A
segunda guerra mundial, um dos mais notáveis conflitos na história da
humanidade teve seu alicerce construído das ações e enlaces mal resolvidos do
primeiro confronte envolvendo as principais potências europeias na segunda
década do século XX. Costuma-se dizer que esta fase de confronto iniciada em
1939 é, não sem razão, uma extensão da corda que começou a ser quebrada
anteriormente. Um evento que ao contrário do primeiro teve uma dimensão muito
maior, uma vez que a pesar de ter seu nascedouro na Europa, se
expandiu e de forma repentina e rápida pelos continentes asiático e africano.
Concorre
para tal assertiva o fato de que já década de 30 do século emergiu, na Europa,
os regimes políticos subsidiados no totalitarismo, cujas premissas eram
norteadas pelos ideais expansionistas militaristas (não necessariamente nessa
ordem). Aqui, aparece com grande peso a Itália através de Benito Mussolini
implantou o Fascismo. De igual teor, na Alemanha nasceu o nazismo, liderado por
Adolf Hitler e que almejava expandir o território, o que, em tese, desrespeitava
o que fora acordado no Tratado de Versalhes. Por meio desse regime, os
territórios que haviam sido perdidos com o término da I guerra foram
incorporados pela a Alemanha.
O
período em destaque era para ambos os países europeus sinônimo de grave crise
financeira. Desemprego e fome formava esse cenário. Resquícios dos anos 14 e
18, do século XX. Mesmo com soluções tomadas pelos governos nazi/fascistas destes
países, como a industrialização, não conseguiu sanar os problemas sociais, principalmente
em virtude de que a própria criação de indústrias girou para a fabricação de
armamentos e equipamentos bélicos (aviões de guerra, navios, tanques etc).
Tornado, as áreas cada vez mais férteis para o desenrolar do conflito.
Judeus, um dos grupos perseguidos e torturados nos campos de concentração durante a II Guerra pelo regime nazista. |
Tomando
como base as humilhações impostas à Alemanha, Hitler defendia a hegemonia da
raça ariana, alegando que a Alemanha só se reergueria quando os povos se
unissem “num só povo, num só império, num só líder”. Outras etnias, como judeus
e negros, deveriam ser executadas. Hitler não gostava de judeus, pois afirmava
que a Primeira Guerra só fora desastrosa por conta da traição dos judeus
marxistas. Além do ódio contra outras etnias, Hitler também defendia o
extermínio de testemunhas de Jeová e homossexuais. E comunistas, é claro. Para
executar suas ordens, foram criadas as Seções de Assalto (S.A), as Seções de
Segurança (S.S.) e a Gestapo (polícia secreta), caminhado para um dos maiores
crimes cometidos contra a humanidade, o Holocausto.
No
continente asiático, o Japão também almejava se inserir nessa política expansionista
por meio da conquista de territórios vizinhos e ilhas da região. Estes três
países, viriam a se unir e formar o Eixo. Um acordo com fortes características
militares e com planos de conquistas elaborados em comum acordo.
O
ano de 1939 é tido como a fase inicial dos confrontos, ao tempo em que o
exército alemão invadiu a Polônia. Sem mais delongas, a França e a Inglaterra
declararam guerra à Alemanha. De acordo com a política de alianças militares existentes
no período, formaram-se dois eixos: O primeiro tinha além da Alemanha, o Japão
e a Itália. O segundo foi formado por Inglaterra, URSS, França e Estados Unidos.
A
segundo guerra teve o seu desenvolvimento percebido em três fases. A primeira
se deu entre os anos de 1939 a 1941. Aqui, sai em vantagem o eixo liderado
pelos alemães que passaram o Norte da França, Polônia, Ucrânia, Iugoslávia,
Noruega, inclusive os territórios localizados ao norte do continente africano. A
Itália conquistou territórios pertencentes a Líbia e incorporou a Albânia, ao
passo que a Manchúria foi anexada ao Japão. Ainda em 41, nota-se um segundo
período. O Japão ataca a base militar norte-americana de Pearl Harbor no Oceano
Pacífico, Havaí. Tão loco se verifica esse fato, considerado uma traição pelos
norte-americanos, os estados Unidos entraram no conflito ao lado do outro eixo.
O terceiro momento se verifica entre os anos de 1941 a 1945. Esse cenário é
marcado pelas derrotas do eixo Alemanha-Japão, iniciadas com as perdas sofridas
pelos alemães no rigoroso inverno russo. Aqui, ocorre uma regressão das forças
do Eixo que sofrem derrotas seguidas, fortemente influenciada pela entrada dos
EUA.
O
Brasil também esteve envolvido, uma vez que foi daqui que foram enviadas para a
região de Monte Cassino, na Itália os pracinhas da Força Expedicionária
Brasileira - FEB. Calcula-se que cerca 25 mil soldados conquistam a região,
somando uma vitória ao lado do grupo liderados pela Inglaterra e França.
O
conflito só veio a ter fim em 1945 com a rendição da Alemanha e Itália. O
Japão, último país a assinar o tratado de rendição, ainda sofreu um forte
ataque dos Estados Unidos, que despejou bombas atômicas sobre as cidades de
Hiroshima e Nagazaki. Tal ação provocou a morte de milhares de cidadãos
japoneses inocentes, deixando um rastro de destruição, sem precedentes nestas
cidades.
Os
prejuízos foram enormes, principalmente para os países derrotados. Foram
milhões de mortos e feridos, cidades destruídas, indústrias e zonas rurais
arrasadas e dívidas incalculáveis. O racismo esteve presente e deixou uma
ferida grave, principalmente na Alemanha, onde os nazistas mandaram para campos
de concentração e mataram aproximadamente seis milhões de judeus.
Com
o final do conflito, em 1945, foi criada a ONU (Organização das Nações Unidas),
cujo objetivo principal seria a manutenção da paz entre as nações. Inicia-se
também um período conhecido como Guerra Fria, colocando agora, em lados
opostos, Estados Unidos e União Soviética. Uma disputa geopolítica entre o
capitalismo norte-americano e o socialismo soviético, onde ambos países
buscavam ampliar suas áreas de influência sem entrar em conflitos armados.
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