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Arraiá da Peleja da EEMTI Padre Luís Filgueiras, em Nova Olinda-CE. (FOTO | Divulgação). |
Foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (24/6) a lei que reconhece quadilhas juninas como manifestação da cultura nacional. A Lei foi aprovada no Senado e sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Com
a oficialização da lei, a quadrilha junina se une a outros marcos, como as
escolas de samba, o forró e as próprias festas juninas, que já têm o
reconhecimento de manifestação da cultura nacional.
A
lei foi discutida no Senado em maio passado e aprovada em caráter terminativo
na Comissão de Educação. À época, a relatora, senadora Daniella Ribeiro (PP-PB)
destacou que as festas juninas já tinham o reconhecimento de manifestação
cultural, mas as quadrilhas especificamente, tinham ficado de fora. Deste modo,
seria importante alterar a lei para oficializar esse reconhecimento em função
da importância social, cultural e econômica que a quadrilha tem, especialmente
na região Nordeste do país.
Para
Daniela Ribeiro, o reconhecimento da quadrilha junina como manifestação da
cultura nacional é um incentivo à preservação dessa manifestação. "Ela
incentivam o turismo cultural, criam empregos e promovem a economia local
através da venda de comidas típicas, artesanato, músicos, transportes,
confecção e demais serviços relacionados aos eventos”, explicou a senadora.
Este
ano, em Campina Grande, na Paraíba, cidade conhecida por realizar uma das
maiores festas de São João do Brasil foi registrado um novo recorde de maior
quadrilha junina do país. Segundo o governo federal, no dia 13 de junho a dança
reuniu 1.280 pares e sacramentou o 10º título consecutivo de maior quadrilha
junina brasileira.
Origem das quadrilhas juninas
As
quadrilhas juninas têm origem nas danças de salão europeias, que chegaram ao
Brasil pela corte portuguesa no início do século XIX. A “quadrille” surgiu em
Paris, no século XVIII, como dança de salão composta por quatro casais e era
moda entre a elite europeia. Veio para o Brasil durante o período da Regência,
por volta de 1830 e consagrou no ambiente aristocrático.
A
partir da corte, a quadrilha foi ganhando espaço junto ao povo e passou a
incorporar elementos culturais, religiosos e folclóricos nacionais. Nesse
processo de adaptação, ampliou o número de pares dançantes, abandonou os passos
e ritmos franceses, e, ao longo do tempo, as músicas e o casamento caipira, que
antecede a dança, foram sendo incorporadas.
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Com informações do Correio Brasiliense.
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