Nem Nilma Lino, nem Mário Sergio, professor Renato Janine é o novo Ministro da Educação


Apesar da campanha realizada por movimentos sociais em favor da indicação da professora Doutora, pesquisadora e gestora Nilma Lino Gomes, ora na função de MINISTRA DE ESTADO Chefe da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR Presidência) para assumir a pasta do Ministério da Educação em substituição ao ex-governador do Ceará, Cid Gomes que deixou o comando do MEC tão logo se desentendeu com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB – RJ), o novo ministro já é conhecido e não é a Nilma.

A campanha chegou a atingir, segundo informou via facebook o professor Alex Ratts, doutor em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo – USP, mais de 3500 confirmações e um abaixo assinado com teor semelhante foi elaborado no Avaazz e já tinha recebido quase 5000 assinaturas. 

Professor Renato Janine é o novo Ministro da  Educação - MEC
A pasta teve durante a semana alguns nomes cogitados, como o do filósofo  e escritor Mario Sérgio que trabalhou 17 anos ao lado do patrono da educação brasileira, Paulo Freire. Porém, nem Nilma Lino, nem Mário. O MEC será comandado pelo também professor da USP e intelectual Renato Janine Ribeiro.

Segundo apurou o site Brasil247, a informação foi antecipada por Gerson Camarotti. O professor foi visto no Palácio do Planalto e esteve no prédio do Ministério da Educação, na Esplanada dos Ministérios.

Renato Janine Ribeiro é um dos mais conceituados intelectuais brasileiro e lecionava a disciplina de ética e filosofia política Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. Conforme apontou o site do G1 o anúncio já foi confirmado pela presidência da república e a posse está marcada para a próxima segunda-feira, dia 06. 

Blogueiros de Altaneira: José Evantuil


Quem conheça um pouco da história do Brasil deve saber  quão reprimido e em vários momentos servido como massa de manobra da classe governante foi o Sindicato, entidade que carrega em seu bojo o sentimento de defesa de políticas coletivas para a classe trabalhadora e, como organização que pode e dever ser instrumento de incitamento de luta por direitos e reconhecimentos dos seus membros. 

Porém, no Brasil, no Ceará e em diversos municípios e am Altaneira não é diferente, ainda existem pessoas que  sequer tem conhecimento de como ele funciona, tão pouco sabe como exatamente pode beneficiar o trabalhador. Há que se destacar, outrossim, de forma inicial que tal entidade significa a força que o trabalhador sozinho não consegue ter, lutando para que seus direitos sejam cumpridos, efetivados.

Cada vez mais o papel de uma entidade como o sindicato, seja qual for o seguimento social que ele represente, tem ganhado força e cada vez mais percebe-se a sua importância, principalmente em momento histórico pelo qual o país passa – onde os burgueses (a maioria destronados do poder) encontrando eco em suas posições retrógradas da grande mídia querem retornar a um regime ditatorial colocando em xeque o jovem e frágil sistema democrático. É ainda nesse sentido, que a sociedade se mobiliza no sentido de alcançar consenso em todos os segmentos envolvidos, representando uma grande chance de ser escrita uma bela página do movimento sindical, indo às ruas defender a permanência da democracia e concomitantemente defender também o direito do trabalhador, não se pode falar em respeito a este segmento em uma ditadura.

Tendo este cenário como norte, não se pode esquecer de que olhar para o todo sem se remeter ao particular. Da mesma forma, não se deve olhar apenas para o particular sem se referir para o geral. Isso significa dizer que o que acontece no Brasil atinge direta e indiretamente o município. Não tem como uma entidade se voltar apenas para os interesses dos trabalhadores do município, sem ter nenhuma ligação, nenhuma afinidade com as causas sociais gerais, como se estivessem vivendo em um município além. Não se pode ver várias organizações com as mesmas finalidades se mobilizando, participando e incitando a classe trabalhadora na defesa da democracia e eu (enquanto entidade sindical municipal) ficar alheio a tudo isso. 

Todo sindicato que se prese pode, deve e precisa querer a mobilização social geral para que a particular aconteça com êxito. É nesse contexto que emerge José Evantuil eleito/reconduzido em 09 de novembro de 2014 para exercer a função de secretário geral do Sindicato dos Servidores Municipais de Altaneira – SINSEMA. É bem verdade que esta instituição ainda não possui um portal de comunicação próprio que divulgue suas ações, mas ele (Evantuil) tem desde de março de 2011 um blog que emergiu do desejo em divulgar aos alunos do curso em informática as ações e conteúdos discutidos em sala. Toda via, essa particularidade acabou sendo insuficiente para as suas pretensões.

Com um nome bem sugestivo do seu blog, o Mandíbula de Altaneira, associado a arte do falar por meio da escrita, Evantuil afirma que posteriormente pensou em divulgar fatos diários sem, entretanto, focar diretamente a política partidária ou políticos. “Foi impossível, vez por outra atingimos eles diretamente pois o que denunciamos diz respeito as ações de gestores”, arguiu quando questionado sobre a finalidade do seu espaço de informações.

Em quatro anos na rede, o Mandíbula que se arvora do slogan “Um Blog para divulgar, opinar, denunciar, fatos locais da cidade e da esfera nacional”, entrou definitivamente para o conhecimento dos internautas em 06 de março de 2011 e alcançou nesse período 22 (vinte e dois) seguidores, tendo 52. 295 (cinquenta e dois mil e duzentos e noventa e cinco) acessos até o término deste artigo.

Natural de Altaneira, casado, Evantuil graduou-se em licenciatura plena em História no ano de 2006 pela Universidade Regional do Cariri – URCA e além de Secretário Geral do SINSEMA, atua como professor na rede estadual de ensino no município de Nova Olinda (EEFM Padre Luis Filgueiras) e na rede municipal de ensino, em Altaneira (EEF 18 de Dezembro).



Redução da Maioridade Penal: confira 18 argumentos contrários a ela



A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Federal está discutindo a redução da maioridade penal e o tema é considerado prioritário pela Bancada da Bala.  A votação da Proposta de Emenda Constitucional PEC 171/93 foi adiada mas a discussão continua quente no congresso e também na sociedade civil. Separamos aqui 18 motivos que explicam porque reduzir a maioridade penal não resolve o problema na segurança pública.

1°. Porque já responsabilizamos adolescentes em ato infracional

A partir dos 12 anos, qualquer adolescente é responsabilizado pelo ato cometido contra a lei. Essa responsabilização, executada por meio de medidas socioeducativas previstas no ECA, têm o objetivo de ajudá-lo a  recomeçar e a prepará-lo para uma vida adulta de acordo com o socialmente estabelecido. É parte do seu processo de aprendizagem que ele não volte a repetir o ato infracional.

Por isso, não devemos confundir impunidade com imputabilidade. A imputabilidade, segundo o Código Penal, é a capacidade da pessoa entender que o fato é ilícito e agir de acordo com esse entendimento, fundamentando em sua maturidade psíquica.

2°. Porque a lei já existe, resta ser cumprida

O ECA prevê seis medidas educativas: advertência, obrigação de reparar o dano, prestação de serviços à comunidade, liberdade assistida, semiliberdade e internação. Recomenda que a medida seja aplicada de acordo com a capacidade de cumpri-la, as circunstâncias do fato e a gravidade da infração.

Muitos adolescentes, que são privados de sua liberdade, não ficam em instituições preparadas para sua reeducação, reproduzindo o ambiente de uma prisão comum. E mais: o adolescente pode ficar até 9 anos em medidas socioeducativas, sendo três anos interno, três em semiliberdade e três em liberdade assistida, com o Estado acompanhando e ajudando a se reinserir na sociedade.

Não adianta só endurecer as leis se o próprio Estado não as cumpre!

3°. Porque o índice de reincidência nas prisões é de 70%

Não há dados que comprovem que o rebaixamento da idade penal reduz os índices de criminalidade juvenil. Ao contrário, o ingresso antecipado no falido sistema penal brasileiro expõe as(os) adolescentes a mecanismos/comportamentos reprodutores da violência, como o aumento das chances de reincidência, uma vez que as taxas nas penitenciárias são de 70% enquanto no sistema socioeducativo estão abaixo de 20%.

A violência não será solucionada com a culpabilização e punição, mas pela ação da sociedade e governos nas instâncias psíquicas, sociais, políticas e econômicas que as reproduzem. Agir punindo e sem se preocupar em discutir quais os reais motivos que reproduzem e mantém a violência, só gera mais violência.

4°. Porque o sistema prisional brasileiro não suporta mais pessoas

O Brasil tem a 4° maior população carcerária do mundo e um sistema prisional superlotado com 500 mil presos. Só fica atrás em número de presos para os Estados Unidos (2,2 milhões), China (1,6 milhões) e Rússia (740 mil).

O sistema penitenciário brasileiro NÃO tem cumprido sua função social de controle, reinserção e reeducação dos agentes da violência. Ao contrário, tem demonstrado ser uma “escola do crime”.
Portanto, nenhum tipo de experiência na cadeia pode contribuir com o processo de reeducação e reintegração dos jovens na sociedade.

5°. Porque reduzir a maioridade penal não reduz a violência

Muitos estudos no campo da criminologia e das ciências sociais têm demonstrado que NÃO HÁ RELAÇÃO direta de causalidade entre a adoção de soluções punitivas e repressivas e a diminuição dos índices de violência.

No sentido contrário, no entanto, se observa que são as políticas e ações de natureza social que desempenham um papel importante na redução das taxas de criminalidade.

Dados do Unicef revelam a experiência mal sucedida dos EUA. O país, que assinou a Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança, aplicou em seus adolescentes, penas previstas para os adultos. Os jovens que cumpriram pena em penitenciárias voltaram a delinquir e de forma mais violenta. O resultado concreto para a sociedade foi o agravamento da violência.

6°. Porque fixar a maioridade penal em 18 anos é tendência mundial

Diferentemente do que alguns jornais, revistas ou veículos de comunicação em geral têm divulgado, a idade de responsabilidade penal no Brasil não se encontra em desequilíbrio se comparada à maioria dos países do mundo.

De uma lista de 54 países analisados, a maioria deles adota a idade de responsabilidade penal absoluta aos 18 anos de idade, como é o caso brasileiro.

Essa fixação majoritária decorre das recomendações internacionais que sugerem a existência de um sistema de justiça especializado para julgar, processar e responsabilizar autores de delitos abaixo dos 18 anos.

7°. Porque a fase de transição justifica o tratamento diferenciado

A Doutrina da Proteção Integral é o que caracteriza o tratamento jurídico dispensado pelo Direito Brasileiro às crianças e adolescentes, cujos fundamentos encontram-se no próprio texto constitucional, em documentos e tratados internacionais e no Estatuto da Criança e do Adolescente.

Tal doutrina exige que os direitos humanos de crianças e adolescentes sejam respeitados e garantidos de forma integral e integrada, mediando e operacionalização de políticas de natureza universal, protetiva e socioeducativa.

A definição do adolescente como a pessoa entre 12 e 18 anos incompletos implica a incidência de um sistema de justiça especializado para responder a infrações penais quando o autor trata-se de um adolescente.

A imposição de medidas socioeducativas e não das penas criminais relaciona-se justamente com a finalidade pedagógica que o sistema deve alcançar, e decorre do reconhecimento da condição peculiar de desenvolvimento na qual se encontra o adolescente.

8°. Porque as leis não podem se pautar na exceção

Até junho de 2011, o Cadastro Nacional de Adolescentes em Conflito com a Lei (CNACL), do Conselho Nacional de Justiça, registrou ocorrências de mais de 90 mil adolescentes. Desses, cerca de 30 mil cumprem medidas socioeducativas. O número, embora seja considerável, corresponde a 0,5% da população jovem do Brasil, que conta com 21 milhões de meninos e meninas entre 12 e 18 anos.
Sabemos que os jovens infratores são a minoria, no entanto, é pensando neles que surgem as propostas de redução da idade penal. Cabe lembrar que a exceção nunca pode pautar a definição da política criminal e muito menos a adoção de leis, que devem ser universais e valer para todos.

As causas da violência e da desigualdade social não se resolverão com a adoção de leis penais severas. O processo exige que sejam tomadas medidas capazes de romper com a banalização da violência e seu ciclo. Ações no campo da educação, por exemplo, demonstram-se positivas na diminuição da vulnerabilidade de centenas de adolescentes ao crime e à violência.

9°. Porque reduzir a maioridade penal é tratar o efeito, não a causa

A constituição brasileira assegura nos artigos 5º e 6º direitos fundamentais como educação, saúde, moradia, etc. Com muitos desses direitos negados, a probabilidade  do envolvimento com o crime aumenta, sobretudo entre os jovens.

O adolescente marginalizado não surge ao acaso. Ele é fruto de um estado de injustiça social que gera e agrava a pobreza em que sobrevive grande parte da população.

A marginalidade torna-se uma prática moldada pelas condições sociais e históricas em que os homens vivem. O adolescente em conflito com a lei é considerado um ‘sintoma’ social, utilizado como uma forma de eximir a responsabilidade que a sociedade tem nessa construção.

Reduzir a maioridade é transferir o problema. Para o Estado é mais fácil prender do que educar.

10°. Porque educar é melhor e mais eficiente do que punir

A educação é fundamental para qualquer indivíduo se tornar um cidadão, mas é realidade que no Brasil muitos jovens pobres são excluídos deste processo. Puni-los com o encarceramento é tirar a chance de se tornarem cidadãos conscientes de direitos e deveres, é assumir a própria incompetência do Estado em lhes assegurar esse direito básico que é a educação.

As causas da violência e da desigualdade social não se resolverão com adoção de leis penais mais severas. O processo exige que sejam tomadas medidas capazes de romper com a banalização da violência e seu ciclo. Ações no campo da educação, por exemplo, demonstram-se positivas na diminuição da vulnerabilidade de centenas de adolescentes ao crime e à violência.

Precisamos valorizar o jovem, considerá-los como parceiros na caminhada para a construção de uma sociedade melhor. E não como os vilões que estão colocando toda uma nação em risco.

11°. Porque reduzir a maioridade penal isenta o estado do compromisso com a juventude

O Brasil não aplicou as políticas necessárias para garantir às crianças, aos adolescentes e jovens o pleno exercício de seus direitos e isso ajudou em muito a aumentar os índices de criminalidade da juventude.

O que estamos vendo é uma mudança de um tipo de Estado que deveria garantir direitos para um tipo de Estado Penal que administra a panela de pressão de uma sociedade tão desigual. Deve-se mencionar ainda a ineficiência do Estado para emplacar programas de prevenção da criminalidade e de assistência social eficazes, junto às comunidades mais pobres, além da deficiência generalizada em nosso sistema educacional.

12°. Porque os adolescentes são as maiores vitimas, e não os principais autores da violência

Até junho de 2011, cerca de 90 mil adolescentes cometeram atos infracionais. Destes, cerca de 30 mil cumprem medidas socioeducativas. O número, embora considerável, corresponde a 0,5% da população jovem do Brasil que conta com 21 milhões de meninos e meninas entre 12 e 18 anos.

Os homicídios de crianças e adolescentes brasileiros cresceram vertiginosamente nas últimas décadas: 346% entre 1980 e 2010. De 1981 a 2010, mais de 176 mil foram mortos e só em 2010, o número foi de 8.686 crianças e adolescentes assassinadas, ou seja, 24 POR DIA!

A Organização Mundial de Saúde diz que o Brasil ocupa a 4° posição entre 92 países do mundo analisados em pesquisa. Aqui são 13 homicídios para cada 100 mil crianças e adolescentes; de 50 a 150 vezes maior que países como Inglaterra, Portugal, Espanha, Irlanda, Itália, Egito cujas taxas mal chegam a 0,2 homicídios para a mesma quantidade de crianças e adolescentes.

13°. Porque, na prática, a pec 33/2012 é inviável

A Proposta de Emenda Constitucional quer alterar os artigos 129 e 228 da Constituição Federal, acrescentando um paragrafo que prevê a possibilidade de desconsiderar da inimputabilidade penal de maiores de 16 anos e menores de 18 anos.

E o que isso quer dizer? Que continuarão sendo julgados nas varas Especializadas Criminais da Infância e Juventude, mas se o Ministério Publico quiser poderá pedir para ‘desconsiderar inimputabilidade’, o juiz decidirá se o adolescente tem capacidade para responder por seus delitos. Seriam necessários laudos psicológicos e perícia psiquiátrica diante das infrações: crimes hediondos, tráfico de drogas, tortura e terrorismo ou reincidência na pratica de lesão corporal grave e roubo qualificado. Os laudos atrasariam os processos e congestionariam a rede pública de saúde.

A PEC apenas delega ao juiz a responsabilidade de dizer se o adolescente deve ou não ser punido como um adulto.

No Brasil, o gargalo da impunidade está na ineficiência da polícia investigativa e na lentidão dos julgamentos. Ao contrário do senso comum, muito divulgado pela mídia, aumentar as penas e para um número cada vez mais abrangente de pessoas não ajuda em nada a diminuir a criminalidade, pois, muitas vezes, elas não chegam a ser aplicadas.

14°. Porque reduzir a maioridade penal não afasta crianças e adolescentes do crime

Se reduzida a idade penal, estes serão recrutados cada vez mais cedo.

O problema da marginalidade é causado por uma série de fatores. Vivemos em um país onde há má gestão de programas sociais/educacionais, escassez das ações de planejamento familiar, pouca oferta de lazer nas periferias, lentidão de urbanização de favelas, pouco policiamento comunitário, e assim por diante.

A redução da maioridade penal não visa a resolver o problema da violência. Apenas fingir que há “justiça”. Um autoengano coletivo quando, na verdade, é apenas uma forma de massacrar quem já é massacrado.

Medidas como essa têm caráter de vingança, não de solução dos graves problemas do Brasil que são de fundo econômico, social, político. O debate sobre o aumento das punições a criminosos juvenis envolve um grave problema: a lei do menor esforço. Esta seduz políticos prontos para oferecer soluções fáceis e rápidas diante do clamor popular.

Nesse momento, diante de um crime odioso, é mais fácil mandar quebrar o termômetro do que falar em enfrentar com seriedade a infecção que gera a febre.

15°. Porque afronta leis brasileiras e acordos internacionais

Vai contra a Constituição Federal Brasileira que reconhece prioridade e proteção especial a crianças e adolescentes. A redução é inconstitucional.

Vai contra o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE) de princípios administrativos, políticos e pedagógicos que orientam os programas de medidas socioeducativas.

Vai contra a Doutrina da Proteção Integral do Direito Brasileiro que exige que os direitos humanos de crianças e adolescentes sejam respeitados e garantidos de forma integral e integrada às políticas de natureza universal, protetiva e socioeducativa.

Vai contra parâmetros internacionais de leis especiais para os casos que envolvem pessoas abaixo dos dezoito anos autoras de infrações penais.

Vai contra a Convenção sobre os Direitos da Criança e do Adolescente da Organização das Nações Unidas (ONU) e a Declaração Internacional dos Direitos da Criança compromissos assinados pelo Brasil.

16°. Porque poder votar não tem a ver com ser preso com adultos

O voto aos 16 anos é opcional e não obrigatório, direito adquirido pela juventude. O voto não é para a vida toda, e caso o adolescente se arrependa ou se decepcione com sua escolha, ele pode corrigir seu voto nas eleições seguintes. Ele pode votar aos 16, mas não pode ser votado.

Nesta idade ele tem maturidade sim para votar, compreender e responsabilizar-se por um ato infracional.

Em nosso país qualquer adolescente, a partir dos 12 anos, pode ser responsabilizado pelo cometimento de um ato contra a lei.

O tratamento é diferenciado não porque o adolescente não sabe o que está fazendo. Mas pela sua condição especial de pessoa em desenvolvimento e, neste sentido, o objetivo da medida socioeducativa não é fazê-lo sofrer pelos erros que cometeu, e sim prepará-lo para uma vida adulta e ajuda-lo a recomeçar.

17°. Porque o brasil está dentro dos padrões internacionais

São minoria os países que definem o adulto como pessoa menor de 18 anos. Das 57 legislações analisadas pela ONU, 17% adotam idade menor do que 18 anos como critério para a definição legal de adulto.

Alemanha e Espanha elevaram recentemente para 18 a idade penal e a primeira criou ainda um sistema especial para julgar os jovens na faixa de 18 a 21 anos.

Tomando 55 países de pesquisa da ONU, na média os jovens representam 11,6% do total de infratores, enquanto no Brasil está em torno de 10%. Portanto, o país está dentro dos padrões internacionais e abaixo mesmo do que se deveria esperar. No Japão, eles representam 42,6% e ainda assim a idade penal no país é de 20 anos.

Se o Brasil chama a atenção por algum motivo é pela enorme proporção de jovens vítimas de crimes e não pela de infratores.

18°. Porque importantes órgãos têm apontado que não é uma boa solução

O UNICEF expressa sua posição contrária à redução da idade penal, assim como à qualquer alteração desta natureza. Acredita que ela representa um enorme retrocesso no atual estágio de defesa, promoção e garantia dos direitos da criança e do adolescente no Brasil. A Organização dos Estados Americanos (OEA) comprovou que há mais jovens vítimas da criminalidade do que agentes dela.

O Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA) defende o debate ampliado para que o Brasil não conduza mudanças em sua legislação sob o impacto dos acontecimentos e das emoções. O CRP (Conselho Regional de Psicologia) lança a campanha Dez Razões da Psicologia contra a Redução da idade penal CNBB, OAB, Fundação Abrinq lamentam publicamente a redução da maioridade penal no país.

Mais de 50 entidades brasileiras aderem ao Movimento 18 Razões para a Não redução da maioridade penal.




Blogueiros de Altaneira: Francisco Adeilton


Ser oposição política no Brasil e em qualquer parte deste país não é uma das tarefas mais fáceis.  Um observador da cena política, por mais mediano que seja, por mais leigo que possa ser sobre o ambiente político brasileiro e local seria capaz de reconhecer a conjuntura histórica de transformação que ocorre nas forças dominantes no sistema político e, no contraponto, das contribuições que uma simples oposição, por mais frágil que venha a ser, tem nesse processo.

Esse mesmo observador, depois de estudar mais profundamente a política, saberia ainda identificar o quão é saudável uma oposição. É parte integrante do cenário político e sabe, por outro lado, que o termo oposição não passa necessariamente e tão somente a ser contra tudo e contra todos aqueles que não fazem parte do seu grupo. Na grande maioria das vezes, ser oposição é concomitantemente ser minoria, principalmente no legislativo, como resultado imediato e quase que “culturalmente” do ambiente governista que paira tão logo se termine o processo eleitoral. O que leva a construção de esteriótipos como oposição é um grupo de derrotados ressentidos, de “destronados” do poder, o que na grande maioria das vezes o são. 

Ante a isso, acaba-se criando espaços de discussões para além das tradicionais “arenas” políticas que servem para confrontar ideias, ou até mesmo para construções de plano e projetos. Foi pensando nessa nova alternativa de expor posicionamentos que Francisco Adeilton, professor e vereador, criou em janeiro de 2013 o blog que leva o nome associado ao seu trabalho enquanto parlamentar com a finalidade de divulgar suas ações no Legislativo local e demais fatos políticos no município.

Em dois anos na rede mundial de computadores o blog já recebeu 298 (duzentos e noventa e oito) artigos com destaque para críticas a administração municipal, rendendo até o fechamento deste artigo 53.625 (cinquenta e três mil e seiscentos e vinte e cinco) acessos. Para alguns as ações de Adeilton faz jus a seu papel enquanto oposição, para outros não passam de insinuações e acusações falsárias. Para uns Adeliton é um líder. Para outros não passa de um mero “destronado” do poder.

Quando indagado sobre sua experiência enquanto blogueiro ele foi empolado e citou a frase que tem lhe marcado na câmara "sou responsável pelo que escrevo, não pelo que você entende". Ele arguiu ainda que tem “buscado dar maior enfase as matérias políticas partidárias” e lembra que em virtude do acirramento político ser muito grande no município tem deixado algumas questões de lado. Não citando porém quais. “Acredito que nossa função é por demais importante. Nos tornamos formadores de opiniões e gosto muito de provocar o debate, defendo minha posição e opinião sobre as situações e respeito as posições dos demais”, concluiu.

O edil está no seu segundo mandato e foi eleito nessas duas oportunidades como o maior número de votos. A primeira vez foi pelo Partido da Social Democracia Brasileira - PSDB e agora está com assento pelo Partido Progressista – PP. Ele está experimentando uma situação nova enquanto líder da oposição no legislativo municipal. É a primeira vez em que o grupo possui maioria na casa.

Nascido em Assaré, região do cariri, é casado desde de 4 de outubro de 2003 com Rute Oliveira com quem teve um filho, Laerte. Francisco Adeilton, ou professor Adeilton (nome parlamentar), formou-se em Ciências pela Universidade Regional do Cariri – URCA em 2005. Possuiu Especializações em Matemática do Ensino Médio, também pela Urca e em Gestão Escolar pela Faculdade de Juazeiro do Norte – FJN. Leciona matemática na Escola de Ensino Médio Santa Tereza e atualmente cursa mestrado acadêmico em Educação Matemática na Universidade Estadual da Paraíba - UEPB.




Depois de denúncia concluida, OAB pede a cassação de Jair Bolsonaro e Marco Feliciano




A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) concluiu a denúncia contra Marco Feliciano (PSC/SP) e Jair Bolsonaro (PP/RJ) por campanha de ódio. Em conjunto com mais de vinte entidades ligadas aos direitos humanos, a entidade deve enviar ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha(PMDB/RN).

A OAB concluiu a denúncia contra os deputados Marco
Feliciano e Jair Bolsonaro por campanha de ódio e pede
cassação dos parlamentares.
Os grupos querem entrar com uma representação junto à Corregedoria da Câmara, acusando os dois parlamentares de quebra de decoro parlamentar em virtude de divulgação de vídeos considerados difamatórios, o que poderia resultar na cassação dos mandatos de ambos.

Vídeos

Em um dos vídeos, Bolsonaro teria editado a fala de um professor do Distrito Federal em audiências na Câmara para acusá-lo de pedofilia e fez o mesmo com a fala de uma psicóloga do DF. O deputado utiliza imagens de deputados a favor da causa homossexual para dizer que eles são contrários à família.

Já Feliciano, então presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Casa, é denunciado por um vídeo atacando opositores políticos e lideranças do movimento que são favoráveis à causa de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Travestis (LGBT), que foi postado pela assessoria do deputado. Ele nega qualquer relação com o vídeo. “Não fizemos o vídeo. A minha assessoria viu, achou interessante e postou”, disse.

Rebaixamento

Para o presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH) da OAB, Wadih Damous, essas campanhas de ódio representam o rebaixamento da política brasileira. “Pensar que tais absurdos partem de representantes do Estado, das Estruturas do Congresso Nacional, é algo inimaginável e não podemos ficar omissos. Direitos Humanos não se loteia e não se barganha”, disse.

Em reunião com a CNDH da entidade dos advogados estiveram presentes, além dos deputados acusados na campanha difamatória, representantes da secretaria Nacional de Direitos Humanos da Presidência da República, do Conselho Federal de Psicologia, e ativistas dos movimentos indígena, de mulheres, da população negra, do povo de terreiro e LGBT. Damous garantiu que “a Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB será protagonista no enfrentamento a esse tipo de atentado à dignidade humana”.


O 25 de Março: 100 anos depois, é instituida a lei que torna o racismo crime inafiançável


O 25 de março é, sem dúvida, uma data histórica. Por vários sentidos, principalmente para a comunidade negra. Foi nesse dia, por exemplo, que se teve a outorga da constituição de 1824 pelo então imperador do Brasil, D. Pedro I. Atribui-se a essa dia também o pioneirismo do estado do Ceará em extinguir a escravidão, por isso chamada de Data Magna  do Ceará.

Quadro montado por este blogueiro a partir da captura do vídeo que é exibido abaixo.

Porém, mesmo com a abolição da escravatura, a classe negra no Brasil além de ter que enfrentar as mazelas sociais, pois não lhe foi proporcionado alternativas e condições de se inserir na sociedade, tiveram que esperar um século para ver um dos maiores cânceres sociais – o racismo - ser colocado em lei como crime inafiançável. Algo importante para a efetivação da igualdade racial e que foi preciso muito envolvimento dos negros e negras e dos movimentos que levam no seu bojo a luta pelo reconhecimento e valorização negra no Brasil

Confira no vídeo um pouco dessa história.

                        

Blogueiros de Altaneira: Paulo Robson


Quem mergulha nos pensamentos, nas angústias e na história dos teóricos da educação, e principalmente da contribuição deste setor para a formação de mentes pensantes, atuantes e críticas do meio que o cerca, sabe o quão é prazeroso ser professor, educador e certamente nunca mais se sentirá como era antes. Talvez seja assim que se sente o professor Paulo Robson Leite que para além do ambiente em sala de aula encontrou outro espaço para dividir e compartilhar conhecimentos através da blogosfera.

Foi exatamente nesse universo digital que embarcou em maio de 2011 ao lançar o blog que leva o seu nome associado ao seu ofício. De forma inicial a finalidade era divulgar suas atividades desenvolvidas no ambiente escolar com os discentes, compartilhando e aprimorando informações relevantes. Mas o espaço local ficaria restrito demais para suas pretensões. Ao receber acessos que fugiam das linhas divisórias (imaginárias e simbólicas) do município, houve a necessidade de se ampliar o foco dos artigos, vindo a desembocar em assuntos que perpassa as áreas da ciência, tecnologia e educação.

blog não envereda, entretanto, em assuntos que envolvem a política partidária local, o que não se configura em poucos acessos. Porém, uma das temáticas a nível local e que de forma direta e indireta possui relação com a política partidária que mereceu a atenção do professor foi greve dos professores da rede estadual de ensino em 2011.  Em pouco mais de 3 anos na rede mundial de computadores, o blog já registrou 1.260 (mil e duzentos e sessenta) postagens vindo a render até o fechamento deste artigo 436.583 (quatrocentos e trinta e seis mil e quinhentos e oitenta e três) acessos, se configurando entre os mais visualizados do município.

Tem sido fascinante, pois ao tempo em que levo informações para os leitores aprendo sempre um pouco mais. Sem contar nos emails e comentários que recebemos de várias partes do país e algumas do exterior, como é o caso de Dheva e outros brasileiros que moram fora e entram em contato comigo. Inclusive para tirar dúvidas sobre assuntos da Física e na resolução de questões e até para opinar sobre redações, isso mesmo, já recebi até mensagens pedindo para que corrigisse redações para concurso, acredita? São experiências como estas que nos estimulam a continuar e a cada dia dedicar um tempinho para nosso ambiente”, frisou de forma enfática o professor Paulo ao ser indagado sobre a sua experiência enquanto blogueiro.

Nasceu em 30 de março de 1985, na cidade de Crato, região metropolitana do cariri, porém reside em Altaneira desde o nascimento. Paulo é casado com Emanuele Teles há cinco anos e graduou-se em Tecnologia da Construção Civil - Edifícios em 2005, vindo a lecionar a disciplina de Física na Escola Estadual de Ensino Médio Santa Tereza e matemática na E.M.E.F. 18 de Dezembro. Ele teve ainda uma curta experiência como professor universitário de forma substituta ao lecionar em 2013 as disciplinas de Física II e Óptica nos cursos de Matemática e Física, respectivamente, no Campus desta instituição em Juazeiro do Norte.

Paulo possui especializações em Matemática Aplicada, Matemática e Física e Ensino de Física. Atualmente está afastado de sua atribuições em sala em face de está cursando mestrado em Ensino de Física pela Universidade Estadual da Paraíba – UEPB.