Redação Enem 2023: confira 5 temas que podem ser cobrados

 

(FOTO | Reprodução | Canva).

Por Nicolau Neto, editor

O Exame Nacional do Ensino Médio está chegando. Ele é uma das principais portas de entrada em cursos superiores de todo o país. As provas ocorrem em dois finais de semana, a saber: 5 e 12 de novembro.

Uma dos quesitos que mais gera apreensão entre estudantes que vão prestar o exame é a proposta de redação. Pensando em contribuir, o blog Negro Nicolau tem feito constante pesquisas junto a especialistas e aos principais sites direcionados á área educacional sobre as apostas quanto a possíveis temas de redação.

Segundo o Portal Estratégias Vestibulares, na cartilha da Redação Enem, o Inep destaca que todos os temas propostos são de natureza social, política, científica ou cultural. Contudo a chave para compreender o Enem está no tipo de proposta do Inep, trata-se de uma situação-problema, ou seja, algum tipo de situação em que envolve um direito garantido por lei, mas não concretizado na realidade.

Este mesmo portal conversou com o professor Fernando Andrade, professor de Redação e Filosofia e ele destacou os principais temas que têm potencial para serem cobrados na redação do Enem 2023, sendo eles:

Educação

Segundo o professor, é possível que o Enem 2023 aborde alguma temática ligada à educação, uma vez que esse assunto tem ganhado destaque nos últimos anos. “Dentre as possíveis abordagens, merecem destaque a insatisfação como Novo Ensino Médio (improvável), o déficit educacional devido à Covid-19, as avaliações que demonstram um sistema educacional aquém do que se deseja”.

Ele indica também um outro possível tema: o analfabetismo funcional ou total, pois trata-se um tema menos polêmico e, portanto, mais acessível para ser abordado pela banca do exame.

Déficit de moradia

O núcleo temático “questão social” é muito amplo, o termo se refere a questões que englobam aspectos relacionados à desigualdade, pobreza, exclusão, bem como a falta de oportunidades para grupos marginalizados. Nesses últimos anos, os movimentos relacionados às pessoas consideradas sem teto ganhou destaque por chamar a atenção ao déficit de moradia”, afirma Fernando. “Trata-se de um tema quente para a próxima prova”, complementa.

Proteção aos povos originários

Outro tema que se enquadra na questão social é a proteção aos povos originários. Fernando Andrade comenta sobre. “Dados os frequentes massacres e ameaças aos povos originários, ele ganha destaque, seja porque se trata de uma questão política — os indígenas deveriam ser considerados outra nação —, seja como problema humanitário em si. Há subtemas interessantes nesse caso: a destruição da cultura, a relação desses povos com a proteção ambiental, a conciliação entre preservação das terras indígenas e ampliação de terras para agricultura”.

Vale a pena mencionar que um tema próximo já foi cobrado pelo Inep na redação do Enem em 2022, em que a proposta era: “Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil“. Mas vale ressaltar também que o tema não se tratava diretamente sobre os povos originários.

Violência policial

O aumento da violência policial também é uma das apostas de Fernando. “Estamos agora considerando um tema sempre latente na sociedade brasileira, infelizmente. O destaque pode ser dado a letalidade e vitimização da Policia Militar. Depois da pandemia, os números dos mortos em ações polícias voltou a crescer”.

É importante lembrar que trata-se uma questão delicada, pois policiais também morrem nesse enfrentamento armado ao crime organizado. Esse tema, um recorte mais preciso sobre a violência, tem a cara do Enem, pois não envolve a questão espinhosa da persistência do tema em si, questão cuja causa é bastante complexa”, comenta o professor.

Violência relacionada ao não reconhecimento

Outro tipo de violência é aquela cometida contra grupos sociais que lutam por reconhecimento: pessoas LGBTQIA+, mulheres, negros, pessoas com deficiência (PCDs) e outros. Nesse caso, um tema que tem a cara do Enem é: “violência obstetrícia”. Trata-se de uma questão delicada que afeta as mulheres e que não é percebida como violência”, pontua.

O professor afirma que esse modelo de colocar em pauta um direito restrito que não está sendo observado tem sido comum nas provas do Enem.

Por fim, vale destacar que o Inep muitas vezes faz recortes temáticos dentro desses grandes temas bastante precisos e que fogem a previsão, como foi o caso, por exemplo, da educação para surdos.

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