Mídia nacional repercute oficina sobre saberes afro-indígenas desenvolvida na EEMTI Pe. Luís Filgueiras, de Nova Olinda

 

Estudantes do 3º Ano A, da EEMTI Pe. Luís Filgueiras, em Nova Olinda - CE. (FOTO | Prof. Nicolau Neto).

Por Valéria Rodrigues, Colunista

Uma oficina sobre “Saberes afro-indígenas e o ensino de sociologia nos livros didáticos” desenvolvida por Nicolau Neto, professor e editor deste blog, nas turmas de terceiro ano da Escola de Ensino Médio em Tempo Integral Padre Luís Filgueiras, no município de Nova Olinda -CE, repercutiu não só na região do cariri, mas a nível nacional.

O site Alma Preta Jornalismo, com sede no Estado de São Paulo, repercutiu a oficina que foi publicada originalmente no blog Negro Nicolau. Ao reproduzir a matéria do blog, o site traz alguns trechos. “Por que, mesmo depois de duas décadas, ainda não conseguimos avançar como o esperado? Por que o livro didático – sendo a principal ferramenta de professores e professoras (embora não a única) -, ainda é carregado do eurocentrísmo? Por que nossa juventude preta e indígena ainda não se veem nas representações dos livros didáticos?”, questiona o professor da rede estadual Nicolau Neto, que propõe - junto de seus alunos - uma oficina para responder tais questões”, reproduz o Alma Preta.

Iniciada nas turmas dos terceiros anos, dois intelectuais negros foram inseridos por Nicolau numa roda de diálogo. Um foi Abdias do Nascimento, ex-senador, escritor, artista plástico, professor universitário, dramaturgo e ativista das causas negras. Lélia Gonzalez, filósofa e antropóloga, além de ter sido a primeira mulher negra a escrever e falar sobre raça e gênero no país. (Alma Preta, 25/04/23 em suas páginas no Instagram e no Facebook).

Segundo o professor Nicolau Neto, “analisar como os povos africanos e indígenas aparecem nos livros didáticos de Sociologia adotados e utilizados na escola e refletir sobre a prática do ensino de sociologia” são parte dos objetivos desse trabalho. E que a ideia “é contribuir para que os alunos e alunas sejam compartícipe da transformação do ambiente escolar, inclusive a partir de novas práticas de ensino, fazendo com que percebam que a equidade racial no Brasil só se tornará real se cada espaço fizer sua parte”.


Site Alma Preta repercute oficina sobre saberes afro-indígenas desenvolvidas na EEMTI Pe. Luís Filgueiras, em Nova Olinda-CE. (FOTO | Reprodução).

O Alma Preta Jornalismo “é uma agência de jornalismo especializada na temática racial”, tendo como “objetivo construir um novo formato de gestão de processos, pessoas e recursos através do jornalismo qualificado e independente”. Conforme informação constante no próprio site, sua missão “é informar a sociedade a partir da perspectiva racial negra e periférica, e responder aos anseios desse público com notícias multimídia” e que a equipe assumiu “o caráter político de valorização do conhecimento e da cultura negra, assim como a tarefa de exigir direitos e questionar o Estado em todas as dimensões da vida cotidiana”.

A equipe da Agência é formada por 32 pessoas tendo como diretor do editorial e cofundador, o Pedro Borges. Ele é formado em jornalismo pela UNESP, compõe a Rede de Jornalistas das Periferias e a Coalizão Negra por Direitos e tem na cobertura do racismo a sua contribuição para a construção de um país mais plural e democrático.

A nível regional, a oficina foi reproduzida na íntegra no site da 18ª Coordenadoria Regional de Desenvolvimento da Educação (CREDE 18), responsável por todas as escolas dos 12 municípios que compõem a regional (Altaneira, Antonina do Norte, Araripe, Assaré, Campos Sales, Crato, Nova Olinda, Potengi, Saboeiro, Salitre, Santana do Cariri e Tarrafas).

Na localidade, nenhum site, blog ou emissora de rádio repercutiu a oficina.

Veja mais fotos da parte prática da oficina:

Estudantes do 3º Ano B, da EEMTI Pe. Luís Filgueiras, em Nova Olinda - CE. (FOTO | Prof. Nicolau Neto).

Estudantes do 3º Ano C, da EEMTI Pe. Luís Filgueiras, em Nova Olinda - CE. (FOTO | Prof. Nicolau Neto).

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