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Cecília Feitoza, presidente estadual do partido, afirma que a reunião ainda não é para tratar de nomes para a disputa, mas sim para a definição de uma plataforma programática. |
O
Psol começa hoje as discussões internas sobre a eleição de outubro. O principal
ponto de debate será a estratégia que o partido vai adotar: se vai priorizar a
disputa pelo Governo do Estado ou tentar emplacar representantes na Assembleia
Legislativa e na Câmara Federal. É essa decisão que vai determinar a que postos
os principais nomes do partido vão se candidatar.
Para
a vereadora Toinha Rocha, o Psol “não
pode se dar ao luxo de cometer os mesmos erros” de eleições passadas. Por
isso ela defende que o ex-presidente estadual da sigla, Renato Roseno, e o
vereador João Alfredo se candidatem a deputado estadual. Como principais
expoentes do partido no Estado, os dois teriam condições de obter votações
expressivas e assim conseguir com que a sigla, pela primeira vez, tenha
representação na Assembleia Legislativa.
“Com dois nomes fortes teríamos condições de
eleger até dois deputados estaduais”, aposta Toinha, reforçando que essa é
a tese que ela e seu grupo vão defender internamente. Toinha diz que poderá ser
candidata a deputada federal, mas condiciona isso às resoluções do partido,
afirmando que pretende seguir com o mandato de vereadora.
Para
a postulação ao Governo, ela é argumenta que é o momento de investir em novas
lideranças. O professor e ambientalista Alexandre Costa e a ativista de
movimentos sociais Adelita Monteiro são possíveis candidatos.
Outra estratégia
Por
outro lado, o partido poderia aproveitar o fato de Roseno e João Alfredo já
serem conhecidos do grande público para tentar uma postulação mais robusta ao
Governo. No momento, porém, essa tese é a menos provável de ser levada adiante.
Hoje
residindo em Brasília, Roseno, ex-presidente do Psol, admite que não tem
acompanhado de perto as movimentações internas do partido. “Estou bem afastado”, resume. Porém, diz
que tem disponibilidade para o diálogo referente à candidatura, seja para o
Governo do Estado ou para o Legislativo. Segundo ele, é preciso ouvir o partido
e as pessoas, depois refletir pessoalmente para só então decidir se lançar ou
não. “Temos obrigação de apresentar uma
alternativa”, afirma.
Em
2010, Roseno se candidatou a deputado federal. Obteve mais de 100 mil votos e
ficou entre os dez mais votados, mas não foi eleito devido às regras da eleição
proporcional.
Outro
puxador de votos do partido, João Alfredo defende que a sigla tenha estratégia
semelhante à da eleição municipal de 2012. Naquela oportunidade, na avaliação
dele, houve uma vitória política e eleitoral. “Tivemos um candidato (Roseno) com votação expressiva e, ao mesmo tempo,
conseguimos dobrar (de um para dois) nossa bancada na Câmara Municipal”,
relembra. Ele cita que poderá haver divergência internas na hora da definição
de nomes e afirma que isso pode resultar em prévias. Porém, diz acreditar que
haverá consenso.
Saiba mais
A
presidente estadual do Psol, Cecília Feitoza, explica que a reunião de hoje não
vai tratar ainda de possíveis nomes para a disputa, mas sim da formulação de
uma plataforma programática que vai orientar os debates até a eleição.
“A questão eleitoral não é nossa agenda.
Nossa agenda são as lutar permanentes, ao lado dos movimentos sociais. (...)
Muita coisa se coloca, mas a gente não trabalha com nenhum nome ainda”,
frisa.
Cecília
foi eleita para o comando do partido em 2013. Durante o processo, houve divergências
internas entre os grupos dos vereadores João Alfredo e Toinha Rocha. Cecília é
mais ligada ao grupo de Alfredo e Roseno.
Via
O Povo
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