Mídia nacional repercute oficina sobre saberes afro-indígenas desenvolvida na EEMTI Pe. Luís Filgueiras, de Nova Olinda

 

Estudantes do 3º Ano A, da EEMTI Pe. Luís Filgueiras, em Nova Olinda - CE. (FOTO | Prof. Nicolau Neto).

Por Valéria Rodrigues, Colunista

Uma oficina sobre “Saberes afro-indígenas e o ensino de sociologia nos livros didáticos” desenvolvida por Nicolau Neto, professor e editor deste blog, nas turmas de terceiro ano da Escola de Ensino Médio em Tempo Integral Padre Luís Filgueiras, no município de Nova Olinda -CE, repercutiu não só na região do cariri, mas a nível nacional.

Racismo: mulher preta é retirada de voo da gol por se recusar a entregar mochila

 

Cientista social abordada por agente no interior da aeronave. (FOTO | Reprodução).

Mais um caso de racismo estrutural, dessa vez com uma cientista social que foi retirada de um avião da Gol na noite desta sexta-feira (29). Segundo relatos, a cientista social Samantha teria ameaçado “a segurança do voo” ao se recusar a despachar uma mochila com seu laptop – a única bagagem que portava. A tripulação teria ordenado que a entregasse porque a aeronave estava cheia e não havia espaço no bagageiro.

Samantha discordou, temendo que seu computador pessoal, fundamental em seus estudos, fosse danificado no compartimento de carga. E com a ajuda de outros passageiros, conseguiu acomodar a mochila. Mesmo assim, foi retirada a força por três agentes da Polícia Federal. Na ação, registrada em vídeo, ela não esboça resistência. Nem sequer ofende ou agride funcionários ou policiais.

“Samantha foi obrigada a passar a noite numa delegacia por um crime que não cometeu. É preciso denunciar mais esse abuso de autoridade sobre pessoas negras”, disse a antropóloga Lilia Moritz Schwarcz em uma rede social.

Crime, racismo é inadmissível

“Isso é inadmissível. Se alguém teve a integridade ameaçada nessa situação, não foi outra pessoa senão Samantha”, disse por uma rede social a antropóloga Débora Diniz, de quem a vítima de racismo é orientanda.

O flagrante da violência foi denunciado pela jornalista Elaine Hazin, que estava no voo. Em suas redes sociais, ela mostrou as imagem e fez um desabafo. “Meu coração está sangrando neste momento. Presenciei agora à noite um caso extremamente violento de racismo, sofrido por uma mulher negra no voo 1575 da Gol, chamada Samantha.”

“Eu me desespero, todas com muito medo, apreensão e os policiais ameacam algemá-la. Não dizem a razão de levá-la presa, só que foi uma ordem do comandante. Samantha era uma ameaça por ser uma mulher, ser preta, ter voz. Ela foi levada pela Polícia. A mãe de Samantha chorava desesperada ao telefone por não saber o destino de sua filha. Eu chorava também. Outras mulheres e homens se desesperavam”, relatou Elaine.
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Com informações da RBA.

Fundação Cultural Palmares volta a ter machado de Xangô na marca

 

A marca resgatada nas redes sociais da Palmares. (FOTO | Reprodução).

O símbolo do machado do orixá Xangô voltou a ser parte da identidade visual da Fundação Cultural Palmares (FCP), do Ministério da Cultura, e está na fachada da entidade desde quarta-feira (26). O anúncio foi feito durante a posse do presidente da entidade, João Jorge Rodrigues, nesta quinta-feira (27), em Brasília.

A ferramenta com duas lâminas é o símbolo principal de Xangô, orixá da Justiça, cultuado na umbanda e no candomblé, religiões de matriz africana. A arma representa o equilíbrio e a dualidade dos fatos.

Emocionado, João Jorge enfatizou que o machado de Xangô é considerado símbolo da Justiça por vários povos africanos: da África do Sul ao Egito, do Egito a Camarões, da Gâmbia ao Senegal.

O machado foi retirado da logomarca da Fundação Cultural Palmares, em dezembro de 2021 pelo então presidente da entidade, Sérgio Camargo. No lugar da ferramenta, foi colocada uma figura no formato da bandeira do Brasil, em verde e amarelo. À época, o site da Palmares justificou que era uma forma de representar todo o povo brasileiro, “sem distinção de classe, credo ou cor”. Na ocasião, movimentos negros consideraram o anúncio um forte ataque ao legado da Fundação Palmares.

Na solenidade de posse, o novo presidente da fundação, João Jorge, lembrou que houve depredações e desrespeito ao órgão. “Quando cheguei a Brasília, encontrei as fotos dos ex-presidentes da Fundação Palmares jogadas em um depósito. O quadro com a foto do ex-presidente Zulu Araújo estava quebrado, e tivemos que trazê-lo para outra sala.”

João Jorge ressaltou que os funcionários resistiram à opressão, ao arbítrio, à perseguição moral e ao assédio na gestão passada. “Recentemente, um funcionário me entregou os tapetes com a marca de Xangô, que escondeu para não serem jogados fora”, revelou o novo presidente da fundação.

Nós somos o canto deste país, o som dos tambores deste país, as águas deste país e demos a nossa civilização para esta nação”, disse o presidente da FCP, João Jorge Rodrigues.

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, que deu posse a João Jorge, disse que a nova presidência da Fundação Palmares é uma resposta ao que ocorreu na gestão passada. “É de um significado profundo e tem a ver com a justiça do dono do machado [Xangô] para que a amargura e a ignorância nunca mais se sentem no trono, nem sobre o legado das políticas públicas desenvolvidas pela Fundação Palmares.”

O movimento negro sonhou com uma sociedade menos desigual, onde o conceito de raça não fosse critério para desumanizar e escravizar homens e mulheres, e isso se projetou para o campo da cultura, na criação da Fundação Palmares”, ressaltou a ministra.

No fim da cerimônia, João Jorge Rodrigues adiantou que, como parte da retomada de suas atividades, a Fundação Cultural Palmares terá nova sede. “Haverá um novo lugar para pregar nossas insígnias, nossas coisas. Será lindo demais. Este é o futuro que chegou sem reclamação, olhando para a frente e com Xangô conosco”, afirmou.

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Com informações da Agência Brasil.


Lula assina decreto de demarcação de seis terras indígenas

 

Lula assina demarcação de terras indígenas. (FOTO | Ricardo Stuckert).


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta sexta-feira (28), decretos de demarcação de seis terras indígenas. As demarcações estavam paralisadas desde 2018. Durante a cerimônia, Lula foi ovacionado por cerca de cinco mil indígenas e disse que o governo vai trabalhar para demarcar o "maior número possível de terras indígenas".

Lula também levantou uma faixa contra o marco temporal sobre essas áreas, questão em análise no Supremo Tribunal Federal (STF).

"Nós vamos legalizar as terras indígenas, é um processo um pouco demorado, a nossa querida ministra sabe do processo, tem que passar por muitas mãos e a gente vai ter que trabalhar, a gente vai ter que trabalhar muito para que a gente possa fazer a demarcação do maior número possível de terras indígenas. Não só porque é um direito de vocês, mas porque se a gente quer chegar em 2030 com desmatamento zero na Amazônia, a gente vai precisar de vocês como guardiões da floresta", disse.

"Eu quero não deixar nenhuma terra indígena que não seja demarcada nesse meu mandato de quatro anos. Esse é um compromisso que eu tenho e que eu fiz com vocês antes da campanha", disse Lula sob aplausos.

O presidente também defendeu a adoção de medidas para garantir a saúde dos povos indígenas e disse que a crise sanitária que atingiu o povo Yanomami, que enfrentou casos de malária e desnutrição, "não pode acontecer".

"Nós colocamos o indígena para cuidar da questão da saúde indígena. Ou seja, o papel do nosso companheiro responsável pela saúde é cobrar do governo, cobrar do presidente da República, cobrar da ministra da Saúde, cobrar do ministro-chefe da Casa Civil, todas as coisas pertinentes à área da saúde, porque a gente não pode deixar repetir o que aconteceu com os Yanomami lá no estado de Roraima. Não pode acontecer em nenhum povo indígena", disse.

Entenda o marco temporal

O STF analisa se a demarcação de terras indígenas deve seguir o critério segundo o qual indígenas só podem reivindicar a demarcação das áreas ocupadas antes da data de promulgação da Constituição de 1988, matéria que ficou conhecida como marco temporal.

O julgamento já começou, mas saiu da pauta do STF em junho de 2022, pois o ministro Alexandre de Moraes pediu vista. Dois ministros votaram: relator do caso, Luiz Edson Fachin se manifestou contra a aplicação do marco temporal. O ministro Nunes Marques votou a favor.

A presidente do STF, Rosa Weber, afirmou que o tema deve voltar a julgamento em 7 de junho.

Veja as seis terras indígenas homologadas por decreto durante a cerimônia desta sexta:

Arara do Rio Amônia (AC), do povo Arara

Kariri-Xocó (AL), do povo Kariri-Xocó

Rio dos Índios (RS), do povo Kaingang

Tremembé da Barra do Mundaú (CE), do povo Tremembé

Avá-Canoeiro (GO), do povo Avá-Canoeiro

Uneiuxi (AM), do povo Maku Nadëb

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Com informações da Revista Fórum.


Silvio Almeida freia teatro de senador cearense com feto plástico: 'Exploração inaceitável'

 

(FOTO | Reprodução | Twitter de Carol Dartora).

O ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, mostrou ao senador bolsonarista Eduardo Girão (Podemos-CE) como deve ser feito o debate político sério e respeitoso. Em audiência no Senado nesta quinta-feira (27), Almeida criticou Girão após tentativa de constrangimento com a entrega de um boneco plástico simulando um feto.

"Com todo respeito, é uma exploração inaceitável de um problema muito sério que temos no país. Em nome da minha filha que vai nascer, eu me recuso a receber isso aí", disse o ministro, sendo fortemente aplaudido pelas pessoas que compareceram à audiência.

No início deste mês de abril, a esposa de Almeida, a estilista Ednéia Carvalho, anunciou a gestação da primeira filha do casal, que está junto há 17 anos.

No episódio desta quinta, Girão seguiu a cartilha habitual dos parlamentares bolsonaristas no congresso, tentando fazer uma cena teatral de mau gosto para garantir "cortes" para as redes sociais. Ele se levantou da cadeira onde estava sentado e se dirigiu à mesa onde estava o ministro. "Já que a gente entrou na questão da dignidade humana, vou materializar a entrega dessa criança com 11 semanas de gestação", disse o senador, enquanto se aproximava de Almeida.

"Eu não quero receber isso, por um motivo muito simples. Eu vou ser pai, agora. Eu sei muito bem o que significa isso. É uma performance que eu repudio profundamente", respondeu o ministro, com a elegância que lhe é habitual.

"Isso é um escárnio. E falo com muito respeito, respeitando seu cargo. Eu não vou aceitar esse tipo de coisa. Eu sou um homem sério, e acredito que o senhor também seja. Esse tipo de performance aqui não é o que condiz com minha maneira de ver a política", prosseguiu Almeida.

Sem alternativas, Girão abaixou a cabeça e retornou à cadeira onde estava sentado, se limitando a dizer que respeitava a postura do ministro dos Direitos Humanos.

"Se o senhor fizer uma pergunta séria eu vou com maior prazer, mas esse tipo de performance é inaceitável, uma exploração de um problema muito sério que nós temos no Brasil e no Mundo. Isso aí eu não aceito", complementou o ministro.

Repercussão

O caso repercutiu fortemente nas redes sociais. A grande maioria das pessoas ressaltou a postura do ministro, destacando a seriedade com que derrubou a tentativa de constrangimento do senador. Sempre ativos nas redes sociais, os bolsonaristas evitaram dar espaço para o tema.

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Com informações do Brasil de Fato.

Blog Negro Nicolau celebra 12 anos: a mídia antirracista do Ceará

 


Por Nicolau Neto, Editor

Nesta quinta-feira, 27, o blog Negro Nicolau celebra 12 anos na rede mundial de computadores. Lançado em 27 de abril de 2011 originalmente alcunhado de “Altaneira Infoco” e posteriormente “Informações em Foco”, o blog chegou a denominação atual em 2016. Mais de uma década de atuação em defesa da promoção de uma sociedade menos desigual e menos intolerante, com equidade racial e de gênero através de textos publicados quase que diariamente.

O blog vem dede o seu lançamento mantendo o compromisso de informar para formar opinião a partir de temas ligado a vários setores - como a cultura, educação, política, saúde, esporte, religiosidade, discussão de gênero, relações étnico-raciais, empoderamento, machismo, pautas LGBTQIA+ - , sempre com o intuito maior de propagar e incitar o exercício da cidadania no meio midiático. Ao longo desse tempo, houve a consolidação e hoje já é reconhecido nacionalmente. Sites de grande visibilidade no país - como o Geledés, CEERT, Alma Preta e Notícia Preta –, tem reproduzido textos do blog vez por outra. Ademais, tem se tornado uma constante o envio de mensagens de leitor@ solicitando espaço neste diário virtual para a divulgação de textos e de projetos individuais ou coletivos. Isso vale muito mais que acesso puro e simples.

Regionalmente, o percurso é mais curto. Só a partir de 2020 é que as mídias do cariri passaram a reproduzir o blog. Os sites Miséria, Gazeta do Cariri, o Portal Badalo e os blogs: Blog do Boa, Blog do Amaury Alencar e Blog do Jocélio, além do Potengi na Internet tem dado destaque a algumas matérias.

O reconhecimento vêm também por meio de premiações. Em 2018 e 2019 por meio de pesquisa de opinião pública realizada pela empresa JR Mídia, de Juazeiro do Norte- Ce foi o escolhido como o melhor na categoria “site|blog”. O feito se repetiu no ano seguinte, agorabpela empresa Nova Ideia Consultoria e Marqueting, de Brejo Santo-Ce.

Além desse reconhecimento, o blog está entre as mídias negras mais influentes do Brasil, figurando ainda entre veículos, coletivos, canais e iniciativas em geral de mídias negras que assinaram um manifesto em defesa da vida da população negra e pela reforma do sistema político no Brasil; foi um dos assinantes da carta-repúdio a um ato racista promovido por André Lacerda contra povos tradicionais (indígenas); além de está incluída no e-book “Mapeamento da Mídia Negra no Brasil”, organizado pelo Fórum Permanente pela Igualdade Racial (Fopir).

O blog Negro Nicolau conta com seis colunistas e tem como parceiros o Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação, Gênero e Relações Étnico-Raciais (NEGRER) da URCA; a Associação Cristã de Base (ACB), A Academia de Letras do Brasil/ Seccional Araripe (ALB/Araripe); a Rádio Comunitária Altaneira FM, o Projeto ARCA e os sites Identidade 85 e Intelectual Orgânico.

Vale lembrar que o blog é uma mídia negra livre. Não conta com nenhum tipo de patrocínio, pois foi construída com a missão de ser um espaço de comunicação de denúncia de todos os casos de segregação racial e de propor uma narrativa distinta da veiculada pelos portais de comunicação tradicionais - estereotipada e que não questiona as estruturas racistas. Busca oferecer uma narrativa que destaca de forma afirmativa o povo negro deste país. É uma mídia de denúncia - inclusive diante desta pandemia que acentuou o racismo estrutural - de combate e de enfrentamento ao sistema, mas também de empoderamento, de identificação e de afirmação.

Festa marcará 22 anos do Grupo de Valorização Negra do Cariri

 

Grunec celebra 22 anos. (FOTO | Reprodução | WhatsApp).


Por Alexandre Lucas, Colunista

O Grupo de Valorização Negra do Cariri - Grunec, fundado em 21 de abril de 2001, realizará festa de comemoração dos seus 22 anos, no dia 05 de maio, a partir das 16h, na sua sede localizada na Rua Coronel Secundo, 287, no Centro.

A confraternização deverá ser marcada por ato político em defesa da igualdade racial e da luta pelos 2% do orçamento do município do Crato para cultura e deverá reunir além da militância dos movimentos negros da região, representantes dos Pontos de Cultura, instituições parceiras, coletivos e voluntários. Está previsto para comemoração lançamento da nova identidade visual, música, bazar, comes e bebes e intervenções artísticas.

Atualmente o Grunec conta com cerca de 30 integrantes e é presidido pela advogada Lívia Nascimento.

Durante esses 22 anos o Grupo publicou a edição do 1° jornal de imprensa negro do Cariri, o "Afrocariri"; o assessoramento do primeiro processo judicial sobre injúria racial do Cariri; organização da 1ª Audiência Pública Federal no ano de 2007 para discutir a implementação da Lei nº 10.639/03 reunindo representantes de 42 municípios; realização do 1º Seminário no Crato em 2005 para discutir a Igualdade Racial; realização da Semana da Consciência Negra; o mapeamento das comunidades negras e quilombolas do Cariri; construção da caminhada contra a intolerância religiosa realizada anualmente em Juazeiro do Norte; realização da Marcha das Mulheres Negras do Cariri; incidência em questões ligadas à educação, saúde, mulheres negras, convivência com o semiárido, juventudes negras, acolhimento e integração de imigrantes, cotas, segurança pública, cultura, entre muitas outras ações.

Ao longo desta trajetória recebeu honrarias como: Prêmio Frei Tito de Alencar de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará e Comissão de Direitos Humanos e Cidadania; Prêmio Fórum Justiça de Direitos Humanos Maria Amélia Leite; Comenda de mérito defensorial da Defensoria Pública do Ceará, entre outros.


Justiça suspende Telegram por não entregar dados de neonazistas que ameaçam escolas

 

Grupos de ódio em aplicativos de mensagens estão "na base da violência contra nossas crianças", disse o ministro Flávio Dino. (FOTO | Marcello Casal Jr/Agência Brasil).


A Justiça Federal do Espírito Santo mandou suspender o aplicativo de mensagens Telegram em todo o país. A plataforma não entregou à Polícia Federal (PF) dados completos sobre os grupos neonazistas suspeitos de planejar ataques a escolas, descumprindo recente portaria do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Além disso, passou de R$ 100 mil para R$ 1 milhão a multa diária contra o aplicativo, enquanto não fornecer todas as informações.

De acordo com a Diretoria de Inteligência da PF, empresas de telefonia celular, além do Google e Apple – responsável pelas lojas de aplicativos –, também serão notificadas pela Justiça sobre a suspensão do Telegram. A decisão se refere especificamente à investigação sobre o ataque a uma escolas em Aracruz (ES) no final do ano passado. O ato resultou na morte de três professoras e de uma aluna de 12 anos, além de outros 12 feridos. A polícia prendeu um jovem de 16 anos, que confessou o crime. Em sua casa, os investigadores encontraram materiais com símbolos nazistas.

Além disso, eles também identificaram que o adolescente participava de grupos antissemitas no Telegram. Na última sexta-feira (21), com base na nova portaria, a PF intimou o aplicativo a fornecer os dados. O Telegram entregou algumas informações, mas não forneceu os números dos telefones dos administradores e integrantes desses grupos.

Durante cerimônia de lançamento do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) em Fortaleza, o ministro da Justiça, Flávio Dino, comentou a decisão. “Há agrupamentos lá (no Telegram) denominados frentes antissemita, movimento antissemita, atuando nessas redes, e nós sabemos que isso está na base da violência contra nossas crianças, nossos adolescentes.” Ele falou ainda em fortalecer o “pacto” pela paz e segurança nas escolas.

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Com informações da RBA.