Rio de Janeiro - Parada LGBTQIA+ da Lapa. (FOTO | Fernando Frazão | Agência Brasil). |
A divisão por gênero mostra que os casamentos homoafetivos entre casais femininos representam 56,8% do total de matrimônios homoafetivos no Brasil, com a realização de 50.707 celebrações desse tipo em cartório desde 2013 até maio deste ano. Em 2023 foram realizados 7.254 matrimônios entre casais do sexo feminino, número 9,4% maior que os 6.632 realizados em 2022.
Já
os matrimônios entre casais masculinos representam 43,2% do total de casamentos
homoafetivos no Brasil, com 38.542 celebrações deste tipo em cartório de 2013
até maio deste ano. No ano passado, foram 6.358 cerimônias entre casais do sexo
masculino, aumento de 44,8% em comparação aos 4.390 matrimônios realizados em
2022.
Os
dados são da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais
(Arpen-Brasil), entidade que reúne os 7.488 cartórios que realizam os atos de
nascimento, casamento e óbito no país. Segundo o levantamento divulgado nesta
sexta-feira (28), Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, os cartórios de todo o
país realizaram, em 2023, 13.613 casamentos entre pessoas do mesmo sexo e 4.156
alterações de gênero.
De
acordo com a Arpen-Brasil, os números alcançados são recorde. O total de
matrimônios homoafetivos consolidado no ano passado é 23,5% superior aos 11.022
registrados em 2022 e 267,9% maior que os 3.700 realizados em 2013, primeiro
ano da norma nacional editada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por meio
da Resolução 175/2013, que regulamentou a prática do ato em cartórios de todo o
Brasil, com base em decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
Mudanças de sexo
Os
registros de mudança de sexo de masculino para feminino são maioria. Dentre as
15.374 mudanças de gênero realizadas desde a regulamentação do ato, em 2018, os
registros de alterações do sexo masculino para o feminino atingiram 8.225, o
que equivale a 53,5% do total de atos. Já as mudanças do sexo feminino para o
masculino totalizaram 6.442 registros, ou o equivalente a 41,9% dos atos em
cartório. Em 707 ocasiões, correspondendo a 4,6% dos casos, ocorreu mudança
apenas de nome e não de gênero.
Mudanças de nome
Já
as 4.156 mudanças de nome e sexo de pessoa transgênero realizadas em 2023
aumentaram 31,3% em relação aos 3.165 feitas em 2022, com expansão de 124,9% em
comparação com as 1.848 mudanças ocorridas em 2019, primeiro ano completo da
norma nacional editada pela Conselho Nacional de Justiça (Provimento nº 73),
que regulamentou a prática do ato em cartórios de todo o Brasil, baseada em
decisão do STF sobre o tema, em 2018.
Os
números mostram também que, nos cinco primeiros meses de 2024, já foram
realizadas 1.930 mudanças de gênero em cartórios. O número é também recorde em
relação a igual período dos anos anteriores.
Inclusão
O
presidente da Arpen-Brasil, Gustavo Renato Fiscarelli, acentuou que o Cartório
de Registro Civil é um serviço inclusivo por natureza. “Ele atende todo o
universo da população brasileira, do rico ao pobre, do homem à mulher, e não
poderia ser diferente com relação a esta parcela importante da população, que
tem seus direitos pessoais e de família consolidados nos cartórios de nosso
país”, afirmou.
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Com informações da Agência Brasil
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