21 de julho de 2022

Léo Péricles, pré-candidato à presidência, é alvo de ataques racistas

 

(FOTO | Emília Silberstein/Divulgação).

O pré-candidato à presidência pela Unidade Popular (UP), Léo Péricles, tem sofrido ataques racistas em suas redes sociais. Na última semana, o partido utilizou as redes sociais para denunciar as agressões, que partem de um perfil supostamente neonazista. Segundo Péricles, esta não é a primeira investida que sofrem e a legenda vai procurar as punições cabíveis.

"Boa tarde. Sou português ariano puro e sinto nojo de pretos porque tua raça tem em média 55-80 de QI e também possuem uma altíssima propensão para violência. A raça preta deveria ser expulsa das cidades e empurrada de volta para a selva, um lugar que nunca deveriam ter saído", escreveu o perfil denominado Bruno Silva.

Em seguida, o internauta manda uma foto de um chimpanzé e escreve: “Macaco! Volta pra árvore! Quer banana?”

O agressor termina relacionando o ato de racismo ao atual presidente Jair Bolsonaro (PL): “Vota em Bolsonaro para o Brasil continuar racista. Bolsonaro é o maior racista do Brasil. Viva o racismo! Preto nojento!”.

À Alma Preta Jornalismo, Leonardo Péricles declarou que estipular quando começaram os ataques é complexo porque, de acordo com o pré-candidato, todas as vezes que ele esteve em um lugar de destaque na política, que “geralmente não está reservado pessoas negras, de periferias e trabalhadores, isso acontece”.

"Desde que o registro da UP saiu, em dezembro de 2019, e isso deu alguma repercussão na imprensa, nós sofremos alguns ataques. Posteriormente, quando lançamos a pré-campanha aconteceram outros. Agora, que estamos pleiteando estar em todos os espaços de debate, não aceitando a subalternidade, mostrando que precisam existir pessoas negras que disputam o maior cargo político do Brasil e que devem estar nos debates centrais, aí os ataques ficaram mais intensos”, conta o líder da Unidade Popular.

Ele ainda complementou afirmando que esses ataques serão tratados pelo jurídico do partido e no combate ao fascismo e ao racismo nas ruas. “Transformaremos esses ataques em mola propulsora para lutarmos ainda mais para a construção de uma sociedade onde o racismo e demais opressões não existam”, concluiu o pré-candidato.

Léo Péricles não é um caso isolado. No final de junho, a Alma Preta denunciou casos como o do pré-candidato a deputado federal pelo PT-SP, Douglas Belchior, professor de História, fundador da Uneafro Brasil e membro da Coalizão Negra por Direitos. Ele recebeu uma mensagem semelhante à encaminhada à Péricles, vinda de um perfil com a mesma foto.

Eu tenho um enorme nojo de pretos e não deixo essa macacada fedorenta chegar perto da minha família. Heil Hitler! Hitler estava certo. Macaco fedorento”, escreveu o agressor à Belchior, em uma mensagem por WhatsApp.

No começo do mês de junho, um trabalho educativo criado pelo mandato da vereadora Guida Calixto (PT-SP), de Campinas (SP), também foi alvo de perseguição, e mais, o próprio mandato esteve sob risco de cassação devido a publicação da HQ “Territórios Negros: nossos passos vêm de longe”.

Em 2020, um levantamento feito pelo Instituto Marielle Franco com apoio da Terra de Direitos e Justiça Global contabilizou que 78% das candidatas negras relataram ter sofrido ataques virtuais no período eleitoral. Na ocasião, 142 mulheres negras candidatas pertencentes a 93 municípios (em 21 estados) e 16 partidos responderam a um questionário para analisar o cenário da violência política eleitoral neste ano. De acordo com o relatório, os principais autores dos ataques virtuais são grupos não identificados (45%) e candidatos ou grupos militantes de partidos políticos adversários (30%). Também foram identificados grupos misóginos, racistas e neonazistas (15%).

Apesar das diferentes bases legais, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o crime de injúria racial - o que é destinado a uma única pessoa - pode ser equiparado ao de racismo - que ofende um grupo - e considerado imprescritível, ou seja, passível de punição a qualquer tempo. As denúncias à polícia podem ser feitas por telefone, presencialmente ou internet. A avaliação e a devida punição caberá ao juíz de cada caso.

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Com informações da Alma Preta.

PT oficializa candidatura de Lula à Presidência da República

 

(FOTO | Fábio Vieira | Metrópoles).


O PT aprovou por unanimidade nesta quinta-feira (21/7) a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República. Em convenção realizada na capital paulista, o partido também confirmou que o vice será o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB).

O evento ocorre sem a presença do petista e de seu vice na chapa, que estão em agenda em Pernambuco. Em seguida, a federação Brasil da Esperança, que reúne PT, PCdoB e PV, oficializou com unanimidade a chapa em convenção. Ainda nesta quinta, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e uma liderança dos partidos aliados concederão entrevista coletiva à imprensa.

O petista será o primeiro candidato de uma federação, que significa uma aliança de quatro anos, na qual as siglas se comprometem a atuar em convergência. Além dos partidos que compõem a federação, a aliança da chapa Lula e Alckmin conta com PSol, Rede, PSB e Solidariedade.

Após a escolha da chapa em convenção, os partidos têm até 15 de agosto para fazer o registro do Tribunal Superior Eleitoral. Só a partir do dia 16 que o ex-presidente poderá pedir votos, quando começa oficialmente a campanha eleitoral.

Esta será a sexta vez em que Lula concorre às eleições e a primeira vez em que estará ao lado de Alckmin, seu ex-adversário histórico. Um dos primeiros filiados ao PSDB, o ex-governador de São Paulo deixou o ninho tucano no fim do ano passado após mais de 33 anos na legenda.
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Com informações do Metrópoles.

Mudando a cor da história

 

Imagem retirada do site Piaui.

A escravidão permanecerá por muito tempo como a característica nacional do Brasil.” A frase é certamente a mais conhecida de Minha Formação, autobiografia que Joaquim Nabuco publicou em 1900, doze anos depois de o moribundo governo imperial promulgar a Lei Áurea. Para o diplomata, historiador e abolicionista recifense, a servidão imposta às populações negras originárias da África insuflou no país “sua alma infantil, suas tristezas sem pesar, suas lágrimas sem amargor, seu silêncio sem concentração, suas alegrias sem causa, sua felicidade sem dia seguinte”. Em 2000, Caetano Veloso transformou a célebre frase e outros trechos do livro na letra da canção Noites do Norte, que integra o disco de mesmo nome. Lenta e soturna, a música evidenciava que o terrível presságio de Nabuco continuava em vigor às portas do século XXI. Agora, uma iniciativa liderada pelo jornalista mineiro Tiago Rogero pretende demonstrar, mais uma vez, que a sombra do período escravista ainda paira sobre boa parte das mazelas brasileiras.

Desenvolvido ao longo dos últimos dois anos e sete meses, o projeto Querino lança seus três primeiros frutos no dia 6 de agosto: um podcast de oito episódios, um site e uma reportagem na piauí. “A ideia é aproveitar o bicentenário da Independência para rever a história do país sob uma ótica afrocentrada”, explica Rogero. “Queremos mostrar que o Brasil não apenas nasceu da escravidão como continua orbitando em torno da lógica que a sustentou. Praticamente toda a riqueza material e imaterial do país deve muito à exploração da força, do conhecimento e da sensibilidade de indígenas e negros.” O projeto também almeja “botar o dedo na ferida das elites”. “Vamos apontar quem se beneficiou da máquina escravocrata e cobrar responsabilidades”, diz o jornalista.

Ele se inspirou numa ação do New York Times para criar o Querino. Em agosto de 2019, o jornal iniciou o 1619 Project, um trabalho de fôlego que refletia sobre a persistência do racismo entre os norte-americanos. Na ocasião, a chegada dos primeiros escravizados à colônia inglesa da Virgínia – uma das treze que iriam compor o futuro Estados Unidos – estava completando quatro séculos.

Poucos meses depois que o 1619 surgiu, Rogero procurou o Instituto Ibirapitanga com a intenção de fazer algo semelhante por aqui. A organização sem fins lucrativos, que busca  promover a equidade racial no Brasil, gostou da proposta e topou financiá-la. Em seguida, o jornalista levou a sugestão para a Rádio Novelo, produtora de podcasts que também lhe deu sinal verde. Por fim, a piauí* aderiu à ideia. O nome do projeto homenageia o baiano Manuel Querino (1851-1923), intelectual e abolicionista que realizou estudos pioneiros sobre o papel dos africanos e de seus descendentes no desenvolvimento do país. A equipe responsável pela empreitada conta, até agora, com 42 profissionais. Desses, 28 são negros, incluindo Rogero.

Os episódios do podcast que o Querino lançará irão durar entre 50 e 59 minutos. Cada um vai se debruçar sobre um assunto: a Independência, a produção de riqueza, a música, a educação, o trabalho, a religiosidade, a saúde e a política. Rogero apresentará todos os capítulos. Ele próprio escreveu os roteiros, com a ajuda de Flora Thomson-DeVeaux, Paula Scarpin e Mariana Jaspe. Baseou-se em 54 entrevistas e numa ampla pesquisa, que se estendeu por um ano e ficou sob a responsabilidade de Gilberto Porcidonio, Rafael Domingos Oliveira, Angélica Paulo e Yasmin Santos. A professora Ynaê Lopes dos Santos atuou como consultora historiográfica do projeto.

Até o fim de 2022, a piauí deverá publicar pelo menos quatro reportagens com o selo do Querino. A primeira irá retratar filhos de empregadas domésticas negras que cresceram dentro dos minúsculos quartos onde as mães viviam nas casas dos patrões. Os autores são o repórter Tiago Coelho e o fotógrafo Taba Benedicto.

O site do projeto, assinado pela designer Maria Rita Casagrande, vai trazer os links das matérias. Também reunirá os oito episódios do podcast, com conteúdos extras e as referências bibliográficas que nortearam os roteiros.

Se tudo sair como planejado, o Querino terá outros desdobramentos: um braço educacional, rodas de conversa, livros, exposições e talvez um documentário”, afirma Rogero. Antes de se dedicar ao projeto, ele concebeu e apresentou dois podcasts com viés histórico-racial. Em 2019, esteve à frente do Negra Voz, produzido pelo jornal O Globo. Um ano depois, fez Vidas Negras, uma parceria do Spotify com a Novelo.

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Com informações do Geledés.

Lula amplia vantagem sobre Bolsonaro, mostra pesquisa Exame/Ideia

 

Lula lidera a corrida eleitoral em cenário de estabilidade, sem mudanças além da margem de erro em relação às pesquisas anteriores da série Exame/Ideia. (FOTO | Ricardo Stuckert).

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 44% das intenções de voto, e o presidente Jair Bolsonaro (PL) aparece com 33% em nova pesquisa Exame/Ideia divulgada nesta quinta-feira (21).

Em comparação com a última pesquisa, feita em junho, os números oscilaram dentro da margem de erro. Apesar dessa variação, quem teve uma queda maior, no limite da margem, foi o presidente Bolsonaro, saindo de 36%, há um mês, para 33%. Lula perdeu um ponto percentual.

Ciro Gomes, do PDT, tem 8%, e Simone Tebet (MDB), 4%. André Janones (Avente) fez 2%. Os demais nomes testados pontuaram 1% ou ficaram abaixo disso.

Esses números são da pesquisa estimulada, quando os nomes são apresentados em formato de lista. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Foram ouvidas 1.500 pessoas entre os dias 15 e 20 de julho. As entrevistas foram feitas por telefone, com ligações tanto para fixos residenciais quanto para celulares. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-09608/2022.

Série histórica

Na série histórica, as duas últimas sondagens da Exame/Ideia são as que permitem uma comparação mais precisa, uma vez que outros pré-candidatos foram testados em pesquisa anteriores, mas saíram da corrida presidencial, como o ex-governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o ex-juiz Sérgio Moro (União Brasil).

Percebemos um número estável das intenções de voto. Ainda não há nenhum reflexo de impacto resultante das medidas do governo de pagamento de auxílio ou de redução de preço dos combustíveis. Ou seja, é algo que precisamos monitorar na opinião pública nos próximos meses. Vale lembrar que o auxílio emergencial demorou aproximadamente dois meses para ter um reflexo na popularidade do presidente”, explica Maurício Moura, fundador do IDEIA.

Moura se refere ao pagamento de 600 reais do Auxílio Brasil, mais um benefício a taxistas e caminhoneiros, além de um valor maior do auxílio-gás que serão pagos até o final do ano, e que foi aprovado pelo Congresso na semana passada.

Em uma pergunta espontânea, em que o entrevistado precisa dizer o primeiro nome que está na mente, Lula tem 36% das intenções de voto, e Bolsonaro, 30%. Ciro aparece com 3%, e os demais pontuaram 1% ou ficaram abaixo disso.

Segundo turno

Em uma simulação de segundo turno entre Lula e Bolsonaro, o petista tem 47%, e Bolsonaro 37%. Na série histórica, essa distância entre os dois ficou maior, se comparado com a pesquisa feita há um mês. O atual presidente também oscilou negativamente, acima da margem de erro.

É maior a parcela da população que avalia o governo de forma negativa. Na pergunta sobre se ele merece ser reeleito, esse número está acima dos 50%, o que significa uma grande dificuldade de reeleição. Outro dado que tem relação é a maior parte dos brasileiros respondendo que acha que o país está no rumo errado”, diz Maurício Moura.

A pesquisa Exame/Ideia testou ainda outros quatro cenários de segundo turno. Lula venceria todas as disputas. Bolsonaro está em primeiro nas simulações com Tebet e Ciro, mas a com o ex-governador do Ceará está dentro da margem de erro e, portanto, é considerada um empate técnico.

Lula é o preferido dos jovens

Ao colocar uma lupa em alguns dados mais específicos da população, Lula tem vantagem no primeiro turno entre os jovens. Na parcela com idade entre 16 e 24 anos, ele tem 52% das intenções de voto, e Bolsonaro aparece com 21%. Ciro tem 10% nesta parcela, e Tebet, 6%.

Já entre os mais velhos, com 60 anos ou mais, há um empate entre Lula e Bolsonaro, ambos com 39% das intenções de voto. Neste grupo de eleitores, o ex-governador do Ceará tem 6%, e Tebet tem 5%.

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Com informações da RBA.

20 de julho de 2022

Ciro Gomes oficializa candidatura com ataques a Lula e Bolsonaro

 

O presidenciável Ciro Gomes em discurso durante a convenção nacional do PDT que formalizou a escolha dele como candidato do partido — Foto: Adriano Machado/Reuters.

O ex-ministro Ciro Gomes atacou os adversários Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) nesta quarta-feira (20) no primeiro discurso após ter sido sacramentado candidato a presidente da República — pela quarta vez — em convenção nacional do PDT em Brasília.

Ele foi o primeiro presidenciável a ter a candidatura formalizada, no primeiro dia da temporada de convenções partidárias (até 5 de agosto), durante a qual os partidos terão de formalizar as escolhas dos candidatos.

Ciro Gomes concorre sem aliança com outras legendas e até esta quarta não tinha candidato a vice. O presidenciável afirmou que há negociações com União Brasil e PSD, mas, se não resultarem em acordo, escolherá um filiado ao próprio PDT. Segundo ele, o nome do vice será anunciado "nos próximos dias" e, preferencialmente, será uma mulher.

Na mais recente pesquisa do instituto Datafolha, divulgada no último dia 23, Ciro Gomes aparece em terceiro lugar, com 8% das intenções de voto, atrás de Lula (47%) e Bolsonaro (28%).

"Com todas as suas diferenças, Lula e Bolsonaro são muito parecidos", afirmou Ciro Gomes em um discurso de 53 minutos no qual comparou os rivais aos personagens dos romances "O Médico e o Monstro", de Robert Louis Stevenson (Lula), e "Frankenstein", de Mary Shelley (Bolsonaro).

"O atual quadro político é tão surreal e trágico que uma boa forma de ilustrar é utilizar a literatura de terror", afirmou. "Os dois [Lula e Bolsonaro] estão causando um mal terrível à população brasileira, criando o maniqueísmo do bem absoluto e do mal absoluto. Cada um diz que tudo de bem está do seu lado e tudo de mal está de outro", afirmou.

Ele atribuiu aos 14 anos de governos petistas (2003 a 2016) a ascensão de Bolsonaro ao poder em 2018 e disse que, agora, Lula e o partido se aliam aos que defenderam o "golpe" que levou ao impeachment de Dilma Rousseff em 2016.

"Eles estão pedindo para voltar. Será que para produzir mais enganações e inconsistências? Qual milagre pode existir para que eles possam fazer em quatro anos o que não fizeram em 14? Acordos, conchavos, falta de escrúpulo, que convocam o povo a lutar contra o golpe para depois aparecerem abraçados, beijando na boca daqueles que provocaram o golpe", afirmou Ciro Gomes, ministro da Integração Regional no primeiro mandato de Lula como presidente (2003-2006).

"Catorze anos aqui, e o que o lulismo conseguiu foi parir o Bolsonaro. Alguém acredita que Bolsonaro chegou de Marte? Bolsonaro é produto da construção magoada e iludida do povo, machucado pela mais grave crise econômica e pelo escândalo de ladroeira", declarou.

A Bolsonaro, o presidenciável do PDT reservou os adjetivos "incompetente", "preguiçoso" e "insensível" e afirmou que ele é responsável por "degradar" as instituições.

"Nunca o país teve um presidente tão insensível e incompetente como o que ocupa atualmente o Palácio do Planalto. Fora Bolsonaro. Usar e emporcalhar são os melhores verbos para definir o seu método de permanência porque ele não trabalha. A imprensa não chama tanto a atenção, mas ele é um grande preguiçoso, não trabalha, não pensa, não executa nenhuma ação em favor do povo brasileiro. Ele apenas usa como pocilga o belíssimo palácio desenhado por Niemeyer e parece estar disposto a tudo para fazer dele o seu acampamento de guerra híbrida”, disse.

Ele também criticou a reunião de Bolsonaro com embaixadores, na qual o presidente fez um pronunciamento com ataques ao sistema eleitoral e às urnas eletrônicas:

"Assistimos esta semana ao mais horrendo espetáculo de apologia à ditadura e de vexame internacional já feito por um presidente em toda a nossa história e talvez, eu acredito, da história do mundo moderno e civilizado. Vocês viram. O presidente da nossa República chama os embaixadores das potências e nações estrangeiras para esculhambar o nosso país e degradar nossas instituições, que a ele cabe, por juramento constitucional, velar, proteger e fazer respeitar."

Ciro Gomes disse que o Brasil vive um “neoliberalismo tropical”, um modelo econômico, segundo ele, em que a elite "menospreza" os pobres com políticas compensatórias ou "com puro desprezo”.

Segundo ele, “no banquete dos ricos e restos para os pobres, Collor preparou a cozinha, Fernando Henrique serviu a mesa e Lula temperou a comida. Dilma, Temer e Bolsonaro apenas requentaram o prato”.

“Esse modelo mal-acabado de neoliberalismo tropical começou há quase 30 anos, foi camuflando uma crise crônica, lenta e corrosiva durante os 14 anos do PT, até que ela se tornou aguda e insuportável. Esse modelo econômico, de uma elite ao mesmo tempo neocolonizada e neoescravista, menosprezou os pobres todo o tempo, seja com políticas compensatórias ou seja com puro desprezo. E notabilizou-se pelo privilégio dado aos banqueiros em detrimento dos que produzem", declarou.

Propostas

Na parte do discurso em que falou de propostas de governo, Ciro Gomes defendeu

um estado "vigoroso, indutor de crescimento econômico e da justiça social”;

uma "grande revolução" na educação;

"garantir a preservação e o futuro da Amazônia”;

revogar a atual política de preços da Petrobras;

reforma tributária para “corrigir as distorções que permitem, hoje, ao rico pagar menos imposto do que a classe média e o pobre”;

taxar fortunas superiores a R$ 20 milhões. "Mesmo com uma taxação moderada – R$ 0,50 a cada R$ 100 – arrecadaremos R$ 65 bilhões”;

nova política de juros “com taxas de mundo civilizado”, baseada em “metas que equilibrem índices de inflação com índices de emprego”;

revogar o teto de gastos, uma das “mais arbitrárias e elitistas [medidas] já tomadas recentemente, pois corta apenas os investimentos na vida do povo e deixam intactos os juros absurdos pagos aos bancos”.

“resolver o endividamento de 66 milhões de brasileiras e brasileiros que estão com nome sujo no SPC e no Serasa, renegociando dívidas com abatimento e parcelamento a juros baixos.

O fim da reeleição, "para facilitar a negociação séria, honesta e transparente [...]. Será o fim desta praga que está matando a democracia brasileira”.
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Com informações do G1.

Nicolau Neto é escolhido do público nas categorias Historiador e Professor de História de Potengi

 

Nicolau Neto em livraria do cariri shopping, de Juazeiro do Norte. (FOTO/ João Paulo de Lima).

Por Valéria Rodrigues, Colunista

Nicolau Neto, administrador e editor do Blog Negro Nicolau foi o melhor do ano em pesquisa de opinião pública em duas categorias promovida pela empresa Nova Ideia Consultoria e Marqueting, de Brejo Santo-Ce.

A votação ocorreu por meio da Rede Social Instagram da empresa que já afirmou que irá entregar aos vencedores e vencedoras das diversas outras categorias as placas em evento marcado para o dia 19 de agosto.

As categorias referentes ao município de Potengi, no cariri cearense, foram as de "Historiador" e "Professor de História."

Na tarde desta terça-feira, 19, representantes da empresa entraram em contato com Nicolau informando os resultados. Hoje à tarde o professor usou suas redes sociais para agradecer a votação.

Compartilho com amigos e amigas a alegria de mais uma vez ter sido escolhido em duas categorias o melhor em pesquisa de opinião pública. Agradeço a todos e todas que votaram em mim”, escreveu.

Esta é a primeira vez que os/as potengienses fazem referência ao nosso trabalho”, pontuou Nicolau.

Há duas semanas nós publicamos aqui mesmo nesta coluna (releia aquique o professor havia sido escolhido nessas mesmas categorias referente ao município de Altaneira.

Em 2021, além da placa de Historiador, Nicolau também recebeu a da categoria "Site/Blog" referente a este espaço de comunicação antirracista.

Clique aqui e confira os agradecimentos feitos na rede social Instagram.

Partidos PT, PP, MDB, PSDB, PCdoB e PV anunciam que vão se unir em estratégia eleitoral no Ceará

 

Legenda: Seis partidos se reuniram para discutir candidatura em comum ao Governo do Ceará. (FOTO |Divulgação).

Partidos que integravam a base de apoio do PDT em âmbito estadual decidiram, nesta terça-feira (19), que não devem compor aliança com o grupo governista e estarão juntos na disputa pelo Executivo estadual.

A reunião contou com a presença de dirigentes dos partidos PT, PP, MDB, PSDB, PCdoB e PV. Chiquinho Feitosa, que preside o PSDB no Ceará, no entanto, afirmou que o partido "a princípio esteve apostando até o momento na hipótese de que se mantivesse esse arco de aliança, mas a palavra final do PSDB, embora eu seja o presidente estadual, é do senador Tasso Jereissati".

A definição dos tucanos deverá ocorrer na próxima segunda-feira (25). O resultado das conversas, inclusive, impacta o Cidadania por conta da federação.

"Os partidos assumiram o compromisso de estarem juntos na construção de um caminho comum para as eleições de 2022", diz nota divulgada ao fim da reunião, que aconteceu no escritório do ex-governador Camilo Santana (PT), em Fortaleza.

A expectativa é de que saia um nome do grupo para disputar o governo estadual. O entendimento é de que a pré-candidatura terá o aval do ex-governador.

Dirigentes aproveitaram o encontro para reafirmar mágoas com o PDT pela condução da indicação da pré-candidatura ao Governo do Estado.

"Durante o encontro, os partidos lamentaram não terem sido envolvidos pelo PDT na discussão do nome que seria lançado, apesar dos apelos feitos pelo grupo, e se solidarizaram com a governadora Izolda Cela, por não ter o direito à reeleição respeitado", diz outro trecho da nota.

Um novo encontro será feito para continuar as negociações. Porém, não há data prevista para a próxima reunião entre os dirigentes.

O ex-governador Camilo Santana publicou nas redes sociais o registro do encontro com os partidos aliados.




ROMPIMENTO

Ainda nesta terça, reunião do diretório do PT, em Fortaleza, definiram que a legenda continurará em diálogo com partidos aliados em busca da unidade para a construção de uma candidatura própria.

Petistas acreditam que até o próximo sábado (23), o grupo poderá bater o martelo sobre o nome que unifica os partidos. A tese é dialogar com todas as forças políticas para evitar rachas na construção.

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Com informações do Diário do Nordeste.

19 de julho de 2022

O que você precisa saber sobre o novo valor do Auxílio Brasil

 

(FOTO | André Melo Andrade | Immagini | Estadão Conteúdo).

Por Nicolau Neto, editor

O que você sabe sobre o Auxílio Brasil? Com certeza deve saber que o benefício social é substituto do Bolsa Família, programa social da era PT.  Deve saber também quais pessoas têm direito a receber, visto que as condições para tal são praticamente as mesmas daquelas do seu antecessor.

Mas tem algumas anotações que é necessário você, beneficiário/a ou não do Auxílio, fazer. Elaborei 10 só para deixar as coisas acertadas e ninguém depois se queixar que não sabia ou que foi enganado. Vamos a elas:

1 - O Auxílio Brasil proposto pelo governo federal como substituto do Bolsa Família era de R$ 200,00. Esse valor, irrisório, diga-se de passagem, era em cenário onde todos estavam sem poder sair por conta do agravamento da pandemia;

2 - Depois de muitas intervenções de deputados e deputadas da oposição e de muitas denúncias de ativistas sociais, o valor aprovado do auxilio foi de R$ 400,00 e não de R$ 200,00;

3 - A desculpa do governo federal era o teto de gastos e que não tinha dinheiro para pagar esse valor;

4 - O Bolsa Família era entendido antes como auxílio que gerava vagabundos; Mas agora.....

5 - Agora, com as regras anticovid afrouxadas e as pessoas voltando aos locais de trabalho, é encaminhado uma PEC que aumenta o valor do Auxílio Brasil para R$ 600,00;

6 - Esse valor é somente até dezembro. Poucas pessoas estão atentando para o prazo  dessa "bondade;" 

7 - Restando três meses para as eleições, é bom você ficar esperto e não cair em armadilhas;

8 - Os benefícios sociais são essenciais para reduzir as mazelas do país, mas precisa ser bem planejado e transformado em uma política de estado;

9 - O valor do Auxílio Brasil de R$ 600,00 ainda é pouco. Ele é provisório. É só ate dezembro;

10 - Isso precisa ser explicado a população.