A
ELLUS surpreendeu no desfile primavera-verão do SPFW deste ano com a campanha
#protestoellus: Abaixo Este País Atrasado.
Um
protesto esquisito, num local que não combinava.
Um
debate ideológico se seguiu, sob o hálito do verdadeiro debate, o da luta de
classes.
Moda da Ellus classifica Brasil como atrasado. Foto: Blog do Marcelo Rubens |
Como
o debate sobre os que reclamam da deselegância dos novos consumidores em
aeroportos e da construção de uma estação de metrô que traria gente
“diferenciada” num bairro de gente fina e educada, que anda de metrô em Paris e
NY.
A
ELLUS esclareceu. Soltou o “DESABAFO”:
“O
Brasil está entupido, um congestionamento em tudo. Não anda no trânsito, nos
aeroportos, nos hospitais, nas estradas, na energia, nas escolas, na comunicação,
na burocracia (corrupção)… Até a água está entupida!
Dificuldade
para tudo! As coisas não fluem! Tudo é tão difícil! Tudo isso gerando esse
custo. Brasil = ineficiência, improdutividade. Isso faz com que fiquemos
isolados do mundo, acarretando esse atraso todo em relação ao mundo moderno.
É
claro que os maiores responsáveis são os políticos e os governos antiquados,
cartoriais, quase medievais, que com suas ideias atrasadas de protecionismo
acabam por gerar atrofia.
Até
para indústria da moda, exportar o nosso design fica difícil com todo esse
custo, abrindo espaço maior para as importações de roupas e acessórios
provenientes de países pobres, porque nós não temos condições de competir.
Precisamos
desburocratizar, simplificar para motivar, avançar, abrir, internacionalizar,
se não, cada vez mais, ficaremos isolados nas geleiras do Polo Sul.
Que
Brasil é esse em que até as empresas e patrimônios públicos acabam
destruídos?!?!
ABAIXO
ESSE BRASIL ATRASADO!
TIME
ELLUS”
Faz
sentido.
Até
lembrarem que a empresa é questionada pela Justiça se utiliza MÃO DE OBRA
ESCRAVA.
O
Processo corre na 2ª Região do Ministério de Trabalho e foi denunciado pela
procuradora Carolina Vieira Mercante em 2012, que instaurou um inquérito civil
e convocou representantes da Etiqueta Ellus através da portaria 1083/2012.
As
empresas Marisa, Pernambucanas, C&A, Zara, Collins e Gregory também
estiveram na mira do Ministério do Trabalho por causa de denúncias do uso de
trabalho escravo.
Em
2010, a Marisa recebeu 48 autos de infração: 16 bolivianos trabalhavam em
condições análogas às de escravidão na zona norte de São Paulo; cadernos
encontrados no local davam indícios de tráfico de pessoas; funcionários
cumpriam uma jornada que começava às 7 da manhã e seguia até às 9 da noite, com
expediente do fim de semana.
Multada,
a empresa cortou mais de 70 fornecedores.
A
Zara recebeu 48 autos de infração: jornadas de até 16 horas por dia, salários
irrisórios, proibição de deixar o local sem autorização prévia, uso de mão de
obra infantil, ambientes se ventilação, fiação exposta.
A
empresa foi multada e passou a se envolver em ações de auxílio a imigrantes.
Em
2011, a Pernambucanas foi informada que trabalhadores em condições degradantes
haviam sido encontrados em duas oficinas, menores de idade, mulher com
deficiência cognitiva; trabalhavam mais de 60 horas semanais em troca de um
salário médio de R$ 400.
A
empresa subcontratada assumiu a culpa.
A
Gregory recebeu 25 autos de infração. Em 2012, a Superintendência do Ministério
do Trabalho achou evidências de trabalho escravo; trabalhadores recebiam R$ 3
por cada vestido de renda confeccionado; oficina embolsava R$ 73, e a loja o
vendia por R$ 318; 23 bolivianos foram libertados, todos submetidos a jornadas
excessivas de trabalho e servidão por dívida; armários eram trancados com
correntes para que os trabalhadores não se alimentassem em horários impróprios.
De
que Brasil atrasado falamos?
Via
Blog do Marcelo Rubens Paiva, no Estadão
Muito bom seu blog!!
ResponderExcluirseguidoresnotwitter.com.br
ELLUS NUNCA MAIS! BANDO DE PILANTRAS ESCRAVISTAS! HIPÓCRITAS!
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