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Professora recomenda prender ou alisar o cabelo de aluna de quatro anos. (Foto: Arquivo Pessoal). |
Ao
buscar a filha na escola, a cuidadora Janaína Oliveira, de 32 anos, foi
surpreendida por um pedido de uma professora. “Ela me chamou de canto e
perguntou se tinha como eu dar um jeito no cabelo da minha filha porque as
crianças não estavam se adaptando a ela e estão xingando ela na sala de aula”,
afirma.
Em
resposta à professora, Janaína disse que não iria modificar ou alisar o cabelo
da filha de apenas quatro anos. “Não tem como você prender ou fazer uma
trança”, teria pedido a educadora. “Disse que não porque ela gosta de usar o
cabelo solto e como tem o couro cabeludo sensível, toda vez que prendo, machuca
a cabeça dela”, disse.
Segundo
Janaína, a professora teria dito também que ela própria alisava o cabelo. “Respondi que eu também aliso, mas não
alisaria o cabelo da minha filha sendo que ela tem só 4 anos.” O episódio
ocorreu na quarta-feira (22) na Escola Municipal de Educação Infantil Estrada
Turística Do Jaraguá, na zona oeste de São Paulo.
Na
sexta-feira (24), Janaína afirma que procurou a diretora para pedir uma
explicação sobre a conduta da professora. “Pediram
para eu esperar uma semana. Depois fizeram uma reunião com a diretoria, os
professores e a professora.”
A
escola realizou uma reunião de mediação de conflito para ouvir a família e a
professora. “Me informaram que ela seria
encaminhada para fazer um teste psiquiátrico para verificar se poderia
continuar dando aulas”, disse a mãe. “Perguntaram
se eu queria trocar minha filha de horário ou de sala, mas achei que não seria
bom para ela”, afirma Janaína.
Ainda
segundo a mãe, a professora teria dito que a menina reclamava que os colegas a
chamavam de feia. “Em casa, minha filha
reclamava que ninguém brincava com ela.
Repete isso desde o começo do ano e chora antes de ir para a escola. Com
certeza tem alguma relação com o preconceito”, afirma Janaína.
Por
meio de nota, a Secretaria Municipal de Educação afirmou que a DRE Pirituba
(Diretoria Regional de Educação) lamenta o episódio ocorrido em 22 de agosto e
informa que abriu procedimento disciplinar contra a professora envolvida.
“Em reunião feita nesta segunda-feira (3),
pela Comissão de Mediação de Conflitos, a DRE acolheu a família e prestou todos
os esclarecimentos. Além disso, está realizando ações pedagógicas com os alunos
da sala em que a criança estuda, onde estão sendo abordados temas como o
respeito à diversidade. Os pais já informaram à direção escolar que não querem
que a criança seja trocada de sala ou período para que não haja prejuízo
pedagógico.” (Com informações do Geledés).
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