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Simone Biles conquista bronze na trave sob aplausos

 

Simone Biles ficou com a medalha de prata na final da trave das Olimpíadas de Tóquio (FOTO/ Reuters / Lindsey Wasson).

Simone Biles enfim voltou a competir nas Olimpíadas de Tóquio, na final da trave. Após desistir de todas as finais anteriores no meio da disputa por equipes, a maior ginasta da atualidade voltou ao Ariake Gymnastics Centre para ficar com a medalha de bronze sob fortes aplausos.

A americana garantiu 14.000 pontos com sua apresentação, o suficiente para bater outras seis adversárias, mas ficou atrás das chinesas Guan Chenchen, que anotou 14.666, e Tang Xijing, que marcou 14.233 para garantir a medalha de ouro. A brasileira Flávia Saraiva ficou no sétimo lugar, com 13,166.

Na trave, em que também costuma ser melhor, Biles sai do aparelho com um duplo mortal com uma dupla pirueta, movimento tão difícil que poucas ginastas realizam no solo, enquanto Simone se equilibra nos 10 centímetros de largura da trave para fazê-lo.

Quando cravou a saída após uma série de alto nível de dificuldade, Simone Biles foi aplaudida por todas as oito finalistas da prova, bem como jornalistas, fotógrafos, voluntários e demais presentes na arena olímpica. A importância da ginasta vai muito além do esporte, em um momento em que esteve nas manchetes por sua importante revelação de que precisava cuidar de sua saúde mental, jogando luz sobre o tema.

O ouro que falta

No Rio, em 2016, Simone Biles conquistou o bronze na trave. Esta foi a única medalha olímpica da ginasta americana que não foi de ouro. Ela conquistou outras cinco douradas em sua primeira Olimpíada, e em Tóquio, faturou a prata na disputa por equipes. Agora, faturou mais um bronze, na trave.

Por que a trave?

A trave é considerada por muitos o aparelho mais difícil da ginástica artística. Se precisa de muito equilíbrio, por outro lado não há tantos saltos no ar, o que costuma provocar “twisties”, como as ginastas chamam a perda de orientação espacial momentânea.

Os “twisties” foram citados por Simone Biles em seu histórico pronunciamento, quando anunciou que não competiria no individual geral. A perda de orientação costuma ocorrer no salto e no solo por conta da repetição de movimentos mais bruscos, mas a americana afirmou que estava sentindo em todos os aparelhos.

Honestamente, sinto também na trave. Mas definitivamente melhor do que se eu tentasse girar. Às vezes eu não consigo nem imaginar o giro. Eu realmente não consigo compreender como girar. Coisa mais estranha e mais esquisita”, respondeu a ginasta em uma publicação sua conta do Instagram.

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Com  informações do Geledés

Rebeca Andrade conquista o ouro no salto na ginástica artística


Rebeca Andrade é a primeira mulher a ganhar duas medalhas na mesma edição dos jogos olímpicos. (FOTO/ Reprodução).

Por Nicolau Neto, editor

Rebeca Andrade deu mais um passo gigantesco na história da ginástica brasileira. Depois da conquista da medalha de prata que lhe consagrou como a primeira mulher medalhista na ginástica artística, agora ela chegou ao topo. Levou o ouro na prova de salto

Rebeca obteve a nota 15.083 após dois saltos e se tornou, novamente, a primeira medalhista olímpica de ouro nesta modalidade e deixando para trás MyKayla Skinner, norte-americana com uma nota de 14.916, e a sul-coreana Yeo Seo-jeong em terceiro com 14.733.

A brasileira ainda tem chances de levar na bagagem mais uma medalha, visto que disputará amanhã, 02/08, a prova de solo. Se isso ocorrer, Rebeca igualará o feito de Isaquias Queiroz e serão os únicos brasileiros a conquistar três medalhas olímpicas em uma mesma edição dos jogos.

Conheça a trajetória de Rebeca Andrade, primeira ginasta brasileira medalhista olímpica

 

(FOTO/ Reprodução).

Rebeca Andrade, a jovem de 22 anos, marcou a história da ginástica olímpica nesta quinta-feira (29), ao receber medalha de prata nas Olimpíadas de Tóquio. Sua classificação só ficou atrás da americana Sunisa Lee.

Essa medalha não é só minha, é de todo mundo. Todos sabem da minha trajetória, o que eu passei. Não desistam, acreditem no sonho de vocês e sigam firmes. Dificuldade sempre teremos, mas temos que ser fortes suficientes para passar por dia. Tive pessoas maravilhosas que me ajudaram a passar por esse processo, espero que vocês tenham pessoas incríveis para ajudar a chegar no topo assim como cheguei. Eu sou muito grata. Mando todo meu amor para todas as ginastas que passaram por aqui, que estão felizes com meu sucesso", disse logo após ganhar a medalha.

O Baile de Favela, de Mc João, foi a trilha sonora da conquista. Rebeca foi destaque na categoria feminina individual geral e é a primeira brasileira a conquistar uma medalha na ginástica dos Jogos Olímpicos. E o ouro não veio por pouco, a ginasta fez 57,298 pontos, enquanto Sunisa Lee fez 57,433 pontos.

Durante muito tempo disseram que as pessoas negras não poderiam fazer alguns esportes e a primeira medalha olímpica da ginástica feminina é de uma mulher negra. Tem uma representatividade muito grande por trás de tudo isso”, disse a ex-ginasta Daiane do Santos, durante a transmissão da Rede Globo.

Uma menina que veio de uma origem muito humilde, foi criada por uma mãe solo porque o pai da Rebeca é vivo, mas não é presente na vida dela. Aguentou tudo o que ela aguentou, todas as lesões e está aí para ser a segunda maior atleta do mundo. Uma brasileira”, concluiu.

Daniele Hypolito foi a primeira brasileira a ganhar medalha em mundiais, uma prata no solo em 2001; Daiane dos Santos foi a primeira campeã mundial; e Rebeca Andrade, a primeira medalhista olímpica.

A carreira da jovem começou no projeto social Iniciação Esportiva no Ginásio Bonifácio Cardoso, da Prefeitura de Guarulhos, na Grande São Paulo. Desde cedo, seu esforço e determinação foram notados. A jovem caminhava uma hora a pé para frequentar os treinos. Ela também já passou por três cirurgias no joelho direito, entre os anos de 2015 a 2019, e por esse motivo ficou muito tempo afastada dos treinos. A atleta ficou conhecida como ‘Daianinha de Guarulhos’, em homenagem à Daiane dos Santos, vencedora de nove medalhas de ouro em campeonatos mundiais no solo, em 2003 e 2006.

A estrela da ginástica americana Simone Biles, que esteve na arquibancada, se emocionou com a vitória de Rebeca. Biles não competiu desta vez para cuidar de sua saúde mental. Rebeca está entre os nomes de mais duas finais nas Olimpíadas de Tóquio: domingo (1) no salto e segunda-feira (2) no solo.

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Com informações do Alma Preta.