NEGRER promove I Seminário “Pensamento Negro e Educação”

 

(FOTO | Reprodução| NEGRER).


Por Nicolau Neto, editor

O Núcleo de Estudos em Educação, Gênero e Relações Étnico-Raciais (NEGRER), vinculado ao departamento de educação da Universidade Regional do Cariri (URCA), promoveu entre os dias 15 e 16 do mês em curso o I Seminário “Pensamento Negro e Educação”.

A abertura do evento ocorreu no auditório do Geopark Araripe, em Crato, com a professora Dra. Juliana de Souza Mavoungou Yade, da Fundação Itaú para a Educação e Cultura, que discutiu a temática “Formação de Professores e Currículo: as bases para uma educação antirracista”. A tarde houve a defesa da dissertação de mestrado em educação na sala de aula do Mestrado Profissional em Ensino de História, da estudante Maria Dálete Alves de Lima. Ela trabalhou sobre "a profissional Assistência Social em face das relações étnico raciais e socieducação no cariri cearense". O primeiro dia foi encerrado a noite com o minicurso intitulado “Introdução ao Pensamento de Cheick Anta Diep que teve como mediadores os professores Henrique Cunha Júnior (UFC) e Itacir Luz (UNILAB).

Em juazeiro do Norte foram desenvolvidas as atividades do último dia que se concentraram em defesas de dissertações de mestrados, como a dos professores Givaldo Pereira que escreveu sobre “PretATITUDES na escola: entre trajetos, vozes e fazeres docentes para a educação da Relações Étnico-Raciais – ERER, no cariri cearense” e Paulo Tiago que versou a respeito da “Contribuição do NIGER|NEABI do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, campus Juazeiro do Norte e a Formação do Professor de Educação Física na Educação das Relações Étnico-Raciais”.

Segundo informações publicadas na redes do NEGRER, “durante o encontro, que contou com a participação do movimento negro da região do cariri, houve a entrega de materiais didáticos pedagógicos para a rede de escolas municipal de educação do município do CRATO-CE”.

PSOL decide apoio ao governo Lula e vai seguir orientação de voto na Câmara

 

(FOTO | Bernardo Guerreiro | PSOL).

O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) decidiu compor a base do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no parlamento. De acordo com a deliberação da reunião do Diretório Nacional da legenda ocorrida neste sábado (17), em São Paulo (SP), a agremiação não indicará nomes ao novo governo, mas se filiados forem convidados, poderão assumir cargos a partir de 2023. Durante o encontro também foi realizado um balanço eleitoral do desempenho da legenda no pleito de 2022. 

Para Juliano Medeiros, presidente nacional do partido, o resultado da reunião foi bastante positivo. “Conseguimos ajustar as diferenças internas no PSOL e reafirmar nosso apoio ao governo Lula para reconstruir o Brasil. Ao mesmo tempo, manteremos nossa essência combativa em defesa das políticas de justiça social, ajudando o novo presidente a entregar um país melhor para todos daqui quatro anos”, afirmou o dirigente.

Na parte da manhã a direção fez um balanço do desempenho da sigla nas eleições 2022 que "reconhece o grande acerto político do PSOL em compor a coligação que elegeu Lula presidente desde o primeiro turno das eleições, o que fica comprovado com o acirrado resultado da eleição presidencial". A resolução também comemora o crescimento da legenda, que assume a condição de "segundo maior partido de esquerda do país, com a maior bancada parlamentar de sua história".

Polêmica

O período da tarde foi reservado à polêmica decisão sobre compor ou não a base do governo Lula no parlamento e sobre a própria participação do PSOL na nova gestão. Quadros psolistas já vinham participado do governo de transição e há cerca de 10 dias o presidente do partido, Juliano Medeiros, já havia declarado não acreditar que o PSOL viraria as costas para um governo que ajudou a eleger, embora tivesse reforçado que a decisão seria tomada na reunião do diretório.

A coordenadora da bancada da agremiação na Câmara, deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP), entretanto, defendia a tese de independência, ou seja, de que o partido não devia compor a base da gestão Lula, e acreditava que a posição teria maioria na reunião deste sábado. "A gente quer ter liberdade para se posicionar como o PSOL sempre se posicionou, como a ala à esquerda no Congresso Nacional, e vocalizar pautas que a gente sabe que ninguém vai pautar", disse Sâmia na ocasião. A posição ainda tinha apoio dos também deputados federais Talíria Petrone (RJ), Glauber Braga (RJ) e Fernanda Melchiona (RS).

Tese derrotada

A posição da parlamentar, entretanto, não obteve maioria na reunião deste sábado. O PSOL decidiu compor a base do governo Lula no parlamento, ou seja, seguirá orientação de voto na Câmara. Isso não significa que os deputados e deputadas do partido não possam divergir pontualmente, mas a liderança manterá articulação com a base do governo no parlamento, compondo a bancada governista. Medeiros argumenta que a sigla pode manter sua autonomia mesmo integrando a base do novo governo.

A resolução da legenda também garante a possibilidade de participação de quadros do PSOL no governo Lula, caso filiados sejam convidados a assumir cargos. A participação na administração ficou condicionada ao licenciamento do filiado ou filiada de funções de direção que ocupe no partido. "Destacamos que o PSOL preserva sua autonomia de organização e , portanto, os filiados que, no caso de convidados, optem por ocupar funções no governo federal, devem se licenciar dos espaços de direção partidária. A eventual presença nesses espaços não representa participação do PSOL", diz o texto aprovado.

Um dos principais quadros do PSOL, a liderança indígena Sônia Guajajara, é cotada para assumir o Ministério dos Povos Originários. Seu nome, inclusive, consta na carta aberta ao presidente eleito Lula enviada pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), em que são sugeridos três possíveis nomes para comandar a pasta. 

Narrativa

Alguns integrantes da ala que era contra o apoio divulgam a decisão como vitoriosa. "Diretório nacional do PSOL acaba de decidir não compor cargos no governo Lula. Não precisamos de cargos para defender medidas a favor do povo. Por outro lado, nossa independência é fundamental para enfrentar a extrema direita e o centrão", escreveu a deputada Fernanda Melchionna, que ainda completou "Nossa melhor contribuição é lutar por uma nova correlação de forças a favor dos trabalhadores e trabalhadoras e manter a defesa de um programa anticapitalista!".
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Com informações da Revista Fórum.

História do Mestre Espedito Seleiro vira livro infantil

 

Espedito Seleiro e FláviaNonato.(FOTO | Kaevora).

Natural de Arneiroz, Sertão dos Inhamuns, Espedito Veloso de Carvalho aprendeu com o pai o ofício de seleiro e desde pequeno fazia arte. Quando seu pai faleceu, Espedito, o mais velho dos dez filhos, teve que sustentar a família. Usando as ferramentas que o pai deixou, já em Nova Olinda, passou a vender as selas que confeccionava.

O livro “Espedito Seleiro: um menino, um mestre”, de autoria de Flávia Nonato e ilustrações de Álisson Flor, será lançado hoje (16) no Centro Cultural do Banco do Nordeste (CCBN), onde está acontecendo a exposição “Sagrado Ofício” também dedicada a Seleiro.

A autora narra em versos a encantadora história do grande Mestre Espedito Seleiro. O menino que aprendeu o ofício de produzir “arte em couro” e nunca mais parou de criar seus arabescos coloridos, hoje um renomado Mestre da Cultura cearense, cuja arte ultrapassou as fronteiras do Brasil.

O evento começa as 17h no 5º andar do CCBN, na Rua São Pedro 337, centro de Juazeiro do Norte.

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Com informações do Badalo.

Deza Soares é reeleito presidente da Câmara de Altaneira

 

A mesa diretora da Câmara de Altaneira teve apenas uma alteração, a da Advogada Rafaela Gonçalves que será vice-presidente. (FOTO/ Ricardo Justino).

Por Nicolau Neto, editor

Na manhã desta quarta-feira, 14 de dezembro, foi realizada a última sessão ordinária de 2022 e teve como única pauta a renovação da mesa diretora para o biênio 2023/2024 da Câmara Municipal de Altaneira.

A reunião teve início com os tradicionais registros presidenciais, marcados por mensagens de aniversários, datas comemorativas, eventos importantes, ações do executivo, dentre outras. A passagem de 104 anos do sítio Serra do Valério e a diplomação de Lula como presidente ocorrida na última segunda-feira, 12, foram os principais destaques.

Antes de iniciar o processo de renovação da mesa diretora, o presidente Deza Soares (PT) fez um balanço dos dois anos a frente casa, dando destaque a apresentação de prestação de contas das ações e dos contratos das assessorias e das nomeações de outras.

A pesar de ter havido rumores de que o cargo de presidente seria disputado por mais de vereador ou vereadora, como de costume os(as) reais postulantes só foram de fato conhecidos durante a reunião. A oposição composta por três parlamentares não lançou candidato e acabou votando no atual presidente. Este usou como justificativa para se credenciar a um novo mandato o trabalho feito nesses dois anos.

A própria bancada da situação acabou tendo outro candidato, o professor Nonato (PT), mesmo este tendo afirmado que retiraria o nome caso outro companheiro de legenda se lançasse ao cargo.

Nomes postos, cada parlamentar passou a votar. Deza recebeu votos dos três nomes da oposição : Ariovaldo Soares e Valmir Brasil, ambos do PDT e Robercivânia Oliveira (PSD), além de Rafaela Gonçalves e Silvânia Andrade que são companheiras de legenda. Como ele votou em si, obteve seis votos. Nonato recebeu os votos de Júnior do Povo e de Paulo Geaneo, ambos do PT. Com isso, o atual presidente foi reeleito por 6 a 3.

Nas demais cadeiras, também ouve disputa e uma alteração. Rafaela Gonçalves (PT) foi eleita vice-presidente em disputa apertadíssima com Silvânia Andrade (PT). Após cada uma receber 4 votos, couve ao presidente decidir. Votaram em Rafaela os/as parlamentares Ariovaldo Soares, Valmir Brasil, Robercivânia. Silvânia recebeu apoio de Professor Nonato, Júnior do Povo e Paulo Geaneo. As candidatas votaram em si.

Robercivânia concorreu a reeleição sozinha. Ela recebeu oito votos. Apenas Júnior do Povo (PT) se absteve.

Dessa forma, a mesa diretora para o biênio 2023/2024 será composta assim:

Presidente – Deza Soares (PT);

Vice-presidente – Rafaela Gonçalves (PT);

Secretária - Robercivânia Oliveira (PSD).

Altaneira cria Conselho Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (CMPPIR)

 

Visão panorâmica de Altaneira. (FOTO | Fabrício Ferraz).

Por Valéria Rodrigues, Colunista

Circulou na edição desta segunda-feira (12/12), do Diário Oficial dos Municípios do Ceará, e sancionada pelo prefeito de Altaneira, Dariomar Rodrigues (PT), a Lei nº 870 que cria o Conselho Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (CMPPIR).

O texto que foi aprovado na última quarta-feira, 07, é oriundo do poder executivo municipal e faz parte de uma das onze propostas que estão no Plano de Combate ao Racismo e de Promoção da Equidade, apresentado pelo professor e fundador deste Blog, Nicolau Neto, junto aos poderes executivo e legislativo no mês de maio de 2021.

Pela lei aprovada e sancionada, o Conselho será implantado dentro Secretaria Municipal de Assistência Social e terá, dentre outras finalidades "propor, em âmbito municipal, políticas de promoção da igualdade racial, com ênfase na população negra e em outros segmentos étnicos do Município de Altaneira, visando combater o racismo, o preconceito e a discriminação étnico-racial, bem como as desigualdades raciais no aspecto econômico, financeiro, social, político e cultural". Caberá ao CMPPIR, portanto:

I - participar na elaboração de critérios e parâmetros para formulação e implementação de metas e prioridades que assegurem as condições de igualdade e oportunidade às populações negra e de outros segmentos étnicos do Município de Altaneira;

II - propor estratégias de acompanhamento, avaliação e fiscalização, bem como a participação no processo deliberativo de diretrizes das políticas de promoção da igualdade racial, fomentando a inclusão da dimensão racial nas políticas públicas desenvolvidas em âmbito municipal;

III - apresentar sugestões para a elaboração do planejamento plurianual da Prefeitura de Altaneira, para o estabelecimento de diretrizes orçamentárias e para a alocação de recursos no orçamento anual do Município, visando subsidiar decisões governamentais relativas à implementação de ações de promoção da igualdade racial;

Esta já é a segunda proposta das 11 dentro do Plano de Combate ao Racismo e de Promoção da Equidade sancionada pelo prefeito Dariomar Rodrigues (PT). A primeira foi a transformação do dia 20 de novembro, antes ponto facultativo, em feriado municipal através da Lei nº 819 de 2021.

O texto representa um marco histórico na legislação municipal e corrobora para contribuir na reflexão e tomada de atitudes que reconheçam e valorizem a população negra que representa mais de 56% do Brasil como contribuidoras para a formação do país, mas principalmente como produtoras de conhecimentos, de saberes em todas as áreas e que isso seja discutido nas escolas.

Altaneira é o primeiro município do Ceará a contar com um Plano Municipal de Combate ao Racismo e de Promoção da Equidade.

"Esse diploma é do povo brasileiro", diz Lula em cerimônia de diplomação no TSE

 

Moraes e Lula em cerimônia no Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília (DF) - Ricardo Stuckert. 

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realizou a cerimônia de diplomação do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin na tarde desta segunda-feira (12), encerrando o processo eleitoral deste ano.

Cerca de 400 convidados estavam presentes, entre eles, parlamentares, ministros de tribunais superiores e representantes de governos estrangeiros. Os ex-presidentes José Sarney e Dilma Rousseff também participaram da cerimônia. Do lado de fora, forte esquema de segurança foi montado para proteger a sede da Corte. 

A cerimônia começou com a execução do Hino Nacional pela banda dos Dragões da Independência, do Batalhão da Guarda Presidencial. Em seguida, o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, entregou os diplomas para Lula e Alckmin. Após receber o documento das mãos de Moraes, o presidente eleito discursou.

Em seu discurso, Lula agradeceu o apoio recebido de seus aliados e apoiadores. “Esse diploma que recebi não é um diploma de Lula presidente. É um diploma de uma parcela significativa do povo que reconquistou o direito de viver em democracia nesse país. Vocês ganharam esse diploma”, disse Lula. O presidente eleito se emocionou ao relembrar o preconceito vivido por não possuir diploma, e mesmo assim ter sido eleito presidente do Brasil pela terceira vez.

"Quem passa pelo que eu passei, estar aqui agora é a certeza de Deus existe", disse, emocionado. "Eu sei o quanto custou ao povo brasileiro essa espera para reconquistar a democracia no país. Faria todos os esforços de assumir não só a campanha, mas ao longe toda vida", completou.
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Com informações do Brasil de Fato.

O que foi Grécia? Nada de importante na historia da humanidade.

 

Fragmento de cerâmica ilustrando as Guerras Médicas.  (FOTO | Reprodução | Toda Matéria).


Por Henrique Cunha Junior*

Existe uma ideologia eurocêntrica onde é produzida uma literatura sobre a Grécia que a tornou importante, por não ser comparada e contextualizada com relação aos demais povos contemporâneos e mesmo de períodos históricos diferentes. 

A Grécia nunca constituiu um grande império e muito menos reinos grandes e importantes. Os povos da região da Grécia a pesar do diminuto espaço geográfico ocupado tiveram muita dificuldade em constituir um estado único.

Muito resaltada na nossa formação universitária a Grécia clássica e helênica. Sendo que é um período que nem independência política a Grécia não tinha. O período da Grécia Clássica e Helenística foi a época, compreendida entre os séculos III e II a.C., em que os gregos se encontravam sob domínio do Império Macedônico. O período Clássico e Helenístico foi fundamental na construção da imagem que temos hoje da Grécia. Imagem que não é baseada numa informação sobre demais povos e nem numa comparação com relação a historia política, econômica, militar e cultural dos demais povos. 

O ocorre é que somente é estudada a Grécia, sem ser estudada, a Macedônia, a Pérsia, a Índia, a China, a Núbia, a Etiópia ou mesmo o Egito. Principalmente a Mesopotâmia, entre Sumerios, Babilonios e Assirios e Acadios, que corresponde a povos de desenvolvimento e importância superior aos gregos e contemporâneos da Grécia Clássica e helênica. 

A história da ciência ocidental trata como marcos do seu inicio a filosofia e matemática grega. Não nos é dado a estudar a matemática e filosofia do Egito. Nem dos povos asiáticos. Muito menos a matemática e as ciências desenvolvida no mundo islâmico. Restando pela falta de mais formações e informações que a Grécia é um fato histórico e cientifico de alguma importância real. 

O que resulta a história da Grécia é ensinada como a origem do ocidente e da civilização europeia. Sendo, portanto a origem da superioridade civilizatória pela qual é pensado o eurocentrismo e os processos de dominação geopolíticos produzidos depois do século 17, com a ideia do iluminismo europeu e da consolidação da burguesia europeia. A Grécia tem importância somente ideológica. 

Não existiu um Egito helênico. 

Uma parte considerável dos conhecimentos científicos, artísticos, arquitetônicos e da medicina que são imputados como parte do conhecimento grego forma realizados no Egito, num período da historia tratado como Egito Helênico. Existindo a suposição de o Egito teria sido durante um período histórico colônia grega. No entanto os fatos narrado sobre o Egito são relativos a invasão por Alexandre o grande, que não era grego e sim macedônico. Então o denominado período helênico é um período Ptolomaico, de faraós (mulheres e homens), com origem na cidade de Ptolomeia, que é uma cidade Egípcia. Não existindo no período ptolomaico nenhuma dependência política ou econômica do Egito com relação a Grécia. 

Muitos dos sábios referendados na literatura como gregos não o são. Exemplo é a escola de filosofia de Mileto. Mileto foi parte da Jônia, que na atualidade é região da Turquia. Sendo que a Jônia nunca foi parte da Grécia. Sendo que história pobre e equivocada que recebemos faz essa imperdoável confusão e trata os filósofos da Mileto como gregos.

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Henrique Cunha Junior é professor da Universidade Federal do Ceará (UFC). Possui mestrado em Dea de Historia - Université de Nancy- França (1981) e Doutorado Em Engenharia Elétrica pelo Instituto Politécnico de Lorraine (1983) e orienta doutoramentos e mestrados em Educação com temas relacionados a história e cultura africana, espaço urbano, bairros negros.

“10 anos depois”: podcast leva ao público análise sobre os avanços da Lei de Cotas no Brasil

 

O professor Juarez Xavier será o primeiro convidado do podcast – Foto: Arquivo Pessoal.


Estreia na próxima segunda-feira (12) a série de podcast “10 anos depois”, nas principais redes de streaming e trará debates e análises sobre os 10 anos Lei de ações afirmativas, mais popularmente conhecida como Lei de Cotas (Lei federal 12.711/12).

Produzido e realizado pelo Instituto Sumaúma; centro de formação, pesquisa e assessoria focado no desenvolvimento de carreiras acadêmicas de pessoas negras, indígenas e/ou periféricas; o podcast tem como objetivo colaborar com as discussões da lei, que em 2022 completa 10 anos.

Para a missão o viés escolhido foi o rigor científico e a abordagem dos diversos contextos sobre os benefícios e o futuro da lei, que, mais que nunca, está no cerne das divergências visibilizadas pela polarização política brasileira.

Para maior aproveitamento das possibilidades de análises sobre a Lei de Cotas, a série ‘10 anos depois’ é composta por cinco episódios que discorrem sobre temas específicos ligados à atuação de cada convidado.

No primeiro programa da série, com a participação do professor da UNESP, Juarez Tadeu de Paula Xavier, a conversa circunda o sistema de ‘heteroidentificação’, usado em Universidades para validação da autodeterminação de raça pelos candidatos às vagas acadêmicas por meio do vestibular, evitando possíveis fraudes.

Apresentada pela jornalista e integrante do Coletivo Mulheres Negras na Biblioteca Juliane Sousa, a Série “10 anos depois” é uma realização e produção do Instituto Sumaúma e conta com o apoio do Instituto Serrapilheira, por meio da chamada pública “O papel da Ciência no Brasil de Amanhã”.

De acordo com Taís Oliveira, Fundadora e Diretora Executiva do Instituto Sumaúma, a Série ’10 anos depois’, enquanto um produto de comunicação científica, tem como objetivo ser uma ferramenta para colaborar no debate sobre a lei de ações afirmativas.

Assim, esperamos que todas as pessoas, autoridades e organizações que têm compromisso com a construção de uma universidade mais justa, plural e democrática se aproprie deste material, sobretudo neste importante momento de revisão da lei de cotas”, comenta.

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Com informações do Notícia Preta.