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Bolsonaro e Luiz Henrique Mandetta. (Foto: Rafael Carvalho/Governo de Transição) |
Texto | redação Revista Fórum
Em
entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, transmitido na noite desta
segunda-feira (27), o Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que
vai “provocar” o Congresso a defender o fim da gratuidade universal do SUS
(Sistema Único de Saúde).
“É justo ou equânime uma pessoa que recebe
100 salários mínimos ter o atendimento 100% gratuito no SUS? Quem vai ter 100%
de atendimento gratuito no SUS? Eu acho que essa discussão é extremamente
importante para esse Congresso. Eu vou provocá-la, vou mandar a mensagem, sim,
para a gente discutir equidade e esse ponto a gente vai por o dedo”,
comentou o ministro após quase 1h30 de respostas.
Mandetta
também foi questionado sobre o Programa Mais Médicos, criado pelo governo
petista para promover o atendimento médico em partes deficientes do país. Para
o Ministro o programa, que contava com o recrutamento de médicos cubanos
através de um convênio com a OEA, foi “uma grosseria com a Constituição” ao não
permitir que os médicos contratados atendessem fora dos postos para os quais
foram chamados.
“Eu não vi nenhum cubano atendendo no Albert
Einstein, na avenida Paulista, porque decerto se fizesse algo com alguém da
elite paulista seria um absurdo, mas para o interior vale, como se houvesse
vida do interior e da capital”, afirmou em crítica ao acordo. Para ele, o
Mais Médicos tinha problemas estruturais absurdos “em nome de ter este médico é melhor do que não ter nada”.
Mandetta
também culpou a ideologia pelo problema do vício em drogas, afirmando que a
luta antimanicomial se tornou uma bandeira da esquerda. “Quando o crack chegou, atingindo a população de baixa renda, da classe
C, D e E, não havia mais estes leitos”. Os entrevistadores no entanto
ressaltaram que o vício em álcool, de acordo com estudos, é mais grave no Brasil
do que o de drogas pesadas. Perguntado sobre a defesa da proibição de
publicidade de bebidas alcoólicas, Mandetta apenas defendeu uma discussão da
medida dentro do Congresso.
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