O
grêmio estudantil representa os estudantes da escola. Seu maior objetivo é unir
e movimentar os estudantes para a discussão de seus direitos e deveres,
debatendo assuntos diversos sobre escola, comunidade e sociedade. Este se
configura ainda como uma organização sem fins lucrativos que representa o
interesse dos estudantes e que tem fins cívicos, culturais, educacionais,
desportivos e sociais.
O
grêmio é o órgão máximo de representação dos estudantes da escola. Atuando
nele, você defende seus direitos e interesses e aprende ética e cidadania na
prática.
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Alunos, professores, núcleo gestor e demais funcionários da EEEP Wellington Belém de Figueiredo, em Nova Olinda-CE. |
Sendo
assim, faz-se necessário que toda representação estudantil seja estimulada,
pois ela aponta um caminho para a democratização da Escola. Por isso, o Grêmio
nas escolas públicas deve ser estimulado pelos gestores destas, professores
e pelos próprios estudantes, visto que ele é um apoio à direção numa gestão
colegiada, assim como um elo entre eles/as (alunos/as) e o conjunto de
professores.
É
sabido que as representações dos estudantes compõem uma das mais duradouras tradições da juventude
consciente de seus direitos e deveres. No Brasil, junto com o surgimento dos
grandes estabelecimentos de ensino secundário, nasceram também os Grêmios
Estudantis, que cumpriram e devem cumprir sempre um importante papel na
formação e no desenvolvimento educacional, cultural e esportivo da juventude,
organizando debates, apresentações teatrais, festivais de música, torneios
esportivos e outras festividades.
Note-se,
outrossim, que as ações desenvolvidas pelos Grêmios representam para
muitos jovens os primeiros passos na vida social, cultural e política. Dessa
feita, os Grêmios contribuem, decisivamente, para a formação e o enriquecimento
educacional de grande parcela da nossa juventude.
A
história dos movimentos estudantis é carregada de perseverança, otimismo e
muita batalha por um mundo com igualdade para todos. Note-se, portanto, que o
regime instaurado com o golpe civil- militar de 1964 foi extremamente perverso
com a juventude, promulgando leis que proibiram a livre organização dos estudantes
e impediram, dentre outras ações, as dos Grêmios. Mas a juventude brasileira
não aceitou passivamente essas imposições.
Em
muitas escolas, foram contra as leis em vigor e deram a cara para bater, pois
mantiveram suas as atividades livres, se tornando assim verdadeiros
instrumentos de luta e porta-vozes dos que não ousaram se rebelar, tornando-se importantes
núcleos democráticos. A partir da volta
da democracia no Brasil em 1985, as entidades estudantis voltaram a ser livres,
legais e ganharam reconhecimento e tem
com lei 7.398 do mesmo ano, o funcionamento assegurado, sendo entidades
autônomas de representação dos estudantes.
Ações do Grêmio
Integrar
os alunos e a comunidade, promovendo eventos culturais como projeção de filmes,
peças teatrais, gincanas, concursos de poesia, coral, festival de dança, de
música, etc.;
Organização
de campeonatos esportivos nas diversas modalidades;
Organizar
palestras sobre violência, drogas, sexualidade, meio ambiente, questões de
gênero, racismo, feminismo, machismo, politização, ética, empoderamento da
juventude, entre outros;
Organizar
e divulgar campanhas de agasalho, de alimentos e de outros recursos para as
populações carentes;
Organizar
o jornal e a rádio da escola;
Organizar
movimentos para discussão de assuntos de interesse da escola e da comunidade
escolar.
Não deixe que o grêmio da sua escola
seja:
Autoritário ou Ditatorial –
Um grupo de estudantes organizados em instituições representativas da classe
que não permite a participação de todos não está voltado para os interesses da
coletividade.
Paternalista ou Centralizador –
A exemplo da primeira, essa característica é muito perigosa e muito comum
também de ocorrer em órgãos colegiados. Tem várias características do autoritário,
mas é mais difícil de percebê-las. Ele se apresenta como “bonzinho”. Não deixa
ninguém participar porque acha que, se ele não centralizar tudo, a coisa não
anda.
Festivo
- Sua gestão é voltada somente à organização de bailes, torneios, gincanas,
etc. Está completamente por fora das necessidades dos estudantes. É totalmente
despolitizado. O negócio dele é só festa. Muito cuidado com isso para não cair
na política do “pão e circo”. Uma das principais armas do grêmio é seguir o
caminho e a trajetória de luta que sempre caracterizou os movimentos
estudantis, a saber, a politização. Jovens conscientes, críticos do meio que o
cerca e preparados para transformar de forma positiva a realidade, a começar pela
escola.