Clique na imagem para ampliar |
Um
concurso da Polícia Civil do Estado da Bahia está gerando polêmica. Como todo
certame, o edital exige que os candidatos aprovados passem por uma série de
exames médicos. Mas uma exigência chamou a atenção: as mulheres devem se
submeter também a exames ginecológicos como colposcopia, citologia e
microflora.
Como
são exames invasivos, as candidatas que tiverem o hímen íntegro, isto é,
virgens, estão dispensadas dos três exames citados acima. Contudo, devem
comprovar sua virgindade por meio de atestado médico “que comprove a referida
condição, com assinatura, carimbo e CRM do médico que o emitiu.”
A
exigência causou repúdio da Ordem dos Advogados da Bahia (OAB-BA). “É
inadmissível que um concurso ingresse na esfera íntima das mulheres candidatas
exigindo exames ginecológicos específicos ou a apresentação de atestado médico
na hipótese de declaração de integridade do hímen”, disse a entidade em nota.
Segundo
a OAB-BA, “essa exigência nos dias atuais é, extremamente, abusiva e
desarrazoada em virtude da grave violação ao inciso III do art. 1º da
Constituição Federal de 1988, que consagra o Princípio da Dignidade da Pessoa
Humana”. A entidade cita ainda o artigo 5º da Constituição, “que dispõe sobre o
Princípio da Igualdade e o Direito a Intimidade, Vida Privada, Honra e Imagem.”
O
concurso vai selecionar 600 candidatos para os cargos de delegado, escrivão ou
investigador de polícia. O salário chega a R$ 9,155,28 no caso de delegado de
polícia e jornada de 40 horas semanais. Já a remuneração dos cargos de escrivão
e investigador pode chegar a R$ 2.665,91 nas mesmas condições.
Com
informações do Estadão
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Ao comentar, você exerce seu papel de cidadão e contribui de forma efetiva na sua autodefinição enquanto ser pensante. Agradecemos a sua participação. Forte Abraço!!!