifestações de meados de 2013 (transporte público, saúde e educação) não foram resolvidas e por isso os protestos continuam.

Randolfe disse que a legenda apoia as manifestações, mas ressalvou ser contra a violência. “Vamos apoiar quaisquer protestos e repudiar a violência, venha de onde vier.”

A pré-candidata à vice comentou as pesquisas que apontam diminuição do apoio popular a manifestações e protestos. “As pessoas se afastam das manifestações por causa da violência policial e também de grupos isolados”, declarou Luciana Genro. Os líderes defenderam o deputado Marcelo Freixo de suspeitas de que teria ligações com grupos que promovem violência nos protestos de rua. “O PSOL saiu unido e forte deste episódio”, disse Randolfe. “Foi um ataque às mobilizações e ao PSOL”, afirmou Luciana Genro.

Segundo pesquisa do Datafolha divulgada nesta segunda-feira, 52% dos entrevistados são a favor das manifestações. Em agosto de 2013 eram 77% e, em junho do mesmo ano, 81%.

Financiamento

Randolfe Rodrigues criticou também o sistema político e o financiamento privado e garantiu que, na campanha eleitoral, o PSOL só receberá verbas do fundo partidário e doações de pessoas físicas. “Não receberemos dinheiro do agronegócio, de empreiteiros e de bancos.” Segundo ele, o partido apoia a Ação Direta de Inconstitucionalidade ajuizada no Supremo Tribunal Federal pela Ordem dos Advogados do Brasil contra o financiamento de campanhas eleitorais por empresas privadas.

O julgamento da ação, que começou em dezembro, está suspenso por pedido de vista do ministro Teori Zavascki. Os ministros Luiz Fux, Dias Toffoli, Joaquim Barbosa e Roberto Barroso votaram a favor da tese da OAB.

Finanças

Em coletiva à imprensa concedida pelos principais líderes do partido, entre os quais os deputados federais Ivan Valente (SP), Chico Alencar (RJ) e Jean Wyllys (RJ) e os deputados estaduais Marcelo Freixo (RJ) e Carlos Gianazzi (SP), Randolfe Rodrigues criticou os governos tucanos de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e os dos petistas Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) e Dilma Rousseff, que, de acordo com o senador, são dois modelos semelhantes. “Um faz a privatização descarada, o outro a privatização envergonhada. No nosso governo, não falaremos em dar autonomia ao Banco Central, mas vamos devolver o BC ao povo brasileiro”, prometeu.


Via Rede Brasil Atual


Caetano descobre que Globo é Globo



Caetano Veloso descobriu, meio tarde, que o Globo costuma atacar todo político que “ameaça interesses não explicitados” do grupo.

Pena que o compositor se preocupe apenas com seu político de estimação, e não veja o quadro maior.

Hoje mesmo, domingo, há dezenas de exemplos. A diferença é que o PSOL sempre foi poupado, porque o Globo o via como uma arma a ser usada contra o PT.

Entretanto, por ser um partido de esquerda, o PSOL era apenas tolerado. A única virtude do PSOL, para a Globo, é sua postura sectária e hostil em relação ao PT. Todo o resto – as ideias socialistas, o programa da legenda – costuma ser diariamente ridicularizado e atacado pelo sistema de comunicação da Globo.

Abaixo, trechos da coluna de Caetano, publicada no… Globo.
*

Já O GLOBO, no qual detecto uma sinistra euforia por poder atacar um político que aparentemente ameaça interesses não explicitados, trata as falas de Tadeu sem crítica. Uma das manchetes se refere a vereadores do PSOL que teriam contribuído para uma ação na Cinelândia, na véspera de Natal, sugerindo ligação do partido com vândalos, quando se tratava de caridade com moradores de rua. O tom usado no GLOBO é, para mim, de profundo desrespeito pela morte de Santiago.
(…)

Quando Freixo era candidato a prefeito, escrevi artigo elogioso sobre ele. O jornal fez uma chamada de capa que, a meu ver, desqualificava meu texto. Manifestei minha indignação. A pessoa do jornal que dialogava comigo me assegurou não ter havido pressão dos chefes. Acreditei. Agora não posso deixar de me sentir mal ao ver a agressividade do jornal contra o deputado. Tudo — incluindo os artigos de autores por quem tenho respeito e carinho — me é grandemente estranho e faço absoluta questão de dividir essa estranheza com quem me lê.



A informação é do Tijolaço

PSOL do Ceará define neste sábado estratégia a ser adotada nas eleições



Cecília Feitoza, presidente estadual do partido, afirma que
a reunião ainda não é para tratar de nomes para a disputa,
mas sim para a definição de uma plataforma programática.
O Psol começa hoje as discussões internas sobre a eleição de outubro. O principal ponto de debate será a estratégia que o partido vai adotar: se vai priorizar a disputa pelo Governo do Estado ou tentar emplacar representantes na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal. É essa decisão que vai determinar a que postos os principais nomes do partido vão se candidatar.

Para a vereadora Toinha Rocha, o Psol “não pode se dar ao luxo de cometer os mesmos erros” de eleições passadas. Por isso ela defende que o ex-presidente estadual da sigla, Renato Roseno, e o vereador João Alfredo se candidatem a deputado estadual. Como principais expoentes do partido no Estado, os dois teriam condições de obter votações expressivas e assim conseguir com que a sigla, pela primeira vez, tenha representação na Assembleia Legislativa.

Com dois nomes fortes teríamos condições de eleger até dois deputados estaduais”, aposta Toinha, reforçando que essa é a tese que ela e seu grupo vão defender internamente. Toinha diz que poderá ser candidata a deputada federal, mas condiciona isso às resoluções do partido, afirmando que pretende seguir com o mandato de vereadora.

Para a postulação ao Governo, ela é argumenta que é o momento de investir em novas lideranças. O professor e ambientalista Alexandre Costa e a ativista de movimentos sociais Adelita Monteiro são possíveis candidatos.

Outra estratégia

Por outro lado, o partido poderia aproveitar o fato de Roseno e João Alfredo já serem conhecidos do grande público para tentar uma postulação mais robusta ao Governo. No momento, porém, essa tese é a menos provável de ser levada adiante.

Hoje residindo em Brasília, Roseno, ex-presidente do Psol, admite que não tem acompanhado de perto as movimentações internas do partido. “Estou bem afastado”, resume. Porém, diz que tem disponibilidade para o diálogo referente à candidatura, seja para o Governo do Estado ou para o Legislativo. Segundo ele, é preciso ouvir o partido e as pessoas, depois refletir pessoalmente para só então decidir se lançar ou não. “Temos obrigação de apresentar uma alternativa”, afirma.

Em 2010, Roseno se candidatou a deputado federal. Obteve mais de 100 mil votos e ficou entre os dez mais votados, mas não foi eleito devido às regras da eleição proporcional.

Outro puxador de votos do partido, João Alfredo defende que a sigla tenha estratégia semelhante à da eleição municipal de 2012. Naquela oportunidade, na avaliação dele, houve uma vitória política e eleitoral. “Tivemos um candidato (Roseno) com votação expressiva e, ao mesmo tempo, conseguimos dobrar (de um para dois) nossa bancada na Câmara Municipal”, relembra. Ele cita que poderá haver divergência internas na hora da definição de nomes e afirma que isso pode resultar em prévias. Porém, diz acreditar que haverá consenso.

Saiba mais

A presidente estadual do Psol, Cecília Feitoza, explica que a reunião de hoje não vai tratar ainda de possíveis nomes para a disputa, mas sim da formulação de uma plataforma programática que vai orientar os debates até a eleição.

A questão eleitoral não é nossa agenda. Nossa agenda são as lutar permanentes, ao lado dos movimentos sociais. (...) Muita coisa se coloca, mas a gente não trabalha com nenhum nome ainda”, frisa.

Cecília foi eleita para o comando do partido em 2013. Durante o processo, houve divergências internas entre os grupos dos vereadores João Alfredo e Toinha Rocha. Cecília é mais ligada ao grupo de Alfredo e Roseno.

Via O Povo


“O PSOL é democrático, socialista e de massas”, disse Ivan Valente na abertura do IV Congresso Nacional




De pé, militantes cantam o hino da internacional comunista
Foto: Tatiane Malta.
Com a disposição e o propósito de reafirmar o PSOL como a alternativa de esquerda socialista do país, militantes de norte a sul do Brasil participaram na noite desta sexta-feira, 29, da abertura do IV Congresso Nacional desta agremiação. As animadas palavras de ordem entoadas ao longo de toda a noite no auditório lotado do Centro de Treinamento da CNTI (Confederação Nacional dos Trabalhadores da Indústria), em Luziânia, cidade do entorno do Distrito Federal, comprovaram a disposição da militância em aproveitar os três dias de encontro para debater a conjuntura, definir as ações programáticas do partido para os próximos dois anos, eleger a nova direção e também definir quem representará a agremiação nas eleições presidenciais de 2014.

Estamos dando início a um processo muito importante e rico do nosso partido. O desafio que está colocado é a nossa capacidade de fazermos a leitura da realidade. De ver a realidade com os olhos da população e termos a capacidade de dialogar com esses setores. A nossa militância tem que estar do lado dos trabalhadores”, disse o Secretário de Finanças do PSOL, Francisvaldo Mendes, o primeiro dirigente nacional a falar na abertura do evento.

Representando as mulheres na mesa de abertura, a vereadora de Belém e membro da Executiva Nacional do PSOL, Marinor Britto, ressaltou que o partido quer uma sociedade diferente, em que não haja diferença entre homens e mulheres. “Todos nós que estamos nesse partido temos disposição de lutar pela transformação da sociedade. Todos nós fomos às ruas com a juventude nas jornadas de junho. Temos uma tarefa a cumprir nesse momento histórico. E precisamos nos debruçar sobre o nosso papel no próximo período. Não temos tempo a perder”, enfatizou Marinor.

O secretário-geral do PSOL, Edilson Silva, ao saudar os participantes do IV Congresso Nacional, lembrou a história do partido e as expectativas que muitos carregavam ao romper com outros setores do campo da esquerda para construir um novo partido. Na avaliação de Edilson, passados quase dez anos o PSOL conseguiu se firmar como uma importante alternativa de esquerda socialista e democrática. “O PSOL tem feito a diferença. Os nossos parlamentares estão entre os mais bem avaliados no Congresso Nacional. A nossa militância esteve nas ruas nas jornadas de junho. E nós precisamos sair desse congresso armados e preparados para estarmos ao lado dos trabalhadores e do povo”, finalizou o secretário-geral.

O prefeito da única capital governada pelo PSOL, Clécio Luis, saudou os participantes do congresso como representante da militância da região Norte, lembrando as medidas de inclusão já adotadas pelo seu governo em Macapá. “Trazemos a experiência de uma prefeitura da região Norte, na Amazônia. De uma cidade que tem a menor tarifa de ônibus do país e que foi uma das primeiras a implementar o passe livre para os estudantes. Uma prefeitura que tem o congresso do povo e governa com participação popular”, enfatizou. Clécio aproveitou a sua fala para ressaltar a importância da unidade da militância do partido. “O PSOL é um partido nacional, que tem militantes de norte a sul, e por isso tem que ter unidade. Mas uma unidade que compreenda que cada região do país tem as suas especificidades”, pontuou.

Reafirmando a fala do companheiro de partido e de estado sobre a importância da unidade, o senador Randolfe Rodrigues abriu sua fala citando um trecho do hino da Internacional Comunista (grifo nosso (Informações em Foco)): “paz entre nós e guerra aos inimigos”. Sob fortes aplausos do auditório lotado, o senador, que também é um dos pré-candidatos à Presidência da República pelo PSOL, foi enfático ao dizer quem são os verdadeiros inimigos dos trabalhadores e do povo brasileiro. “O inimigo número 1 é o agronegócio, o capital financeiro, as grandes empreiteiras. E eles não estão aqui. Eles estão de outro lado”, enfatizou Randolfe. Ao falar dos desafios do PSOL no próximo ano, o senador amapaense destacou que o partido precisa trabalhar para aumentar a sua bancada no Congresso Nacional, fazendo uma referência aos deputados federais. “A nossa bancada na Câmara é de longe a melhor. São três deputados, mas que valem por 30, 60 e até por 100 deputados. Quando ampliarmos essa nossa bancada, imaginem o trabalho que vamos dar ao agronegócio, aos ruralistas e aos grandes empresários”.

Ivan Valente - presidente do PSOL na abertura do IV
Congresso Nacional.
Com um clima de entusiasmo e grandes expectativas predominando no auditório, o presidente do partido, deputado Ivan Valente, encerrou a abertura agradecendo a participação de todos os militantes presentes e convidou os delegados a pensar, nos três dias de congresso, nas ações para enfrentar a ofensiva do “agronegócio, dos banqueiros e dos grandes empresários”. Em sua fala de encerramento, interrompida constantemente por fortes aplausos da militância, Ivan Valente reforçou o entendimento de que nesses anos o PSOL tem se firmado como um partido programático, de esquerda e socialista. “Nós somos a opção para ocupar o espaço à esquerda. Queremos e temos condições de ter o melhor programa para as eleições do ano que vem. O PSOL nasceu para superar o capitalismo, pois ele é socialista, democrático e de massas. Que saiamos daqui armados para a luta nas ruas. Viva o PSOL, viva os trabalhadores”, finalizou Ivan Valente.



Via Psol50

Randolfe do PSOl defende renovação na política e lança seu nome com pré-candidato a presidência




Senador defende renovação na política e diz que os
concorrentes "não representam o desejo das ruas".
Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado.
O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) anuncia nesta quinta-feira (21) que coloca seu nome à disposição do PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) como pré-candidato do partido à Presidência da República em 2014.

Randolfe, que ganhou expressão nacional após participação na CPI que investigou os esquemas do bicheiro Carlinhos Cachoeira, em 2012, pretende apresentar uma "proposta de renovação da política brasileira, apontando uma alternativa popular e socialista para o Brasil".

Segundo a assessoria do senador, ato desta quinta-feira contará com a presença do presidente do PSOL, deputado Ivan Valente, do deputado federal Jean Willys (RJ), do prefeito de Macapá, Clécio Luis, e da ex-senadora Marinor Brito. Também comparece o deputado estadual do Pará Edmilson Rodrigues.

Em documento a ser entregue ao PSOL com o anúncio de sua candidatura, Randolfe diz que “as candidaturas até agora apresentadas para o pleito do ano que vem representam, mesmo que com matizes diferenciadas, a continuidade dos atuais modelos de sociedade e política econômica".

— Por caminhos diferentes, essas candidaturas defendem a manutenção do superávit primário, o pagamento religioso da dívida pública, a continuidade da ciranda financeira, o modelo depredador de crescimento econômico e a criminalização dos movimentos sociais. Não representam o desejo das ruas e não promoverão as mudanças requeridas.

Competição

A "proposta de renovação" apresentada por Randolfe se baseia em medidas como a defesa da tarifa zero e da garantia de maior participação financeira da União nos investimentos em educação e saúde. O senador também defende o repasse de 18,5% da Receita Corrente Líquida da União para a Saúde, além da suspensão dos leilões do petróleo, inclusive da área do pré-sal.

Randolfe quer "a recuperação da primazia da Petrobrás" na exploração dos recursos energéticos nacionais. Antes de consolidar sua pré-candidatura, contudo, o senador terá de se entender com a ex-deputada federal Luciana Genro, que lançou pré-candidatura à Presidência pelo PSOL exatamente para contrapor a plataforma de Ranfolfe.


Via Portal R7

Deputado Chico Alencar, do PSOL, publica carta sobre cogitação de seu nome a presidência




Reproduzimos abaixo carta do Deputado Chico Alencar, com assento no legislativo federal pelo Partido Socialismo e Liberdade – PSOL, sobre a cogitação de seu nome para representar a sigla na disputa da Presidência da República em 2014. A carta foi publicada também no Blog do jornalista Jorge Alexandre Lucas.


Vamos a ela

Deputado Chico Alencar diz que o objetivo central da
sigla é ocupar espaços no legislativo, sobretudo
na Câmara Federal.
SOBRE SER PRESIDENCIÁVEL - Chico Alencar

Camaradas:

1. Agradeço a grande honra de ter sido lembrado para esta bela, dura, desafiadora e tentadora missão. Minha gratidão vai especialmente para a APS Novos Rumos, para o Coletivo Rosa Zumbi, para o ex-Enlace e para a APS Corrente Comunista, segmentos do PSOL que levantaram essa ideia. E para os que, militantes ou não, individualmente, simpatizaram com a possibilidade. Destaco que em momento algum houve qualquer pressão indevida: apenas o bom debate político, a ‘cobrança' saudável;

2. Desde o início coloquei-me aberto a esta reflexão, e tentei fazer dela uma oportunidade de encontro ‘desarmado' e diálogo construtivo entre TODAS as correntes do nosso partido. Também pensei bastante nas capacidades e limitações que teria para cumprir tal tarefa (sei que essas decisões, em última instância, serão sempre pessoais e intransferíveis);

3. Destaquei que a candidatura majoritária nacional do PSOL tem que ser do partido inteiro (obviedade que não se realizou em 2010, absurdamente), e expressão de um programa básico nacional (que, aliás, as teses ao IV Encontro Nacional já esboçam, com alto grau de concordância entre os diversos textos, mas valorizar pontos de aproximação não tem sido o nosso forte). Só assim ela será capaz de colocar na cena pública questões cruciais para os rumos futuros do nosso país e do que lhe dá sentido: o povo que aqui habita;

4. Abri, na contramão do timing das decisões exigidas a quem dirige a máquina partidária, uma consulta sobre a oportunidade da candidatura. Ouvi os grupos que constroem e/ou se referenciam no nosso Mandato: a equipe que o faz, cotidianamente; os componentes do Conselho Político; as pessoas que nos acompanham mais de perto, chamados de ‘Amigo(a)s do Mandato'; meu entorno familiar e afetivo. Todo(a)s, vivamente interessados, contribuíram diretamente - cerca de duas centenas de cidadã(o)s! - com suas opiniões generosas e instigantes, ajudando democraticamente na minha decisão (ou aprofundando as dúvidas...). A estes também sou muito grato. Traduzindo em porcentuais, o retorno foi de 61% mais favoráveis a uma recandidatura a deputado federal, 21% animados com uma candidatura presidencial e 19% em dúvida;

5. A proposta do encontro entre correntes para construção de uma candidatura unitária não teve êxito. Ao contrário, em função da dinâmica do IV Congresso, ela até refluiu, consolidando o que considero um ‘blocamento' bipolar e um discurso, crescente nesses períodos, de crítica ácida ao caráter quase ‘destrutivo' do antagonista, caso o adversário mantenha ou venha a ter a hegemonia na Direção Partidária;

6. A posição que defendo, junto com outros valorosos companheiro(a)s, expressa na tese ‘Para o PSOL continuar necessário', está evidentemente secundarizada no debate nacional - como, de resto, o debate político sobre a conjuntura mundial e nacional. As questões ali colocadas, embora respeitadas, não repercutem muito. O que parece galvanizar é a disputa - magnificada, em vários momentos - sobre a ‘encruzilhada' do partido, que, de acordo com o ponto de vista de cada setor, ou cai no fisiologismo corrompido e no adesismo à ordem, situando-se como mera ‘esquerda do governo e/ou do PT' e aberto a alianças com a direita, ou no esquerdismo sectário, baluartista, autoproclamatório e isolacionista, como ‘um PSTU com um pouco mais de densidade eleitoral'. Já nós entendemos que - sem afrouxar no combate aos desvios, cuja gravidade os episódios recentes no RJ revelam, em tons dramáticos! - é preciso construir um espaço democrático de convivência respeitosa entre os grupos internos, sem blocamentos definitivos e perspectivas catastróficas, evitando despender tanta energia com o ‘inimigo interno' - sempre o mais fácil de atacar, por sinal (até em abomináveis agressões). Reconheço que esta visão tida como ‘conciliadora demais' é hoje, no PSOL, minoritária (talvez não entre os nossos 105.331 mil filiados nacionais, mas certamente entre os militantes que participaram dos encontros de base. Estes somaram menos de 10% deste total nas convenções de base, o que deveria nos preocupar: por que nossos debates internos, por mais animados que sejam, atraem poucos filiados e até, em alguns casos, os desestimulam?);

7. A conjuntura que se abre nos é mais favorável, como em nenhum outro período de nossa existência de oito anos. Seria uma irresponsabilidade colocar tudo a perder por procedimentos incompatíveis com nosso ideário, por nossas querelas internas e, fixados nelas, por um insuficiente debate político sobre o mundo ‘lá fora', com suas complexidades. As chamadas ‘Jornadas de Junho', ainda que marcadas, naquele momento massivo, pela rejeição à política e aos partidos, vai se decantando e acolhendo com simpatia o que pareça nova forma de se fazer política. O PSOL, em certa medida, é identificado como portador dessa possibilidade;

8. Este cenário relativamente promissor não elide - ao contrário, acentua - nossa imensa debilidade orgânica. Para além do problema das práticas apequenadas e manipuladoras, aqui e ali, temos Diretórios impedidos de receber o Fundo Partidário. Mesmo a campanha majoritária de Plínio, tão parca de recursos, ainda não teve a prestação de contas aprovada. Mais que dolo, há inexperiência, descuido (alguns consideram que essas tarefas administrativas não são ‘revolucionárias', e as relegam ao último plano) e incompetência;

9. É imperativo também se repensar as formas do dinamismo partidário, nesses tempos em que os núcleos presenciais, sempre serão importantes, perdem espaço para os grupos de debate na internet (dispensando os autofágicos). Urge capacitar o partido com instrumental teórico para melhor inserção e incidência nos conflitos da sociedade de classes do século XXI e para superar nosso dilema ‘partido de quadros X partido de massas', falso mas repetidamente proclamado;

10. Para a disputa institucional de 2014, junto com as candidaturas e o programa, insisto que é preciso definir nosso objetivo central de ocupação de espaços, em especial nos Legislativos, sobretudo na Câmara federal - minha inclinação de contribuição, inclusive para possivelmente (mas não seguramente) ampliarmos a bancada fluminense, já que não se apresentaram muitos nomes com significativa densidade eleitoral. É importante constituir frentes de luta mais relevantes nos parlamentos. Elas são instrumentos de reverberação dos movimentos sociais, propagação de nossas propostas e crescimento do partido, pequeno mas com vocação de grandeza. Claro que candidaturas majoritárias nos estados, aos governos e ao Senado, junto com a candidatura presidencial, ajudarão muito nisso, em sua tarefa realística de marcar posição e acentuar nossa identidade. Para esta peleja não faltam nomes capazes, como os já colocados dos ex-deputados federais Luciana Genro e Milton Temer, do ex-vice de Plínio, Hamilton de Assis, e do ex-candidato à prefeitura de Fortaleza, Renato Roseno. O mundo acadêmico militante, que não entrou no silêncio acrítico na Era Lula, pode ser procurado: um Vladimir Safatle ou um Ricardo Antunes agregariam também muita qualidade na campanha que se avizinha, por sintonizados e comprometidos com os movimentos vivos dos trabalhadores e da juventude.

Ao fim e ao cabo, com a certeza cerzida no provisório de toda escolha, amparo-me na sabedoria oriental milenar (que nossa racionalidade cartesiana pouco valoriza), que me chegou em uma das respostas à consulta: "não há de fato uma decisão certa a ser tomada. O certo é decidir e seguir em frente com a escolha".

Em frente!
Vamos juntos.
Chico Alencar

Rio de Janeiro, 15 de setembro de 2013

Psol defende limite para aluguel de carros na Câmara



Chico Alencar apresentou proposta sobre aluguel de
veículos. Foto: Lúcio Bernardo Jr./Câmara dos Deputados
O deputado Chico Alencar (Psol-RJ) protocolou na Presidência da Câmara, nesta terça-feira (27,) uma proposta para estabelecer um limite no valor a que deputados têm a disposição para gastar com aluguel de  automóveis. Ele propõe também que a Câmara proíba o gasto de recursos públicos para o aluguel de carros de luxo.

Atualmente, os parlamentares dispõem da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (CEAP), que varia de R$ 26 mil a R$ 38 mil ao mês, dependendo do estado do parlamentar. Os recursos servem para para bancar despesas necessárias ao bom exercício do mandato. Entre elas, auxílio para divulgação do mandato, passagens aéreas, aluguel de veículos e gastos com combustíveis. Estes últimos, limitados a R$ 4,5 mil mensais. Agora, o deputado pelo Psol pede que a Casa limite também os gastos com aluguéis de veículos.

“Da mesma forma como foi devidamente regulamentada a utilização das passagens aéreas, de forma a coibir abusos, novamente se faz necessária a atuação da Mesa para que a probidade e o zelo com os recursos públicos sejam premissas na utilização da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar, especificamente no caso do aluguel de veículos”, escreve Chico no documento.

O deputado propõe ainda que a Câmara crie um cadastro de locadoras de veículos para estimular a concorrência de preços competitivos, possibilitando a redução de custos. Chico defende também que  o cadastro poderia ser estendido também para outros tipos de serviços prestados a parlamentares. Chico pede ainda que a Câmara tenha mais rigor ao analisar as condições das empresas contratadas pelos parlamentares.

O documento será analisado pela Mesa Diretora da Casa, que decidirá se acata as sugestões ou mantém as regras como estão. “Estamos estudando outras propostas também, mas vamos aguardar uma primeira manifestação da Mesa para nos posicionarmos. Vou procurar o presidente também para fazer um apelo pessoal a ele”, disse Chico Alencar.



Via Congresso em Foco

Segundo pesquisa, PSOL tem melhor bancada do Parlamento brasileiro



Bancadas de esquerda e centro-esquerda receberam a
melhor avaliação dos jornalistas que cobrem o congresso.
Foto: Alexandre Martins/Ag Câmara
De acordo com os jornalistas que cobrem o Congresso, os partidos com as melhores bancadas no Parlamento brasileiro são, em ordem decrescente, Psol, PDT, PSB, PCdoB e PT. Os jornalistas manifestaram suas impressões ao participarem da etapa inicial de votação do Prêmio Congresso em Foco 2013.

Para os 166 jornalistas que votaram, o Psol é, de longe, o partido de melhor desempenho na Câmara e no Senado. Mesmo tendo apenas um senador e três deputados federais, todos indicados pelos jornalistas para a lista dos melhores do ano, o Psol teve o segundo maior número de votos, dentre as 23 agremiações partidárias que possuem representantes no Congresso Nacional.

A legenda, criada em 2004 por dissidentes do PT insatisfeitos com os rumos do governo Lula, recebeu no total 246 votos (cada jornalista podia votar em até dez deputados e cinco senadores). Somente o PT recebeu votação maior – 268 votos. A diferença é que o partido do governo possui 89 deputados federais e 12 senadores.

Em média, os parlamentares do Psol tiveram 61,5 votos cada um. Muito distante do segundo colocado, o PDT, que teve uma média 6,7 votos. Vieram em seguida o PSB, com 3,5 votos; o PCdoB, com 2,9; e o PT, com 2,7.

Sete legendas com representação no Congresso não tiveram nem um voto sequer dos jornalistas nas categorias gerais “Melhores Senadores” e “Melhores Deputados”. São elas: o PRB, que tem 10 deputados e um senador; o PMN, que possui três deputados federais; o PEN e o PRP, ambos com dois deputados cada; e PHS, PRTB e PSL, todos com um deputado.

O Psol também encabeça a lista dos partidos com maior percentual de integrantes citados pelos jornalistas, já que 100% dos seus parlamentares receberam votos. Em percentual de citações, seguiram-se o PCdoB, com 46,7% de citações; o PPS, com 45,4%; o PT, com 40,6% e o PSB, com 36,7.

Conforme o item 11 do regulamento do prêmio, não foram computados os votos dados a parlamentares que são objeto de inquéritos ou ações criminais em andamento no Supremo Tribunal Federal.

O regulamento confere à sociedade, por meio de votação na internet, a atribuição de definir a lista final dos premiados e a colocação de cada um deles.


Via Congresso em Foco