Biblioteca Caminho do Conhecimento realizará 1ª Olimpíada de Teatro

 

(FOTO/Divulgação/ Biblioteca Caminho do Conhecimento).

Por Nicolau Neto, editor

Fruto de uma mobilização voluntária de cinco moradores/as do Sítio Latão, em Santa do Cariri (CE), imbuídos no desejo de transformar essa comunidade através da educação e da cultura, nasceu o projeto social Biblioteca “Caminho do Conhecimento”.

O projeto que partiu da professora Renata Lino, Marcia Lino, Luiz Reginaldo, José Reginaldo e Francisco Martins, conhecido popularmente por “Chichico” se configura como uma ação não governamental e foi inaugurada em dezembro de 2021, contando com alguns acervos, tanto didáticos como paradidáticos.

Mas nem só de livros é composta a Biblioteca. Com o tema “A morte de Romeu e Julieta”, será promovida a 1ª edição da “Olimpíada de Teatro”. O projeto tem como finalidade “identificar e divulgar novos talentos, valorizar a arte e incentivar às manifestações artísticas e culturais” do Sítio Latão, em Santana do Cariri, e de municípios vizinhos.

Segundo o regulamento, cada participante poderá se inscrever e apresentar a peça com adaptações e recursos próprios, devendo, portanto, se atentar para os seguintes pontos:

1- A peça teatral deverá ser apresentada em formato de esquete, com duração máxima de 15 minutos com dois 2 integrantes (atores) e sem limitações para equipe técnica e apoio;

2- As peças precisam ser adaptadas conforme o capítulo da morte de Romeu e Julieta;

2- As peças precisam ser ambientadas com vestimentas da época;

3- As peças de teatro não poderão ser produzidas por terceiros;

As inscrições são gratuitas e se encerram no último dia de maio e devem ser encaminhadas exclusivamente por e-mail (bibliotecacainholatao@gmail.com), informando o nome completo da dupla, a localidade, cópia do texto (em PDF ou JPG) e telefone de contato.

Serão premiados os três primeiros lugares. O terceiro colocação receberá um valor de R$ 200,00 mais certificado; R$ 300,00 mais certificados para o segundo e certificado mais um valor de R$ 600,00 para o primeiro lugar.

As apresentações estão marcadas para o dia 08 de julho a partir da 18h00 no palco da Biblioteca.

Para maiores informações, encaminhe mensagem via WhatsApp para Renata Lino (88 99796 7252) e Fábio Martins (88 99979 7945) ou ainda por e-mail já citado.

Maria de Araújo e o embuste da história

 

Quadro votivo em homenagem a Maria de Araújo criado pelo estúdio anchordecor. 


Por César Pereira, Colunista

Maria de Araújo

__ Seu pai?

__ Um divezo que andava quase sempre em temulência; um negro, um mancípio que fora da gente do padre Pedro Ribeiro, de saudosa memória.

__ Sua mãe?

__ Uma cabra de cabelo ulotricho e mastigado que servia fora de casa, mas muitas vezes não podia trabalhar e se ficava de cama por causa das sovas que amiudadamente lhe dava o macho, o marido.

__ A mulher de que falamos, se, como me dizes, e eu creio, é um produto, um cruzamento das duas raças mais detestáveis, não pode deixar de ser, em todos os sentidos, uma hibridez horrível.

[...]

__ Poderás vasar-me em palavras a hibridez estética dessa monstruosidade feita mulher? (PEIXOTO, 2011, p.41.)

Maria Magdalena do Espírito Santo Araújo é a mulher que está sendo predicada nesta linguagem viperina adotada pelo padre Alencar Peixoto no seu livro Joazeiro do Cariry publicado em 1913. Este não foi o primeiro texto escrito com o objetivo de impor ao público uma representação funesta de Maria de Araújo, nem tampouco seria o último.

Ao longo das duas últimas décadas do século XIX e no decorrer de todo o século XX fez-se um intenso investimento discursivo em torno da beata Maria de Araújo, tal operação discursiva objetivava principalmente criar uma representação que a definisse como uma pessoa ardilosa, enferma, impura, capaz de enganar os homens mais inteligentes do clero, das ciências e até doutores em teologia, como também o homem mais piedoso e temente a Deus, o padre Cícero Romão Batista.

Logo que as primeiras notícias do milagre da hóstia começaram a se difundir pelos meios intelectualizados da imprensa brasileira e entre as autoridades eclesiásticas nacionais o discurso sobre a mulher que protagonizava os fatos miraculosos de Juazeiro começa a ser engendrado de modo a construir uma representação negativa desta.

No dia 29 de agosto de 1889, quando já não era mais possível manter os acontecimentos restritos ao Cariri cearense, o Jornal do Comércio editado e publicado na cidade do Recife em Pernambuco estampou em seu número 194, ano 65, página 3, a manchete: Facto estupendo, onde noticiava os milagres que vinham ocorrendo em Juazeiro desde março daquele ano e que haviam sido testemunhados em profusão no mês de julho.

A notícia reproduz uma carta enviada por um leitor, provavelmente da cidade do Crato, este informa ao redator do jornal que se sentiu obrigado a divulgar os fatos, pois para ele eram tão importantes quantos os milagres de Nossa Senhora de Lourdes ocorridos trinta anos antes na França.

O autor da carta faz uma rápida descrição da figura de Maria de Araújo: “[...] Maria de Araujo (sic), mulher mais preta que parda, de estatura baixa e compleição franzina: é bastante feia e representa a idade de 18 a 20 anos.” Tal descrição da protagonista dos milagres de Juazeiro foi feita vinte e cinco anos antes daquela criada pelo padre Alencar Peixoto, mas ambas estão em acordo, pois procuram destacar a raça a qual pertence Maria de Araújo e fazem questão de salientar a sua debilidade física.

Conforme Peixoto:

__ Maria de Araújo que deve orçar hoje pelos seus cinquenta anos, é de estatura regular; brunduzia, triste, vagarosa, entanguida, essencialmente caquética, porque tem ela uma série de ascendentes caquéticos ou tuberculosos. (PEIXOTO, 2011, p. 42.)

O próprio padre Cícero nas cartas que escreveu ao bispo dom Joaquim José Vieira respondendo as cartas a ele dirigidas pelo chefe do clero cearense também descreve Maria de Araújo como uma pessoa doente e fisicamente decadente. Segundo ele ‘era uma mulher que tinha uma saúde de passarinho, como se diz no sertão’ além disso, informou ao bispo que desde algum tempo Maria de Araújo padecia dos nervos, tinha espasmos constantes e que “...este estado mórbido começou desde menina e continuou com maior ou menor intermitência, até o ano de 1889.” (apud, NETO 2009).

Pode-se perceber como rapidamente foi se tecendo toda uma semântica discursiva masculina com o objetivo único de construir uma representação de Maria de Araújo como a mulher histérica e incapaz de protagonizar qualquer evento ou fato digno de valoração histórica, científica ou teológica. Toda uma casta de intelectuais dentro e fora do clero foi mobilizada para impedir a ascensão dessa mulher a primazia de protagonista da história da igreja ou da própria história do Brasil.

Durante as investigações do milagre da hóstia e principalmente posteriormente, quando o bispo do Ceará e o Vaticano se recusaram a reconhecer a veracidade dos eventos miraculosos, o clero e a intelectualidade brasileira notadamente racista e misógino passaria a atacar de forma virulenta a imagem de Maria de Araújo. Acusou-se ela de tuberculosa, histérica, similar ao homem de Darwin, (isto é, macaca), estúrdia, candorça diabólica, prostituta.

Tais ataques surtiram rápido efeito, pois num período relativamente curto as narrativas sobre os milagres de Juazeiro protagonizadas antes por ela, foram ganhando outro protagonista, dessa vez mais palatável para a história oficial. Um homem branco, descendente das melhores famílias do Cariri, Cícero Romão Batista. Ainda nas primeiras décadas do século XX a figura deste padre assumiu o primeiro plano como personagem principal nas narratividades construídas sobre o milagre da hóstia e igualmente sobre a história de Juazeiro do Norte.

Quando Maria de Araújo veio a falecer no mês de janeiro de 1914, se passara vinte anos de sua condenação e já repousava ela e sobre seu protagonismo histórico e social no movimento político e religioso de Juazeiro um relativo silenciamento. No entanto mesmo após a sua morte, não descansariam os seus detratores. A destruição do seu túmulo e o sequestro de seus restos mortais em 1931 também não seria suficiente para aqueles que estavam empenhados em fazer desaparecer toda e qualquer memória de sua existência.

O intelectual, historiador e escritor mais empenhado em soterrar o protagonismo, a história e a memória de Maria de Araújo foi sem dúvida o padre Antônio Gomes. Em 1956 ele publicou na Revista Itaytera do Instituto Cultural do Cariri um artigo panfletário intitulado “Apostolado do embuste” em que faz a defesa do episcopado de dom Joaquim José Vieira e o converte no grande campeão da campanha movida por este clérigo brasileiro contra Maria de Araújo e os “pretensos milagres” do “sangue bichado”. (apud, GOMES, 1956). Para este historiador Maria de Araújo não protagonizou nenhum milagre, apenas serviu como títere e cobaia, (pois era mulher e fraca) de um ardiloso plano arquitetado por Joaquim Teles Marrocos, jornalista que teria sido o responsável pela divulgação nos jornais da época das primeiras notícias do milagre da hóstia em Juazeiro.

O historiador Antônio Gomes de Araújo acusa José Marrocos de ter planejado tudo, de ter se aproveitado junto a Maria de Araújo da boa-fé do padre Cícero Romão Batista e assim pelos meios mais ardilosos de que dispunha fanatizou os crédulos caririenses bem como o próprio clero e as autoridades políticas do sertão cearense.

José Marrocos, também foi responsabilizado após a sua morte em 1910, como tendo sido o homem que abriu o sacrário da igreja matriz do Crato e furtado os panos ensanguentados que lá tinham sido depositados por ordem do bispo dom Joaquim José Vieira no começo da década de 1890 quando os milagres estavam sob investigação episcopal. Segundo Antônio Gomes de Araújo, o professor José Teles Marrocos fabricou em seu laboratório as hóstias ensanguentadas através de processos químicos e convenceu Maria de Araújo a enganar o padre Cícero Romão Batista e outros clérigos que para Juazeiro acorreram a fim de testemunhar os milagres da ‘hóstia sanguinolenta’.

Para evitar que seu crime fosse descoberto caso os panos fossem analisados em Fortaleza ou na capital da república, José Marrocos os furtou e escondeu em sua casa, na cidade do Crato, onde foram encontrados após sua morte junto com um manual escrito em francês que ensinava como produzir sangue artificial através de processos químicos.

No artigo, Antônio Gomes lança mão de vários adjetivos para predicar Maria de Araújo: “astuta,” “sonsa,” “embusteira,” “solerte,” “tintureira,” “curiboca,” “co-burlã,” “atriz,” “co-taumaturga.” O historiador lhe atribui papel de coadjuvante nos eventos miraculosos, pois para ele o principal responsável pela fabricação do milagre foi José Marrocos que era homem e supostamente cortejava Maria de Araújo, isto é, o historiador chega a aludir durante vários trechos do seu artigo que Maria de Araújo e José Marrocos entretinham uma relação amorosa espúria e sendo uma mulher fraca e de raça inferior Maria de Araújo deixou se arrastar pelos galanteios e pela mente maquiavélica de José Teles Marrocos.

Segundo o historiador brejossantense “José Marrocos osculava a mão de Maria de Araújo,” “Assim, Maria de Araújo não era tão negra e sem atrativo, que não atraísse os encômios babados, de seu simulado devoto [José Marrocos]. (GOMES, 1956). A defesa que o padre e historiador Antônio Gomes faz da ação de dom Joaquim José Vieira no combate aos milagres de Juazeiro estende-se ao padre Cícero Romão Batista que segundo ele foi uma vítima dos dois embusteiros e amantes, pois foi induzido pelo primo José Marrocos e pela sua protegida Maria de Araújo a acreditar nos milagres.

Os argumentos do historiador Antônio Gomes são fundamentados pela autoridade de pessoas que segundo ele são fidedignas, pessoas com as quais ele conviveu e que representaram ao longo da primeira metade do século XX, os melhores homens e os melhores caracteres do Cariri cearense. São padres, políticos e intelectuais caririenses cuja palavra não podia ser posta em dúvida, por isso ele invoca permanentemente os nomes e os testemunhos no artigo-processo-crime contra José Marrocos e Maria de Araújo.

Na década de 1960 a estratégia de invisibilização e esquecimento do protagonismo histórico de Maria de Araújo seria aprofundado com construção na Serra do Catolé (hoje o Geossítio do Horto) do monumento em homenagem ao padre Cícero Romão Batista que desde a década de 1930 era alvo da devoção popular a quem se atribuía realização de milagres e a santidade, além disso a publicação do livro Milagre em Joaseiro do historiador norte americano Ralph Della Cava consolidou nos meios acadêmicos a figura de Cícero Romão Batista como o protagonista da história do movimento político-religioso de Juazeiro.

No livro de Ralph Della Cava a beata Maria de Araújo aparece apenas como a mulher em quem o padre Cícero Romão Batista realizava o milagre da hóstia ou quando muito a mulher na qual ele, o homem santo, testemunhava a realização de um milagre. Além disso, Ralph Della Cava contribuiu para difusão de um equívoco com relação a imagem de Maria de Araújo, pois sendo esta sempre descrita nos documentos do século XIX e início do XX, como uma mulher negra, Della Cava apresenta-nos uma outra fotografia desta, agora a de uma mulher branca com crucifixo nas mãos, como sendo a beata dos milagres.

Na primeira imagem a direita vemos uma mulher branca com um crucifixo nas mãos, representando uma beata das muitas que havia em Juazeiro na primeira metade do século XX, esta imagem foi divulgada pelos historiadores Antônio Gomes e Ralph Della Cava como sendo a fotografia de Maria de Araújo, na segunda imagem a esquerda vemos a fotografia de uma mulher negra que tradicionalmente se considera como sendo a original da beata dos Milagres. (Imagens da Internet).


A divulgação desta imagem já havia sido feita pelo historiador Antônio Gomes de Araújo como ilustração ao seu artigo “Apostolado do embuste.” A divulgação desse suposto retrato de Maria de Araújo como mulher branca destoando completamente da representação discursiva dos documentos do Inquérito I e Inquérito II, bem como das descrições dela feita pelas pessoas que a conheceram e pelas cartas de Cícero Romão Batista e até mesmo da fotografia considerada autêntica dela vestindo um hábito preto, em pé a poiada numa cadeira, tinha como principal objetivo criar uma ambiguidade em torno da memória de sua imagem, facilitando assim o seu esquecimento.

Repercutindo ainda mais a estratégia de apagamento da imagem de Maria de Araújo o filme Padre Cícero e os milagres de Juazeiro (1975) de Hélder Martins de Moraes, veicula uma imagem cada vez mais branqueada dela, pois a pessoa convidada para interpretar esta personagem no cinema foi a atriz e escritora Ana Miranda, uma mulher branca e que representava para as telas do cinema o estereótipo da beleza aceitável numa obra de arte cinematográfica.

Em 1984 a representação de Maria de Araújo como uma mulher branca, frágil e que foi o veículo dos milagres do padre Cícero foi massificada com a transmissão pela Rede Globo de Televisão, da minissérie “Padre Cícero”, que trazia a atriz Débora Duarte como a atriz coadjuvante que interpretava Maria de Araújo. Por ocasião da exibição da minissérie popularizou-se por todas as regiões do país a imagem do padre Cícero como um homem cercado santo que foi injustiçado pelas autoridades intolerantes e discricionárias da igreja católica retrógrada vinculada a um tradicionalismo antimoderno.

Foi assim que a representação de Maria Magdalena do Espírito Santo Araújo chegou ao século XXI. Completamente invisibilizada, sua memória e sua história apagadas, sua imagem envolta sob as brumas da ambiguidade, e muitas vezes confundida com a beata Mocinha, governanta da casa do padre Cícero.

Maria de Araújo teve seu protagonismo negado para que a figura de Cícero Romão Batista como homem, político e representante do clero pudesse emergir para a história do Brasil e também ganhasse as condições necessárias de galgar da oralidade da cultura popular do Nordeste brasileiro até as páginas das hagiografias da Igreja Católica Apostólica Romana, pois como o definiu o historiador Antônio Gomes, ele foi apenas um padre piedoso e de boa-fé que o químico José Marrocos e sua comparsa Maria de Araújo enganaram.

A mobilização de discursos e narrativas foi tão eficaz sobre a história de Maria de Araújo que quase cento e dez anos após sua morte seu cadáver continua desparecido, seu protagonismo continua apagado da historiografia e seu nome e sua imagem envoltos nas sobras do esquecimento.

REFERÊNCIAS

ARAÚJO, Antônio Gomes de. Apostolado do embuste, A Província Editora, Crato, 2014.

CAVA, Ralph Della. Milagre em Joaseiro, Paz e Terra. Rio de Janeiro, 1977.

NETO, Lira. Padre Cícero: poder, fé e guerra no sertão, Companhia das Letras, São Paulo, 2009.

PEIXOTO, Alencar. Joazeiro do Cariry, Editora IMEPH, Fortaleza, 2011.

http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=029033_06&Pesq=milagre%20de%20joazeiro&pagfis=23147 (acesso em 06 de maio de 2023, 10h30min.)

Conheça 10 deputadas que são contra a igualdade salarial entre homens e mulheres

 

(FOTO | Reprodução).


Dez deputadas de direita, alinhadas com o bolsonarismo, votaram contra o Projeto de Lei do governo Lula que prevê que as empresas sejam obrigadas a pagar salário idêntico a homens e mulheres desempenhando a mesma função, sob pena de multa. O projeto foi aprovado nesta quinta-feira na Câmara e vai ao Senado, com o voto contrário de 36 deputados da direita ou extrema direita. Votaram a favor 325 parlamentares.

As deputadas mulheres que votaram contra foram: Adriana Ventura (Novo-SP), Any Ortiz (Cidadania-RS), Bia Kicis (PL-DF), Carla Zambelli (PL-SP), Caroline de Toni (PL-SC), Chris Tonietto (PL-RJ), Dani Cunha (União-RJ), Julia Zanatta (PL-SC), Rosângela Moro (União-SP) e Silvia Waiãpi (PL-AP). Guardem estes nomes para rechaçar na próxima eleição.

inda se entende que um homem seja a favor das mulheres ganharem menos. Mas uma mulher? Como é que pode? Fica a sugestão para as deputadas que votaram contra a igualdade salarial: ganhem menos que seus colegas homens! Ou isso só vale para suas eleitoras?

A desculpa esfarrapada que estas parlamentares mulheres estão dando para votar contra um projeto de interesse do seu próprio gênero é que "a lei já existe", se referindo a um artigo da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), destroçada desde o golpe contra Dilma Rousseff pela própria direita. Mas o projeto que Lula enviou ao Congresso tem uma inovação fundamental: altera a CLT para tornar obrigatória a equiparação salarial entre homens e mulheres. A empresa que não cumprir será multada.

O texto aprovado também determina que empresas com mais de 100 empregados publiquem, a cada 6 meses, relatórios de transparência salarial. “Falar de igualdade salarial é falar sobre a emancipação das mulheres", disse a relatora Jack Rocha (PT-ES). “Este será mais um passo para avançarmos no enfrentamento à desigualdade no ambiente de trabalho, que se aprofundou durante a pandemia de Covid-19.”

Além disso, ao apresentar o projeto, o governo federal concluiu o processo de adesão à EPIC (Coalizão Internacional de Igualdade Salarial), que envolve entidades como a OIT, a ONU Mulheres e a OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico). Outra mentira que vem sendo repetida pela direita e extrema direita para justificar a oposição à equidade salarial é que "não existe mais" desigualdade salarial entre homens e mulheres, o que é desmentido pelos números oficiais sobre o tema no Brasil e no mundo.

De acordo com a ONU, se os governos dos países não contribuírem para acelerar o processo, como Lula fez agora, a desigualdade salarial entre homens e mulheres levará 257 anos para acabar. Atualmente, segundo o IBGE, as mulheres brasileiras ganham em média 20,5% que os homens exercendo o mesmo cargo. Em algumas áreas, como a agricultura e o comércio, a diferença ultrapassa os 35%.

A situação é ainda mais desigual para as negras: mulheres negras com ensino superior recebem 55% menos que homens brancos com o mesmo grau de escolaridade. Por isso o projeto prevê que, se for comprovada a discriminação em função de raça, etnia ou gênero, "além do pagamento das diferenças salariais devidas, o juízo determinará o pagamento de multa cujo valor equivalerá ao décuplo do maior salário pago pelo empregador, elevado em 100% em caso de reincidência".

O voto destas mulheres de direita e extrema direita contra um projeto que beneficia as próprias mulheres espanta, mas não surpreende: o presidente em quem todas elas votaram e felizmente não foi reeleito já defendeu que mulher tem que ganhar menos porque engravida. Mas ainda se entende que um homem seja a favor das mulheres ganharem menos, afinal ele vai continuar a ganhar um salário acima do delas. Mas uma mulher que defende isso? Como é que pode?

Fica a sugestão para as deputadas que votaram contra a igualdade salarial: ganhem menos que seus colegas homens! Ou isso só vale para suas eleitoras?

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Com informações da Revista Fórum e Agência Câmara.

Vamos ajudar seu Zeca! Família pede ajuda para pagar cirurgia de urgência

 

(FOTO | Arquivo pessoal do seu Zeca).


José Francisco da Silva, conhecido como "Zeca", natural de Juazeiro do Norte, mediante exame médico, foi diagnosticado com nódulo e derrame pleural (líquido no pulmão), e precisará passar por um procedimento cirúrgico com urgência.

Essa cirurgia será para retirada do líquido e recolhimento do material referente ao nódulo para biópsia. Esse procedimento está orçado no valor de R$ 15.000.

Pelo alto custo da cirurgia, a família de Zeca está realizando uma vaquinha solidária para arrecadar o valor do procedimento. As doações podem ser realizadas através do Pix: 88 981934496 José Fábio Vieira da Silva ou 88 997211363 Sheila Maria da Cruz Freitas, sendo qualquer ajuda bem vinda e de grande valia.

Você também pode ajudar divulgando em grupos, compartilhando com seus amigos e familiares.

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Com informações do blog do Boa.

Ceará conquista tricampeonato da Copa do Nordeste

 

Jogadores do Ceará erguem a taça da Copa do Nordeste 2023. (FOTO |Rafael Vieira/AGIF).


Como as boas histórias, no duelo entre Ceará e Sport a tensão foi companheira até o minuto final. Não foi possível para os alvinegros respirar tranquilos nem mesmo após a vitória em casa por 2 a 1. Na Ilha do Retiro, o Ceará perdeu por 1 a 0 nos 90 minutos e o título de campeão da Copa do Nordeste ficou para ser decidido na disputa de pênaltis.

Resolver nas penalidades é motivo de aflição por si só. Para o torcedor do Alvinegro a angústia era dobrada, não cabia boas recordações. O time somava derrotas nas últimas cinco cobranças de pênaltis que disputou. Se viu pego pelo improvável em alguns jogos e eliminado de competições importantes: Cearense, Copa do Nordeste, Copa do Brasil e Sul-Americana. A mais recente havia sido contra o Ituano no dia 15 de março e o resultado foi o adeus do Ceará à Copa do Brasil.

A última vez que tinha levado a melhor em uma disputa tinha sido em 2020, contra o Oeste, pela Copa do Brasil.

Mas foi justamente nas penalidades que o time mostrou ao torcedor que valeu a pena apoiar e confirmou um novo momento. Com atuação consistente de Richard, que defendeu cobranças de Luciano Juba e Gabriel Santos, e gols marcados por Danilo Barcelos, Jean Carlos, Luvannor e Erick, o time foi coroado campeão do Nordeste pela terceira vez na história. E a conquista vem em momento providencial.

Os 90 minutos

O apito final deixou para trás os 90 minutos nervosos do Ceará, mas é necessário pontuar algumas coisas do confronto. O time teve atuação ruim no primeiro tempo, com dificuldades claras de conectar o meio-campo com o ataque. O Alvinegro foi para o intervalo com uma finalização e pouca organização. Willian Formiga reclamou de dores e precisou ser substituído por Danilo Barcelos.

Aos 26, Danilo Barcelos tentou afastar perigo e acabou mandando bola para o meio da área, onde Juba aproveitou para finalizar e abrir o placar. O Alvinegro não conseguiu responder após o gol e apresentou muitas falhas na saída de bola. O time foi para o intervalo com um primeiro tempo para esquecer.

Para a segunda etapa, voltou com Jean Carlos na vaga de Arthur Rezende. Os primeiros minutos foram do Sport novamente. Conforme se aproximava do fim, o Ceará buscou ficar mais tempo com a bola e deixar o duelo mais morno. Ensaiou ainda algumas chegadas quando o adversário estava mais cansado, mas deixou a desejar na produção ofensiva.

Coube ao Alvinegro guardar o nervosismo da primeira etapa e tentar frear o adversário de todas as formas. Assim chegou aos pênaltis.

Ânimo para o torcedor

A última vez que levantou a taça, o Ceará não dividiu o momento com a torcida por conta da pandemia. Depois disso, bateu na trave contra o Bahia em 2021. O caminho até a conquista foi longo e foi necessário arrumar muita coisa em casa até aqui. O time passou por reformulação após rebaixamento, trocas técnicas, superou de crise política e assim tem lutado por evolução.

Depois de três temporadas sem títulos, a casa ficou pronta para receber o terceiro troféu de campeão da Copa do Nordeste. E dessa vez os alvinegros estiveram presentes do primeiro duelo contra o Ferroviário até o desfecho contra o Sport. Sustentaram a promessa de nunca abandonar, independente da fase, e agora começam a colher frutos.

O título dá confiança para o trabalho seguir e serve de combustível para o principal objetivo da temporada: a briga pelo acesso à Série A. O Ceará venceu apenas um dos três jogos na Série B e agora foca totalmente na competição. De técnico novo, Barroca, e com o sangue ainda quente com a emoção da conquista, o Vovô tem oportunidade de virar a página e seguir se reestruturando.

Ao torcedor que acreditou até aqui, toda festa e celebração é justa e necessária. Acreditar e apoiar tem recompensa. E veio primeiro em forma de mudança e agora em conquista.

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Com informações do G1 CE.

Conceição Evaristo alcança a marca de 500 mil livros vendidos

 

Conceição Evaristo. (FOTO | Divulgação).

A escritora Conceição Evaristo alcançou a marca de 500 mil livros vendidos por apenas uma editora esse ano. As cópias vendidas foram dos seus quatro livros lançados pela Pallas Editora: “Olhos d’água”, “Becos da Memória”, “Ponciá Vicêncio”, e o recém lançado “Canção para ninar menino grande”.

Esse levantamento, feito pelo Painel de Letras, da Folha de São Paulo, registra mais uma grande conquista de Conceição. A linguista e escritora brasileira tem suas obras estudadas não só em vestibulares, como também nas universidades brasileiras e do exterior, sendo objetos de artigos e dissertações acadêmicas. Conceição Evaristo tem publicações na Alemanha, Inglaterra, Estados Unidos e França.

Em 2015, a literata foi finalista do prêmio Jabuti e homenageada, em 2018, com o Prêmio de Literatura do Governo de Minas Gerais pelo conjunto de sua obra, sendo reconhecida como uma das mais importantes e influentes escritoras brasileiras da atualidade. As obras da mineira incluem os gêneros da poesia, romance, conto e ensaio, sempre falando da perspectiva afrocentrada, envolvendo temas como a denúncia da condição social dos afrodescendentes, feminilidade, relações de gênero e críticas ao machismo, sexismo e racismo.

Ainda em 2018, Conceição Evaristo se candidatou para uma vaga na Academia Brasileira de Letras, recebendo apenas um voto, enquanto o cineasta Cacá Diegues foi eleito com vinte e dois votos. Conceição queria desafiar a falta de representatividade negra e feminina na ABL. “Com todo respeito que eu tenho à Academia, mas ela tem que tomar cuidado, porque senão perde o bonde da história.”, comenta a escritora em entrevista para o Roda Viva.

Quando perguntada sobre uma possível recandidatura, a escritora preferiu incentivar outros intelectuais, “acho que, como da primeira vez, a Academia não aceitaria a minha candidatura. Eu prefiro pensar que outras mulheres negras, outros homens negros, sujeitos indígenas, outras representações literárias deveriam se candidatar. O que eu tinha de fazer eu já fiz”.

De fato, Conceição fez muito não só pela literatura brasileira, como pela comunidade afro-brasileira. “O que nós conquistamos não foi porque a sociedade abriu a porta, mas porque forçamos a passagem”, disse a autora.

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Com informações do Notícia Preta.

No 1º de Maio, atos discutem direitos, democracia e legado da CLT, 80 anos

 

(Foto |Roberto Parizotti/CUT).


O 1º de Maio deste ano terá caráter de celebração para as centrais sindicais que organizam o principal evento do dia, no Vale do Anhangabaú, centro de São Paulo. Será a primeira vez, em sete anos, que as entidades têm um aliado no governo, depois de verem as portas se fecharem com Michel Temer e Jair Bolsonaro. As centrais não foram recebidas nenhuma vez. Neste ano, já estiveram com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em duas ocasiões, além de um encontro em dezembro ainda durante a transição.

Ainda presidenta, mas com o impeachment na mira – o processo já estava aberto –, Dilma Rousseff esteve no mesmo Vale do Anhangabaú em 1º de maio de 2016. Ela anunciou medidas como reajuste nos benefícios do programa Bolsa Família e correção na tabela do Imposto de Renda, a partir do ano seguinte. O impeachment seria concretizado em 31 de agosto.

Reformas trabalhista e previdenciária

Temer promoveu a “reforma” trabalhista e aprovou a lei que ampliou a terceirização. Bolsonaro começou seu governo extinguindo o Ministério do Trabalho e com uma “reforma” da Previdência. Além de apresentar medidas sempre no sentido de “flexibilizar” direitos sociais.

Os quatro anos de seu governo também foram marcados por instabilidade política e ameaças, veladas ou não, à democracia. Esse ambiente se materializou inclusive depois das eleições, já no atual governo, com os ataques golpistas em Brasília no dia 8 de janeiro, apenas uma semana depois da posse de Lula.

Valorização do salário mínimo

A perspectiva agora é mais favorável. Na semana que passou, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, confirmou que o governo aumentará o salário mínimo para R$ 1.320 a partir de 1º de maio, via medida provisória. Outra medida é para aumentar a faixa de isenção da tabela do Imposto de Renda, para R$ 2.640 – o equivalente a dois mínimos. Hoje, essa faixa é de R$ 1.903,98. Lula prometeu chegar a R$ 5 mil até o final de seu mandato.

Além disso, o governo vai encaminhar ao Congresso um projeto de lei recriando a política de valorização do salário mínimo. A proposta é adotar a mesma metodologia das gestões Lula e Dilma. Assim, o piso seria reajustado pela inflação do ano anterior (INPC-IBGE) e teria aumento real equivalente à variação do PIB de dois anos antes.

Emprego e renda

Segundo Marinho, a política implementada no passado mostrou que era possível reajustar o mínimo e incrementar a economia, ao contrário dos que previam inflação e desemprego. “Tudo isso se dizia, mas nós implantamos e provamos que eram falsas essas percepções. Tivemos um processo de crescimento da renda, do emprego formal, do mercado consumidor e não houve impacto na inflação”, afirmou o ministro.

O Dieese lembra que, no último trimestre de 2022, havia 66,2 milhões de ocupados no país com rendimento equivalente a dois mínimos. Entre as mulheres negras (quase 65% do total feminino), perto da metade (48%) recebia o correspondente a um mínimo.

Tais informações reforçam a necessidade de uma política de valorização do salário mínimo, pois a elevação do piso nacional tem impactos diretos na redução das desigualdades salariais, tanto entre negros e não negros, quanto entre homens e mulheres”, afirma o Dieese, em boletim especial para o 1º de Maio. “Além de permitir que os trabalhadores (formais ou informais) e beneficiários da Previdência Social com renda muito próxima ao valor do SM reponham o poder de compra de seus rendimentos, que foi corroído pela alta dos preços de itens essenciais, como alimentação, transporte e habitação, favorece a ampliação do mercado consumidor interno e fortalece a economia brasileira.”

Revisão da “reforma” de 2017

Outro ponto aguardado com expectativa pelas centrais refere-se à “reforma” trabalhista de 2017 (Lei 13.467). Parte do movimento sindical defende a revogação pura e simples, mas a maioria converge para a revisão de alguns itens daquele lei. Como o trabalho intermitente, que não criou os “milhões” de empregos sugeridos por seus defensores. Também se discute a questão do financiamento das entidades, bastante abalado desde então, mas sem recriar o chamado imposto sindical. A proposta é de uma contribuição negocial, com limite anual e aprovação em assembleia. Esse debate se dá justamente no aniversário de 80 anos da CLT, anunciada por Getúlio Vargas em 1º de Maio de 1943.

Assim, além da questão dos direitos e da “reconstrução” do país, o 1º de Maio vai discutir muito a economia, ainda instável, com esperadas críticas à política de juros do Banco Central. Na política, a expectativa é de ambiente institucional um pouco menos turbulento daqui em diante.

Organizadas por oito centrais (CUT, Força Sindical, CTB, UGT, Intersindical, CSB, Nova Central e Pública), as atividades no Anhangabaú começam às 10h. O tema do evento é Emprego, Renda, Direitos e Democracia (veja abaixo as 15 reivindicações das centrais). As atrações artísticas incluem Zé Geraldo, Leci Brandão, Toninho Geraes, Almirizinho, MC Sofia, Edi Rock, Dexter e Sidney Magal, além do grupo bloco Ilú Obá de Min e discotecagem da DJ Maria Teresa.

A pauta das centrais

Fortalecimento da negociação coletiva

Mais empregos e renda

Fim dos juros extorsivos

Política de valorização do salário mínimo

Direitos para todos

Revogação dos marcos regressivos da legislação trabalhista

Fortalecimento da democracia

Aposentadoria digna

Trabalho igual, salário igual (Convenção 156 da OIT)

Valorização do servidor público (Convenção 151 da OIT)

Contra o assédio moral, a violência e o racismo

Revogação do “Novo” Ensino Médio

Desenvolvimento econômico e social

Regulamentação do trabalho por aplicativos

Defesa das empresas públicas

Atos pelo 1º de Maio no país:

Aracaju: 8h30, na escola Vitória de Santa Maria (próximo ao Banese, no bairro Santa Maria)

Belém: antecipado para domingo (30), na Praça da República, a partir das 9h

Belo Horizonte: Praça da Assembleia Legislativa, 9h

Boa Vista: Festival dos trabalhadores e das trabalhadoras, às 17h na sede do PT (Av. Benjamim Constant, 2.552 – bairro São Vicente); panfletagens

Brasília: às 10h, na Feira Central de Ceilândia

Florianópolis: Largo da Alfândega, às 14h (ainda em Santa Catarina, haverá atividade no domingo em Caçador e São Miguel do Oeste)

Fortaleza: às 8h, no cruzamento das avenidas Leste-Oeste e Dr. Theberge

Goiânia: às 15h, na Praça do Trabalhador, Setor Central

João Pessoa: às 15h, na praia de Cabo Branco

Maceió: às 8h, no Pajuçara (antigo CRB)

Natal: às 13h no bairro das Rocas, na rotatória da rua Pereira Simões (de frente à Esquina Prime)

Porto Alegre: Praça da Usina do Gasômetro, 14h

Recife: às 10h, bairro do Pina, na altura do Edifício JCPM (João Carlos Paes Mendonça)

Rio de Janeiro: no Parque Madureira, às 9h

Salvador: às 14h, no Farol da Barra

São Luís: romaria na Igreja da Penha e panfletagens

São Paulo – às 10h, no Vale do Anhangabaú

Teresina: às 8h, na Praça da Integração (Parque Piauí)

Vitória: na Praça José Luiz Gobbi, Portal do Príncipe, em frente à rodoviária, às 8h

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Com informações da RBA.

Lula confirma salário mínimo de R$ 1.320 e aumento da isenção de imposto de renda para R$ 2.640

 

O presidente Lula (PT) durante pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão neste domingo (30) - Reprodução/ PR.


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou em pronunciamento na noite deste domingo (30) que a faixa de isenção do Imposto de Renda passará a ser de R$ 2.640. Em rede nacional de rádio e televisão, o chefe do Planalto também assegurou que até o término de seu mandato, em 2026, quem ganha até R$ 5 mil também estará isento.

"Estamos mudando a faixa de isenção do Imposto de Renda, que há oito anos estava congelada em R$ 1.903. A partir de agora, o valor até R$ 2.640 por mês não pagará nenhum centavo de imposto de renda. E até o final do meu mandato, a isenção valerá para até R$ 5 mil", disse.

O anúncio, na véspera do 1º de Maio, data em que se comemora o Dia do Trabalhador e da Trabalhadora, também confirmou o aumento do salário mínimo para R$ 1.320.

"A partir de amanhã (1º), o salário mínimo passa a valer R$ 1.320 para os trabalhadores da ativa e aposentados e pensionistas. É um aumento pequeno, mas real, acima da inflação, pela primeira vez depois de seis anos. Nos próximos dias, encaminharei ao Congresso Nacional um projeto de lei para que essa conquista seja permanente, e o salário mínimo volte a ser reajustado todos os anos acima da inflação, como aconteceu quando governamos o Brasil", afirmou.

Ao fim do pronunciamento, Lula exaltou a classe trabalhadora e assegurou que o próximo período será de conquistas. "O 1º de Maio, que sempre foi um dia de luta, voltará a ser, também, um dia de conquistas para o povo trabalhador", finalizou o presidente.

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Com informações do Brasil de Fato.