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Léo Pércicles, ex- candidato à Presidência, declara apoio a Lula

(FOTO | Reprodução | Redes Sociais)

O ex-candidato de Belo Horizonte (MG) à presidência nas eleições deste ano, Léo Péricles (UP), definiu na segunda-feira (10/10) que ele e o partido União Popular vão apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições contra o atual presidente Jair Bolsonaro (PL). Péricles ficou em oitavo lugar no primeiro turno e angariou 53.519 votos dos brasileiros.

A declaração foi dada em vídeo postado nas redes sociais. Léo Péricles afirmou que, antes de decretar o apoio, ele se encontrou com Lula e com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann em Belo Horizonte, no último domingo (9/10), enquanto o petista estava cumprindo agenda de campanha na capital mineira. Na ocasião, o presidente da UP declarou que mostrou aos dirigentes do Partido dos Trabalhadores as propostas existentes no seu plano de governo.

Péricles ainda afirmou que o objetivo central do apoio a Lula 

“A questão principal é que precisamos ocupar as ruas ainda mais, virar o voto dos indecisos, dialogar com as pessoas, corpo a corpo, casa em casa, barraco em barraco, ir onde o povo está! Votar e lutar, lutar e votar! Dessa forma podemos derrotar Bolsonaro e avançar nas lutas populares por direitos! Esse é o compromisso da UP nesse momento. Pela democracia! Contra o fascismo e a fome! Vote Lula! Vote 13!”, declarou. 

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Com informações do Estado de Minas.

Pesquisa Ipec Ceará: Lula tem 58%; Bolsonaro, 19%; Ciro, 14%

 

Legenda: Candidatos Lula (PT), Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB)
Foto: Ricardo Stuckert/Agência Brasil/Fabiane de Paula/Divulgação

A primeira pesquisa Ipec no Ceará para a disputa pela Presidência da República aponta o ex-presidente Lula (PT) com 58% das intenções de voto. Em segundo lugar, aparece o atual presidente Jair Bolsonaro (PL), com 19%. Ciro Gomes, ex-governador do Ceará, tem 14%. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.

O levantamento foi encomendado pela TV Verdes Mares e ouviu 1.200 pessoas entre o dia 29 de agosto e a última quarta-feira (31). As entrevistas foram feitas no modo presencial em 56 municípios.

A candidata Simone Tebet (MDB) tem 1% das intenções de voto. Vera Lúcia (PSTU), Pablo Marçal (Pros), Roberto Jefferson (PTB), Felipe d’Avila (Novo) e Soraya Thronicke (União) não pontuaram. Os candidatos Constituinte Eymael (DC), Léo Péricles (UP) e Sofia Manzano (PCB) não foram citados.

Brancos e nulos representam 4% dos entrevistados. Outros 4% disseram não saber ou não responderam à pesquisa. O nível de confiabilidade é de 95%.

SE A ELEIÇÃO PARA PRESIDENTE DA REPÚBLICA FOSSE HOJE E OS CANDIDATOS FOSSEM ESTES, EM QUEM O(A) SR.(A) VOTARIA? (ESTIMULADA %):

Lula (PT): 58%

Jair Bolsonaro: 19%

Ciro Gomes (PDT): 14%

Simone Tebet (MDB): 1%

Vera Lúcia (PSTU): 0%

Pablo Marçal (Pros): 0%

Roberto Jefferson (PTB): 0%

Felipe d’Avila (Novo): 0%

Soraya Thronicke (União): 0%

Branco/Nulo: 4%

Não sabe/Não respondeu: 4%



A pesquisa capta os primeiros efeitos da campanha eleitoral gratuita no rádio e na televisão, que começou na última sexta-feira (26). O levantamento foi realizado pelo instituto Ipec Inteligência e está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob número BR-05276/2022 e no Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) sob protocolo CE-08708/2022.

ESPONTÂNEA

Na pesquisa espontânea, quando o entrevistador não apresenta os nomes dos candidatos, Lula (PT) lidera com 54% das intenções de voto. Em seguida, aparecem Jair Bolsonaro (PL), com 19%, e Ciro Gomes (PDT), com 10%. Simone Tebet (MDB) foi apontada por 1% dos entrevistados. Felipe d’Ávila (Novo) e Pablo Marçal (Pros) não pontuaram.

Constituinte Eymael (DC), Léo Péricles (UP), Roberto Jefferson (PTB), Sofia Manzano (PCB), Soraya Thronicke (União) e Vera Lúcia (PSTU) não foram citados. Outros nomes foram mencionados pelos eleitores, mas não chegaram a pontuar. Brancos e nulos somam 4%. De todos os eleitores ouvidos pela pesquisa, 13% disseram não saber ou preferiram não opinar.

A soma dos percentuais pode não totalizar 100% em decorrência de arredondamentos.

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Com informações do Diário do Nordeste.

União Popular (UP) lança oficialmente Leonardo Péricles como candidato à Presidência da República

 

Leonardo Péricles e correligionários em convenção que oficializou sua pré-candidatura — Foto: Lucas Cortez/Inter TV Cabugi.

O partido Unidade Popular (UP) oficializou em convenção nacional neste domingo (24) a escolha de Leonardo Péricles (MG) para candidato à Presidência da República.

A oficialização da candidatura aconteceu em evento realizado em Natal (RN). Será a primeira vez que o partido, criado em 2019, concorrerá em uma eleição presidencial.

Na ocasião, foi oficializada como vice na chapa a dentista mineira Samara Martins, moradora da capital potiguar há quase 10 anos.

Único homem negro entre os pré-candidatos, Leonardo Péricles é também presidente nacional da sigla. Nas eleições municipais de 2020, a UP foi a legenda com o maior número proporcional de candidatos negros (70%), segundo o TSE.

Samara Martins será candidata à vice-presidência pelo União Popular (UP) — Foto: Lucas Cortez/Inter TV Cabugi.

Propostas

O partido defende um governo popular, que taxe grandes fortunas. Leonardo Péricles avalia que a chapa é a "verdadeira" candidatura de esquerda no próximo pleito.

As principais propostas do candidato são:

revogação das reformas (da previdência e trabalhista), classificadas por ele como "verdadeiros crimes contra os trabalhadores";

reestatização de empresas públicas privatizadas recentemente;

auditoria da dívida pública;

reformas agrária e urbana.

Trajetória política

Leonardo Péricles iniciou sua militância em movimentos estudantis em Belo Horizonte (MG). Ele presidiu a Associação Metropolitana de Secundaristas da capital mineira (AMES-BH) e foi diretor da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES).

Em 2008, disputou uma vaga na Câmara Municipal de Belo Horizonte. Obteve 654 votos e não se elegeu.

Desde 2011, faz parte do Movimento de Luta nos Bairros (MLB), onde coordenou ocupações por moradia. Um desses locais, a ocupação Eliana Silva, na periferia de Belo Horizonte, é onde mora até hoje.

"Sou pré-candidato para defender os direitos dos trabalhadores e do povo pobre. Nossa luta é para acabar com a fome e o desemprego. Construir o socialismo e livrar o nosso país da exploração", afirma.

Em 2020, foi candidato a vice-prefeito de Belo Horizonte (MG), na chapa de Áurea Carolina (PSOL). Eles ficaram em quarto lugar, com 103.115 votos.

Leonardo é presidente nacional da Unidade Popular (UP) desde o registro, em 2019, mas já presidia nos tempos de movimento desde 2013.

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Com informações do G1.

Léo Péricles, pré-candidato à presidência, é alvo de ataques racistas

 

(FOTO | Emília Silberstein/Divulgação).

O pré-candidato à presidência pela Unidade Popular (UP), Léo Péricles, tem sofrido ataques racistas em suas redes sociais. Na última semana, o partido utilizou as redes sociais para denunciar as agressões, que partem de um perfil supostamente neonazista. Segundo Péricles, esta não é a primeira investida que sofrem e a legenda vai procurar as punições cabíveis.

"Boa tarde. Sou português ariano puro e sinto nojo de pretos porque tua raça tem em média 55-80 de QI e também possuem uma altíssima propensão para violência. A raça preta deveria ser expulsa das cidades e empurrada de volta para a selva, um lugar que nunca deveriam ter saído", escreveu o perfil denominado Bruno Silva.

Em seguida, o internauta manda uma foto de um chimpanzé e escreve: “Macaco! Volta pra árvore! Quer banana?”

O agressor termina relacionando o ato de racismo ao atual presidente Jair Bolsonaro (PL): “Vota em Bolsonaro para o Brasil continuar racista. Bolsonaro é o maior racista do Brasil. Viva o racismo! Preto nojento!”.

À Alma Preta Jornalismo, Leonardo Péricles declarou que estipular quando começaram os ataques é complexo porque, de acordo com o pré-candidato, todas as vezes que ele esteve em um lugar de destaque na política, que “geralmente não está reservado pessoas negras, de periferias e trabalhadores, isso acontece”.

"Desde que o registro da UP saiu, em dezembro de 2019, e isso deu alguma repercussão na imprensa, nós sofremos alguns ataques. Posteriormente, quando lançamos a pré-campanha aconteceram outros. Agora, que estamos pleiteando estar em todos os espaços de debate, não aceitando a subalternidade, mostrando que precisam existir pessoas negras que disputam o maior cargo político do Brasil e que devem estar nos debates centrais, aí os ataques ficaram mais intensos”, conta o líder da Unidade Popular.

Ele ainda complementou afirmando que esses ataques serão tratados pelo jurídico do partido e no combate ao fascismo e ao racismo nas ruas. “Transformaremos esses ataques em mola propulsora para lutarmos ainda mais para a construção de uma sociedade onde o racismo e demais opressões não existam”, concluiu o pré-candidato.

Léo Péricles não é um caso isolado. No final de junho, a Alma Preta denunciou casos como o do pré-candidato a deputado federal pelo PT-SP, Douglas Belchior, professor de História, fundador da Uneafro Brasil e membro da Coalizão Negra por Direitos. Ele recebeu uma mensagem semelhante à encaminhada à Péricles, vinda de um perfil com a mesma foto.

Eu tenho um enorme nojo de pretos e não deixo essa macacada fedorenta chegar perto da minha família. Heil Hitler! Hitler estava certo. Macaco fedorento”, escreveu o agressor à Belchior, em uma mensagem por WhatsApp.

No começo do mês de junho, um trabalho educativo criado pelo mandato da vereadora Guida Calixto (PT-SP), de Campinas (SP), também foi alvo de perseguição, e mais, o próprio mandato esteve sob risco de cassação devido a publicação da HQ “Territórios Negros: nossos passos vêm de longe”.

Em 2020, um levantamento feito pelo Instituto Marielle Franco com apoio da Terra de Direitos e Justiça Global contabilizou que 78% das candidatas negras relataram ter sofrido ataques virtuais no período eleitoral. Na ocasião, 142 mulheres negras candidatas pertencentes a 93 municípios (em 21 estados) e 16 partidos responderam a um questionário para analisar o cenário da violência política eleitoral neste ano. De acordo com o relatório, os principais autores dos ataques virtuais são grupos não identificados (45%) e candidatos ou grupos militantes de partidos políticos adversários (30%). Também foram identificados grupos misóginos, racistas e neonazistas (15%).

Apesar das diferentes bases legais, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o crime de injúria racial - o que é destinado a uma única pessoa - pode ser equiparado ao de racismo - que ofende um grupo - e considerado imprescritível, ou seja, passível de punição a qualquer tempo. As denúncias à polícia podem ser feitas por telefone, presencialmente ou internet. A avaliação e a devida punição caberá ao juíz de cada caso.

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Com informações da Alma Preta.

Debate presidencial sem candidatura negras é racismo estrutural, diz pré-candidato Léo Péricles

 

Léo Pericles. (FOTO | Reprodução | Facebook).

PELAS CANDIDATURAS NEGRAS NOS DEBATES JÁ!

Fazem 92 anos que tivemos o primeiro candidato a presidente negro, de esquerda, trabalhador, de periferia, que foi Minervino Oliveira, pelo Bloco Operário e Camponês, em 1930. De lá pra cá, contamos nos dedos de uma mão o número de pessoas negras que ocuparam esse espaço. Mesmo sendo a maioria da população, nós negros e negras somos excluídos na prática do sistema político que é feito apenas para brancos e ricos.

Nessas eleições, temos candidaturas negras à presidência da República, que mais uma vez, são impedidas de apresentarem suas propostas, não sendo chamadas para nenhum dos debates programados.

De fato, a grande imprensa monopolizou os debates excluindo as candidaturas negras, gerando invisibilização e negando o direito de voz ao povo negro. Assim, nossa fala é cassada e amordaçada mais uma vez.

A pré-candidatura de Léo Péricles, um homem negro, periférico, antirracista e socialista, apresenta um programa de esquerda e de mudanças estruturais jamais realizadas no Brasil. A pré-candidatura de Léo é necessária para a atual situação do Brasil, num momento em que somos vítimas de assassinato, do desemprego e da opressão.

Nossa voz precisa ser ouvida nos debates e nas principais entrevistas. Negar o direito a voz a um trabalhador negro e periférico se constitui em uma atitude racista que nenhum antirracista deve aceitar.

Chega de exclusão.

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Publicado originalmente em suas redes sociais.

Demarcação de terras, reforma agrária e estatização: o que defende o pré-candidato Léo Péricles

 

(FOTO/ Emília Silberstein).

Leonardo Péricles, presidente do Partido Unidade Popular (UP) e pré-candidato à presidência da República, afirma que, se eleito, vai lutar pelos direitos dos povos quilombolas, principalmente o direito às terras. Em entrevista exclusiva à Alma Preta Jornalismo, ele falou sobre empregabilidade, economia, meio ambiente e citou os principais desafios de sua pré-campanha até o momento.

O Congresso Nacional tem pautado projetos como o PL 490/2007, que institui o Marco Temporal. O Supremo Tribunal Federal (STF),  pautou para 23 de junho de 2022, a continuidade do julgamento que decide sobre a validade desta matéria. A tese discutida diz que populações indígenas e quilombolas só podem reivindicar terras que ocupavam na data da promulgação da Constituição, em 5 de outubro de 1988.

Para Péricles, desde o início da formação do Brasil existe um processo gradativo de expulsão das comunidades indígenas e quilombolas dos seus territórios. Os povos tradicionais e originários foram submetidos a um processo de escravização ao qual resistem até os dias atuais. Por isso, segundo ele, o direito à terra e ao aquilombamento é um dos maiores bens para manter a identidade e a vida dos povos quilombolas e indígenas.

"As comunidades de remanescentes quilombolas no Brasil são de extrema legitimidade. Esses povos podem ser pescadores, ribeirinhos, vasanteiros. Um governo de esquerda precisa olhar para essas pessoas como a base da sociedade brasileira ", declara o pré-candidato.

Ele argumentou que, como presidente da República a demarcação de terras será de extrema importância no possível mandato. Essa é uma questão que, para Léo Péricles, atinge a vida dos demais setores da população brasileira, de todas as pessoas, pois, "eles [os povos tradicionais] nos mostram que é possível ter uma relação extremamente harmônica e fraternal com o meio-ambiente". 

"Eles têm uma prática de preservação permanente das nossas matas, dos nossos rios, dos animais que se encontram nessas regiões. A proteção da biodiversidade tem uma relação íntima com a quantidade de temas historicamente demarcadas", diz.

O trabalho com outros órgãos

Outras propostas legislativas que influenciam no direito na garantia ao usufruto dessas terras são os Projetos de Lei  6299/2002, conhecido como PL do Veneno por ampliar o uso de agrotóxicos, e os PLs 2633/2020 e 510/2021, que facilita a grilagem de terras. Esses projetos tramitam no Senado Federal e, se aprovados, vão para sanção do presidente Jair Bolsonaro. O PL do Veneno, por exemplo, teve aprovação em regime de urgência na Câmara dos Deputados em fevereiro.

Léo Péricles afirma que, para se garantir o direito à vida dos povos tradicionais, não basta apenas atuar junto ao Congresso nas questões legislativas, mas as autarquias e fundações precisam de uma atenção especial. Esses órgãos são diretamente ligados à execução de políticas públicas para essa população e pela fiscalização da lei.

Órgãos como a Fundação Nacional do Índio (FUNAI), o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (CODEVASF), entes do governo e autarquias que, em geral cuidam de temáticas voltadas as pessoas do campo, ribeirinhas, quilombolas e indígenas, devem ser considerados em uma possível gestão de Leonardo Péricles.

O pré-candidato menciona que, para se ter uma demarcação de terras ou uma reforma agrária eficientes, é necessário "mexer no coração desses órgãos". Para ele, a estrutura estatal deve se voltar ao povo, o que não acontece hoje em dia. "As autarquias, que deveriam garantir o cumprimento de políticas públicas estão falidas e omissas.

"Visitei ribeirinhos e quilombolas em Minas Gerais, onde as pessoas estão devastadas pelas ações das mineradoras, como a Vale, que era uma estatal, foi vendida, e agora os entes do governo não se preocupam em fazer a decida fiscalização, não dispõe de recursos humanos e nem de orçamento suficiente", reitera.

Economia e trabalho

A estatização vem como uma das propostas de fomentar a geração de empregos e a movimentação da economia em um possível governo de Leonado Péricles. Em sua visão, quando mais obras públicas como a construção de estradas, hospitais, escolas, praças, industrias, maior a disponibilidade de trabalho para pessoas de todas as esferas sociais. Assim, a riqueza brasileira e os investimentos permaneceriam em território nacional.

Outra medida considerada central que defende o pré-candidato é a suspensão do pagamento da dívida pública e, também, a sua auditoria. Segundo ele, a proposta é usar o recurso dessa dívida para o interesse do povo brasileiro.

"Hoje esta é uma dívida usada para enriquecer banqueiros. Essa quantidade de recurso pode ser revestido nas áreas sociais pra gerar milhões de oportunidades e, com certeza, nosso povo negro seria um dos principais beneficiados", explica Léo Péricles.

Desafios

O pré-candidato considera que o maior desafio de sua pré-campanha e campanha é o orçamento escasso. De acordo com ele a Unidade Popular possui, para toda a corrida eleitoral, R$3 milhões advindos do Fundo Eleitoral.

Além disso, a UP é um partido político fundado em 2014 e registrado oficialmente em 2019. Possui cerca de 2,6 mil filiados e ainda não conta com uma cadeira no Congresso Nacional. Por isso, a legenda esbarra na cláusula de barreira, instituída pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em fevereiro de 2019.

Também conhecida como cláusula de exclusão, a legislação é uma norma que impede ou restringe o funcionamento parlamentar ao partido que não alcançar determinado percentual de votos. O dispositivo foi aprovado pelo Congresso em 1995 para ter validade nas eleições de 2006, mas foi considerado inconstitucional pela unanimidade dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), sob o argumento de que prejudicaria os pequenos partidos.

A regra determina que os partidos com menos de 5% dos votos nacionais não terão direito a representação partidária e não poderiam indicar titulares para as comissões, incluindo CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito). Também não teriam direito à liderança ou cargos nas Mesas Diretoras. Além dessas restrições, perderão recursos do fundo partidário e ficarão com tempo restrito de propaganda eleitoral em rede nacional de rádio e de TV. O desempenho eleitoral exigido das legendas partidárias será aplicado de forma gradual e alcançará seu ápice nas eleições de 2030, conforme previsto na EC nº 97/2017.

"Essa resistência à visibilidade está sendo quebrada graças às mídias independentes que, felizmente, também têm pautado a grande imprensa. Podemos não ter tempo de TV, mas podemos ir aos debates. Queremos e fazemos questão de estar em todos", conclui Léo Péricles.

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Com informações do Alma Preta.

“Vamos romper a conciliação com os opressores”, diz Léo Péricles, pré-candidato à presidência

 

Léo Péricles. (FOTO/ Motoca/UP).

O partido político Unidade Popular (UP) decidiu concorrer com um candidato próprio para a eleição presidencial em 2022. O escolhido foi o mineiro Leonardo Péricles Vieira Roque, 40 anos, conhecido como Leo Péricles.

Fundada em junho de 2016 e com o registro oficializado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2019, a legenda Unidade Popular é um partido socialista. Entre outubro de 2016 e setembro de 2018, os militantes da UP conseguiram coletar 1,2 milhão de assinaturas de eleitores para a criação da legenda.

O lançamento da pré-candidatura aconteceu no dia 14 de novembro, durante o 2º congresso nacional do partido, realizado em São Paulo com 200 delegados, que representavam 20 estados. “Somos de uma posição de esquerda que, consequentemente, não abre mão dos interesses da classe trabalhadora e do nosso povo pobre, negro e das periferias”, diz Péricles.

Filho da dona de casa Lurdes Rosário e do pintor de carros Chico Preto, ele nasceu em Belo Horizonte (MG), mas cresceu na periferia de Contagem (MG). Péricles começou a militância no movimento estudantil, em 2000. A partir de 2012, passou a atuar nos movimentos populares de periferia e ocupação urbana e é coordenador do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), além de presidente da UP.

Entre as principais diretrizes de governo da UP, estão: a reforma agrária, a reforma urbana, a identificação dos torturadores desde a ditadura até os dias atuais, a retomada das estatais privatizadas, a auditoria da dívida pública, a promoção da educação antirracista e a revogação das reformas previdenciária e trabalhista.

Queremos cotas em todos os âmbitos do governo federal e combater o racismo nas estruturas institucionais, em especial no Poder Executivo, será uma tarefa central. As portas estarão permanentemente abertas para o povo negro e originário, vamos fazer a demarcação e a posse das terras quilombolas e indígenas”, promete Péricles, que pretende também apresentar um projeto de reversão do encarceramento em massa, a partir de um processo de transição de justiça no Brasil, desde os crimes cometidos na ditadura militar.

A impunidade dos crimes cometidos no passado leva à impunidade no presente. Hoje, a violência do Estado se dá contra a juventude pobre e negra”, afirma o pré-candidato, que em 2005, iniciou o curso de biblioteconomia, pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), mas não concluiu.

Em 2019, Péricles compôs a chapa coligada com o PCB e PSOL para a prefeitura de Belo Horizonte e conseguiram 100 mil votos, ficando em 4º lugar. Ele concorreu como vice da Áurea Carolina (PSOL) contra outras 14 candidaturas.

O pré-candidato da UP resume o programa do partido para a corrida eleitoral do ano que vem em três frentes: antirracista, antifascista e anticapitalista. A campanha será focada na mobilização popular, em sindicatos, nas lutas sociais, nas manifestações e ocupações, para divulgar as ideias de reformas estruturais.

Precisamos reverter a atual política econômica, que é neoliberal, e iniciar uma economia popular. Vamos taxar as grandes fortunas e gerar soluções para chagas sociais nas áreas da saúde e da educação. Queremos também a redução da jornada de trabalho sem redução de salários. Vamos romper com a conciliação com os opressores”, defende Péricles.

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Com informações do Alma Preta.