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Randolfe e Luciana, pré-candidatos do PSOL á presidência, em ato com presença de expoentes do partido. |
O
Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) lançou ontem (24), em São Paulo, a chapa
com os pré-candidatos à presidência e vice-presidência da República para as
eleições de 2014, respectivamente o senador Randolfe Rodrigues (AP), e a
ex-deputada federal Luciana Genro (RS).
O
evento de lançamento dos candidatos à sucessão de Dilma Rousseff, segundo o
partido, foi o início do processo de elaboração do programa de governo que será
apresentado ao país posteriormente, mas ainda sem data definida.
Assim,
o tom do ato político foi menos de propostas e mais de críticas ao governo de
Dilma Rousseff. “O Brasil está sendo
governado de costas para o povo”, afirmou Randolfe. Para ilustrar a tese,
tendo as manifestações populares como pano de fundo, o senador citou a taxa
básica de juros e a "dependência" do Brasil, segundo sua avaliação,
do capital internacional especulativo como motivação dos protestos e do
descontentamento.
“As manifestações de junho mostraram a
insatisfação com a situação do país. Precisamos de mais junhos”, discursou
Luciana Genro. Segundo ela, as pautas das manifestações de meados de 2013
(transporte público, saúde e educação) não foram resolvidas e por isso os
protestos continuam.
Randolfe
disse que a legenda apoia as manifestações, mas ressalvou ser contra a
violência. “Vamos apoiar quaisquer
protestos e repudiar a violência, venha de onde vier.”
A
pré-candidata à vice comentou as pesquisas que apontam diminuição do apoio
popular a manifestações e protestos. “As
pessoas se afastam das manifestações por causa da violência policial e também
de grupos isolados”, declarou Luciana Genro. Os líderes defenderam o
deputado Marcelo Freixo de suspeitas de que teria ligações com grupos que
promovem violência nos protestos de rua. “O
PSOL saiu unido e forte deste episódio”, disse Randolfe. “Foi um ataque às mobilizações e ao PSOL”,
afirmou Luciana Genro.
Segundo
pesquisa do Datafolha divulgada nesta segunda-feira, 52% dos entrevistados são
a favor das manifestações. Em agosto de 2013 eram 77% e, em junho do mesmo ano,
81%.
Financiamento
Randolfe
Rodrigues criticou também o sistema político e o financiamento privado e
garantiu que, na campanha eleitoral, o PSOL só receberá verbas do fundo
partidário e doações de pessoas físicas. “Não
receberemos dinheiro do agronegócio, de empreiteiros e de bancos.” Segundo
ele, o partido apoia a Ação Direta de Inconstitucionalidade ajuizada no Supremo
Tribunal Federal pela Ordem dos Advogados do Brasil contra o financiamento de
campanhas eleitorais por empresas privadas.
O
julgamento da ação, que começou em dezembro, está suspenso por pedido de vista
do ministro Teori Zavascki. Os ministros Luiz Fux, Dias Toffoli, Joaquim
Barbosa e Roberto Barroso votaram a favor da tese da OAB.
Finanças
Em
coletiva à imprensa concedida pelos principais líderes do partido, entre os
quais os deputados federais Ivan Valente (SP), Chico Alencar (RJ) e Jean Wyllys
(RJ) e os deputados estaduais Marcelo Freixo (RJ) e Carlos Gianazzi (SP),
Randolfe Rodrigues criticou os governos tucanos de Fernando Henrique Cardoso
(1995-2002) e os dos petistas Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) e Dilma
Rousseff, que, de acordo com o senador, são dois modelos semelhantes. “Um faz a privatização descarada, o outro a
privatização envergonhada. No nosso governo, não falaremos em dar autonomia ao
Banco Central, mas vamos devolver o BC ao povo brasileiro”, prometeu.
Via
Rede Brasil Atual
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